Capítulo 22
Uma festividade internacional no paraíso
1. Como afetará os adoradores de Jeová, na terra, verem Jeová ganhar a vitória “naquele dia”?
O DIA do triunfo da Teocracia de Jeová sobre todas as nações hostis da terra será glorioso nos anais da história universal. Os adoradores protegidos de Jeová ficarão muito emocionados de alegria ao observarem este Teocrata universal ganhar a vitória das vitórias na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. — Revelação 16:13-16.
2. (a) Que uso se fará dos bens materiais deixados atrás após esta guerra vitoriosa? (b) Que promessa a respeito da terra fez Jesus antes de morrer numa morte sacrificial na terra?
2 Todos os bens materiais que os sobreviventes da guerra ajuntarem após a destruição de seus inimigos internacionais serão usados no serviço do Deus-Rei Jeová. Não se preservarão como relíquias nenhuns equipamentos estragados de guerra. (Isaías 2:2-4) Será um tempo de construção, não de destruição. A terra literal, sem dúvida, terá sofrido por causa do “serviço militar” dos inimigos do reino messiânico de Jeová. Os próprios arruinadores egoístas da terra terão sido arruinados, mas muitos efeitos que seu proceder ruinoso terá causado até o fim da guerra final ainda estarão evidentes. (Revelação 11:18) A paz dos mil anos do reinado do Messias sobre toda a humanidade terá assim começo. Não poderia haver tempo mais próprio para o restabelecimento da terra, para a transformação dela dum campo de batalha num paraíso, até os seus “quatro cantos”. Antes de morrer sacrificialmente o Messias, como homem perfeito na terra, ele fez esta promessa às portas da morte, de renovar o Paraíso no escabelo de Deus, a terra.
3. O que disse Jesus ao malfeitor moribundo que expressou fé no reinado de Jesus?
3 Quando o malfeitor moribundo expressou fé no reinado de Jesus como homem justo, dizendo: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”, este prospectivo Rei respondeu: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” — Lucas 23:39-43.
4. Depois de o Cordeiro Jesus Cristo obter a vitória sobre os inimigos animalescos, será a ocasião para ele fazer o que, para o domínio de seus súditos e também para o malfeitor compassivo? (b) Portanto, quem será também recompensado com poder usufruir o Paraíso?
4 Por meio da luta do Cordeiro Jesus Cristo contra os simbólicos “dez chifres” da fera cor de escarlate, ele obterá a posse indisputada do reino sobre toda a terra. (Revelação 17:12-14; 19:11-21) Será então o tempo devido para o embelezamento do domínio terrestre de seus súditos, igual ao original Jardim do Éden, e de introduzir nele o malfeitor há muito falecido por ressuscitá-lo dentre os mortos. Se aquele malfeitor, pela sua simples expressão de fé e compaixão, há de usufruir o Paraíso sob o reino messiânico, certamente farão isso como recompensa amorosa os da “grande multidão” de seus discípulos leais que sobreviverão à vindoura “grande tribulação”. — Revelação 7:9-17.
5. (a) Que espécie de paraíso tentaram arruinar as nações atacantes, continuamente o Paraíso terrestre? (b) Quem, dos sobreviventes de guerra, usufruirá continuamente o Paraíso terrestre?
5 O restabelecimento do Paraíso terrestre não será obra de um dia, mas os súditos terrestres do reino teocrático do Cristo terão de trabalhar neste sentido. Mas o florescimento de sua adoração verdadeira e imaculada de Jeová Deus não precisará esperar até que se complete o restabelecimento do Paraíso. Seu usufruto do Paraíso espiritual não terá de esperar até então. (2 Coríntios 12:4) Os inimigos que arruinavam a terra até o fim da guerra sobre a “Jerusalém celestial” terão tentado arruinar o Paraíso espiritual dos do restante ungido no seu domínio espiritual dado por Deus na terra. Mas não terão conseguido fazer isso, nem mesmo com toda a sua perseguição e oposição violenta. Os inimigos não terão conseguido expulsar do Paraíso espiritual o restante ungido e a “grande multidão” de adoradores de Jeová. Portanto, o Paraíso espiritual terá sobrevivido junto com eles através da “grande tribulação” e para o novo sistema de coisas de Jeová. Depois, quando os do restante ungido tiverem terminado sua designação terrestre, receberão o cumprimento da promessa divina em Revelação 2:7. Mas, os da “grande multidão” permanecerão na terra e herdarão o Paraíso terrestre. — Salmo 37:11, 37-40; Provérbios 2:21, 22.
6. (a) Qual é o requisito necessário para haver um Paraíso espiritual na terra e por que se iniciará com ele o novo sistema? (b) Que exemplo histórico possuem o restante sobrevivente e a “grande multidão” para colocar a adoração de Jeová em primeiro lugar na nova ordem?
6 O Paraíso espiritual só é possível junto com a pura adoração bíblica do único Deus vivente e verdadeiro. O novo sistema de coisas começará imediatamente com ela. Por que não se devia cultuar e adorar o Grande Teocrata, o Deus-Rei Jeová, pela sua gloriosa vitória em prol de sua soberania universal, que resulta também na libertação eterna de seus adoradores, na terra, da organização não-teocrática do Diabo? Um precedente disso foi estabelecido para os sobreviventes da “grande tribulação” pelo patriarca Noé. Depois de ter passado o dilúvio global e Deus ter mandado Noé e sua família sair da arca de preservação, Noé passou imediatamente a ofertar um sacrifício ao Deus de sua salvação. Isto agradou a Jeová e obteve para Noé e sua família a bênção divina. (Gênesis 8:15 a 9:1) Este belo exemplo será seguido pelos do restante ungido sobrevivente e da “grande multidão” de seus companheiros na sobrevivência. Com o aniquilamento de Babilônia, a Grande, e com a destruição de todos os seus opositores associados da verdadeira adoração, os do restante ungido e a “grande multidão” terão maior motivo do que nunca para colocar a adoração de Jeová em primeiro lugar na nova ordem.
7. Os ressuscitados dos mortos, na terra, terão de harmonizar-se com que alegria infindável?
7 Poderia ser diferente do que florescer o Paraíso espiritual com maior beleza e grandiosidade do que nunca antes? Todos os da humanidade pelos quais o Messias morreu e que ele chama dos túmulos memoriais dos mortos terão de harmonizar-se com este Paraíso espiritual. (João 5:28, 29) Terão de colocar a adoração de Jeová em primeiro lugar na sua vida. Terão de aceitar a verdade bíblica e cultivar os frutos do espírito santo de Deus. (Gálatas 5:22, 23) Se realmente desejarem ganhar a vida eterna na terra paradísica, terão de chegar-se à adoração do Teocrata celestial, o Deus-Rei, no seu templo espiritual. Por fazerem isso, terão alegria ilimitada, que nunca desaparecerá. Este requisito para os ressuscitados é declarado nas sentenças finais de Zacarias. Os de quem ele fala não vieram ao templo de Jeová antes de Jerusalém ser atacada. Por isso não representam os sobreviventes do Har-Magedon. Aparecem na terra depois disso, pela ressurreição.
8. O que acontecerá aos que não subirem do Egito e de outras nações para adorar a Jeová e para celebrar a Festividade das barracas?
8 “E terá de acontecer que, quanto a todos aqueles que sobrarem dentre todas as nações que vêm contra Jerusalém, terão de subir também de ano em ano para se curvarem diante do Rei, Jeová dos exércitos, e para celebrarem a festividade das barracas. E terá de acontecer que, quanto a todo aquele dentre as famílias da terra que não subir a Jerusalém para se curvar diante do Rei, Jeová dos exércitos, sim, sobre estes não virá a haver chuva copiosa. E se a própria família do Egito não subir e realmente não entrar, também sobre eles não haverá nenhuma. Virá a haver o flagelo com que Jeová flagela as nações que não sobem para celebrar a festividade das barracas. Esta é que mostrará ser a punição pelo pecado do Egito e pelo pecado de todas as nações que não subirem para celebrar a festividade das barracas.
9. Naquele dia, como serão marcadas as sinetas nos cavalos e o que acontecerá as tigelas e as bacias na terra? Quem não será mais encontrado no templo?
9 “Naquele dia virá a haver sobre as sinetas do cavalo: ‘A santidade pertence a Jeová!’ E as panelas de boca larga na casa de Jeová terão de tornar-se como as tigelas perante o altar. E toda panela de boca larga, em Jerusalém e em Judá, terá de tornar-se algo sagrado pertencente a Jeová dos exércitos, e todos os que oferecerem sacrifícios terão de entrar e tirar delas, e terão de cozinhar nelas. E não mais virá a haver naquele dia cananeu na casa de Jeová dos exércitos.” — Zacarias 14:16-21.
A PRUDÊNCIA DE AS NAÇÕES PARTICIPAREM DA FESTIVIDADE:
10. Que efeito terá a vitória de Jeová sobre as forças internacionais atacantes na atitude das nações que forneceram tais forças, e por que não desejarão arriscar uma resistência passiva a Ele?
10 Podemos imaginar como, no quadro profético, a vitória magnífica de Jeová sobre os exércitos internacionais que atacaram Jerusalém afetou o povo lá na terra daquelas nações que forneciam tais exércitos. Sua vitória demonstrava-lhes dolorosamente que Jeová é o único Deus vivente e verdadeiro e que Ele é invencível. E se Ele desbaratou desta maneira espantosa os exércitos combinados delas, o que não lhes poderia fazer se continuassem a mostrar oposição a ele e não o reconhecessem? O que lhes faria se não subissem a Jerusalém e não se curvassem diante dele como Rei, no Seu templo? Toleraria até mesmo sua resistência passiva? Se positivamente não fossem a favor Dele, não significaria que estão realmente contra Ele? Sim, significaria exatamente isso!
11. Quem é o Produtor da chuva e o que resultaria às nações (incluindo o Egito) se não o adorassem?
11 Jeová é o Produtor celestial da chuva, a respeito de quem se exorta a todas as pessoas: “Pedi a Jeová chuva no tempo da chuva primaveril, sim, a Jeová que faz as nuvens de temporal e que lhes dá o aguaceiro de chuva, a cada um vegetação no campo.” (Zacarias 10:1) Se estas nações que fornecem os exércitos atacantes não recebessem chuva, poderiam sobreviver? A seca perpétua produziria uma condição ecológica nacional que significaria a morte. O antigo Egito dependia do rio Nilo para irrigar regularmente a sua terra. Mas, se Jeová não enviasse aguaceiros nas fontes do rio Nilo, o que aconteceria ao seu rio deificado e às suas inundações anuais? Contudo, mesmo que o Egito e outras terras pudessem passar sem a umidade procedente dos céus, sua negligência em adorar o único Deus vivente e verdadeiro seria punida com o flagelo mortífero que devastou seus exércitos atacantes. Não há modo de se esquivar do requisito divino. Elas terão de subir a Jerusalém para adorar no seu templo ou senão morrer. Suas terras não se tornariam parte do Paraíso terrestre. — Zacarias 14:17-19.
12. A que festividade anual tinham de subir à nações e que sacrifícios específicos foram oferecidos durante esta festividade?
12 Zacarias 14:12-15 não diz especificamente se Jeová dos exércitos obteve ou não sua vitória sobre as nações atacantes pouco antes da festividade judaica das barracas (ou: tabernáculos), no sétimo mês lunar de tisri. No entanto, requer-se especificamente que todas as nações celebrem no templo em Jerusalém a festividade das barracas, celebrada em 15-21 de tisri de cada ano, em Jerusalém. É bem apropriado que todas as nações cheguem a esta festividade específica e se curvem diante do Rei, Jeová dos exércitos. Nesta festividade de sete dias, em Jerusalém, ofereciam-se setenta novilhos, começando com treze novilhos no primeiro dia e diminuindo o número deles cada dia sucessivo até haver sete no sétimo dia.
13. (a) Por que é significativo o número dos novilhos sacrificados e quantos tiram benefícios de tal sacrifício? (b) Para obterem bênçãos eternas, a quem precisam dedicar-se as nações?
13 Tais novilhos parecem ter sido sacrificados a favor de todas as famílias da terra, havendo setenta chefes de família mencionados no registro de Gênesis, capítulo dez, a respeito da difusão da população da terra após o dilúvio dos dias de Noé. Setenta é o produto de sete vezes dez; e, visto que nas Escrituras ambos estes números representam perfeição, inteireza, totalidade, de modo espiritual e terreno, os setenta novilhos da festividade dos tabernáculos ou barracas podiam servir figurativamente como um sacrifício para todo o mundo da humanidade, todas as nações. (Números 29:12-34; Levítico 23:33-35; Deuteronômio 16:13-15; Êxodo 23:16) Todas as nações, sem exceção, terão de dar as costas aos deuses falsos e à religião falsa, aos quais se ‘dedicaram’ antes. (Oséias 9:10) Terão de dedicar-se então à adoração do Deus-Rei Jeová, no seu templo. Isto resultará em bênção eterna para elas. — 1 Tessalonicenses 1:9.
14. Na festividade das barracas, que emoção era expressa plenamente, e, por Jeová convidar nações a ela, o que indica isso quanto a sua vontade para as nações?
14 Dentre todas as três festividades anuais celebradas em Jerusalém, a festividade das barracas ou do recolhimento era a mais alegre do ano inteiro. Por que não se deviam os celebrantes alegrar com a colheita abundante com que seu Deus os abençoou no fim do ano agrícola? A alegria nesta festividade de sete dias era tão grande, que se dizia que aquele que nunca tivesse visto a alegria na festividade das barracas não saberia o que é alegria. O grande Produtor de chuva, que abençoa a terra com umidade desde o céu, quer que todas as nações estejam alegres. Sua adoração Dele será abençoada com esta alegria transbordante. Então, quão sábio é que as nações aceitem seu convite de celebrar esta festividade no Seu templo! — Deuteronômio 32:43; Romanos 15:1O, 11.
15. Por que não devem as nações subir h Jerusalém terrestre, no Oriente Médio, para celebrar a “festividade das barracas” por sete dias?
15 Entendemos o significado deste quadro profético? Não é que todas as nações tenham de celebrar anualmente a festa literal dos tabernáculos ou barracas numa Jerusalém terrestre. A celebração da festividade dos tabernáculos, em Jerusalém, no Oriente Médio, cessou no ano 33 de nossa Era Comum. E isso foi apropriado, porque desde a morte e ressurreição do Messias Jesus e sua ascensão ao céu, no ano 33 E.C., esta festividade literal de sete dias deixou de se aplicar, de ter valor. Ela fazia parte da “lei de Moisés”, que continha “uma sombra das boas coisas vindouras”. (Hebreus 10:1; Colossenses 2:16, 17) Aquelas sombras proféticas da lei mosaica cederam às realidades, quando o Messias Jesus, depois de ascender, compareceu na presença celestial de Deus e aplicou o valor de seu sangue sacrificial à validação do prometido “novo pacto”, que introduziu as realidades cristãs. De modo que a realidade conforme prefigurada pela típica “festividade das barracas” ou a “festividade do recolhimento”, é a que deve ser celebrada agora. E a ela que têm de chegar os remidos de toda a humanidade, os sobreviventes vivos e as ressuscitadas nações mortas, sob o reino messiânico de Jesus, o Filho de Deus.
16. (a) A que Jerusalém subirão as nações para a celebração da festividade? (b) O que sobrevirá aos que se negarem a subir e o que significará isso para eles?
16 Estes celebrantes terrestres de todas as nações, tribos e povos têm de chegar-se à “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”, por reconhecerem o reino messiânico, celestial. Precisam chegar-se aos pátios terrenos do templo espiritual de Jeová, e ali têm de ‘curvar-se diante do Rei, Jeová dos exércitos’, o Grande Teocrata, o Soberano Universal. Se se negarem a abandonar sua condição anterior de inimizade com Deus e de se reunir no seu templo espiritual em obediência e serviço, sofrerão a punição por quererem permanecer no pecado. Então lhes sobrevirá o “flagelo” divino, e isto significará a morte eterna causada por Jeová mediante seu Rei messiânico, Jesus; Não virá sobre tais nenhuma “chuva copiosa” de bênçãos. Isto significará que não terão parte no Paraíso frutífero, sustentador da vida. — Zacarias 14:17-19
O ALEGRE RECOLHIMENTO INTERNACIONAL
17. (a) O que representa a antiga festividade do recolhimento e quando será celebrada? (b) O que descerá sobre os celebrantes obedientes e que prazeres do Paraíso usufruirão?
17 A antiga festividade das barracas, a festa do recolhimento, representava o ajuntamento dos remidos de todas as nações, povos e tribos, da humanidade, para a adoração do Rei, Jeová dos exércitos, no seu templo espiritual. Isto ocorrerá durante o reinado milenar do Rei-Sacerdote, Jesus Cristo. Ele servirá como Sumo Sacerdote de Jeová, igual a Melquisedeque, a favor de toda a humanidade reunida no templo espiritual de adoração. Terão de reconhecer a “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”, como capital da organização teocrática de Jeová. Sobre estes haverá uma “chuva copiosa” de bênçãos divinas. Para estes adoradores florescerá o Paraíso espiritual, com todos os frutos do espírito santo de Deus na sua vida. Para eles florescerá também o Paraíso terrestre em todo o globo. Ele produzirá seus frutos em abundância, para sustentar todos os habitantes obedientes da terra eternamente na vida humana perfeita. Ao colherem para sempre os frutos do Paraíso da terra, terão motivos para adorar e bendizer o Provedor do recolhimento infindável por todo o tempo, em alegria perpétua.
18. Como mostra o quadro profético que se reverenciará o verdadeiro Deus, até mesmo no uso de cavalos?
18 Que lugar festivo será então a terra paradísica! Que ajuntamento internacional de adoradores de Jeová na festividade das barracas e do recolhimento haverá então Dar-se-á então consideração reverente à santidade que pertence a Jeová. Dar-se-á então atenção respeitosa por parte de todos os favorecidos com o dom da vida eterna. Escute! Ouve estas sinetas tinindo nos cavalos que se aproximam, provavelmente do Egito, terra da qual se costumavam importar cavalos? Trazem agora adoradores ao centro de adoração para a celebração da festividade alegre das barracas! Ora, até mesmo estas sinetas estão inscritas com as palavras: “A santidade pertence a Jeová!” E o tinir destas sinetas traz à atenção este fato importante. O cavalo é assim usado para fins pacíficos, santos, e não mais para carros de guerra.
19. (a) A inscrição nas sinetas dos cavalos era igual a que gravura em outra parte, e o que indica isso quanto a todos os que proclamam a santidade de Jeová? (b) Tal percepção de Sua santidade agira como incentivo para quê?
19 A inscrição naquelas sinetas dos cavalos é a mesmíssima que estava gravada na “lâmina lustrosa” de ouro atada com um cordel azul à parte dianteira do turbante do sumo sacerdote de Israel. Esta lâmina lustrosa foi chamada de “sinal sagrado de dedicação”. (Êxodo 28:36-39; 29:6; 39:30) Quão belamente isto representa que desde o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, na “Jerusalém celestial”, para baixo até os portadores dos adoradores terrestres que vão ao templo espiritual de Jeová, tudo proclama a santidade do Deus Altíssimo! Tudo parece estar permeado da percepção de que Jeová dos exércitos é Deus e Rei. Tudo é feito alegremente, visando glorificar, santificar e manter sagrado o Seu nome digno. Quanto isso aproxima o adorador a Deus, a quem ele adora! Quanta influência isso exerce sobre os adoradores viverem para dar crédito ao seu Criador e Deus, sem lançar vitupério sobre Jeová !
20, 21. (a) Como se tornarão as panelas de boca larga na casa de Jeová semelhantes às tigelas do altar? (b) Como reflete isso de que maneira deveremos então encarar cada aspecto de nossa vida?
20 Até mesmo as coisas corriqueiras da vida assumem um novo significado, um novo valor. Ora, “as panelas de boca larga na casa de Jeová terão de tornar-se como as tigelas perante o altar. E toda panela de boca larga, em Jerusalém e em Judá, terá de tornar-se algo sagrado pertencente a Jeová dos exércitos, e todos os que oferecerem sacrifícios terão de entrar e tirar delas, e terão de cozinhar nelas.” (Zacarias 14:20, 21) Significa isso que, em linguagem figurativa, as panelas na casa de Jeová doravante não mais seriam feitas de bronze ou cobre, mas de ouro semelhante ao das tigelas com que se apanhava o sangue precioso das vítimas sacrificiais e com que o sangue era lançado contra o altar de sacrifício? Talvez! E isto significaria que, não importa se cozinhar a carne sacrificial havia sido classificado ou não como não sendo da mesma importância de se apanhar o sangue da vítima sacrificial e o despojamento dele, então, no novo sistema de coisas, isso seria diferente. Cada passo da oferta dum sacrifício de participação em comum feito a Deus e a participação nele com Ele será tão precioso como cada outro passo no arranjo.
21 O importante não é o material de que é feito o vaso específico; é o serviço que ele presta, e é também a importância que se dá a este serviço. Isto significaria, então, que cada aspecto do serviço e do louvor a Deus é importante, necessário e valioso. Cada aspecto é apreciado por Deus e lhe é santo ou de qualidade sagrada para Ele. Quanto este pensamento acalenta o coração de cada adorador Dele! Quanto nos estimula como adoradores Dele, para fazer tudo o que fazemos como parte de nossa adoração a Ele e como feito diretamente a Ele! — 1 Coríntios 10:31.
22. Como poderá tal uso das panelas no templo, além das tigelas do altar, sugerir um grande aumento no número dos adoradores de Jeová?
22 O quadro profético também poderia sugerir o grande aumento no número dos adoradores de Jeová, no seu templo típico, onde oferecem seus sacrifícios. Haveria tantas vítimas animais abatidas, que as tigelas usadas normalmente para se despejar o sangue no templo não bastassem em quantidade; de modo que haveria necessidade de se recorrer também às panelas de boca larga para apanhar o sangue e despejá-lo contra o altar. (2 Crônicas 29:22) Em resultado, haveria mais carne das vítimas sacrificadas para cozinhar em preparação para ser comida nos refeitórios do templo. Usando-se assim extraordinariamente as panelas da casa de Jeová para a aspersão do sangue contra o altar, haveria falta de panelas no templo. Isto exigiria a apropriação das panelas comuns dos lares da cidade de Jerusalém, para se cozinhar a carne sacrificial no templo. Desta maneira, tais panelas comuns, domésticas, se tornariam “algo sagrado pertencente a Jeová”. Seriam santificadas para o Seu serviço.
23. Apesar do que o quadro da Jerusalém terrestre dá a entender, que dizer da falta de sacerdotes na “Jerusalém celestial” e os meios de prestar serviço sacerdotal à humanidade?
23 Qualquer que for o caso com a Jerusalém típica usada no quadro profético, não haverá falta de serviços sacerdotais na “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. O Sumo Sacerdote Jesus Cristo e a totalidade de seus 144.000 subsacerdotes estarão lá em cima. Eles serão plenamente aptos para a obra mundial de curar a humanidade obediente dos efeitos mortíferos do pecado e da imperfeição. Não haverá como que falta de utensílios. O sangue purificador e curador do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, como o “Cordeiro de Deus”, será amplamente suficiente no seu valor redentor para todos os que se voltarem para Jeová Deus. Ele e seus subsacerdotes ministrarão as necessidades da humanidade durante os mil anos de seu reinado; portanto, o resultado bendito será assim como se declara em Hebreus 7:24, 25: “Ele, por continuar vivo para sempre, tem o seu sacerdócio sem quaisquer sucessores. Por conseguinte, ele é também capaz de salvar completamente os que se aproximam de Deus por intermédio dele, porque está sempre vivo para interceder por eles.” Portanto, o enorme aumento de adoradores no templo espiritual de Jeová, por causa da ressurreição dos mortos, não lhe imporá um fardo grande demais.
NÃO HAVERÁ NENHUM “CANANEU PARA MACULAR A ADORAÇÃO MILENAR
24. (a) O que não molestara os celebrantes terrestres da festividade milenar no templo espiritual de Jeová? (b) Que ação de Jesus na terra, no templo de Jerusalém, prova que ele não tolerará tal molestação?
24 Quando todos os celebrantes terrestres da festividade milenar das barracas se chegarem ao templo espiritual da adoração de Jeová, não se verão confrontados nem obrigados a lidar com um enxame de negociantes de artigos religiosos, procurando egoistamente ganhar dinheiro dos que desejam adorar a Deus “com espírito e verdade”. (João 4:24) O Sumo Sacerdote celestial de Jeová não permitirá isso nem por um momento. Quando esteve na terra, como homem, a fim de oferecer sua vida humana perfeita como sumo sacerdote, ele purificou duas vezes o templo de Jerusalém de comerciantes religiosos, uma vez no primeiro ano de seu ministério público e novamente apenas quatro dias antes de sua morte sacrificial. Lemos a respeito deste último caso:
E [na sua entrada triunfal] ele entrou em Jerusalém, no templo; e olhou em volta, para todas as coisas, e, visto que a hora já estava avançada, saiu com os doze para Betânia. No dia seguinte, tendo eles saído de Betânia, . . . chegaram então a Jerusalém. Ali entrou no templo e principiou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos que vendiam pombas; e não deixou ninguém carregar qualquer utensílio através do templo, mas ensinava e dizia: ‘Não está escrito: “Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações”? Mas vós fizestes dela um covil de salteadores.’E os principais sacerdotes e os escribas ouviram isso, e começaram a procurar um meio de destruí-lo.” — Marcos 11:11-18; Isaías 56:7; João 2:12-17.
25. O Sumo Sacerdote fará com que qual parte da profecia de Zacarias se cumpra assim?
25 Com tanto zelo quanto antes, pela casa da adoração de Deus, o Sumo Sacerdote celestial Jesus Cristo cuidará de que cumpram as palavras finais da profecia de Zacarias: “E não mais virá a haver naquele dia cananeu [ou: comerciante] na casa de Jeová dos exércitos.” — Zacarias 14:21.
26. (a) Por que não terá o “cananeu” nenhum lugar na casa de adoração de Jeová? (b) Como ou com que será então santificada a terra?
26 A designação cananeu era sinônima de “comerciante”. (Provérbios 31:24; Jó 41:6; compare isso com Neemias 13:15-21.) Tais pessoas, que procuram ganhar lucro egoísta, comercial, com a coisa mais sagrada da terra, a adoração do único Deus vivente e verdadeiro, não terão lugar no pátio terrestre do templo espiritual de Jeová, nem na terra, Seu escabelo. E não as haverá, nem tampouco fraudes religiosas. O ensino da verdade pura e a prática da religião pura e imaculada serão então santificados na terra. Jeová será conhecido e adorado em todas as partes da terra. (Isaías 11:9) Ele é santo, e seus adoradores no paraíso global serão santos, iguais a ele. — 1 Pedro 1:16.
27. (a) Que privilégio especial terá a “grande multidão” de sobrevive a tribulação durante a celebração milenar da festividade? (b) Todos e então se devotarem à adoração de Jeová obterão o direito a quê?
27 Todos na terra que beberem das “águas vivas” que saem da “Jerusalém celestial” celebrarão “de ano em ano” a festividade milenar das barracas, com indizível alegria, no templo espiritual de Jeová. (Zacarias 14:8, 16) A visão observada no último livro da Bíblia, a respeito duma inúmera “grande multidão” de adoradores habitantes perante Deus, com palmas nas mãos, corresponde à cena do templo especialmente no último dia da “festividade das barracas” na antiga Jerusalém. (Revelação 7:9) A “grande multidão” de sobreviventes da “grande tribulação” terá uma alegria especial. Será a de ajudar a muitos bilhões de ressuscitados dos túmulos a subir para a celebração da festividade, sem consideração de sua anterior nacionalidade durante o antigo sistema de coisas. Deste modo, todos os que se devotarem à adoração do Rei, Jeová dos exércitos, obterão o direito dados por Deus à vida de alegria infindável numa terra paradísica sob a Teocracia de Jeová.
28. A que cena futura do propósito realizado de Deus para com a terra poderão os adoradores do Regente Divino erguer seus olhos de fé?
28 Todos os adoradores do Regente Divino Jeová, ergem os olhos de fé para a cena futura que embelezará o “escabelo” terrestre deste Teocrata celestial. Vejam toda a terra radiantemente florescente com um Paraíso pacífico que deleita até mesmo os olhos do grande Teocrata e Criador, um Paraíso adornado por vegetação e árvores, tanto belas para se olhar como produtivas em alimento para sustentar em perfeição a vida das criaturas. Cumpriu-se a comissão divina dada ao perfeito homem e à perfeita mulher, no início, no Éden, a saber: “Enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura vivente que se move na terra.” Toda a terra, até os seus quatro cantos, está cheia de criaturas humanas, piedosas, em perfeição física, moral e mental, às quais o Teocrata paternal tem o prazer de reconhecer como seus filhos e suas filhas, por meio do Cordeiro Jesus Cristo.
29. A quem atribuirão sua salvação todos os habitantes do Paraíso e como responderão os habitantes do céu?
29 Chega o fim do último dia da semana divina de sete dias criativos, cada um da duração de sete mil anos. Quando Deus, o Criador, examina e observa tudo o que fez, eis que é “muito bom”. (Gênesis 1:28 a 2:3) Todo o céu está observando a terra aperfeiçoada e está escutando. O coração dos serafins, querubins e anjos celestiais está cheio de admiração pelo grande Teocrata, ao observarem todos os humanos na terra adotar uma atitude de adoração. Ouve-se louvor a Deus. Emociona a multidão celestial ouvir toda a população da terra juntar-se à “grande multidão” em dizer com gratidão: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.” Todos os habitantes santos do céu respondem: “Amém! A bênção, e a glória, e a sabedoria, e o agradecimento, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém.” — Revelação 7:9-12.