Jerusalém — uma pedra pesada para todos os povos
“Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos.” — Zac. 12:3, ALA.
1. Por que tem sido notável no cenário internacional, recentemente, a antiga Jerusalém?
É NOTÁVEL, no atual cenário internacional, a antiga cidade de Jerusalém. Suscita o vivo interesse de três das maiores organizações religiosas do mundo da humanidade, a saber, do islamismo, da cristandade e do judaísmo. Eventos de importância histórica para todas estas organizações religiosas ocorreram nesta cidade. Muitos locais, dentro da cidade, e nas suas proximidades, são considerados sagrados e assinalam-se por um edifício religioso ou algo semelhante. É por isso que a cidade se acha dividida atualmente, a parte mais antiga, embora menor, pertencendo à nação muçulmana do Jordão, e a parte mais recente e maior pertencendo à judaica República de Israel.
2. Tendo-se em vista a dificuldade que cerca a antiga cidade, que pergunta talvez alguém faça?
2 Desde a Segunda Guerra Mundial, tem havido muita dificuldade perigosa internacional e inter-religiosa a respeito de Jerusalém. Tendo tudo isto presente, talvez alguém pergunte: ‘Será este o cumprimento moderno do que Zacarias, profeta israelita, escreveu no sexto século antes de nossa Era Comum a respeito desta cidade?’
3. Conforme mencionado por quem pergunte, o que escreveu o profeta Zacarias?
3 Eis o que escreveu Zacarias, o filho de Baraquias, o filho de Ido, numa época quando a cidade santa era cidade inteiramente judaica: “Sentença pronunciada pelo SENHOR [Jeová] contra Israel. Fala o SENHOR o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.” — Zac. 12:1-3, ALA.
4. Qual é a resposta certa à pergunta, e qual é a base para tal resposta?
4 A resposta à pergunta é Não! A Jerusalém terrestre, com que tem de ver a profecia bíblica, já deixou de existir no ano 70 de nossa Era Comum. Naquele ano, as legiões romanas sob o General Tito destruíram a cidade, depois de horrível matança dos judeus. Durante sessenta anos, a cidade ficou desolada. Depois disso, quando se construiu uma cidade naquele local outrora santo, foi construída, não pelos judeus ou israelitas, mas pelos romanos pagãos. Foi no ano 130 que o imperador romano, Adriano, visitou as ruínas e ordenou que ali fosse construída uma cidade. Veio a ser chamada Aelia Capitolina, e na antiga área do templo construiu-se um santuário para o deus pagão, Júpiter.
5. Que mudanças quanto ao aspecto e à propriedade experimentou Jerusalém desde os dias do Imperador Constantino, o Grande, até agora?
5 Na primeira parte do quarto século, o Imperador Constantino aparentou tornar-se cristão. Assim, deu-se à Jerusalém, então sob o controle romano, a categoria de cristã. Em 637 E. C., porém, esta Jerusalém caiu diante dos muçulmanos. Mais tarde, em 1099 E. C., os cruzados da cristandade tomaram a cidade. Quanto ao que aconteceu aos judeus por causa disto, The New Jewish Encyclopedia, de 1962, (página 237), diz: “Depois da conquista muçulmana, os judeus tiveram permissão de localizar-se em Jerusalém, mas, a inteira comunidade judaica foi exterminada durante as expedições dos cruzados.” No ano 1187, Jerusalém caiu de novo diante dos muçulmanos, que retiveram a cidade até que os exércitos da Grã-Bretanha a tomaram em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. Foi em 1948 que a Velha Cidade de Jerusalém viu-se desprovida de todos os judeus, depois de a guarnição da Velha Cidade se render aos muçulmanos em 28 de maio.
6, 7. (a) A destruição de Jerusalém, em 70 E. C. cumpriu a profecia dada por Deus por intermédio de quem? Por que podia Deus permitir que a Jerusalém terrestre fosse então destruída? (b) Que comparação tece o apóstolo Paulo entre as duas Jerusalém?
6 Agora, no tocante à profecia de Zacarias 12:1-3, lá no ano 70, quando as legiões romanas cercaram a cidade rebelde de Jerusalém e a lançaram fora de existência, essa profecia certamente que não foi cumprida. Tal destruição da antiga Jerusalém pelos exércitos romanos fora predita por outro profeta de Jeová Deus, a saber, Jesus Cristo. Segundo a própria declaração de Jesus, Jeová Deus abandonara a casa de adoração de Jerusalém, o seu templo, e assim Deus não defendeu a cidade anticristã naquele ano 70. Deixou que fosse completamente arrasada. Deus tinha outra Jerusalém em existência naquele tempo, e não havia exércitos romanos que a pudessem destruir. O apóstolo cristão, Paulo, trouxe à atenção esta outra Jerusalém até mesmo antes de ser arrasada a Jerusalém terrestre. Quando escrevia aos cristãos na Ásia Menor, Paulo falou de Sara, a verdadeira esposa do patriarca Abraão, e de Agar, sua concubina egípcia, e fez a seguinte comparação:
7 “Ora, esta Agar significa Sinai, um monte na Arábia [onde foram dados os Dez Mandamentos], e ela corresponde à Jerusalém atual, pois está em escravidão com os seus filhos [seus cidadãos judaicos]. Mas a Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe. Por conseguinte, irmãos, somos filhos, não duma escrava, mas da livre.” — Gál. 4:25, 26, 31.
8. Como foi mencionada esta outra Jerusalém na carta escrita aos hebreus cristianizados?
8 Esta outra Jerusalém, esta “Jerusalém de cima”, foi mencionada em outra carta, escrita anos antes de os romanos destruírem a Jerusalém terrestre em 70 E. C. Esta carta foi remetida aos hebreus que se tornaram cristãos e lhes dizia: “Não vos chegastes ao [Monte Sinai] que pode ser apalpado e que tenha sido incendiado com fogo, e a uma nuvem escura, e a densa escuridão, e a uma tempestade [quando foram dados ali os Dez Mandamentos], . . . Mas, vós vos chegaste a um Monte Sião e a uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial, e a miríades de anjos, . . . e a Deus, o Juiz de todos, . . . e a Jesus, o mediador dum novo pacto.” — Heb. 12:18-24.
9. Sobre o quê viu o apóstolo João, em visão, estarem em pé Jesus Cristo e seus seguidores? O que continuou a existir ali, depois de 70 E. C.?
9 Mais tarde, em visão miraculosa, o apóstolo cristão, João, viu o sacrificial Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, em pé sobre o celeste Monte Sião, e junto com ele estavam os 144.000 seguidores fiéis que o seguem até mesmo à sua própria morte. (Rev. 14:1-5; 7:4-8) Portanto, então, os cristãos se aproximavam de algo celeste, algo que os romanos jamais poderiam destruir. Por conseguinte, quando as legiões romanas realmente destruíram a rebelde e anticristã Jerusalém, na terra, a Jerusalém celestial de Deus, no Monte Sião celestial, continuou a existir e a servir como a fiel organização de Deus.
10. Por que, então, não podemos considerar a Jerusalém terrestre da atualidade como sendo a nossa capital religiosa?
10 Bem, então, se o apóstolo Paulo e o apóstolo João não se preocuparam com nenhuma cidade terrestre chamada Jerusalém, nem com a sua política, por que devemos fazê-lo nós, atualmente, se formos verdadeiros cristãos? Por que devemos aliar-nos ao Imperador Constantino, o Grande, em considerar a cidade pagã construída no local da destruída Jerusalém como lugar de sagrada história cristã e como algo a ser prezado religiosamente? Por que devemos considerar a Igreja do Santo Sepulcro, que Constantino construiu na cidade, como sendo lugar santo ou santuário para os cristãos? Não devemos fazer isso. Como Paulo e João, temos presente a Jerusalém celestial e a Sião celestial, das quais nos aproximamos. Por isso, não podemos considerar a Jerusalém terrestre da atualidade como sendo a nossa capital religiosa, nem podemos seguir a teoria religiosa que, depois do ano 70 E. C., a capital religiosa foi transferida da Jerusalém terrestre para Roma, a destruidora de Jerusalém.
A JERUSALÉM DO CUMPRIMENTO
11. Em que sentidos a Jerusalém terrestre da atualidade não cumprirá a profecia de Zacarias 12:2, 3? Será que ela será preservada da destruição?
11 Em harmonia com o acima, os hodiernos cristãos inteligentes não podem considerar a Jerusalém, no Oriente Médio, como a cidade em que há de cumprir-se a profecia de Zacarias 12:2, 3. Ela não é a cidade que Jeová faz que se torne um cálice do qual todos os povos ao redor bebem e ficam tontos. Ela não é a Jerusalém que Jeová torna “uma pedra pesada para todos os povos”, de modo que, se tentarem removê-la do caminho, ferir-se-ão seriamente. A Jerusalém terrestre da atualidade não representa nada de divino, que mereça ser preservado da destruição. Deus não preservou da destruição a Jerusalém dos dias de Jesus. Por que, então, deve a atual cidade murada de Jerusalém e a Jerusalém sem muralhas serem preservadas da destruição na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” no Armagedom? (Rev. 16:14-16) Não será preservada. Não é a cidade a que Jeová Deus se refere quando diz, em Zacarias 12:8 (ALA), que “protegerá os habitantes de Jerusalém”. Quem é que habita a Jerusalém terrestre na atualidade?
12, 13. (a) Foi a profecia de Isaías 28:16 cumprida na Jerusalém terrestre? (b) Como fornece Paulo a resposta correta em Romanos 9:31-33?
12 Na profecia de Isaías 28:16 (ALA), Jeová Deus fez esta promessa: “Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, sòlidamente assentada; aquele que crer não foge.” Foi a Jerusalém terrestre a cidade em que Jeová Deus cumpriu tal promessa? De jeito nenhum!
13 Esta profecia de Isaías 28:16 é citada pelo apóstolo Paulo em sua carta aos cristãos romanos, e, em seu argumento, não a aplica à condenada Jerusalém terrestre dos seus dias. Pouco antes de citar a profecia de Isaías, Paulo diz: “Israel, embora se empenhasse por uma lei da justiça, não alcançou a lei. Por que razão? Porque se empenhou por ela, não pela fé, mas como por obras. Tropeçaram sobre a ‘pedra para tropeço’.” Daí, Paulo cita de Isaías, dizendo: “Conforme está escrito: ‘Eis que eu ponho em Sião uma pedra para tropeço e uma rocha de ofensa, mas quem basear nela a sua fé não ficará desapontado.’” — Rom. 9:31-33.
14, 15. (a) A quem, então, aplicava o apóstolo Paulo Isaías 28:16, e por quê? (b) Como foi que Deus lançou ali a simbólica pedra preciosa, angular?
14 Os judeus de Israel não exerceram fé em Jesus Cristo como sendo o Filho de Deus e o Messias prometido. Tropeçaram nele qual pedra. Portanto, entregaram-no aos romanos para que fosse pendurado numa estaca. Rejeitando-o, ficaram desapontados em todas as suas esperanças. Portanto, torna-se evidente que o apóstolo Paulo aplicava a profecia de Isaías 28:16 à Jerusalém celestial.
15 Na Sião ou Jerusalém celestial, o Deus Todo-poderoso, Jeová, colocou seu Filho martirizado, Jesus Cristo, por levantá-lo dos mortos ao terceiro dia e por exaltá-lo ao céu, a fim de ser o Principal da organização celeste de Deus, isto é, na Sião ou Jerusalém celestial. Ali, o ressuscitado Jesus Cristo sentou-se à destra de Deus. — Sal. 110:1, 2; Atos 2:22-36; Heb. 10:12, 13.
16. Segundo o apóstolo Pedro, o que aconteceu aos judeus que rejeitaram a Pedra? Mas, o que aconteceu aos crentes na Pedra?
16 Aos que então criam em Jesus Cristo como sendo a Pedra profética de Isaías 28:16, escreveu o apóstolo Pedro: “É para vós, portanto, que ele é precioso, porque vós sois crentes; mas, para os que não crêem, ‘a mesma pedra que os construtores rejeitaram tem-se tornado a principal do ângulo’, e ‘uma pedra para tropeço e uma rocha de ofensa’. Estes tropeçam porque são desobedientes à palavra. Foram também designados para este mesmo fim. Mas vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” (1 Ped. 2:7-10) Assim, os judeus descrentes foram lançados fora, e os crentes naquela Pedra se tornaram o povo de Deus. Por isso, Deus permitiu que a Jerusalém terrestre fosse destruída em 70 E. C. A Sião ou Jerusalém celestial, em que êle lançou a Pedra, permaneceu.
17. (a) Até quando esperou Jesus Cristo na Jerusalém celestial, e que ordem lhe foi dada então? (b) De quem são inimigas as nações terrestres?
17 O ressuscitado Jesus Cristo era essa Pedra real que Jeová Deus lançou na cidade celestial como firme Alicerce, no ano 33 E. C. Ali, à destra de Deus, Jesus Cristo teve de esperar até que, conforme Jeová Deus disse no Salmo 110:1, 2, “eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés”. O tempo de espera à destra de Deus terminaria com o fim dos Tempos dos Gentios no ano de 1914 E. C., tempo em que Jeová Deus enviaria a vara do poder de Cristo, desde a Sião ou Jerusalém celestial, dizendo: “Domina no meio dos teus inimigos.” Quem seriam estes inimigos? Todas as nações terrestres que se opusessem ao reino celestial de Deus conforme exercido pelo seu Filho entronizado, Jesus Cristo. Visto que são os inimigos da Pedra real, lançada na Sião ou Jerusalém celeste, são também os inimigos daquela cidade celeste. A Pedra real, Jesus Cristo, e a Jerusalém celeste, estão inseparavelmente unidos, um com o outro. Neste respeito, o termo Jerusalém se refere mais à parte capital da organização universal de Deus e, por isso, não inclui anjos.
18, 19. Quando é que Jeová faz com que a Jerusalém celeste seja um cálice que causa tontura e uma pedra pesada, e para quem?
18 Nem todas as nações da atualidade são hostis à Jerusalém terrestre, mas todas são hostis à Jerusalém celeste. Como, então, é que Deus faz com que a invisível Jerusalém celeste seja um cálice que causa tontura e uma pedra pesada que causa ferimentos profundos aos povos de todas estas nações terrestres? Quando é que Ele faz isto? E por quê?
19 Ele faria isso após o ano 1914 de nossa Era Comum, ano de importância universal. Foi naquele ano que terminou o tempo de espera à destra de Deus para a Pedra real, Jesus Cristo. Por quê? Porque no sétimo mês lunar judaico daquele ano, ou por volta de 1.° de outubro de 1914, findaram os “tempos dos gentios”. — Luc. 21:24, ALA.
20. Até o ano de 1914, como foi que Deus não interferiu com as nações, mas, como foi que começou a fazer isso em 1914?
20 Muito antes, no ano de 607 A. E. C., a potência mundial gentia da Babilônia derrubara o reino de Deus na Jerusalém terrestre, e uma sucessão de potências mundiais sucederam a Babilônia em exercer o controle político sobre toda a terra. Durante todos os 2.520 anos, Jeová Deus não interferiu com tais nações, por estabelecer de novo um reino às mãos dum descendente real do Rei Davi. Mas, em 1914, chegou o tempo para que Deus fizesse isso, no fim dos Tempos dos Gentios para o domínio de toda a terra. Então, ele empossou a Pedra real que fora lançada na Sião ou Jerusalém celestial no ano de 33 E. C., a saber, Jesus Cristo, o Filho de Davi.
21. Onde foi que renasceu então o reino de Deus? Qual era a grande questão naquele tempo?
21 Assim, renasceu o reino de Deus, na linhagem real de Davi, não na Jerusalém terrestre, que estava então sob o controle turco, mas na Jerusalém celeste. Naquele tempo, a grande questão era: Estavam dispostas as nações, tanto as de dentro da cristandade como as de fora dela, a submeter-se ao reino recém-nascido de Deus, em que Jesus Cristo, o “Filho de Davi” sentava-se dominando na Sião ou Jerusalém celestial?
22. Como foi que a Jerusalém terrestre ficou envolvida na Primeira Guerra Mundial, e como foi que o controle sobre a Antiga Cidade passou de mãos até 1948?
22 No ano de 1914, a Jerusalém terrestre, no Oriente Médio, ficou envolvida numa guerra internacional por causa do domínio mundial, pois Jerusalém era então parte do Império Turco. Em 30 de outubro de 1914, as nações Aliadas declararam guerra à Turquia, visto que ela estava então do lado do Império Germânico e do Império Austro-Húngaro. Em 5 de novembro de 1914, a Grã-Bretanha declarou guerra à Turquia. Assim, aconteceu que, em 9 de dezembro de 1917, os exércitos britânicos sob o comando do General Allenby capturaram a Jerusalém terrestre, destarte trazendo esta cidade sob o controle da cristandade. Mais tarde, os britânicos receberam o mandato sobre a Palestina da parte da Liga das Nações, e os britânicos o retiveram até que expirou ao primeiro minuto de 15 de maio de 1948. Depois disso, os árabes e os judeus lutaram pela posse da Velha Cidade. Os árabes ganharam e os judeus foram expulsos. Durante todo este tempo, nenhuma dessas nações teve presente a Jerusalém celeste e seu Rei.
23. Como foi que as nações que se empenharam na Primeira Guerra Mundial realmente provaram estar contra a Jerusalém celeste?
23 Bem, então, estavam as nações que travaram a Primeira Guerra Mundial realmente contra a Sião celeste e o reino do Filho de Deus, Jesus Cristo, que agora reinava nela? Sim! Lutaram para determinar que bloco político de nações devia ocupar o principal lugar no domínio gentio de toda a terra. Ignoraram e pisaram sob os pés o direito do Rei da Jerusalém celeste de dominar toda a terra. A nossa pregação de tal coisa deixou iradas tais nações. (Rev. 11:15-18) Deste modo, revelaram sua oposição ao reino de Deus e a seu Rei, Jesus Cristo. Deixaram transparecer a sua ira por ficarem iradas com os verdadeiros cristãos que reconheceram o começo do reino celeste de Jesus Cristo e que se submeteram a seu direito de dominar toda a terra. Quem eram estes verdadeiros, cristãos?
24. Quem eram tais cristãos verdadeiros, contra os quais as nações ficaram iradas?
24 Eram os embaixadores terrestres do reino celestial. Estes imitavam o apóstolo Paulo, que disse: “Deus, por meio de Cristo, estava reconciliando o mundo consigo mesmo, não lhes imputando as suas falhas, e ele nos encarregou da palavra da reconciliação. Somos, portanto, embaixadores, substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio. Rogamos, como substitutos de Cristo: ‘Sede reconciliados com Deus.’ — 2 Cor. 5:19, 20.
25. Durante a Primeira Guerra Mundial, o que proclamavam esses embaixadores do Reino, e o que concitavam o povo a fazer?
25 Os embaixadores do Reino proclamavam que os Tempos dos Gentios terminaram em 1914 e que o irrompimento da Primeira Guerra Mundial, com todas as coisas horríveis que a acompanhavam, era a prova predita de que findaram então os “tempos designados das nações”. Proclamavam que as nações que não se submetessem ao reino estabelecido de Deus seriam destruídas na vindoura batalha do Armagedom. Rogavam ao povo que se voltasse pacificamente para o reino de Deus, mediante Cristo, pois as pessoas que assim fizessem escapariam da destruição da parte do Rei de Deus, agora entronizado na Jerusalém celeste.
26. Quem se notabilizava, então, entre esses embaixadores cristãos? Por que se tornaram objetos de ódio entre todas as nações?
26 A história registrada nos informa de que, à frente daqueles cristãos que agiam assim quais embaixadores do reino estabelecido de Deus, durante os anos de 1914-1916, achava-se um cristão plenamente dedicado, batizado, que se chamava Charles Taze Russell. Era então presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, com sede em Brooklyn, Nova Iorque. Os cristãos que se associavam como este Sr. Russell em proclamarem o fim dos Tempos dos Gentios e o pleno estabelecimento do reino de Deus nos céus, foram zombeteiramente chamados de “russellitas” pelos seus inimigos. Continuaram a ser chamados assim mesmo depois de Russell morrer em 31 de outubro de 1916, após o que Joseph F. Rutherford se tornou presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) e o principal porta-voz destes estudantes cristãos e internacionais da Bíblia. Naquele tempo, os clérigos religiosos da cristandade se uniram ativamente em apoiar ambos os lados da Primeira Guerra Mundial no enorme derramamento de sangue. Entretanto, os embaixadores do Reino, em sã consciência, recusaram ser combatentes na guerra internacional por causa da dominação mundial política. Por isto, tornaram-se objetos de ódio dentre todas as nações, conforme predissera Mateus 24:9.
27. Que livro notável foi publicado em 1917, que discurso notável foi proferido pela primeira vez em 1918 e que questões legais surgiram em 1918 a respeito de oito homens de proeminência da Sociedade bíblica?
27 No ano de 1917, da Guerra Mundial, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), sob o Presidente Rutherford, publicou O Mistério Consumado, livro que explicava as profecias bíblicas de Ezequiel e Revelação. No ano seguinte, em 24 de fevereiro, em Los Angeles, Califórnia, o Presidente Rutherford proferiu pela primeira vez seu famoso discurso sobre o eletrizante tema: “O Mundo Tem Findado — Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”. Poucos meses depois, em 21 de junho de 1918, Rutherford e sete de seus associados cristãos na Sociedade bíblica foram sentenciados por um Tribunal Federal, inclusos na lei contra a espionagem e a sedição, a vinte anos de prisão para cada uma das quatro acusações, estes quatro períodos devendo decorrer paralelamente. No Dia da Independência dos E. U. A., 4 de julho de 1918, estes oito representantes sentenciados da Sociedade bíblica foram transferidos da prisão da Cidade de Long Island, Nova Iorque, para a penitenciária federal de Atlanta, Geórgia.
28-30. (a) Contra o quê era realmente um ataque este modo de tratar tais homens cristãos? (b) Segundo o livro Pregadores Apresentam Armas, quem estava por trás do ataque?
28 Isto se provou um ataque sobre homens cristãos. Mas, era mais do que isso. Era ataque contra o reino celestial de Deus, do qual estes homens eram embaixadores. Quem estava por trás deste ataque? Eram os muçulmanos? Ou hindus? Ou budistas? ou confucionistas? Para obtermos resposta, dirigimo-nos a um livro publicado em 1933 por um Bacharel em Filosofiaa do Departamento de Sociologia da Universidade de Pensilvânia. O livro, em inglês, é intitulado “Pregadores Apresentam Armas”. No seu capítulo 10, sobre “Grupos de Irreconciliáveis”, diz, nas páginas 183-185:
29 “Uma análise de todo o caso leva à conclusão de que as igrejas e o clero estavam originalmente por trás do movimento para eliminar os russellitas. No Canadá, em fevereiro de 1918, os ministros começaram uma campanha sistemática contra eles e suas publicações, especialmente O Mistério Consumado. Segundo o Tribune de Winnipeg, a atenção do Procurador Geral fora voltada para os russellitas, e a supressão do seu livro, cria-se, fora o resultado direto das ‘representações do clero’.
30 “Em Worcester, Massachusetts, B. F. Wayland exigiu que as autoridades prendessem os Estudantes Internacionais da Bíblia e os impedissem de se reunirem em seus salões. Depois deste e de outros apelos similares, da parte da hierarquia das igrejas ortodoxas, os russellitas começaram a ser presos em vários centros.
31. Qual foi a reação do clero para com a sentença de prisão dada a estes cristãos, e o que havia o governo aparentemente feito para o clero?
31 “Quando as notícias das sentenças de vinte anos chegaram aos editores da imprensa religiosa, pràticamente todas essas publicações, grandes e pequenas, se regozijaram com o acontecido. Não pude descobrir quaisquer palavras de compaixão em qualquer dos periódicos religiosos ortodoxos. ‘Não pode haver dúvida’, concluiu Upton Sinclair, de que ‘a perseguição . . . surgiu em parte de que haviam granjeado o ódio dos grupos religiosos “ortodoxos”’. O que o esforço combinado das igrejas falhara em conseguir, o governo parecia agora ter êxito em conseguir para elas — acabar com estes ‘profetas de Baal’ para sempre. . . .
32. Qual foi a reação do clero para com o livramento posterior desses cristãos?
32 “Um ano depois, após os homens condenados terem passado os doze meses na Penitenciária Federal de Atlanta, o Tribunal de Apelações reverteu a decisão e os homens foram libertados. Este veredicto foi saudado com o silêncio nas igrejas. . . .
33. Na onda de histeria do tempo de guerra, que questões acharam por bem considerar os tribunais de justiça?
33 “. . . As disputas e os ódios religiosos de longa duração, que não mereceram nenhuma consideração por parte dos tribunais na época de paz, agora encontraram o caminho dos tribunais, na onda da histeria do tempo de guerra.”
“CÁLICE DE TONTEAR”
34. Sobre o que influiu tal clímax da perseguição religiosa? Que profecia da Revelação a respeito das testemunhas de Deus foi então cumprida?
34 A perseguição contra tais cristãos dedicados, durante a Primeira Guerra Mundial, aparentemente atingiu o clímax na prisão acima mencionada dos principais representantes dos embaixadores do Reino. Isto influiu muito no testemunho do reino estabelecido de Deus, da parte daqueles Estudantes cristãos da Bíblia. Então, aparentemente, cumpriu-se a profecia de Revelação 11:7-19, que as simbólicas “duas testemunhas” de Deus foram mortas pela “fera” política que subira do abismo. Na verdade, por ocasião da morte das “duas testemunhas,” as pessoas que habitavam na terra se regozijaram e celebraram, deixando o que ainda restava das “duas testemunhas” exposto à execração pública.
35. A quem, realmente, perseguiam os homens ao perseguirem os embaixadores do Reino durante a Primeira Guerra Mundial, e segundo que regra dada por Jesus Cristo?
35 Na parábola profética das ovelhas e dos cabritos, Jesus Cristo, como rei, baixa a regra: “Ao ponto que o fizeste a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizeste.” (Mat. 25:40) Quando o fariseu judeu, Saulo de Tarso, perseguia os cristãos judaicos, o ressuscitado Jesus Cristo apareceu-lhe milagrosamente e aplicou esta regra de juízo, dizendo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4; Fil. 3:4-6) Semelhantemente, durante a Primeira Guerra Mundial, quando os homens perseguiram e se opuseram aos embaixadores cristãos do reino de Deus, estavam perseguindo e se opondo a Jesus Cristo, a Pedra real que fora lançada na Sião ou Jerusalém celestial. Esta violenta oposição, contudo, não ficaria sem que suas conseqüências viessem sobre os perseguidores.
36. Contra seguirem que proceder foram as nações avisadas por Jeová Deus em Zacarias 12:2, 3?
36 Há muito, em Zacarias 12:1-3 (ALA), Jeová Deus avisara aos povos das nações que não brincassem com sua Jerusalém celeste e seu Rei da casa real de Davi e da tribo de Judá. Se brincassem com isso, o fariam com dano para si mesmos. Jeová, o Criador, disse: “Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.”
37, 38. (a) Segundo a profecia de Zacarias, contra quem deveria ser o cerco? (b) Em nossos dias, quem são os judeus a que se refere a profecia de Zacarias?
37 Contra quem disse esta profecia que seria o cerco? Não só contra a cidade capital de Jerusalém, mas também contra Judá. Nos dias do profeta Zacarias, Judá era a terra sobre a qual dominava a Jerusalém reconstruída. O povo de Judá era súdito de Jerusalém e de sua casa real da linhagem familiar de Davi.
38 Em nossos dias, a terra de Judá, contra a qual se executa o sítio predito em Zacarias 12:2, é ocupada pelos judeus espirituais, os embaixadores espirituais da Jerusalém celeste. Um restante destes judeus espirituais, milhares deles, ainda permanece na terra. Lembre-se de que, em Romanos 2:28, 29, o apóstolo Paulo diz que não é judeu quem o é exteriormente em sua carne circuncisa. O verdadeiro judeu é a pessoa que o é no íntimo, com coração circuncidado. Cada um dos do restante o é.
39. A quem será unido finalmente este restante, e, assim, o cerco contra eles é efetivamente um cerco contra quem?
39 Conforme declara Hebreus 12:22, o restante se aproxima dum Monte Sião mais exaltado do que o terrestre, em que está a “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. Quando os deste restante terminarem sua carreira terrestre quais embaixadores que substituem a Cristo, juntar-se-ão ao Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, agora reinando na glória celeste no Monte Sião. (Rev. 14:1-3) Portanto, por cercarem a este restante, os povos inimigos estão, com efeito, também cercando a Jerusalém ou o Monte Sião celestial. Tentam impedir a Cristo de dominar sobre toda a terra e seus habitantes.
40, 41. (a) Na Revelação, capítulo doze, vê-se esta atividade diabólica contra os embaixadores do Reino em relação com que nascimento e com que guerra? (b) Que outra descendência tem a Jerusalém celestial? O que faz o expulso Satanás, o Diabo, para com eles?
40 Esta atividade diabólica contra os pacíficos embaixadores do reino de Deus foi prèviamente mostrada em quadro profético no capítulo doze da Revelação dada ao apóstolo João. O capítulo doze representa a Jerusalém celeste, a organização de Deus, como sendo uma mulher radiante de luz celestial. Como mulher ou esposa de Deus, ela dá à luz um filho. O filho é arrebatado das presas do Dragão cor de fogo, Satanás, o Diabo, e é levado pelo marido da mulher, Deus, sentando-se no trono de Deus. Isto frustra o plano do Dragão. Segue-se uma guerra no céu a este nascimento e à entronização do reino de Deus, tendo a Cristo como autoridade real. O Dragão e seus anjos demoníacos são derrotados e lançados para fora do céu e para baixo, à nossa terra. Um brado triunfante ecoa pelo céu, dizendo: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!” (Rev. 12:1-10) Assim, o filho da Jerusalém celeste é indicado como sendo o reino de Deus, tendo a Jesus Cristo como Rei empossado.
41 A Jerusalém celestial tem outra prole ou descendência. Estes estão ainda na terra. Portanto, o que faz o Dragão, Satanás, o Diabo, agora que foi lançado para baixo, à terra? Lá no alto céu não poderia devorar o filho da Jerusalém celestial, que foi arrebatado para o trono de Deus. Portanto, na terra, tenta devorar o restante de sua prole ou descendência. Por persegui-los e lutar contra a sua obra cristã, persegue a mãe deles, a mulher de Deus, a Jerusalém celestial. Revelação 12:17 descreve isto, dizendo “O dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.” Tais remanescentes da descendência da Jerusalém celeste têm, hoje em dia, de dar testemunho de Jesus como sendo o Rei que já reina, a quem Deus entronizou.
42. Por meio do quê trava o invisível Dragão guerra contra estes embaixadores do Reino na terra?
42 Como, porém, trava guerra o invisível, espiritual Dragão, Satanás, o Diabo, com estes embaixadores do Reino recém-nascido? Por usar os reinos terrestres e visíveis deste mundo, dos quais ele é o deus. (2 Cor. 4:4) O Dragão pode usar estes reinos mundanos para sancionarem leis contra os embaixadores do Reino, a fim de pará-los.
43, 44. (a) Como foi que o reaparecimento dos embaixadores do Reino em 1919 influiu sobre seus inimigos? (b) Como foi isto representado na Revelação dada a João?
43 Durante a Primeira Guerra Mundial, estes embaixadores do Reino sofreram um revés temporário. Mas, na primavera de 1919, reapareceram na cena terrestre de atividades, depois de o presidente da Sociedade Torre de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) e seus sete colegas de prisão serem libertos da Penitenciária Federal de Atlanta, Geórgia, para jamais retornarem lá. Desde então, o Dragão abatido tem travado guerra contra eles. Ele tem sido o instigador invisível por trás da perseguição levada a efeito pelas nações mundanas. Estas testemunhas do Reino estavam sob as ordens de Cristo registradas em Mateus 24:14, de pregar estas boas novas do reino de Deus, em toda a terra habitada, como testemunho a todas as nações. Quando se despertaram para esta obra, o seu reaparecimento foi frustrador para o Dragão, sim, e para todas as nações do mundo que estão sob o poder daquele iníquo. Foi como se ressuscitassem dentre os mortos, como se se erguessem da desgraça internacional para as honras celestiais. Foi exatamente assim que isto foi representado na Revelação dada a João. Ele nos conta a respeito das “duas testemunhas”:
44 “E depois dos três dias e meio entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os observavam. E ouviram uma voz alta dizer-lhes desde o céu: ‘Subi para cá.’ E subiram para o céu, numa nuvem, e seus inimigos os observavam.” — Rev. 11:11, 12. Compare-se isto com Revelação 9:1-6.
APENAS SE ESTÃO FERINDO
45. Em que condição, em relação com a Jerusalém celeste, foram os judeus espirituais representados em Zacarias 12:7?
45 Os embaixadores do Reino, espiritualmente ressuscitados, são realmente judeus espirituais, os quais ainda não entraram no reino celeste, na Jerusalém celeste. Visto ainda estarem na terra e expostos à guerra do Diabo, por meio de seus governos terrestres, estão fora da Jerusalém celeste e assim estão acampados fora de suas muralhas. Deste ponto de vista, Zacarias 12:7 (CBC) diz profeticamente: “O Senhor [Jeová] libertará primeiramente as tendas de Judá, para que a glória [beleza, NM] da casa de Davi e dos habitantes de Jerusalém não se elevem demais em detrimento de Judá.” — Compare-se com 2 Samuel 11:11.
46. Por que serão tais “tendas de Judá” espirituais salvas em primeiro lugar? Por meio disto, o que se faz que o inimigo compreenda?
46 Naturalmente, os que acampam nos campos abertos do território de Judá são os primeiros que o inimigo pode alcançar. Por isso, precisam primeiro de salvação. A beleza da salvação da parte de Jeová precisa ser vista também como estando sobre estes que habitam em tendas, e isto em primeiro lugar. A nação espiritual, como um todo, está envolvida, e não apenas a capital e a família real ali. A salvação, por parte de Jeová, das tendas dos judeus espirituais em primeiro lugar, faz com que o inimigo reconheça que o restante judaico dos embaixadores do Reino é de valor aos olhos de Deus, mais que o zombador inimigo pensara. Assim, o inimigo é obrigado a avaliar que o restante é tão precioso a Jeová Deus e é tão merecedor de sua salvação como os demais membros do Israel espiritual que já foram glorificados junto com o rei que já reina, Jesus Cristo, no reino celestial.
47. Qual é a “beleza” que também tem de estar sobre o restante dos judeus espirituais ainda na terra? Por que não poderão ser deixados de fora?
47 O restante ainda na terra partilhará da beleza da salvação, junto com a Jerusalém celeste e com seu Rei da “casa de Davi”, e todos os seus co-herdeiros. O Reino não deixará de fora este fiel restante ainda na terra. Eles, também, têm de ser feitos co-herdeiros do Reino, a fim de que a família real do Reino fique completa, segundo o propósito de Jeová Deus. Assim, embora Jesus Cristo seja o Cabeça, designado por Deus, da família real e celestial, ele partilha da sua glória celeste com co-herdeiros. (João 17:22-24) A glória final de toda a família real ficará devidamente equilibrada ou ajustada para todos os seus membros. Desta forma, a beleza da casa do Davi Maior e a beleza dos habitantes da Jerusalém celeste (seus co-herdeiros) não será grande demais em comparação com à do restante dos judeus espirituais ainda na terra, debaixo de sítio.
48. Por cercar os interesses reais de Deus, como isto influi sobre os próprios inimigos, e por quê?
48 As nações da terra cercam a Jerusalém celeste e sua real “casa de Davi” no sentido de que cercam o restante de seus embaixadores do Reino. Fazendo isto, apenas se estão ferindo. Experimentam algo que as deixa tontas. Sim, saem todo retalhadas. Têm que resolver as coisas com Deus em qualquer tempo em que, na sua malícia, tocam nos interesses do reino de Deus e nos interesses dos embaixadores do Reino de Deus. Até mesmo agora, antes da batalha do Armagedom irromper, faz-se com que sintam isto em sentido preliminar.
49. Como é que os inimigos se ajuntam como que em volta dum cálice comunal? Como é que ficam afetados pelo que bebem?
49 As nações se rejubilam muito na ocasião de perseguirem os embaixadores do Reino e em despojá-los. Mas, isto não lhes traz qualquer satisfação duradoura e nenhum triunfo final. Na Sião ou Jerusalém celeste, a Pedra real, Jesus Cristo, já foi lançada com firmeza, e, assim, quando se ajuntam em volta dos embaixadores do Reino, como se ajunta em volta dum cálice comunal e esperam beber o vinho do melhor requinte, bebem realmente algo. Mas, que bebida! Não lhes dá prazer duradouro e nenhum sentido de complacência. Ao invés, deixa-as tonteantes com uma tontura tal que as priva de saberem o que fazer a seguir ou para onde ir. Esta reação torna certa a sua queda.
50. Que ilustração admoestadora de as coisas se voltarem como um bumerangue foi dada nos dias de Mordecai, o judeu?
50 Eis aqui várias ilustrações admoestadoras, tiradas da vida real, de o tiro sair pela culatra e de as coisas se voltarem como um bumerangue. O profeta Zacarias terminou seu livro de profecia em 519 A. E. C. Cerca de quarenta e cinco anos depois disto, o amalequita Hamã era primeiro-ministro do Império Persa. Fez com que fosse sancionada uma lei imutável contra o povo de Jeová, através das cento e vinte e sete províncias do império, inclusive a Jerusalém reconstruída. Segundo esta lei, todos os do povo de Jeová seriam massacrados no décimo terceiro dia do mês de adar, no ano 474 A. E. C. Por algum tempo, Hamã gloriou-se de sua obra desprezível contra o povo de Jeová, e então as coisas começaram a se reverter. A sua esposa lhe avisara de antemão: “Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele.” (Ester 6:13, ALA) Hamã se tinha gloriado com seu triunfo político e legal contra o povo de Jeová, inclusive Jerusalém. Subitamente, sua alegria se transformou em tristeza, quando ele mesmo se enforcou na própria forca que tinha preparado para o judeu Mordecai. Mais tarde, no dia fatal, o povo de Jeová defendeu-se com autoridade imperial e eliminou seus inimigos que ousaram atuar em conformidade com a lei de Hamã. Como clímax, os dez filhos de Hamã foram enforcados no cadafalso que o seu próprio pai tinha construído para enforcar um dos do povo odiado de Jeová.
51. Que ilustração admoestadora foi dada na ocasião em que o Rei Nabucodonosor, de Babilônia, ergueu sua imagem de ouro?
51 Anos antes disso, alguns soldados babilônicos lançaram os fiéis Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha ardente por se recusarem a inclinar-se em adoração perante a imagem de ouro idólatra, erguida pelo Rei Nabucodonosor. Mas, os soldados babilônicos é que ficaram queimados, morrendo em conseqüência das chamas da fornalha, enquanto que os três fiéis adoradores de Jeová Deus saíram dela vivos. — Dan. 3:21-27.
52. Que Ilustração foi dada na ocasião em que o profeta Daniel se recusou a deixar de orar a seu Deus?
52 Anos depois, seu íntimo amigo, Daniel, o profeta, foi lançado na cova dos leões, por recusar-se a deixar de orar diariamente a Jeová Deus. Os planejadores políticos haviam forjado uma lei que fazia de Daniel um criminoso por manter a sua adoração a Jeová. No dia seguinte, Daniel foi tirado de lá vivo, sem ficar ferido, mas os planejadores mesmos foram lançados aos leões e por eles devorados. — Dan. 6:1-24.
53. Que ilustração foi dada no fim da primeira presença de Jesus na terra, em 33 E. C.?
53 No ano 33 de nossa Era Comum, Jesus Cristo foi morto às instâncias dos líderes religiosos de Jerusalém, que bradavam: “Não temos rei senão César.” Por conseguir a sua morte às mãos dos romanos, os inimigos pensavam que haviam silenciado para sempre a obra de pregação dos devotados seguidores de Jesus. Mas, no terceiro dia depois da morte de Jesus, Deus o levantou dentre os mortos. Então, Jesus ordenou a seus seguidores que retomassem a pregação, não só em Jerusalém e na Judéia, mas em toda a terra habitada, em toda a parte fazendo discípulos para Jesus dentre o povo de todas as nações. — Mat. 28:19, 20; 24:14.
54. Que ilustração foi dada nos dias dos doze apóstolos até que Jerusalém foi destruída em 70 E. C.?
54 Por causa de os apóstolos do ressuscitado Jesus obedecerem a ele e pregarem abertamente no templo, as autoridades religiosas de Jerusalém criaram objeções. Prenderem os apóstolos, mas o anjo de Deus os deixou sair, à noite, e disse-lhes que retornassem ao templo e reiniciassem a pregação. Presos e levados perante o Supremo Tribunal religioso, explicaram por que não haviam parado de pregar, dizendo: “Temos de obedecer a Deus como governador antes que aos homens. . . . E nós somos testemunhas destes assuntos, e assim é também o espírito santo, que Deus tem dado aos que obedecem a ele como governante.” Estonteados diante desta defesa insuperável, os juízes do Tribunal deliberaram e, então, seguiram o conselho de Gamaliel: “Não vos metais com estes homens, mas deixai-os; (porque, se este desígnio ou esta obra for de homens, será derrubada; mas, se for de Deus, não podereis derrubá-los;) senão podereis talvez ser realmente achados como lutadores contra Deus.” (Atos 5:17-39) Apesar da perseguição, a congregação cristã continuou em Jerusalém. Só quando se aproximava a destruição de Jerusalém por parte dos romanos, no ano 70, foi que a congregação cristã fugiu de antemão da cidade. Os lutadores contra Deus mais uma vez perderam, ficando gravemente feridos!
55. Como é que os sistemas religiosos da cristandade se referem às testemunhas cristãs de Jeová? Como foi que Hitler perdeu a batalha contra o Deus delas?
55 No entanto, cheguemos agora aos nossos próprios dias. O Dragão, Satanás, o Diabo, tem instigado os povos das nações a travarem guerra contra os embaixadores ungidos do reino estabelecido de Deus. Em 1931, estes embaixadores do Reino começaram a identificar-se pelo nome “testemunhas de Jeová”. Os sistemas religiosos da cristandade têm desprezado tal nome e continuam a chamar-nos de “falsas testemunhas de Jeová”. Depois da Primeira Guerra Mundial, Satanás, o Diabo, suscitou ditadores políticos para eliminar por completo as testemunhas, em várias nações. Em 1934, houve um protesto mundial feito contra Hitler por causa da diabólica perseguição que moveu contra as testemunhas de Jeová. Em Berlim, Alemanha, o Dr. Wilhelm Frick, Ministro do Interior, irritado com o protesto, disse ao ditador: “Se os Estudantes da Bíblia não entrarem na linha imediatamente, agiremos contra eles por usar as mais fortes medidas.” Nisso, Hitler bradou: “Esta raça será exterminada da Alemanha.” Mas, Hitler apenas procurou barulho para si mesmo. Perdeu a batalha contra Deus. Hoje em dia, as testemunhas de Jeová continuam a reunir-se abertamente e a pregar na Alemanha Ocidental. Até na Alemanha Oriental, comunista, as testemunhas de Jeová continuam a agir fielmente, às ocultas, porém.
56. Como tem sido avisada a Rússia comunista, e como estão perdendo a batalha contra o Deus das Testemunhas?
56 Na Rússia comunista, ditador após ditador tem assumido o controle. As testemunhas de Jeová, estando proscritas na Rússia e em seus satélites comunistas, têm atuado às ocultas. Com o risco da vida e da liberdade, preferem obedecer a Deus antes que aos homens. Em 1956-1957, por Resoluções adotadas em grandes assembléias de distrito nos países livres, através do globo, relataram ao primeiro ministro casos de perseguição da Rússia comunista. Pediram que a situação das testemunhas de Jeová fosse reconsiderada, à base da liberdade de religião. Qual foi a resposta do Ditador Kruchev? O aceleramento da perseguição.b Todavia, relatórios obtidos com êxito da Rússia atestam que as testemunhas de Jeová estão ativíssimas, às ocultas, para grande preocupação dos lutadores comunistas contra Deus. Nesta luta, são estes que saem feridos, não Deus ou a Jerusalém de cima.
57, 58. (a) Como tem sido cercadas as testemunhas de Jeová em países chamados democráticos? (b) Como foi que o Supremo Tribunal dos E. U. A. indicou que ficara arranhado em relação com a sua decisão no tocante aos filhos, em idade escolar, das testemunhas de Jeová?
57 Até nos países chamados democráticos, os governos e as pessoas têm cercado as testemunhas de Jeová, com o fim de quebrantar a sua integridade cristã. Comunidades têm forjado o mal por meio de lei, fazendo com que sejam levadas diante dos tribunais e encarceradas, com o alvo de parar a nossa pregação do reino de Deus, de casa em casa.
58 Tais tentativas de torcer a lei têm falhado. Porque recusamos violar a nossa neutralidade cristã para com os mortíferos conflitos deste mundo, nossos lugares de reuniões e de assembléias públicas têm sofrido tumultos. Em 1940, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, por um voto de 8 a 1, decidiu que os filhos das testemunhas de Jeová que freqüentassem a escola pública tinham de obedecer aos regulamentos escolares de atribuir sua proteção e salvação ao emblema nacional e dar a ele devoção religiosa. A onda de tumultos que se seguiram em todo o país se tornou escândalo nacional. O Supremo Tribunal ficou sèriamente arranhado ou dilacerado. Em 14 de junho de 1943, por voto de 6 a 3, o alto tribunal reverteu o seu próprio voto sobre esta mesma questão e declarou-se a favor da liberdade de adoração religiosa, segundo a consciência de cada um, fazendo tal decisão corajosa enquanto ainda eclodia a Segunda Guerra Mundial.
59, 60. (a) Como têm criado os inimigos batalhas legais para si mesmos, e com que resultados? (b) Que espírito, desde a Primeira Guerra Mundial causa dificuldades adicionais às Testemunhas?
59 Repetidas vezes, as testemunhas de Jeová têm lutado legalmente como nos dias da Rainha Ester, e têm levado a luta até o Supremo Tribunal estadunidense. Ganharam 36 dos 50 casos que foram levados a este mais elevado tribunal. No Canadá, semelhantes batalhas legais têm sido travadas pelas testemunhas de Jeová, e obtiveram-se vitórias nos seus tribunais.
60 Outros governos nacionais têm também brincado com os direitos religiosos das testemunhas de Jeová, mas com desprimorosos resultados para si mesmos. (Pro. 6:27, 28) Mas, o espírito do nacionalismo se torna cada vez mais forte em toda a terra, durante estes anos desde a Segunda Guerra Mundial, e isto cria adicionais dificuldades para as testemunhas de Jeová.
61. Qual tem sido o efeito da luta do Dragão contra o restante sobre muitos observadores, e o que têm feito?
61 Durante quarenta e seis anos agora, o abatido Dragão, Satanás, o Diabo, tem conduzido as nações terrestres na luta contra os remanescentes da descendência da Jerusalém celeste, os embaixadores ungidos do reino celeste de Deus, da “casa de Davi”. Qual, então, tem sido o efeito desta luta? Centenas de milhares de observadores têm discernido que estes sistemas políticos e religiosos deste mundo estão realmente lutando contra Deus, lutando contra a Jerusalém celeste e sua família real entronizada da “casa de Davi”. Estes observadores têm gratamente aceitado o testemunho dado pelos embaixadores do Reino e se têm alinhado do lado dos embaixadores do Reino, do lado da Jerusalém celeste e seu reino recém-nascido da “casa de Davi”. Abandonaram as fileiras dos que cercam a Jerusalém celeste e seu reino davídico. Aderem aos ungidos embaixadores do Reino em pregar a mensagem do Reino por toda a volta do globo. Dão seu cabal apoio dedicado às “tendas de Judá” lá fora, no campo de ação, tendas estas que Jeová prometeu salvar em primeiro lugar.
ANIQUILAÇÃO PARA OS QUE A CERCAM
62. Tais experiências que atravessam as nações por brincar com os representantes do Reino são a preliminar de que cumprimento final da profecia de Zacarias sobre a pedra pesada?
62 Até agora, os povos e as nações têm ficado tontas e têm sido severamente dilaceradas por brincar com os representantes visíveis, na terra, da Jerusalém celeste e de seu Rei da casa de Davi. Esta, porém, é apenas a preliminar do grande cumprimento final da profecia de Zacarias. As nações ainda não aprenderam a não serem intrometidas, a abandonarem seu cerco. Sob invisível influência demoníaca, estão sendo ajuntadas para uma situação que exige uma guerra final e decisiva com Deus, o Todo-poderoso, uma batalha do Armagedom. (Rev. 16:14-16) Na sua última tentativa de tirar do caminho o reino de Deus da Jerusalém celeste, semelhante a uma grande pedra obstruidora, por tentar remover-nos do caminho, a nós, pregadores do Reino, elas serão dilaceradas. A Pedra real lançada em Sião (ou, Jerusalém) as despedaçará, como a pedra despedaçou a imagem metálica vista no sonho do rei de Babilônia. Jesus Cristo, a Pedra real, disse a seus oponentes: “Quem cair sobre esta pedra, será despedaçado. Quanto àquele sobre quem ela cair, será pulverizado.” — Mat. 21:44; Dan. 2:34, 36, 44, 45.
63. Ao apertarem o cerco os inimigos, por que não nos devemos entregar ao temor aterrador?
63 Por conseguinte, ao fortalecerem e ampliarem os inimigos terrestres o seu sítio contra nós, pregadores e sustentadores do reino de Deus como sendo o único legítimo governo para toda a terra, não precisamos ficar com temor aterrador. O Deus Todo-poderoso nos dará coragem para enfrentar a situação final. “Naquele dia, diz o SENHOR [Jeová], ferirei de espanto a todos os cavalos, e de loucura os que os montam; sobre a casa de Judá abrirei os meus olhos, e ferirei de cegueira todos os cavalos dos povos. Então os chefes de Judá dirão consigo mesmos: Os habitantes de Jerusalém são a minha força no SENHOR dos Exércitos, seu Deus. Naquele dia porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha, e como uma tocha entre paveias; êles devorarão à direita e à esquerda todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, em Jerusalém mesma.” (Zac. 12:4-6, ALA) Portanto, podemos ter coragem.
64. O que fará Jeová à máquina de guerra do inimigo, e o que terão de admitir os “chefes de Judá”?
64 Nosso Deus, Jeová, promete-nos cuidar do atacante cavalo e seu cavaleiro, a visível máquina de guerra de Satanás, o Diabo. Jeová a cegará e a lançará em confusão, mas manterá os seus próprios olhos abertos para com os seus judeus espirituais na terra e seus companheiros leais, para preservá-los e cuidar do seu bem-estar como Seu povo. Os chefes espirituais da tribo real de Judá terão de admitir que o vigor para continuarem sustentando a Jerusalém celeste e sua casa real não é o seu próprio vigor. Resulta, antes, do apoio invisível que obtêm dos habitantes reais da Jerusalém celeste, principalmente de Jesus Cristo.
65. Como é que tais “chefes” e os que servem sob suas ordens lutam contra o inimigo, e ao que se assemelha o efeito disto?
65 Os chefes espirituais de Judá e, por certo, os que servem sob eles, não batalharão contra o inimigo com armas mortais e carnais. Nossas únicas armas são espirituais, a Palavra escrita de Deus e suas mensagens. Por anunciar a Palavra de Deus, de modo a fazer com que os que os cercam e atacam sintam o calor consumidor da indignação de Jeová, os chefes espirituais de Judá, em sentido figurado, causarão uma conflagração. Até mesmo agora, sob a orientação angélica, estão sendo usados para derramar as ‘últimas sete pragas da ira de Deus’ sobre todos os povos alienados Dele. (Rev. 15:1 a 16:21) Ó, como isto dói para os que nos cercam!
66, 67. (a) Com respeito às nações inimigas, o que procurará então Jeová? (b) Com respeito aos judeus espirituais e seus ajudadores leais, o que achará Jeová?
66 Na ocasião da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, ele não terá que olhar muito longe para achar motivo justo para aniquilar os que atacam os judeus espirituais e seus companheiros dedicados. Mas, achará muita coisa que o moverá a proteger seus embaixadores do Reino e seus ajudadores leais. Por isso, por seu profeta, diz:
67 “O SENHOR [Jeová] salvará primeiramente as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi, e a glória dos habitantes de Jerusalém não seja exaltada acima de Judá. Naquele dia o SENHOR protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles nesse dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do SENHOR diante deles. Naquele dia procurarei destruir todas as nações que vieram contra Jerusalém.” — Zac. 12:7-9, ALA.
68. “Naquele dia”, com o que estarão realmente brincando estes que empreendem o cerco?
68 “Naquele dia” a Jerusalém celeste se tornará, no sentido mais completo, um cálice de tontear e uma pedra pesada que causa graves ferimentos para os que pensam que são suficientemente fortes para tentarem tirar do caminho o reino de Deus. A sua brincadeira maliciosa com os interesses do Reino da Jerusalém celestial se tornará como um tiro pela culatra e ferirá os brincalhões. Brincam com a sua própria aniquilação às mãos de Jeová Deus, que pode destruir tanto o corpo como a alma na Geena da destruição eterna. (Mat. 10:28) Que fiquem avisados!
69. Qual é a nossa obrigação para com o anjo de Deus que vai adiante de nós, e o que está reservado para os que fizerem isto?
69 Quanto a nós, quando consideramos os inimigos que temos de enfrentar na terra, talvez nos sintamos débeis, como que trôpegos, como os que não podem andar eretamente. Mas, o reino celestial é forte, suficientemente poderoso para, despedaçar a todos os inimigos, tirando-lhes a existência. O seu Rei que já reina, Jesus Cristo, da “casa de Davi”, viverá em harmonia com o seu nome dado por Deus, de “Poderoso Deus”. Êle será o anjo de Jeová que irá adiante de nós. Precisamos continuar a segui-lo, o Davi Maior. Por isso, há toda razão para que confiemos em Jeová Deus e encontremos forças para perseverar, até à total aniquilação dos inimigos que nos cercam. Para as “tendas de Judá” espirituais e para a “grande multidão” dos seus companheiros leais na terra, haverá a salvação final da parte de Jeová, nosso Deus, por meio de seu invencível Rei dos reis, Jesus Cristo. — Isa. 9:6; Rev. 7:9-17.
[Nota(s) de rodapé]
a Ray H. Abrams, Bacharel em Filosofia, seu editor sendo a Round Table Press, Inc., de Nova Iorque, E. U. A.
b Na página 52 do Sunday News de 2 de fevereiro de 1964, foi publicado o artigo intitulado “Parece Próxima na União Soviética Uma Onda Anti-Religiosa”, sendo o despacho datado de “Moscou, 1.° de fev. (AP)”. No seu oitavo parágrafo, no subtítulo “Visando os Grupos Pequenos”, o artigo dizia:
“Nos anos recentes, grande parte da propaganda anti-religiosa tem visado especialmente os grupos menores, como as Testemunhas de Jeová, que ativamente promovem a não-obediência ao estado.”