Regência Divina — Única Esperança de Toda a Humanidade
1. O que se pode dizer a respeito do que a regência humana tem dado a toda a humanidade até agora e quanto a basear a esperança do futuro no resultado da teoria da evolução?
O QUE pode a “regência divina” dar a toda a humanidade que a regência humana já não tenha dado à raça humana? Aquilo que a regência humana deu a toda a humanidade até agora certamente não foi “divino”, assim como amiúde chamamos algo que é “excelente, magnífico”. Julgada à luz de como vão as coisas neste mundo, a regência humana não nos promete dar algo melhor do que já nos deu até agora. E isto está longe de ser satisfatório para a alma. Realmente, é muito desalentador. Durante todos os séculos e milênios que já se passaram, a humanidade provou que tudo o que ela nos pode dar em matéria de regência governamental é regência humana. Visto que a humanidade é imperfeita, esta regência humana é imperfeita. A amplamente aceita teoria da evolução do homem não nos oferece nenhuma base para esperarmos que os homens evolvam para se tornar deuses, durante nossa geração ou nas centenas de milhões de anos no futuro, por meio de “mutações” repentinas dum tipo surpreendente e benéfico. A esperança de haver alívio da atual angústia mundial não se pode basear na regência humana.
2. (a) Como se explica a esperança, e que tipo de esperança seria a de toda a humanidade? (b) Como se classificam as Nações Unidas quanto a serem uma esperança mundial, e o que aconteceria se fossem eliminadas?
2 Todo o mundo da humanidade ficou praticamente sem esperança. A esperança tem sido explicada como sendo “expectativa na adquisição de um bem que se deseja” ou “desejo acompanhado da expectativa de ser satisfeito”. A esperança pode também ser tomada como significando “aquilo que se espera, desejando”. Todos nós temos pequenas esperanças e temores individuais, mas, não seria maravilhoso se houvesse uma esperança compartilhada por toda a humanidade, sem consideração de raça, cor, nacionalidade ou posição social? Seria realmente maravilhoso, porque não seria nada egoísta, nacionalista e racial, mas satisfaria o desejo e as necessidades comuns de toda a humanidade. As Nações Unidas, como organização de paz e segurança mundiais, depois de quase trinta anos de funcionamento, falharam em ser ou em dar tal esperança. Tornarem-se mais nações membros delas não transformará seu fracasso em bom êxito. Em escala mundial, as Nações Unidas foram a maior coisa que a humanidade pôde oferecer para satisfazer necessidades humanas urgentes. Muitos se perguntam: Se as Nações Unidas fossem eliminadas à força, assim como a anterior Liga das Nações, que mais poderia oferecer a humanidade?
3. Que anseio têm os muitos cuja esperança baseada em homens se desfez?
3 Sem dúvida, a humanidade está sem saber o que fazer! Aumenta o número das pessoas de reflexão que admitem honestamente que a regência humana falhou. Desfizeram-se suas esperanças baseadas no homem. O mais triste é que não têm mais esperança para se consolar e para consolar outros. Tudo o que agora têm e um anseio, um anelo de algo que não tem forma ou definição específica na sua mente, sem saberem como ou de onde tal coisa satisfatória venha ou possa vir.
4. Como influíram as condições mundiais nas expectativas de algumas pessoas esperançosas, e, por isso, elas são dessemelhantes de que marujos?
4 Entretanto, embora as condições mundiais já desesperadas e continuamente piores tenham eliminado as esperanças de inúmeras pessoas, estas mesmas condições dão novo vigor à crescente esperança de outras. Estas não são como os marujos que se fazem ao mar em navios e que são apanhados numa terrível tempestade, a respeito dos quais disse um antigo lírico: “Andam e cambaleiam como ébrios, e esvai-se-lhes toda a sua sabedoria.” — Salmo 107:23-27, Almeida, revista e corrigido.
5. (a) Que conselho sábio do salmista é seguido por estas pessoas excepcionais? (b) Contrário a que teorias, para que se pode olhar além da regência humana?
5 Quem são estas pessoas excepcionais, cuja esperança fica cada vez maior, ao passo que continuam e pioram as angústias do mundo? O que é que elas têm que outras pessoas não possuem? São pessoas que seguem o conselho sábio do antigo lírico que disse: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação. Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” (Salmo 146:3, 4) Este antigo escritor aconselha-nos a não fixarmos nossa esperança na regência humana, de modo que os que aceitam este conselho hoje em dia olham para além da regência humana. Mas, para que mais se pode olhar? Os que defendem a teoria da evolução humana e os que seguem a teoria filosófica do materialismo dizem que não se pode olhar para nada senão para algo material tal como os homens. É por isso que se vêem sem esperança e por fim ficarão desesperados. Suas teorias não só não satisfazem, mas tampouco convencem, porque são desarrazoadas e contrárias aos fatos da história. Mas, pode-se olhar realmente para algo além da regência humana. De que se trata? Da regência divina! É para ela que olham hoje tais pessoas esperançosas!
EM QUE SE DEVE FIXAR NOSSA ESPERANÇA
6. O que nos indica o escritor antigo no Salmo 146:5-10?
6 É ela que nos é indicada pelo antigo compositor lírico. Falando por experiência e observação própria, prossegue: “Feliz aquele que tem o Deus de Jacó por sua ajuda, cuja esperança é em Jeová, seu Deus, Aquele que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, Aquele que mantém a veracidade por tempo indefinido, Aquele que executa o julgamento para os defraudados, Aquele que dá pão aos famintos. Jeová solta os que estão presos. Jeová abre os olhos dos cegos; Jeová ergue os encurvados; Jeová ama os justos. Jeová guarda os residentes forasteiros; alivia o menino órfão de pai e a viúva, mas entorta o caminho dos iníquos. Jeová será rei por tempo indefinido.” — Salmo 146:5-10.
7. Então, quem precisa hoje de tal governante divino, e quão notável é seu nome?
7 Encontra-se entre os “defraudados” ou entre os “famintos”, por causa da regência humana e de suas falhas e incapacidades? E um dos que “estão presas”, dos “cegos” ou dos “encurvados”? É ‘residente forasteiro’, “menino Órfão de pai” ou “viúva”? Então deve olhar para este Rei mencionado e chamado por nome pelo antigo lírico. Sua regência é uma regência divina, pois este Regente é Deus. Não é um deus sem nome, cuja identidade pessoal se perde entre os centenas de milhões de deuses adorados na Índia e no resto da terra habitada. Ele é um Deus que não recebeu nome dos homens, mas é um Deus que deu nome a si mesmo, nome que nenhum outro deus no céu ou na terra tem. O lírico inspirado menciona o nome divino sete vezes, e este nome é Jeová.
8. (a) A pessoa será feliz se fixar sua esperança em quem, e como é Este chamado em Romanos 15:13? (b) Para que pessoas de toda espécie tenham esta esperança divinamente garantida, o que fez Ele escrever?
8 Pessoas mal informadas e de preconceito talvez o desanimem de ter algo que ver com este Deus, Jeová. Mas, se tiver esperança Nele, aguarda-o felicidade, mesmo nestes tempos horríveis. O antigo lírico disse: “Feliz aquele . . . cuja esperança é em Jeová, seu Deus.” (Salmo 146:5) Há dezenove séculos atrás, um homem que tinha esperança em Jeová chamou-o de “Deus de esperança” ou “Deus que dá esperança”. (Romanos 15:13) Ele é o único que nos pode dar uma esperança compartilhada por toda a humanidade, porque Ele é o Criador da raça humana. Só Nele há esperança para toda a humanidade. A regência divina que Ele provê é a esperança de toda a humanidade. Se não a provesse, não haveria outra esperança para toda a humanidade. Para que as pessoas de todas as raças, tribos, nações e línguas tivessem esta esperança divinamente garantida, fez que se escrevesse um Livro sagrado, inspirado, a Bíblia Sagrada. Por meio deste Livro maravilhoso, escrito em nome de Deus, poderá aprender tudo sobre esta esperança segura.
9. (a) Por Deus ver a necessidade de a humanidade ter uma esperança, que esperança lhe deu? (b) Que oração se expressou em Romanos 15:13 pelos que compartilham esta esperança?
9 Este Ser Divino, Jeová, há muito previu que a humanidade precisaria de uma esperança, e ele lhe apresentou uma. Esta esperança que Ele oferece tem o poder de sustentar-nos nos tempos mais difíceis e de salvar-nos deles, até o cumprimento alegre da esperança. Foi por isso que, há dezenove séculos atrás, escreveu-se aos que compartilhavam esta esperança: “Pois fomos salvos nesta esperança; mas a esperança que se vê não é esperança, porque quando um homem vê uma coisa, acaso está esperando por ela? Mas, se esperamos por aquilo que não vemos, persistimos em esperar com perseverança.” (Romanos 8:24, 25) Esta esperança de origem divina deve encher-nos de alegria e manter-nos tranqüilos no meio da perturbação mundial, ao ponto de nossa esperança transbordar e se expressar a outros em condições desesperadas. Por isso se fez oração a favor dos que compartilhavam esta esperança: “Que o Deus que dá esperança vos encha de toda a alegria e paz pela vossa crença, para que abundeis em esperança com poder de espírito santo.” — Romanos 15:13.
10. A quem esmagará Deus em breve sob os pés dos que compartilham esta esperança, e em que resultará isso para o céu e para a terra?
10 Temos de ter esta esperança no meio dum mundo que se entrega cada vez mais ao que é mau, sob a influência invisível do “deus deste sistema de coisas”, que não é visto, Satanás, o Diabo. Aproxima-se, porém, rapidamente o livramento, agora já bem próximo, desta crescente maldade. Foi por isso que o escritor inspirado, dirigindo-se aos compartilhadores da esperança divina, durante o primeiro século de nossa Era Comum, escreveu: “Quero que sejais sábios quanto ao que é bom, porém inocentes quanto ao que é mau. O Deus que dá paz, por sua parte, esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés.” (Romanos 16:19, 20) A antiga palavra hebraica Satã ou Satanás significa “Opositor; Adversário”, e ele se referiu ali ao Principal Opositor de Deus, o Opositor que iniciou a resistência contra Deus e que chefia todas as outras criaturas, no céu e na terra, na resistência contra Deus e Seus bons propósitos. Deus é mais poderoso do que este Satanás. Por isso, Deus esmagará a este Satanás, mas este jazerá esmagado sob os pés dos que compartilham a esperança. Esta espécie de linguagem compara Satanás com algo que pode ser esmagado sob os pés — não um escorpião, mias uma cobra ou serpente. Quanta paz universal haverá em resultado deste esmagamento de Satanás!
11. Ao falar assim sobre o esmagamento de Satanás, a que, em Gênesis’ referisse o escritor inspirado, e a quem falava Deus ali realmente?
11 No entanto, que certeza podemos ter de que Satanás será assim esmagado como se fosse uma cobra ou serpente? Podemos tê-la porque aqui, o escritor desta carta aos esperançosos em Roma, na Itália, tirou a sua linguagem pitoresca do primeiro livro das Escrituras Sagradas, o de Gênesis. Em toda a sua carta, ele se refere várias vezes ao livro de Gênesis. (Romanos 4:3, 9, 11, 17, 18, 22; 9:7, 9, 12) E o escritor referiu-se aqui a Gênesis 3:14, 15, onde Deus parecia dirigir-se a uma serpente, no chão, mas realmente falava com o Grande Opositor que usou aquela serpente. Lemos ali: “E Jeová Deus passou a dizer à serpente: ‘Porque fizeste isso, maldita és dentre todos os animais domésticos e dentre todos os animais selváticos do campo. Sobre o teu ventre andarás e pó é o que comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.”‘ Mais de quatro mil anos depois, o escritor inspirado, o apóstolo cristão Paulo, falou sobre este primeiro raio de esperança.
12. (a) Há quanto tempo atrás proferiu-se a sentença de destruição contra Satanás? (b) Por que morremos todos nós e se arruína a terra?
12 Estamos hoje dezenove séculos mais próximos do cumprimento desta promessa esperançosa de Jeová Deus, de esmagar a verdadeira Serpente, Satanás, o Diabo, sob os pés do Descendente, cujo calcanhar a Serpente Satanás machucou mortalmente, e também sob os pés dos seguidores fiéis daquele Machucado. Isto significa que já se passaram agora quase seis mil anos desde que Deus figuradamente preferiu a sentença de destruição sobre o primeiro Opositor, Satanás, por induzir o primeiro homem e a primeira mulher, dos quais todos nos descendemos, à resistência contra Jeová Deus. A participação nesta resistência satânica causou a morte de toda a família humana. Resultou também na expulsão de nossos primeiros pais humanos do Paraíso de Prazer, o Jardim do Éden, e a exclusão de todos nós daquele lar paradísico, no qual nossos primeiros pais humanos foram criados em perfeição. (Gênesis 2:7-3:24) É de se admirar que hoje, apesar de todo o progresso na medicina, todos nós morramos, e que, apesar de todas as melhoras nos métodos da agricultura, a terra fique tão poluída e arruinada, ao ponto de se tornar imprópria para a vida como nosso lar?
AQUELE SOB CUJOS PÉS SE FAZ O ESMAGAMENTO
13. Quem foi o único nascido nesta terra que escapou da condenação à morte, procedente de Adão e Eva, e como aconteceu isso?
13 Nenhum de nós pôde escapar de herdar a operação da morte em nosso corpo. Isto se dá porque todos descendemos de nossos pais que se opuseram a Deus, os quais rejeitaram a regência divina, num lar paradísico terrestre, e se submeteram à regência do Principal Opositor de Deus, Satanás, o Diabo. (Romanos 5:12) Nesta terra nasceu apenas um homem que escapou de herdar a condenação à morte do primeiro homem e da primeira mulher, os pecadores Adão e Eva, e este homem chamava-se Jesus Cristo. Como se deu esta coisa humanamente impossível? Deu-se porque Jesus não teve pai ou dador de vida humano. O óvulo no corpo de sua mãe humana Maria não foi fecundado por um marido humano. Foi o Deus Todo-poderoso, no céu, quem infundiu vida no óvulo de Maria e o fez desenvolver-se para se tornar perfeita criatura humana Não foi uma vida nova que o Todo-poderoso deu àquele óvulo humano. Antes, transferiu a força de vida de seu Filho celestial, conhecido como A Palavra ou O Verbo, para o óvulo da virgem e o fez desenvolver-se.
14. (a) Quem informou Maria sobre o futuro nascimento milagroso? (b) Que testemunho atesta que Jesus nasceu sem pecado?
14 Primeiro ele informou a judia virgem, Maria, por meio de seu anjo Gabriel, a respeito desta operação milagrosa, e disse-lhe que ela devia dar ao seu filho, que seria varão, o nome de Jesus. (Lucas 1:26-38) De modo que o homem com quem Maria se casou mais tarde não era o verdadeiro pai de seu filho Jesus. (Mateus 1:18-25) Desta maneira, como nos informam as Escrituras Sagradas, Jesus nasceu “imaculado, separado dos pecadores”. (Hebreus 7:26) Como homem adulto, ele pôde dizer aos seus críticos judaicos: “Quem de vós me declara culpado de pecado?” João 8:46.
15. (a) Por que tomou Satanás a Jesus por alvo principal de seu ataque? (b) Ao temor de que não cedeu Jesus, e, por isso, que espécie de morte sofreu?
15 O Grande Opositor, Satanás, o Diabo, fez deste Jesus Cristo o alvo dos seus ataques. Por quê? Porque se dava conta de que este Filho de Deus era o Agente Principal de Deus para machucar a cabeça da serpente ou para ‘esmagar a Satanás debaixo dos pés’. Assim como se predisse em Gênesis 3:15, Satanás tinha inimizade a este Descendente Prometido, Jesus Cristo, e pôs-se a machucar-lhe o “calcanhar”. Mas, verificou que não podia amedrontar Jesus a se sujeitar em escravidão a Satanás, por meio de ameaças de morte violenta. Jesus não cedeu em “temor da morte” às mãos dos agentes terrestres de Satanás, a Serpente, e não se esquivou em temor da morte violenta às mãos da ‘descendência’ da Grande Serpente. Satanás não conseguiu fazer Jesus recuar, mesmo diante duma morte semelhante a dum criminoso vil, numa estaca de execução. As acusações pelas quais Jesus foi morto eram falsas. Ele sofreu com consciência limpa uma morte sacrificial a favor de criaturas de carne e sangue, escravizadas por Satanás, o Diabo.
16. Por Satanás causar a morte de Jesus sob falsas acusações, como derrotou a si mesmo, segundo Hebreus 2:14, 15?
16 Por fazer com que Jesus fosse morto sob acusações falsas, Satanás, a Grande Serpente, só derrotava a si mesmo. Só fornecia o maior motivo para ele mesmo ser reduzido a nada e eliminado da existência. Este é o ponto salientado nas palavras inspiradas escritas a respeito de Jesus, como homem de carne e sangue: “Portanto, visto que as ‘criancinhas’ são partícipes de sangue e carne, ele participou também similarmente das mesmas coisas, para que, pela morte, reduzisse a nada aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo, e para que emancipasse todos os que pelo temor da morte estavam toda a sua vida sujeitos à escravidão.” — Hebreus 2:14, 15.
17. (a) De Que modo não se deixou Deus privar, pela morte, de seu principal vindicador? (b) Como foi Jesus então tornado mais forte do que a Grande Serpente, Satanás?
17 Jesus Cristo demonstrou “pela sua morte” inocente que tinha inimizade intransigente a Satanás, a Grande Serpente, até à própria morte. Vindicou também a regência divina de seu Pai celestial, Jeová Deus, como sendo Aquele a quem todas as criaturas no céu e na terra, da mais alta à mais baixa, deviam estar em sujeição absoluta. Deixaria o Deus Todo-poderoso Altíssimo seu principal vindicador nas garras da morte e privar-se-ia assim de qualquer uso adicional deste fiel? Não segundo o que Jeová Deus predissera ao falar à serpente no Jardim do Éden. Predissera que o ferimento do Descendente da “mulher” seria apenas a machucadura do calcanhar, não como se lhe fosse machucada ou esmagada a cabeça. Por isso, o Deus Todo-poderoso sarou o ferimento por ressuscitar a Jesus Cristo dentre os mortos, no terceiro dia, 16 de nisã do ano 33 E. C. Deus reconheceu que seu Filho Jesus Cristo sacrificara sua humanidade perfeita como oferta pelo pecado a favor de toda a humanidade, e, por isso, Deus não o ressuscitou novamente para a vida como homem perfeito de sangue e carne. Antes, Deus o restituiu ao domínio celestial do qual se transferira sua vida pré-humana para o ventre da judia virgem. Deus fez isso por ressuscitar seu Filho Jesus Cristo como gloriosa criatura espiritual, revestida de imortalidade (isenção da mortes é da “natureza divina”. (1 Pedro 3:18; 1 Coríntios 15:42-54; 2 Pedro 1:4) Esta espécie de ressurreição tornou o glorificado Jesus Cristo muito mais forte do que a Grande Serpente, Satanás, e o colocou numa posição forte, em que pode ‘reduzir a nada aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo’. — Hebreus 2:14.
EMANCIPAÇÃO!
18. (a) Segundo Hebreus 2:15, que pode Esperar toda a humanidade em vista da cura do ferimento do calcanhar do Descendente Prometido? (b) Embora governantes humanos livrassem suas populações escravas, eles foram incapazes de livrar a humanidade da escravidão a quem?
18 O que pode toda a humanidade esperar desta cura do ferimento que a Grande Serpente, Satanás, o Diabo, infligiu ao “calcanhar” do Descendente Prometido de Deus? Algo que toda a humanidade tem desejado por milhares de anos? Sim: Emancipação! Sim, livramento da escravização para toda a humanidade! O objetivo declarado do Descendente Prometido, ao provar a morte como homem de sangue e carne, não era só eliminar o Diabo, que ameaçava a humanidade de morte, se não se tornasse escrava dele, mas também para que “emancipasse todos os que pelo temor da morte estavam toda a sua vida sujeitos à escravidão”. (Hebreus 2:15) Sabe-se que alguns governantes políticos, terrestres, libertaram a população escrava de suas nações da servidão de escravizadores humanos, mas nenhum deles pôde emancipar seu próprio povo ou toda a humanidade da escravidão em massa em que o gênero humano se encontra, sujeito à Grande Serpente, Satanás, o Diabo. Isto não é nada de que se zombar, com a idéia de que não há tal coisa como um Diabo, mas que o Diabo é apenas um mito. Este Diabo de seis mil anos de idade é bastante esperto para enganar as atuais pessoas sábias nas coisas do mundo, para pensarem que ele não existe!
19. Por que não teve toda a humanidade a emancipação já antes, mas o que indica que ela está agora próxima?
19 É provável que muitos hoje digam: ‘Se existe um Diabo e se Jesus Cristo morreu há dezenove séculos atrás para nos emancipar da escravidão’ a este Diabo, por que é que toda a humanidade ainda não sentiu esta emancipação? Por que é que toda a humanidade não se sente hoje emancipada, mas, em vez disso, nos achamos escravizados por um sistema de coisas, cuja situação piora de ano em ano?’ O motivo é que, conforme indica a Bíblia Sagrada, ainda não chegou o tempo para o Descendente Prometido de Deus ‘machucar a cabeça da Serpente’ ou ‘reduzir a nada’ a Satanás, o Diabo. No entanto, este tempo desejável já está agora muito próximo. Se lá no primeiro século o apóstolo cristão Paulo podia escrever a concristãos em Roma: “O Deus que dá paz, por sua parte, esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés”, então já deve estar muito próximo hoje, dezenove séculos depois. (Romanos 16:20) Não só argumenta a favor disso a passagem de um longo período de tempo, mas também a continua “angústia de nações” da terra, desde o ano de 1914 E. C. (Lucas 21:25) Por isso é cada vez maior a expectativa dos que têm a esperança dada por Deus.
20. (a) Para que os homens se convencessem, concedeu-se um tempo para provar o que? (b) Por causa da proximidade do fim deste tempo concedido, que escolha precisam lazer todos?
20 Antes de se convencerem os bilhões de pessoas que ainda crêem na regência humana, precisa conceder-lhes plenamente o tempo para demonstrarem que a regência humana (segundo as suas afirmações) é a solução, que ela pode sozinha achar a saída e mostrar-se emancipadora de toda a humanidade. Esta concessão de tempo ainda não terminou plenamente. Em vista do fim iminente, chegou o tempo para as pessoas escolherem o que querem, a regência humana em primeiro e último lugar, e por todo o tempo, ou o Emancipador designado de Deus. No fim da concessão de tempo, cada um será recompensado segundo a sua escolha. Então, o Regente Divino emancipará apenas os que fixaram sua esperança no Emancipador celestial provido por Deus. O Descendente Prometido, Jesus Cristo, não trará antes disso a emancipação há muito esperada.
21, 22. (a) O que sabia Jesus, como homem na terra, sobre o tempo do Reino. e por que foi batizado à idade de trinta anos? (b) A que espécie de vida tentou Satanás induzir Jesus, e qual foi a última tentação que apresentou?
21 No primeiro século de nossa Era Comum, quando Jesus Cristo era de sangue e carne, na terra, como homem perfeito, ele sabia que então ainda não era o tempo para a emancipação de toda a humanidade mediante um governo seu. Ele tinha trinta anos de idade quando decidiu empreender o proceder de sacrifício de si mesmo, segundo a vontade de Deus, e simbolizou a apresentação de si mesmo, em sacrifício, por ser batizado no rio Jordão. (Hebreus 10:1-5; Mateus 3:13-17) Depois daquele batismo, ele foi sozinho ao ermo da Judéia, para jejuar e estudar a questão por quarenta dias. No fim deste tempo, estava tão plenamente decidido como antes a cumprir o proceder divinamente delineado de sacrifício, mesmo até à morte. No quadragésimo e último dia de jejum no ermo, verificou que não estava sozinho. Veio ter com ele alguém para tentá-lo, para que se afastasse do proceder de sacrifício de si mesmo. Aquele Tentador era Satanás, o Diabo. Tentou induzir Jesus a uma vida de satisfação dos próprios desejos, de glória e poder, como homem de sangue e carne. A terceira e última tentação foi a culminante. Segue-se o relato sobre esta tentativa ambiciosa, registrado por um discípulo pessoal de Jesus Cristo, a saber, Mateus (4:1-9):
22 “Novamente, o Diabo levou-o a um monte extraordinariamente alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: ‘Todas estas coisas te darei, se te prostrares e me fizeres um ato de adoração.”’
23. Em que diferiu Jesus dos atuais governantes humanos quanto ao seu conceito sobre o poder de Satanás, e que afirmação de Satanás não foi negada por Jesus?
23 Jesus não repetiu a questão, dizendo: ‘Não há Diabo. Por isso, como poderia dar-me “todos os reinos do mundo e a glória deles”, se eu realizasse um único ato simples de adoração perante ele? Como poderia eu adorar aquilo que não existe?’ Jesus não era assim como governantes nacionalistas humanos, da atualidade, que não gostam desta idéia e até mesmo perseguem o ensino de que “todos os reinos do mundo” estão nas mãos do Tentador, Satanás, o Diabo. Ele não negou a existência do Diabo e que o Diabo exercia o controle invisível sobre “todos os reinos do mundo”. Nem negou que o Diabo podia de direito dizer-lhe a respeito dos “reinos do mundo”: “Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles, porque me foi entregue e a dou a quem eu quiser. Se tu, pois, fizeres um ato de adoração diante de mim, tudo será teu.” (Lucas 4:5-7) Apresentava-se ali uma verdadeira tentação a Jesus, por uma pessoa real, que declarava os fatos do caso. Quanto a escolha de Jesus significava para a humanidade escravizada!
24. (a) Que espécie de regência ofereceu o Diabo a Jesus? (b) Qual era a questão envolvida, e que escolha se poderia ter feito?
24 A Grande Serpente, Satanás, o Diabo, não estava ali procurando machucar o calcanhar do Descendente Prometido de Deus. Oferecia a Jesus algo que aparentemente se destinava a evitar uma morte violenta causada por “aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo”. Oferecia a Jesus a regência do mundo, como homem, uma regência sobre “todos os reinos do mundo”, regência humana sobre toda a terra. Sim, mas uma “regência humana” como adorador do Diabo e sob o controle do Diabo, uma pessoa espiritual sobre-humana. A grande escolha era entre duas regências. A questão em jogo era: Regência! Regência humana ou regência divina? A regência humana como dádiva do Diabo e sujeita ao Diabo ou a regência da parte do Ser Divino e em sujeição a Ele? Se Jesus escolhesse a regência humana para si, como político mundano, que esperança deixaria isso para a humanidade escravizada?
A CRISTANDADE, EXEMPLO DA ESCOLHA ERRADA
25. (a) Em que temos hoje um exemplo do que teria resultado se Jesus tivesse aceito a oferta do Diabo? (b) Foi a cristandade iniciada por Jesus e seus apóstolos, ou teve início com a nação judaica?
25 Não ficamos entregues a cogitações! Temos um exemplo histórico real do que teria significado. Onde? Aqui mesmo na cristandade. Como? Ora, a cristandade afirma ser na terra o domínio em que se pratica o cristianismo. Muitas nações e seus governos afirmam ser cristãos. A cristandade não teve início com Jesus Cristo e seus doze apóstolos. A própria nação terrestre de Jesus, a nação judaica, não se tornou o começo da cristandade. A nação judaica, como corpo político, extinguiu-se no ano 70 E. C., numa luta lá em Jerusalém, não a favor de Jesus, o Messias, como Rei, mas a favor do judaísmo e de sua própria independência política da Roma imperial. Três anos depois da destruição de Jerusalém, as legiões romanas capturaram o último baluarte judaico, a fortaleza de Massada, no ano 73 E. C. Até hoje, os judeus ortodoxos, naturais, em todo o mundo, não fazem parte da cristandade, embora cooperem com a cristandade.
26. Quando se iniciou a Cristandade, como e com que espécie de professos cristãos?
26 Quase três séculos depois da tentação de Jesus Cristo no ermo da Judéia, veio à existência a cristandade. Isto ocorreu nos dias do imperador romano Constantino, o Grande, que foi batizado como professando o cristianismo pouco antes de sua morte no ano 337 E. C. Mas ele havia afirmado ter-se convertido ao cristianismo anos antes, no ano 312 E. C. Naquele tempo, o que se chamava cristianismo já se havia afastado tanto dos ensinos de Jesus Cristo e de seus apóstolos, que existiam supostos cristãos em armadura militar combatendo a favor deste general e político pagão, Constantino. Além disso, havia bispos nas igrejas daqueles dias, que ensinavam a doutrina pagã da Trindade, de um Deus trino, composto de “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo”. Os bispos disputavam acesamente se Deus era o único Deus, Jeová, das Escrituras Hebraicas, ou um chamado “Deus em três pessoas”, todas estas “pessoas” sendo coiguais e co-eternas. Constantino procurava acabar com as disputas.
27. (a) Que espécie de religião procurava criar Constantino, e o que ofereceu aos bispos da igreja? (b) Quem estava atrás desta oferta feita aos bispos, Cristo ou Satanás?
27 Constantino, como Sumo Pontífice (Pontifex Maximus) pagão, procurava convencer todos os bispos das igrejas. Procurava criar uma religião amalgamada, uma religião “ecumênica”, combinando o paganismo com o cristianismo. Atuando como Sumo Pontífice, e, por isso, como chefe religioso do Império Romano, ofereceu aos bispos posições de poder, destaque e riqueza junto ao governo romano, como funcionários da religião estatal romana. Fez-se ali a oferta de regência humana em conexão com o governo político a bispos chamados cristãos. Devemos pensar que Jesus Cristo, no céu, ofereceu ali a tais “bispos” uma regência humana relacionada com “todos os reinos do mundo”, que Ele mesmo havia recusado? Ou era o Tentador, Satanás, o Diabo, que ainda afirmava que estes reinos lhe haviam sido entregues? Não é difícil obter a resposta certa: era Satanás, o Diabo, quem, por meio de seu Sumo Pontífice na terra, oferecia aos bispos uma tentação similar à oferecida a Jesus Cristo. Mas, seguiram os bispos o exemplo de Jesus, inclusive o “bispo de Roma”?
28. (a) Seguiram aqueles bispos o exemplo de Cristo e assim o que resultou? (b) Que título assumiu o “bispo de Roma” e o que aconteceu à união da cristandade?
28 A história secular e eclesiástica responde que não! Muitos bispos caíram na tentação e entraram no serviço imperial como hierarquia da religião estatal romana, da Igreja Estatal Romana. Assim nasceu e se desenvolveu a cristandade. No ano 378 E. C., o bispo de Roma foi ao ponto de adotar o título e as responsabilidades de Sumo Pontífice, rejeitados pelo imperador romano Graciano. Nos séculos seguintes, a cristandade passou por muitos cismas, acompanhados por guerras religiosas, cruzadas e perseguição entre os chamados cristãos. Estabeleceram-se muitas diferentes Igrejas Estatais Nacionais. A cristandade tem-se tornado a organização religiosa mais poderosa e mais numerosa na terra. Tem-se tornado um espetáculo para todo o mundo pagão, não cristão, que agora constitui mais de dois terços da população da terra. Mas, exemplo de quê? Do verdadeiro cristianismo? Ou duma suposta regência divina, exercida por intermédio duma hierarquia religiosa, que coopera com reis humanos, os quais afirmam ter o “direito divino de reis”?
29. Por que perguntamos sobre a qualidade cristã das duas guerras mundiais, das organizações de paz mundial e dos preparativos de outra guerra mundial?
29 Foi cristã a Primeira Guerra Mundial, por ter começado entre dois estados políticos, europeus, que afirmavam ser cristãos? Foi cristã a Liga das Nações, por ter sido apoiada pela Igreja Anglicana e porque os clérigos estadunidenses a chamavam de “expressão política do Reino de Deus na terra”? Foi cristã a Segunda Guerra Mundial, por ter começado com a invasão dos exércitos de um suposto estado cristão do território de outro estado “cristão”? É cristã a organização das Nações Unidas em prol de paz e segurança mundiais, porque cerca da metade das suas 132 nações-membros afirmam ser cristãs? São cristãos os constantes preparativos para uma Terceira Guerra Mundial, com bombas nucleares e foguetes, porque a cristandade se sente obrigada a proteger-se com tais armas, a fim de sobreviver?
30. (a) Que particularidades más assinalam hoje a cristandade e são estas a expressão do cristianismo? (b) Que ilustram tais coisas quanto à escolha de regência mundana oferecida a Jesus pelo Tentador?
30 Olhe para as atuais condições da cristandade, depois de dezesseis séculos de existência. São a degeneração moral dentro dela, o aumento do crime, as injustiças sociais e raciais, as opressões, as dificuldades econômicas, a pobreza e a fome, a falta de respeito para com a autoridade legítima, o desgoverno, a loucura por prazeres egoístas, a falta de amor ao próximo, que significa falta de amor a Deus — são estas coisas uma expressão do cristianismo? De modo algum! São o resultado do estabelecimento da cristandade no quarto século E. C. E visto que a cristandade resultou de terem os bispos das igrejas cedido às tentações que lhes foram apresentadas pelo Império Romano pagão, ilustra-se vívida e dolorosamente o que teria resultado se o próprio Jesus Cristo tivesse aceito o suborno oferecido, a regência humana sobre “todos os reinos do mundo”. Mas, aceitou Jesus Cristo a oferta tentadora de Satanás, o Diabo? É ele responsável pela atual angústia do mundo?
31. Como tratou Jesus a oferta feita pelo Tentador?
31 O registro bíblico diz: “Jesus disse-lhe então: ‘Vai-te, Satanás! Pois está escrito: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.”’ O Diabo deixou-o então, e eis que vieram anjos e começaram a ministrar-lhe.” — Mateus 4:10, 11; Marcos 1:12, 13.
32. (a) Que regência reconheceu Jesus, conforme indicado pela mensagem que pregou? (b) Neste respeito, o que esperava Jesus que Jeová Deus fizesse?
32 Jesus Cristo recusou categoricamente a regência humana das mãos de Satanás, o Diabo. Reconheceu a regência divina, a de Jeová Deus. Por isso percorreu a terra da nação de Israel, proclamando: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” Depois de seu batismo no rio Jordão, fora ungido com o espírito de Deus para pregar esta mensagem. Enviou seus doze apóstolos para pregarem a mesma mensagem de esperança de toda a humanidade. (Mateus 4:13-17; Lucas 4:16-21; 9:1-6; Mateus 10:1-7) Jesus Cristo esperou até que Deus exercesse sua regência divina por estabelecer o reino celestial nas mãos do Descendente Prometido, que havia de esmagar a Grande Serpente, machucando-lhe a cabeça e assim a reduzindo a nada, para emancipar toda a humanidade. Jesus morreu fiel à regência divina, reconhecendo somente a Jeová Deus, como governante supremo, o Soberano Universal.
EM BREVE TERMINARÁ A GRANDE ESPERA EM ESPERANÇA
33. Segundo Hebreus 10:12, 13 até quando esperou Jesus à direita de Deus, e o que mostra o Salmo 110:1, 2, sobre o que nos acontecerá se tomarmos o lado dos seus inimigos?
33 Mesmo depois de ser ressuscitado dentre os mortos, no terceiro dia, Jesus continuou a aguardar o tempo em que Deus ia estabelecer o reino celestial sobre toda a humanidade. Sobre isso escreveu-se aos cristãos hebreus, no primeiro século E. C.: “Mas este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” (Hebreus 10:12, 13) Esta é uma referência ao Salmo 110:1, 2, onde lemos: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor é: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’ Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.”’ Pela obediência a esta ordem, Jesus Cristo terá o apoio da Regência Divina, e todos os inimigos na terra se tornarão seu escabelo, todos completamente subjugados e destruídos. (Salmo 110:5, 6) Portanto, todos nós sabemos hoje o que esperar se tomarmos o lado de seus inimigos, que são inimigos da regência divina.
34. (a) No tempo que ainda resta, o que têm a oferecer à humanidade a regência humana e o próprio Diabo? (b) Desde a expulsão de Satanás do céu, fez-se saber a humanidade o significado de que clamor no céu?
34 O que têm estes inimigos a oferecer à humanidade, no tempo que ainda lhes resta? Nada melhor do que já nos apresentaram. Que pode oferecer à humanidade, mediante os “reinos do mundo”, aquele invisível que tem a autoridade não vista sobre estes inimigos, a saber, Satanás, o Diabo? Nada senão serem machucados e esmagados sob os pés de Cristo, junto com o próprio Satanás. Pelo cumprimento do livro profético de Revelação ou Apocalipse, capítulo doze, Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos já foram expulsos dos santos céus para a vizinhança de nossa terra. Toda a humanidade tem sentido os efeitos desta restrição da Grande Serpente, Satanás, e de seus demônios à nossa terra, desde a primeira guerra mundial de 1914-1918. No mais de meio século desde então, toda a humanidade ficou sabendo dum modo muito doloroso o significado do clamor ouvido no céu, por ocasião da expulsão de Satanás e de seus demônios: “Regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.” — Revelação 12:12.
35, 36. (a) Conseguiu a regência humana remover este “ai” da terra e do mar? (b) Até onde irá a “grande ira” de Satanás contra a regência divina e como descreveu Jesus o que isto significará para a humanidade?
35 A regência humana, mesmo equipada com todas as suas vantagens científicas modernas e crescente saber, não conseguiu remover da terra e do mar este “ai” diabólico. A “grande ira” de Satanás, o Diabo, contra a Regência Divina não parará sem levar todos os estabelecimentos políticos de regência humana à completa ruína. Se ele mesmo não puder reger a terra, então está decidido a que nenhuma destas formas terrestres de regência humana sobreviva a ele. Agora, numa tentativa suicida, conduz toda a regência humana política à destruição sob os pés do Descendente Prometido de Deus, Jesus Cristo. Isto significará um tempo de dificuldades como os habitantes da terra nunca sentiram antes. Jesus Cristo descreveu isto, ao predizer a “terminação do sistema de coisas”, dizendo:
36 “Então haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” — Mateus 24:3, 21, 22; Marcos 13:19, 20.
37. (a) De que eram exemplo típico o horrível sítio e a destruição de Jerusalém em 70 E. C.? (b) Com quanta certeza virá a tribulação que arruinará o mundo, e que pergunta se suscita sobre isso?
37 Os horrores do sítio e da destruição da cidade de Jerusalém, pelos romanos, no ano 70 E. C., foram apenas um exemplo típico dos horrores da vindoura tribulação global em que se aniquilará a cristandade e todo o resto deste sistema humano de coisas. Tão certamente como veio o predito dilúvio global nos dias do pregador justo Noé, tão certamente como vieram as preditas destruições da antiga Jerusalém, nos dias dos profetas de Jeová e nos dos apóstolos de Jesus Cristo, com tanta certeza virá a predita tribulação que arruinará o mundo — em nossa própria geração. As testemunhas cristãs de Jeová, já por quase cem anos, têm avisado toda a humanidade a respeito desta catástrofe mundial. Não fizeram isso só para provar como veraz aquilo que têm pregado, mas, antes, para provar veraz a palavra profética de Jeová que têm pregado. Ninguém da humanidade poderá escapar disso; toda a humanidade entrará nesta tribulação das tribulações. A questão é: Quem da humanidade sobreviverá a ela?
38. Que meio humano de sobrevivência à “grande tribulação” falhará, de modo que a única esperança de toda a humanidade está em quê?
38 Ninguém na terra poderá sobreviver pela sua própria força ou pelas medidas protetores humanas que possa adotar. A cristandade não mostrará ser abrigo de refúgio e de sobrevivência, só porque usa o nome de Cristo e tem cruzes nas torres de suas igrejas. As Nações Unidas, repetidas vezes chamadas de “última esperança” da humanidade, falharão em ser tal coisa. As alianças regionais e as organizações de tratados, das nações políticas, deixarão de levar quer os governantes humanos, quer os governados humanos, a salvo através da “grande tribulação” sem precedentes. Nada do que os homens possam inventar pode servir de esperança. As profecias das Escrituras Sagradas advertiram de antemão sobre esta vindoura aflição desesperada de toda a humanidade. Em face desta perspectiva completamente sem esperança do inteiro sistema humano de coisas, torna-se claro a toda pessoa de reflexão que a única esperança de toda a humanidade deve estar além do domínio humano. A salvação da humanidade nunca veio nem virá da própria humanidade, como se a humanidade pudesse levantar a si mesma. Por isso, a teoria filosófica, comunista, do materialismo, a saber, de que não existe nada senão o material, leva a um beco sem saída!
A QUE RECORRER EM VERDADEIRA ESPERANÇA
39. (a) Nossa esperança precisa ser algo localizado em que domínio, mas quem está ali excluído de ser tal esperança? (b) A que devem voltar os “prisioneiros da esperança’’, segundo lhes diz o Governante Divino?
39 Nossa esperança, para se cumprir em felicidade, precisa fixar-se em algo espiritual. Não, não naquele espiritual “deus deste sistema de coisas”, a Grande Serpente, Satanás, o Diabo, aquele iníquo que causa o atual “ai” na humanidade. (2 Coríntios 4:4) O apóstolo cristão Paulo o chama de “espírito que agora opera nos filhos da desobediência”, todos os quais ‘têm andado segundo o sistema de coisas deste mundo’. (Efésios 2:2) Não, nós os que desesperadamente precisamos duma verdadeira esperança, temos de desviar os olhos daquele invisível “governante deste mundo”. (João 12:31) Temos de desviar nossos olhos anelantes deste sistema mortífero e aflitivo de coisas. Para o que devemos olhar, que seja espiritual e mais elevado do que o homem e o Diabo? Para o que somente podemos voltar-nos em confiança? Através dos corredores dos milênios passados de tempo ressoam as palavras do Governante Divino: “Voltai ao reduto, prisioneiros da esperança.” — Zacarias 9:12.
40. (a) A quem se dirigiram primeiro estas palavras de Zacarias 9:12, e qual era o “reduto” lá naquele tempo? (b) De onde deviam voltar aqueles “prisioneiros da esperança”, e como se abriu o caminho para a liberdade?
40 Estas palavras estimulantes, proferidas por intermédio do profeta Zacarias há quase dois mil e quinhentos anos atrás, foram dirigidas aos que sinceramente desejavam ser o povo favorecido do Grande Espírito, a respeito de quem Jesus Cristo disse: “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.” (João 4:24) O “reduto” ao qual os “prisioneiros da esperança” precisavam ‘voltar’ era o reino messiânico de Deus, representado lá naquele tempo pela cidade de Jerusalém, onde um rei da família real de Davi, de Belém, costumava assentar-se num trono chamado de “trono de Jeová”. (1 Crônicas 29:23) Os “prisioneiros da esperança” tinham de ‘voltar’ a esta forma terrestre de regência divina, saindo de seu longo exílio na Babilônia pagã, lugar onde se iniciou a falsa religião organizada em oposição a Jeová Deus, nos dias de Ninrode, famoso caçador. (Gênesis 10:8-10; 11:1-9) No tempo do profeta Zacarias, esta Babilônia havia ocupado a sede do domínio mundial como terceira potência mundial da história bíblica. Em 539 A. E. C., o Deus Todo-poderoso quebrou o poder de Babilônia sobre seus “prisioneiros” e abriu o caminho para a liberdade!
41. (a) Por que não se trata aqui apenas de um pouco de antiga história morta? (b) Quem são hoje os “prisioneiros da esperança” e de que precisam eles?
41 Era um pouco de história emocionante no passado longínquo! Mas não é história morta. É história profética que vive para nós hoje e encontra seu paralelo vivo hoje em dia, em nossa geração. Este é o motivo de ter sido escrita e preservada entre as profecias de Zacarias, um dos últimos profetas de Jeová antes de Jesus Cristo. Pois bem, podemos nós hoje ser classificados como “prisioneiros da esperança”? Sim, se compreendermos e aceitarmos a esperança que o “Deus de esperança” nos oferece. O último livro de suas Escrituras Sagradas, Revelação ou Apocalipse, indicou de antemão a existência, não da antiga Babilônia, mas de Babilônia, a Grande, nos nossos dias. Esta Babilônia mais poderosa simboliza o império mundial da religião falsa, que tem relações religiosas com os governos políticos deste sistema de coisas, até mesmo com a Rússia comunista. Todos os povos do mundo, quer sejam praticantes das centenas de religiões, quer se apeguem às instituições políticas do mundo, são “prisioneiros” de Babilônia, a Grande, e de seus associados políticos. Estes “prisioneiros” precisam ser emancipados e liberados, para a sua salvação!
42. (a) Por que é tal livramento muito urgente? (b) Qual é hoje este “reduto” ao qual devem voltar os “prisioneiros”, e o que enviou Jeová dali desde 1914 E. C.?
42 Isto precisa acontecer urgentemente. Por quê? Porque Babilônia, a Grande, e todos os seus amantes políticos já estão condenados à breve destruição! Como podem homens ser emancipados de sua prisão espiritual, quando só se pode esperar a destruição na vindoura “grande tribulação”? Há um único modo de se alcançar a emancipação, e este é voltar ao “reduto” que Deus apresenta a todos os “prisioneiros da esperança”. Este “reduto” é o reino messiânico de Deus, antigamente representado pelo reduto da cidade de Jerusalém. O reino messiânico terrestre, na Jerusalém do Oriente Médio, deixou de existir há muito tempo. Foi revivificado em nosso tempo, não lá na Jerusalém terrestre, mas nos céus, onde se assenta o Descendente real do Rei Davi, a saber, Jesus Cristo. Seu trono não é um trono material, perecível, na Jerusalém terrestre, mas é realmente o “trono de Jeová”, pois ele está sentado à “direita” de Jeová Deus nos céus. (Salmo 110:1, 2; Atos 2:34-36; 7:55, 56; 1 Pedro 3:22; Revelação 3:21) Foi dali que Jeová enviou o ‘bastão da força de Cristo’ desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914.
43. (a) Então, qual é a única esperança de toda a humanidade? (b) De onde e para onde ‘voltaram’ as testemunhes cristãs de Jeová desde 1918 E. C., e como dizem a todos os outros “prisioneiros” que voltem àquele “reduto”?
43 É sob os pés deste Cristo e de seus seguidores fiéis que Jeová, em breve, ‘esmagará a Satanás’. (Romanos 16:20) O reino deste Emancipador messiânico é o representante comissionado da Regência Divina do Deus Altíssimo e Todo-poderoso, Jeová. É a única esperança de toda a humanidade. É o reduto divinamente designado para o qual se deve voltar em busca de liberdade e vida em felicidade infindável. As testemunhas cristãs de Jeová, desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, abandonaram seu encarceramento espiritual em Babilônia, a Grande, e ‘voltaram ao reduto’, ao reino messiânico de Deus, estabelecido na Jerusalém celeste. Apesar da piora das condições fatais do mundo, usufruem agora sua maravilhosa emancipação espiritual e se alegram com a sua gloriosa esperança quanto ao futuro próximo. Em grande compaixão para com toda a humanidade, clamam urgentemente a todos os “prisioneiros”, em toda a parte, para que ‘voltem ao reduto’, ao cumprirem a ordem profética de Cristo: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14.