Capítulo 15
Muitas nações irão à cidade do favor divino
1. Quais eram as boas novas de Jeová, mediante Zacarias, para os pretensos jejuadores?
AQUI ESTÃO as boas novas — para os pretensos jejuadores de há quase vinte e cinco séculos atrás e para os da atualidade: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘O jejum do quarto mês, e o jejum do quinto mês, e o jejum do sétimo mês, e o jejum do décimo mês tornar-se-ão para a casa de Judá exultação, e alegria, e boas épocas festivas.’” — Zacarias 8:19.
2. Tal mudança de atitude exigia que outra mudança como base, como no caso de Davi, segundo Salmo 30:1, 11?
2 Tal mudança significava realmente uma mudança de atitude mental da parte dos membros da restabelecida “casa de Judá”, lá no sexto século A. E. C. — e de nós hoje! Como base para tal mudança radical de conceito e de conduta tinha de haver uma grande mudança na série das circunstâncias envolvidas. Visto que seu Deus a predisse e assim a decretou, tinha de haver uma expressão misericordiosa do favor divino para com eles. Era assim como o Rei Davi, que capturou o Monte Sião e Jerusalém, declarou quanto ao seu próprio caso: “Eu te exaltarei, ó Jeová, porque me puxaste para cima e não deixaste meus inimigos se alegrarem de mim. Transformaste-me o meu lamento em dança; soltaste-me a serapilheira e manténs-me cingido de alegria.” — Salmo 30:1, 11.
3. Esta mudança na série de circunstâncias se daria por causa de que sentimento da parte de Jeová para com os seus adoradores e para com os seus inimigos?
3 Como isto se daria foi dito ao profeta Zacarias logo depois de se suscitar a questão do jejum dos judeus restabelecidos. Sobre isso, lemos a primeira duma série de declarações de Jeová na narrativa de Zacarias: “E continuou a vir a haver a palavra de Jeová dos exércitos, dizendo: ‘Assim disse Jeová dos exércitos: “Com grande ciúme vou ser ciumento de Sião e com grande furor vou ser ciumento dela.”’” (Zacarias 8:1, 2) Os sentimentos de Jeová, neste respeito, seriam como os de um homem cuja esposa fora maltratada e ultrajada pelos seus inimigos. Visto que ele não havia rejeitado o Monte Sião (ou, Jerusalém) em abandono completo dela, ele seria muito zeloso, seriamente ativo no restabelecimento dela de sua condição vergonhosa, à qual fora levada perante os olhos do mundo. Seria muito vigilante em resguardar os interesses dela e em demonstrar que ela fora restabelecida no seu favor. Ao passo que isto significava favor divino para ela, significava furor contra aqueles que a haviam envergonhado e que procuravam impedir seu completo restabelecimento, especialmente como adoradora de Jeová. Seu zelo neste respeito seria igual em grau ao seu furor contra os seus inimigos.
4. Havia Jeová então já retornado plenamente a Jerusalém? E quando Lhe era possível tal retorno pleno?
4 Durante setenta anos, enquanto os judeus deportados eram exilados em Babilônia, a cidade de Jerusalém e a terra de Judá haviam jazido desoladas, sem homem nem animal doméstico. Em 537 A.E.C., Jeová dos exércitos mostrou-se fiel à sua palavra e trouxe o restante arrependido de volta à sua pátria. Mas, em certo sentido, Jeová não havia naquele tempo retornado plenamente ao Monte Sião ou Jerusalém. Trouxe-os de volta para construírem um segundo templo para sua adoração em Jerusalém. Durante dezesseis anos, haviam permitido que seus inimigos suprimissem a construção daquela casa sagrada de adoração, e agora, quando Jeová falou por meio de seu profeta Zacarias, o templo ainda não estava completo nem inaugurado para o serviço divino. Portanto, só depois de se colocar no lugar a peça culminante deste templo, sua pedra de remate, e ele fosse inaugurado pelos sacerdotes dele, sim, só depois retornaria Jeová plenamente à cidade santa. Só então passaria a morar nela por passar a residir no Santíssimo do templo terminado, por meio de Seu espírito.
5. Segundo a declaração de Jeová, que nome se daria ainda a Jerusalém como cidade e também ao monte de Jeová?
5 Veio então a segunda promessa divina, introduzida pela declaração: “Assim disse Jeová [dos exércitos]”, como introdução formal: “Assim disse Jeová: ‘Vou retornar a Sião e residir no meio de Jerusalém; e Jerusalém há de ser chamada de cidade da veracidade; e o monte de Jeová dos exércitos, de santo monte.”’ — Zacarias 8:3.
6. Por que se chamaria a elevação montanhosa de Jerusalém de santo monte e ela mesma seria chamada “cidade da veracidade”?
6 O templo terminado santificaria a elevação montanhosa de Jerusalém, e esta elevação seria, por conseguinte, chamada de “santo monte”. Visto que Jerusalém, como capital provincial de Judá, mostrara-se fiel à sua obrigação para com a adoração de Jeová e colocara os interesses de Sua adoração pura em primeiro lugar e na frente de tudo o mais, Jerusalém seria corretamente chamada de “cidade da veracidade”. Praticar-se-ia nela a adoração verdadeira. As verdades da adoração pura e imaculada do verdadeiro Deus seriam faladas nela. Seu lugar montanhoso seria chamado “o monte de Jeová”. Quanto esta promessa de Deus significa para nós hoje!
7. Segundo a terceira promessa de Jeová, o que indicaria a expectativa de vida do povo de Jerusalém e o que distinguiria as suas praças públicas?
7 Mas, não era só isso, pois a seguir veio a terceira promessa de favor divino: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Ainda sentar-se-ão homens idosos e mulheres idosas nas praças públicas de Jerusalém, cada um também com o seu bastão na mão, por causa da abundância dos seus dias. E as próprias praças públicas da cidade encher-se-ão de meninos e de meninas brincando nas suas praças públicas.’” — Zacarias 8:4, 5.
8. Este quadro profético toca no cumprimento de que profecia no capítulo sessenta e cinco de Isaías?
8 Quão agradável era este quadro de saúde física, paz e segurança, e de bom aumento da população, sem estar maculado pela lamentável morte prematura de crianças! Isto confina com o cumprimento da profecia de Isaías, feita mais de cento e vinte e cinco anos antes da desolação de setenta anos de Jerusalém e da terra de Judá, sem homem nem animal doméstico:
“Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. Pois eis que crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação. E eu vou jubilar em Jerusalém e exultar pelo meu povo; e não se ouvirá mais nela o som de choro nem o som dum clamor de queixume.
“Não virá a haver mais um nenê de poucos dias procedente daquele lugar, nem ancião que não tenha cumprido os seus dias; pois morrer-se-á como mero rapaz, embora da idade de cem anos; e quanto ao pecador, embora tenha cem anos de idade, invocar-se-á sobre ele o mal. E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada, não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos. Não labutarão em vão, nem darão à luz para perturbação; porque são a descendência composta dos escolhidos de Jeová, e seus descendentes com eles.” — Isaías 65:17-23.
9. como se compara o domínio espiritual dos adoradores de Jeová na terra com as nações mundanas quanto à paz e à segurança hoje em dia?
9 Nos dias atuais, desde que os do restante fiel do Israel espiritual foram restabelecidos no seu domínio espiritual dado por Deus, no ano de 1919 E.C., o que verificamos? As nações políticas da terra dão mostras de tentar manter a paz e segurança mundiais por meio das Nações Unidas, que agora têm um rol de 132 países membros, mas há pouca segurança em qualquer parte da terra. Também, a paz de toda a humanidade está sob ameaça constante duma guerra nuclear por parte das superpotências das nações, democráticas e comunistas. Contudo, no domínio espiritual dos adoradores de Jeová encontra-se uma bendita paz e segurança. Embora se tenha juntado ao restante espiritual, especialmente desde 1935 E.C., uma “grande multidão” de discípulos dedicados e batizados de Cristo, procedentes de “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, mesmo assim não há rivalidade internacional, nem tensão ou conflito entre eles. Antes, prevalece entre eles o amor fraternal, o fruto do espírito de Deus.
10. Como podemos ver o cumprimento da promessa de Jeová em Zacarias 8:4, 5, em sentido físico e em sentido espiritual?
10 Desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918 até agora já se passaram mais de cinqüenta anos, no entanto, certo número dos do restante original que sobreviveu às aflições daquele período provador tem sobrevivido, sim, até mesmo à Segunda Guerra Mundial. Agora já se tornaram mesmo fisicamente idosos, sim, alguns até mesmo usando um bastão ou bengala para andar, por causa da ‘abundância de seus dias’. E muitos destes têm criado filhos, criando-os na adoração do único Deus vivente e verdadeiro. Mas, ao procurarmos o cumprimento espiritual desta profecia encantadora, podemos ver como os ‘homens idosos e as mulheres idosas sentados nas praças públicas de Jerusalém’ representam os membros do restante do Israel espiritual, que passaram pelas perseguições e pela disciplina da Primeira Guerra Mundial. Os “meninos e . . . meninas brincando nas suas praças públicas” representam aqueles membros do restante, que Jeová dos exércitos acrescentou ao restante espiritual a partir do ano de após guerra de 1919, e daí para diante. Juntos, idosos e jovens, desenvolvem-se espiritualmente em fé, esperança e amor, ao usufruírem juntos a paz e a segurança de seu domínio espiritual.
11. Lá naquele tempo, o que era necessário para se esperar o cumprimento de tal profecia, e, por isso, o que dizia a quarta declaração de Jeová?
11 No início, exigiu enorme fé para crer que tais coisas poderiam acontecer, e, concordemente, exigiu fé para apegar-se com firmeza à recém-estabelecida organização dos adoradores de Jeová. Deus mostrou que se dava conta de como seu povo se sentia nesta questão, quando fez a sua quarta declaração de promessa, dizendo ao restante repatriado: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Embora pareça difícil demais aos olhos dos remanescentes deste povo naqueles dias, deve também parecer difícil demais aos meus olhos?’ é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Zacarias 8:6.
12. Como ajudou Jeová ao restante sobrevivente na organização e no discernimento das questões, e, segundo as realidades atuais, foi difícil demais para Jeová o cumprimento da promessa?
12 Em 1919 E.C., no começo da obra de restabelecer e expandir a adoração pura e imaculada de Jeová dos exércitos, foi deveras difícil para os do restante restabelecido discernirem e conhecerem todas as coisas maravilhosas que Jeová se propôs cumprir para com eles e por meio deles, durante esta “terminação do sistema de coisas”, este “tempo do fim”. Mas, com paciência, pouco a pouco, ele corrigiu seu entendimento das profecias e sua atitude para com a organização teocrática. Orientou-os e protegeu-os na obra cristã a ser feita nestes tempos dos mais momentosos. Ajudou-os a discernir as questões que confrontavam o adorador cristão de Jeová no meio da luta internacional pelo domínio do mundo. Mais do que isso, ajudou-os a adotar a atitude bíblica nestas questões, a fim de permanecerem no Seu favor. Há meio século atrás, aquilo que agora vemos realizado dentro da Sua organização teocrática e por meio dela parecia difícil demais de fazer aos olhos do pequeno restante do Israel espiritual. No entanto, mostrou ser difícil demais para Jeová dos exércitos? As realidades atuais dizem Não!
13. Em contraste com a perda de membros por parte de Babilônia, a Grande, o que dizia Jeová na sua quinta promessa?
13 Ao examinarmos os fatos da atualidade, quando os numerosos sistemas religiosos de Babilônia, a Grande, perdem membros para os atrativos deste mundo moderno, observamos que Deus cumpriu irresistivelmente sua quinta declaração de promessa: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Eis que salvo meu povo da terra do nascente e da terra do pôr do sol. E certamente os farei entrar, e terão de residir no meio de Jerusalém, e terão de tornar-se meu povo e eu mesmo me tornarei seu Deus, em veracidade e em justiça.’” — Zacarias 8:7, 8.
14. Segundo a promessa, aonde ajuntou Jeová os do restante espiritual, e a quê?
14 Em obediência às ordens divinas dadas por meio de Jesus Cristo, os do restante restabelecido dos israelitas espirituais têm proclamado as boas novas do reino messiânico de Deus em toda a terra habitada e em testemunho a todas as nações. Têm-se empenhado em fazer discípulos de Cristo de pessoas de todas as nações, batizando-as em água, segundo o próprio exemplo de Cristo, e ensinando a estes discípulos o que Cristo ordenou, como aquele a quem Jeová Deus deu todo o necessário poder no céu e na terra. (Mateus 24:14; 28:18-20) Desde o Extremo Oriente e desde o Extremo Ocidente foram ajuntados os últimos membros da “nação santa” do Israel espiritual, sob orientação angélica. Mas não à Jerusalém terrestre, que se ergue como capital da República de Israel. Então, aonde? Ao domínio espiritual, dado por Deus, do “Israel de Deus” na terra, à união da organização teocrática e à união de atividade e de adoração pura de Jeová no Seu templo espiritual. — Gálatas 6:15, 16.
A PROSPERIDADE ESPIRITUAL SERIA NOTADA PELAS NAÇÕES
15, 16. (a) O que faz ele em prova de que se tornaram seu povo e que Ele é seu Deus? (b) Segundo a sexta declaração de Zacarias, qual havia sido a condição econômica e a condição social do restante restabelecido?
15 O Deus real prova quem é que é seu povo aceito pelo modo em que o favorece em cumprimento de suas promessas proféticas. Prova que Ele, o Deus da Bíblia, tornou-se seu Deus por mostrar fidelidade às suas profecias e ao seu pacto com eles, e por fazer por sua causa o que é justo. Sim, conta-os como justos aos Seus olhos, perdoando-lhes por meio do sacrifício resgatador de Seu Sumo Sacerdote, Jesus, o Messias. Em harmonia com isso, favorece os do seu restante restabelecido com prosperidade espiritual a tal ponto, que os povos das nações observam isso e falam disso como bom exemplo de bênção. Portanto, na sexta declaração de promessa de Deus, ele fala sobre uma mudança de ação da sua parte:
16 “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Sejam fortes as vossas mãos, vós os que nestes dias estais ouvindo estas palavras da boca dos profetas, no dia em se lançou o alicerce da casa de Jeová dos exércitos para se construir o templo. Pois antes daqueles dias não se fizera existir salário para o gênero humano; e quanto ao salário dos animais domésticos, não havia tal coisa; e não havia paz para quem saía e para quem entrava, por causa do adversário, visto que eu lançava toda a humanidade uns contra os outros.’
17. Que mudança de condições ocorreria então, e, por isso como mudariam as nações seu modo de falar a respeito do restante restabelecido?
17 “‘E agora não serei como nos dias anteriores para com os remanescentes deste povo’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos. ‘Pois haverá a semente de paz; a própria videira dará os seus frutos, e a própria terra dará a sua produção, e os próprios céus darão o seu orvalho; e eu hei de fazer os remanescentes deste povo herdar todas estas coisas. E terá de acontecer que assim como vos tornastes uma invocação do mal entre as nações, ó casa de Judá e casa de Israel, assim vos salvarei e tereis de tornar-vos uma bênção. Não tenhais medo. Sejam fortes as vossas mãos.’” — Zacarias 8:9-13.
18. Por que teria sido incoerente de parte de Jeová abençoar ele os do restante restabelecido ao passo que estes deixassem por terminar a obra do templo, por medo dos homens?
18 Estas palavras divinas fazem-nos lembrar que o templo de Jerusalém ainda não estava acabado em Jerusalém. Cerca de dois anos antes disso, foi recomeçada a obra dos alicerces do templo pelos remanescentes de todas as tribos de Israel, da “casa de Judá e [da] casa de Israel”. Esta obra foi recomeçada sob o estímulo e o encorajamento dos profetas Ageu e Zacarias. (Ageu 2:10-19; Zacarias 1:1-7; Esdras 4:23 a 5:2) Até aquele tempo, a obra do templo ficara paralisada por cerca de dezesseis anos. Se Jeová os tivesse abençoado e prosperado materialmente durante todos estes anos de descaso para com seu templo, teria parecido que não lhe importava se sua casa de adoração era terminada e posta em uso ou não. Ele havia profetizado que este segundo templo seria construído em Jerusalém. Havia liberto de Babilônia os remanescentes dos exilados judaicos, para que pudessem voltar à sua pátria especificamente para reconstruir o templo Dele. (Isaías 44:26 a 45:6) Como podia abençoá-los, quando temiam os homens e deixavam a construção de Sua casa de adoração, dedicando-se ao materialismo?
19. Por que não havia paz nem de dentro nem de fora, e o que precisava o restante fazer para haver uma mudança?
19 Durante estes anos, em que os exilados restabelecidos negligenciavam a sua comissão da parte de Deus e não procuravam magnificar a Jeová dos exércitos, por terminarem o templo para seu nome, as condições em Jerusalém e na província de Judá eram más, não só em sentido espiritual, mas também em sentido material e econômico. Havia desemprego para homem e animal doméstico. As condições climáticas prejudicavam suas plantações e reduziam suas colheitas. Nações vizinhas, hostis, interferiam nos seus assuntos religiosos e outros. Não havia paz entre eles mesmos, como companheiros israelitas, porque cada um buscava seus próprios objetivos egoístas e materialistas. Era evidente que a indignação de Jeová era contra eles. Precisavam retornar a Ele em arrependimento, para que ele retornasse a eles com favor.
20. Com que ordem iniciou e terminou Jeová sua sexta declaração de promessa, e por quê?
20 Deus, em misericórdia, trouxe estas faltas à atenção deles, por meio de seus profetas Ageu e Zacarias. Assegurados de que Jeová dos exércitos estava com eles, embora todo o Império Persa pudesse estar contra eles, tomaram coragem, e, em desafio a todas as possíveis interferências humanas, recomeçaram a tarefa designada por Deus no alicerce do templo, com a determinação de levá-la a cabo. “A partir deste dia concederei bênção”, disse Jeová dos exércitos por seu profeta Ageu (Ageu 2:19). Isto aconteceu no segundo ano do reinado do Rei Dario I da Pérsia. Quando Jeová fez então suas dez declarações de promessa, por meio de Zacarias, era o quarto ano do Rei Dario. Haviam começado as bênçãos divinas sobre a nação dos construtores do templo. Mas, ainda havia muito trabalho a fazer para terminar esta casa de adoração, apesar do desagrado daqueles que odiavam a Jeová. Os construtores do templo tinham de prosseguir. Apropriadamente, ele iniciou e terminou sua sexta declaração de promessa com a ordem de que se fortalecessem as suas mãos de trabalho. “Não tenhas medo”, disse ele, que não temessem os homens, mas sim a Deus.
21. Quando as nações circunvizinhas invocavam uma maldição ou uma bênção sobre outros, a quem usavam como ilustração, e por quê?
21 Ao terminarem o templo, receberiam plenamente o favor e a bênção divinos. Durante os muitos anos de sua indiferença para com a construção do templo, sua condição havia ficado tão péssima quanto à paz, à segurança e ao bem-estar material, que as nações circunvizinhas pensavam que a terra de Judá e seus exilados restabelecidos estavam sob uma maldição. E assim, ao amaldiçoarem outros, estas nações invocavam sobre tais uma maldição tal como descansava sobre esses israelitas na terra de Judá. Mas isto não se daria mais quando fosse completado o templo de Jeová. As nações espantadas observariam então que o Israel restabelecido obtivera uma condição bendita sob o favor de seu Deus. Por conseguinte, ao invocarem as bênçãos sobre os outros, estas nações usariam a bênção de Israel como exemplo.
22. De que modo foi similar a isso neste século vinte, e, depois de décadas de trabalho, como se comparam as testemunhas de Jeová com a cristandade em sentido espiritual?
22 Isso se daria também neste século vinte E. C., na “terminação do sistema de coisas”. Até que os do restante restabelecido do Israel espiritual passaram a empenhar-se em sincero trabalho árduo na restauração e ampliação da adoração imaculada no templo espiritual de Jeová, primeiro na sua própria vida, houve dificuldades de fora e de dentro. Os opositores religiosos da cristandade os amaldiçoavam, opunham-se a eles e procuravam febrilmente esmagá-los ou suprimir sua obra no templo. Mas depois de cinco décadas de atenção indivisa dada à adoração de Jeová e aos interesses de seu reino messiânico, como se compara o restante ungido das testemunhas cristãs de Jeová com a cristandade? Quem prospera em sentido espiritual, cristão? Quem tem a bênção divina, por aderir estritamente à Bíblia Sagrada e fazer a obra de Deus conforme especificada nela? Até mesmo os clérigos da cristandade expressam o desejo de que os membros de suas igrejas tivessem o zelo, a fé, a coragem e o conhecimento da Bíblia que as testemunhas cristãs de Jeová têm e que prosperassem em sentido religioso assim como as testemunhas.
A MUDANÇA DE IDÉIA POR DEUS PARA COM SEU POVO
23. Que mudança de idéia da parte de Deus não precisava então temer o restante?
23 Encorajamento fortalecedor adicional é dado aos do restante obediente de Deus, ao passo que Ele faz a sua sétima declaração de promessa, dizendo: “Pois assim disse Jeová dos exércitos: ‘Assim como intentei fazer-vos, o que era calamitoso, por me terem indignado os vossos antepassados’, disse Jeová dos exércitos, ‘e não o deplorei, assim vou intentar novamente, naqueles dias, tratar bem a Jerusalém e a casa de Judá. Não tenhais medo’.” — Zacarias 8:14, 15.
24. Por que não havia sido um caso de irascibilidade da parte de Jeová pensar ele em causar uma calamidade aos antepassados deles?
24 Jeová admite aqui que pensara em causar calamidade à nação de Israel, visto que os antepassados do restante fiel o haviam indignado. Mas isto não significava alguma espécie de irascibilidade e vexame furioso da Sua parte. A calamidade que pensava trazer à nação ou deixar vir sobre a nação estava estritamente em harmonia com a série calma de advertências das maldições que sofreriam se violassem seu pacto nacional com Ele. Ele os havia advertido em toda a justiça, muito antes, por meio do profeta Moisés:
“Jeová levantará contra ti uma nação mui longínqua, desde os confins da terra, assim como a águia arremete, uma nação cuja língua não entenderás, uma nação de semblante feroz, que não será parcial para com o velho, nem mostrará favor ao moço.
“E tem de dar-se que, assim como Jeová exultou sobre vós para vos fazer bem e para vos multiplicar, assim Jeová exultará sobre vós para vos destruir e para vos aniquilar e sereis simplesmente arrancados do solo ao qual vais para tomares posse dele.
“E Jeová certamente te espalhará entre todos os povos, de um confim da terra ao outro confim da terra, e lá terás de servir a outros deuses que não conheceste.” — Deuteronômio 28:49, 50, 63, 64; veja também Levítico 26:27-43.
25. (a) Por que não era nenhuma injustiça quando Jeová deixou que aquelas maldições entrassem em vigor, e por que não?
25 Portanto, era apenas justo da Sua parte que fizesse vigorar o pacto nacional com Jeová, quando deixou os israelitas violadores do pacto ser “arrancados do solo” pelos assírios e pelos babilônios, deixando depois a terra de Judá jazer completamente desolada durante setenta anos. Mas agora, depois de ter disciplinado a nação segundo os termos de Seu pacto com eles, pensava em fazer-lhes o oposto, em misericórdia. Começou por trazer os do restante fiel, arrependido, de volta à Jerusalém e à terra de Judá. Terem-se refreado por medo da construção do templo não podia ter e não teve a Sua bênção. Mas agora, “naqueles dias”, nos dias em que recomeçaram confiantemente a obra do templo e prosseguiram corajosamente com ela, Jeová, em apreço, pensava em “tratar bem a Jerusalém e a casa de Judá”. Portanto, se Jeová dos exércitos estava a favor deles e com eles na sua adoração dele de todo o coração, não deviam temer os homens.
26. Neste século vinte, como se viu que esta sétima declaração de promessa se aplica igualmente aos do restante espiritual?
26 Nos tempos modernos, Jeová havia sido fiel a esta promessa que se aplica igualmente aos do restante fiel do Israel espiritual. Por causa de suas faltas, foram espalhados de seu domínio espiritual dado por Deus, durante a Primeira Guerra Mundial. Mas hoje, podem olhar para trás, para os muitos anos desde seu restabelecimento em 1919 E.C., e podem ver quão maravilhosamente bem foram tratados pelo Deus cujo nome levam na sua obra de restauração da adoração pura dele.
27. O que cogitava Jeová então que o restante restabelecido fizesse, e em harmonia com que dois mandamentos estava isso?
27 No entanto, os misericordiosamente restabelecidos no favor divino tinham coisas vitais a fazer. O que Jeová lhes mandou fazer está em acordo com os dois maiores mandamentos da Lei, a saber, amar a Deus de todo o coração, alma, mente e força e amar o próximo como a nós mesmos. Lemos: “‘Estas são as coisas que deveis fazer: Falai verazmente uns com os outros. Fazei o vosso julgamento nos vossos portões com verdade e com julgamento de paz. E não maquineis nos vossos corações a calamidade um para com outro e não ameis nenhum juramento falso; pois todas estas são as coisas que tenho odiado’, é a pronunciação de Jeová.” — Zacarias 8:16, 17.
28. Portanto, como se deviam manter a verdade e a justiça nos seus “portões” ou tribunais, e qual era o objetivo de se julgar com o “julgamento de paz”?
28 Os do restante restabelecido não deviam fazer aquilo que Jeová dos exércitos odeia, se quisessem permanecer no Seu favor. Precisavam fazer a justiça nos seus portões ou nos seus tribunais. Não se devia recorrer ao juramento falso para trazer calamidade imerecida sobre o próximo. Devia-se ser honesto no que se dizia ao próximo ou que se jurava num tribunal, falando-se sempre a verdade e não dizendo uma coisa com a boca, mas tendo outra coisa no coração enganoso. Ao se solucionar um assunto em disputa de modo judicial, o objetivo devia ser fazer as pazes entre os que recorriam ao tribunal; e este alvo de paz só podia ser alcançado se se mantivesse a verdade e a justiça no tribunal. Devemos amar o que Deus ama, não o que ele odeia.
29. Como mostrou o apóstolo Paulo que Zacarias 8:16 se aplicava aos do restante cristão e como falam estes assim a verdade?
29 Aplica-se isso aos do restante ungido do Israel espiritual? Certamente que sim. O apóstolo Paulo disse, ao escrever aos crentes em Éfeso, na Ásia Menor, em prol da união cristã: “Falando a verdade, cresçamos pelo amor em todas as coisas naquele que é a cabeça, Cristo. Sendo que agora pusestes de lado a falsidade, falai a verdade, cada um de vós com o seu próximo, porque somos membros que se pertencem uns aos outros.” (Efésios 4:15, 25) Evidentemente, o apóstolo estava citando aqui parte de Zacarias 8:16 e o aplicava corretamente aos cristãos que constituíam o “Israel de Deus”. (Gálatas 6:15, 16) Falando verazmente ou a verdade um com o outro significaria também falar as verdades bíblicas uns aos outros, e não as falsidades religiosas de Babilônia, a Grande. Assim promovemos a adoração pura de Deus no seu templo espiritual.
DO JEJUM AO BANQUETE
30. Segundo a oitava declaração de promessa de Jeová, os tempos que até então eram de jejum deviam tornar-se ocasiões de quê?
30 Deus não parou com as acima citadas sete declarações de promessa só porque sete é um número bíblico que indica perfeição de modo espiritual. Ele passou para uma oitava, assim como lemos: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘O jejum do quarto mês, e o jejum do quinto mês, e o jejum do sétimo mês, e o jejum do décimo mês tornar-se-ão para a casa de Judá exultação, e alegria, e boas épocas festivas. Portanto, amai a verdade e a paz.’” — Zacarias 8:19.
31. A que pergunta sobre jejum respondeu e por que era então impróprio continuar tais jejuns com pranto?
31 Esta foi uma resposta direta e positiva a Sarezer a Regem-Meleque, que foram enviados da cidade de Betel para perguntar se deviam continuar a observar uma abstinência de alimentos, junto com pranto, durante o quinto mês. (Zacarias 7:1-3) Agora que a construção do segundo templo em Jerusalém se aproximava do seu término grandioso, não era ocasião para lamentar a destruição passada de Jerusalém e de seu templo, lá em 607 A.E.C., ou mais de oitenta anos antes. Era a Sua vontade para com eles que se alegrassem com sua bondade do momento para com eles e que exultassem com a anulação de toda a obra destrutiva feita pelos babilônios em Jerusalém e na terra de Judá. Fora com os jejuns de lamentação! Alegrem-se com as boas épocas festivas!
32. Como se cumpriu esta promessa no Israel espiritual, cristão, e que único dia, cada ano, observa o restante em obediência à ordem de Cristo?
32 Quão grandiosamente esta promessa divina proferida ao antigo Israel se cumpriu no Israel espiritual, cristão! Os do restante ungido não observam hoje nenhum dos jejuns e nenhuma época triste do antigo Israel. Nem mesmo o Iom Kipur anual ou Dia da Expiação, no décimo dia do sétimo mês lunar (tisri). (Levítico, capítulo 16) Alegram-se com o verdadeiro Dia da Expiação realizado pelo Sumo Sacerdote de Jeová, Jesus Cristo, por meio de seu perfeito sacrifício expiatório, cujo mérito Jesus Cristo apresentou a Jeová no céu em 33 E.C., a favor de toda a humanidade. (1 João 1:7 a 2:2) O único dia que os do restante do Israel espiritual observam cada ano é o dia da morte sacrificial de Cristo, Dia da Páscoa, 14 de nisã, em obediência à ordem de Cristo aos seus discípulos. Assim, quando o restante sobrevivente celebrou a Ceia do Senhor após o pôr do sol do dia 13 de abril de 1919, havia mais de 17.961 que se reuniram em todo o mundo para observar a sua morte expiatória. Mas, na terça-feira, 17 de abril de 1973, após o pôr do sol, estiveram presentes 3.994.924, sendo que 10.523 destes participaram dos emblemas do pão não levedado e do vinho. — Lucas 22:7-20.
33. A grande assistência a Ceia do Senhor, em 1973, em todo o mundo, é explicada por que profecia na nona declaração de promessa de Jeová?
33 Donde vieram todos estes mais de 3.900.000 observadores, além dos 10.523 participantes, nesta observância da Refeição Noturna do Senhor? Este fenômeno mundial do ano de 1973 é explicado pelo cumprimento da nona declaração de promessa de Jeová, conforme registrada em Zacarias 8:20-22: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Ainda será que virão povos e os habitantes de muitas cidades; e os habitantes de uma cidade certamente irão ter com os de outra, dizendo: “Vamos seriamente para abrandar a face de Jeová e para procurar a Jeová dos exércitos. Eu mesmo vou ir também.” E muitos povos e poderosas nações virão realmente para procurar a Jeová dos exércitos em Jerusalém e para abrandar a face de Jeová.”‘
AJUNTAMENTO INTERNACIONAL À CIDADE DE DEUS
34. (a) De que modo vêm agora “povos” e “nações” ao centro de adoração de Jeová? (b) Inclui este ajuntamento pessoas de “muitos povos e poderosas nações” e de “muitas cidades”?
34 Não eram “povos” inteiros e “nações” inteiras que assim viriam ao centro de adoração de Jeová para apaziguá-lo, a fim de obter seu favor. Isto seria feito por pessoas individuais destes povos e destas nações. Não se queria dizer ali a conversão mundial ao judaísmo. Portanto, ao examinarmos o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1974, ficamos sabendo que estas testemunhas cristãs de Jeová se encontram em 208 terras e ilhas. A lista destas terras e ilhas inclui “muitos povos e poderosas nações”. E quanto aos “habitantes de muitas cidades”, o Anuário de 1974 revela que, até 31 de agosto de 1973, havia 31.850 congregações das testemunhas cristãs de Jeová em todo o globo. Só a cidade de Nova Iorque tem mais de 212 destas congregações em diversos idiomas. Ao todo, as Bíblias e publicações bíblicas destes cristãos que adoram a Jeová são impressas em 165 idiomas. Eles adoram a Jeová assim como o próprio Jesus Cristo fez.
35. Por que não vão à atual Jerusalém terrestre, e, por isso, onde adoram a Jeová?
35 Não, não vão à atual Jerusalém terrestre, onde se ergue uma mesquita muçulmana, o Zimbório da Rocha, no lugar onde costumava estar o templo de Jerusalém. Reconhecem a existência do que Hebreus 12:22 chama de “Monte Sião e . . . cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. Exultam e alegram-se que no fim dos Tempos dos Gentios, em 1914 E.C., o reino messiânico de Deus foi estabelecido neste Monte Sião, e que ali está entronizado Jesus Cristo, “filho de Davi, filho de Abraão”. (Mateus 1:1) Portanto, não mais pisam as nações gentias no direito dado por Deus à família real de Davi, de reinar na cidade de Deus. (Lucas 21:20-24) Dão a sua lealdade a este reino messiânico, que em breve destruirá todos os governos gentios da terra e reinará para sempre, em vindicação da soberania universal de Jeová dos exércitos. Adoram-no nos pátios terrestres de Seu templo espiritual e usufruem seu favor. — Salmos 84:2, 10; 116:18, 19.
36. Segundo a culminante declaração de promessa de Jeová, quantos agarrariam a aba da veste dum judeu, e o que lhe diriam?
36 É deveras maravilhoso o cumprimento hodierno desta nona declaração de promessa do Soberano Senhor Deus. Mas, ainda há uma declaração culminante de promessa, a décima, nesta grandiosa série de promessa divinas. Portanto, no versículo final (23) deste capítulo oito da profecia de Zacarias lemos: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Naqueles dias, dez homens dentre todas as línguas das nações agarrarão, sim, agarrarão realmente a aba da veste dum homem judeu, dizendo: “Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco.”’” — Zacarias 8:23.
37. Para entendermos o que se quer dizer com o termo “judeu”, que regra orientadora declarada por um judeu natural precisamos tomar em consideração?
37 Para entendermos direito esta profecia sobre a “aba da veste dum homem judeu”, precisamos tomar em consideração a regra orientadora apresentada por um homem “circuncidado no oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu nascido de hebreus; com respeito à lei, fariseu”, a saber, o apóstolo Paulo, que anteriormente, ‘com respeito ao zelo, perseguia a congregação’. (Filipenses 3:5, 6) Escrevendo à congregação cristã em Roma, do primeiro século, este judeu ou israelita natural disse: “Não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua circuncisão é a do coração, por espírito, e não por um código escrito. O louvor desse não vem de homens, mas de Deus.” — Romanos 2:28, 29.
38. (a) Portanto, se neste assunto não conta a descendência racial, o que é que conta, mesmo para os judeus naturais? (b) Até quando se constituía a congregação cristã exclusivamente de judeus naturais e de prosélitos, e que escolha teve de fazer então Cornélio?
38 Por este motivo, o cumprimento de Zacarias 8:23 não se baseia em qualquer superioridade racial, segundo a carne. A “aba da veste dum homem judeu” não é agarrada por ele ser judeu por nascença. Neste assunto não contam em nada as relações carnais da pessoa. O que vale é: A quem adora ele? Ou, se for adorador professo de Deus: Está Deus realmente com ele? É verdade que, durante a segunda metade da septuagésima semana de anos, da profecia de Daniel 9:24-27, a saber, de Pentecostes de 33 E.C. ao outono de 36 E.C., à congregação cristã se compunha exclusivamente de judeus naturais e de prosélitos judaicos, circuncisos. Mas o que distinguia tais judeus naturais que compunham a congregação cristã? Durante este tempo, havia judeus naturais diferentes de outros judeus naturais. Deus definitivamente não estava com ambas as espécies. Deus não estava dividido. Portanto, ao fim da septuagésima semana de anos, em princípios do outono de 36 E.C., a que espécie de judeus juntou-se em adoração o gentio Cornélio, centurião italiano? O que mostra Atos 10:1-48?
39. Que grupo de judeus naturais decidiu Cornélio acompanhar?
39 Este Cornélio, que falava italiano, deixou de acompanhar a adoração dos judeus naturais e de fazer “muitas dádivas de misericórdia” aos judeus naturais, que haviam dado a Jesus Cristo uma morte violenta como blasfemador de Deus e como falso Cristo. Cornélio e outros conversos gentios com ele acompanhavam apenas os judeus naturais que se haviam tornado discípulos de Jesus Cristo e sobre os quais Deus derramara seu espírito santo por meio de Jesus Cristo, manifestando assim que Ele (Deus) estava com a congregação cristã. (Atos 2:1-47; 11:1-18) Esta congregação cristã compunha-se de judeus espirituais, de israelitas espirituais, no novo pacto com Deus por meio do mediador Cristo. O italiano Cornélio era tanto judeu ou israelita espiritual como aqueles judeus naturais, crentes. Cornélio viu que a congregação cristã se compunha de judeus espirituais e que Deus estava com estas pessoas. Por isso decidiu ir com os judeus espirituais.
40. Como podemos saber, especialmente desde a destruição de Jerusalém pelos romanos, se há qualquer base para se aplicar Zacarias 8:23 aos judeus naturais, não-cristãos?
40 Podia a destruição de Jerusalém e de seu templo material, pelas legiões romanas, ser interpretada como prova de que Deus estava com os judeus apanhados nesta terrível calamidade, só porque eram judeus segundo a sua carne circuncisa? Como poderia qualquer pessoa honesta razoável aceitar tal interpretação? Hoje não existe nenhum templo judaico no Monte Moriá, em Jerusalém, ao qual os gentios possam subir e adorar junto com os judeus. Tampouco estão os líderes religiosos e os líderes políticos judaicos imitando o Sumo Sacerdote Josué e o Governador Zorobabel, nem estão reconstruindo o templo no seu lugar histórico, embora os judeus ocupassem a antiga cidade murada de Jerusalém na guerra de seis dias de 1967. Portanto, qual é a base para se aplicar Zacarias 8:23 aos judeus naturais, circuncisos, não-cristãos, hoje ou mesmo no futuro previsível? Nenhuma!
41. Cumpre-se hoje Zacarias 8:23 na cristandade?
41 Pois bem, realiza-se então o cumprimento da profecia na atual cristandade religiosa, que por muito tempo se apegou à idéia da conversão do mundo à sua organização religiosa multi-sectária? Agarram-se dez não-cristãos de todos os povos e nações à aba dum membro duma igreja da cristandade e dizem: “Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco”? E com “Deus” a profecia quer dizer “Jeová dos exércitos”. O mundo pagão certamente não está sendo convertido para as seitas da cristandade na proporção de dez pagãos para um membro duma igreja. A cristandade calcula seu rol de membros das igrejas em 924.274.000, e dez vezes este número significaria duas vezes mais do que a atual população do mundo.
42. Para sabermos a quais de todos os professos judeus espirituais da atualidade se aplica Zacarias 8:23, para que perguntas precisaremos obter os fatos?
42 Assim como havia judeus naturais diferentes de outros judeus naturais nos dias dos apóstolos de Cristo, assim há também professos judeus espirituais diferentes de outros professos judeus espirituais. A cristandade tem mais de 900 milhões de tais professos judeus espirituais, que supostamente estão no novo pacto feito mediante Cristo como mediador. Mas perguntamos a respeito destas duas espécies de professos judeus espirituais: Qual delas está realmente adorando e servindo a Jeová dos exércitos no seu verdadeiro templo espiritual? A qual delas dizem os povos de todas as nações, grandes e pequenas, que irão com eles porque souberam, não que algum “Deus” sem nome está com eles, mas que Jeová Deus está com eles? Neste caso, apenas devemos basear-nos nos fatos. Que estes falem por si mesmos.
43. O que distingue hoje os israelitas espirituais aos quais se aplica Zacarias 8:23, e quantos deles há agora?
43 Segundo as evidências mundiais, são os do restante ungido dos israelitas espirituais que Jeová Deus começou a livrar de Babilônia, a Grande, o império mundial de religião babilônica falsa. Estes estão empenhados numa obra espiritual similar à construção do segundo templo de Jeová nos dias do Sumo Sacerdote Josué e do Governador Zorobabel. Promovem de todo o coração a adoração de Jeová dos exércitos em todo o mundo, por pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Reúnem-se anualmente no Dia da Páscoa para celebrar a morte sacrificial do Filho de Jeová, o Messias Jesus, e nesta ocasião comem do pão não-levedado e bebem do vinho assim como Jesus Cristo ordenou. À base deste testemunho eloqüente de sua parte, parecem somar hoje apenas por volta de dez mil israelitas espirituais, ungidos. Muito menos do que os do restante nos dias de Zacarias.
44. Quem se junta aos verdadeiros israelitas espirituais e em que número, segundo os relatórios?
44 No entanto, quem se junta a estes judeus espirituais na adoração do único Deus vivente e verdadeiro, no Seu templo espiritual? Assim como foi predito em Revelação 7:9-17, é uma “grande multidão”, sem número, “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. Estes também se tornam discípulos do Messias de Jeová. (Mateus 28:19, 20) Só no ano de 1973 foram batizados 193.990 destes como discípulos dedicados do Messias de Jeová. Durante este mesmo ano, relatou-se que em média 1.656.673 participaram em obedecer à ordem do Messias, de pregar “estas boas novas” do reino messiânico de Jeová em toda a parte, até o fim próximo deste sistema de coisas. (Mateus 24:14) Quão notável já é o cumprimento de Zacarias 8:23!