O único governo para um só mundo sob a soberania de Deus
1. A que conclusão sobre o governo da humanidade se vêem obrigados a chegar os conselheiros do mundo?
CONSELHEIROS e consultores de assuntos mundiais ficam continuamente frustrados. Quer gostem da idéia, quer não, são obrigados a chegar à conclusão de que a família humana, embora já com seis mil anos de idade, não é capaz de governar a si mesma. Não produziu de si mesma o tipo de governo que tenha feito ou possa fazer de toda a humanidade um só mundo.
2. De acordo com o começo que Deus deu à humanidade, por que não lhe cabe nenhuma culpa de que a humanidade não seja hoje “um só mundo”?
2 A quem cabe a culpa? Não ao Criador da família humana, e, portanto, não ao Pai celestial dela. Toda a humanidade teve início com o único homem original que o Soberano Senhor Deus, Jeová, trouxe à existência na terra. Depois, duma parte do corpo perfeito deste homem, usado pelo Criador como base, este fez a primeira mulher original, para que toda a humanidade fosse uma só carne, descendente deste casal humano, original. Este fato foi explicitamente declarado aos filósofos do Supremo Tribunal grego do Areópago, em Atenas, na Grécia, há dezenove séculos atrás. O apóstolo cristão Paulo disse a esses angustos juízes: “Ele [Deus] fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra, e decretou as épocas designadas e os limites fixos da morada dos homens, para buscarem a Deus.” — Atos 17:22-27; Gên. 2:7-25; 1:26-31.
3, 4. (a) Qual foi o propósito de Deus para com a humanidade, desde o começo? (b) Como se mostrou a Adão que a submissão à soberania de Deus era o caminho para a vida, visando a eternidade?
3 Deus quis que a família humana fosse “um só mundo” da humanidade, uma só sociedade humana, todos do mesmo osso, carne e sangue. Esta sociedade humana, unida, havia de morar na superfície inteira da terra, a qual seria convertida num parque ajardinado ou paraíso, como seu lar eterno. A humanidade devia ter em sujeição os peixes, as aves e os animais terrestres, mas a própria humanidade devia estar em sujeição à soberania do Governante Universal e Criador, o Altíssimo, “a quem só pertence o nome de Jeová”. (Sal. 83:18, Almeida, rev. e corr.) Como Soberano do homem, Jeová Deus declarou ao primeiro homem a lei divina, sendo que, pela obediência a ela, o homem perfeito podia viver na terra para sempre.
4 Esta lei demandava perfeita obediência ao Soberano Universal, porque Deus disse ao homem Adão: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gên. 2:16, 17) O homem Adão e sua esposa Eva guardaram por um tempo esta ordem divina de obediência leal. A família humana teve assim um início perfeito. O modo de vida visando a eternidade era a submissão ao Soberano Universal, Jeová Deus. O princípio estabelecido ali aplicasse a nós hoje. Vamos segui-lo?
5. A atual falta de união no mundo da humanidade indica que ocorreu o que, e onde, e sob que induzimento?
5 Todos terão de concordar que a família humana não é hoje “um só mundo”, não é uma sociedade humana indivisa, apesar de ser de uma só carne e sangue. Há muitas soberanias humanas que se impõem hoje na terra, e elas dividem a lealdade dos homens. É inegável que no passado distante, antes de nascer um filho a Adão e Eva, deve ter havido um rompimento com a soberania universal do Deus Altíssimo, o Criador. O que induziu tal rompimento? Só a Bíblia Sagrada, a Palavra escrita de Deus, fornece uma resposta válida. O forte induzimento originou-se no domínio do invisível, com o mundo espiritual. Ali, um dos súditos espirituais da soberania de Jeová viu a oportunidade de estabelecer uma soberania independente para si mesmo.
6. Os termos aplicados àquele rebelde espiritual harmonizam-se com que proceder que ele adotou para chefiar a revolta humana contra a soberania de Deus?
6 O nome Satanás tornou-se apropriado para este rebelde, porque o nome significa “Opositor”, quer dizer, a Jeová Deus. O termo Diabo tornou-se apropriado para ele, porque a palavra significa “caluniador”, e Satanás usou a calúnia contra seu Soberano Senhor, a fim de enganar e desencaminhar. Assim, o Diabo apresentou à mulher Eva o Pai celestial dela como sendo mentiroso egoísta, a quem não se devia obediência estrita. Crendo nesta mentira, Eva comeu do fruto proibido e violou sua submissão à soberania de seu Pai celestial. Em harmonia com a trama do Diabo, ela foi ainda mais longe; induziu seu marido Adão a juntar-se a ela na revolta contra a sujeição à soberania legítima de seu Deus e Pai. Isso resultou exatamente naquilo que Satanás, o Diabo, calculou: Até hoje, o mundo da humanidade tem nascido em pecado contra Deus, não em sujeição à soberania do Deus Altíssimo, Jeová. — Gên. 3:1 até 4:16; Rom. 5:12.
7, 8. (a) Como ficou a humanidade dividida na questão da sujeição a uma soberania? (b) Como exerceu Deus soberania estrangeira nas suas relações com o soberano rebelde?
7 Desde aquela rebelião lá no Jardim do Éden, os descendentes de Adão e Eva têm estado divididos entre a sujeição à soberania universal de Jeová Deus e a sujeição à soberania de Satanás, o Diabo, a quem Jesus, o Messias, chamou de “governante deste mundo”. (João 12:31; 14:30; 16:11) Jeová Deus não celebrou nenhum acordo com esta recém-estabelecida soberania inferior. Exercendo seu poder como Soberano Legítimo, em pleno controle da sua atuação para com os governos estrangeiros, Jeová Deus declarou guerra ao soberano inimigo. Mostrando Supremo desprezo por este soberano satânico, Jeová Deus o comparou com uma serpente que rasteja no chão e disse-lhe como que falando à serpente, que o Diabo usou para enganar Eva:
8 “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça [como que pisando a cabeça duma serpente para esmagar-lhe o cérebro] e tu [qual serpente de tocaia] lhe machucarás o calcanhar.” — Gên. 3:1-15.
9. Guerra de que duração declarou Deus ao Soberano estrangeiro, e como foi isto indicado por Paulo em Romanos 16:20?
9 Jeová Deus declarou ali guerra perpétua ao soberano rebelde e a todos os que aderissem à soberania deste rebelde astuto, que desde o início procurou ocultar sua identidade das criaturas humanas, Jeová Deus não se esqueceu de sua “política estrangeira” de guerra contra o inimigo tanto dele como da humanidade. Mais de quatro mil anos depois de o Grande Adversário ter estabelecido a soberania estrangeira no Éden, Jeová Deus inspirou o apóstolo cristão Paulo a escrever à congregação situada na sede do Império Romano: “O Deus que dá paz, por sua parte, esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossas pés. A benignidade imerecida de nosso Senhor Jesus seja convosco.” — Rom. 16:20. Veja Êxodo 17:14; Isaías 45:7.
10. (a) Quem será usado para esmagar a Grande Serpente debaixo dos pés, e quão cedo será isso? (b) Como se realizou a machucadura do “calcanhar” do prometido Descendente de Deus, e que cura houve?
10 O tempo para o esmagamento da Grande Serpente, Satanás, o Diabo, e de seu “descendente” dentro “em breve” já deve estar bem perto, depois de passarem mais de dezenove séculos. O principal do “Descendente” prometido da “mulher” de Deus, Jesus Cristo, já está revestido de poder adequado para esmagar este autor satânico de todas as soberanias terrestres, alheias a Jeová Deus, único Dador de paz. Lá no primeiro século de nossa Era Comum, machucou-se o calcanhar deste “Descendente” da “mulher” de Deus. Isto aconteceu em resultado daquela conspiração entre os “povos de Israel”, o Rei Herodes Ântipas e o Governador romano Pôncio Pilatos. A ferida no “calcanhar” infligida pela Grande Serpente causou a morte de Jesus Cristo? no dia da Páscoa de 33 E. C., mas apenas uma morte física. De qualquer modo, Jesus tinha de sofrer uma morte sacrificial, segundo o propósito de Deus. Mas, o proceder de sacrifício não ficou sem recompensa. No terceiro dia da morte de Jesus, o Deus Todo-poderoso o ressuscitou dentre os mortos para a vida espiritual, imortal, nos céus. Deus o assentou à sua própria mão direita, a fim de que aguardasse o tempo de se machucar a cabeça da Grande Serpente. — Heb. 10:12, 13; 12:2.
11. Que governo pregou Jesus publicamente como homem, e a partir de quando?
11 Quando Jesus, o Messias, ainda era homem perfeito na terra, ele pregava incessantemente o Governo que, sob a soberania de Deus, regerá toda a humanidade e fará dos obedientes “um só mundo”. Ele prosseguiu onde parou seu precursor, João Batista, porque o relato nos diz: “Ora, quando ele ouviu que João tinha sido preso, retirou-se para a Galiléia. . . . Daquele tempo em diante, Jesus principiou a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.’” — Mat. 4:12-17.
12. Por causa de que escolha, quando estava em tentação por parte do Diabo, mostrou-se Jesus digno de pregar essa mensagem do reino?
12 Jesus nunca teria sido digno de passar a pregar essa mensagem, se ele não tivesse feito a decisão certa alguns meses antes disso. Naquela ocasião decisiva, Jesus estava li fora no ermo da Judéia, onde havia jejuado em solidão por quarenta dias. Chegou-se então a ele aquele invisível soberano rebelde para tentá-lo a abandonar seu proceder messiânico. O registro nos diz a respeito da terceira e última tentação: “Novamente, o Diabo levou-o a um monte extraordinariamente alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: ‘Todas estas coisas te darei, se te prostrares e me fizeres um ato de adoração.’” O que o Diabo ofereceu ali a Jesus não foi o “um só governo” que faria de toda a humanidade obediente “um só mundo”. Não foi o governo mundial sob a soberania de Deus, mas um debaixo da soberania do Diabo. A favor de que soberania Jesus se decidiu inequivocamente nos é contado a seguir na narrativa: “Jesus disse-lhe então: ‘Vai-te, Satanás [Opositor]! Pois está escrito: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.”’” — Mat. 4:1-10.
13, 14. Depois de milagrosamente alimentar a multidão, por que não permitiu Jesus que o povo o fizesse rei, mas, por que se ofereceu então formalmente, em cumprimento de Zacarias 9:9?
13 Ao decidir-se pela soberania de seu Deus, Jeová, Jesus foi exemplo perfeito para todos nós hoje. Mas, precisamos persistir na nossa decisão a favor da soberania de Deus, assim como Jesus. Numa ocasião posterior, depois de ele ter alimentado uma assistência de cinco mil homens e suas famílias, de maneira milagrosa, muitos queriam fazer deste provedor milagroso de alimento seu rei terrestre. Mas, Jesus frustrou seus esforços por se afastar deles. Ele sabia que ainda não havia chegado o tempo de se oferecer de maneira formal aos judeus como rei messiânico deles, em cumprimento da profecia. (João 6:1-15) No tempo devido de Deus, no domingo, 9 de nisã de 33 E.C., Jesus entrou montado em Jerusalém, conforme predito em Zacarias 9:9, e foi ao templo dela, onde oficiava o sumo sacerdote da nação. Jesus não impediu que a multidão acompanhante o recomendasse em voz alta como rei, clamando:
14 “Salva, rogamos! Bendito é aquele que vem em nome de Jeová! Bendito é o reino vindouro de nosso pai Davi! Salva, rogamos, nas maiores alturas!” — Mar. 11:1-11, NM; Diaglott.
15. Quando foi que os “povos de Israel” declararam explícita e publicamente sua decisão na questão da soberania, e como acompanhou Pilatos a decisão deles?
15 Chegara então o tempo para os “povos de Israel”, representados pelos seus líderes religiosos, decidirem e mostrarem à soberania de quem aderiam. Cinco dias depois, eles declararam explícita e publicamente a soberania de quem escolhiam. Quando os celebrantes da Páscoa, sob as instigações de seus sacerdotes, clamaram para que o governador romano Pôncio Pilatos mandasse o prisioneiro Jesus ser morto numa estaca, Pilatos pediu que reconsiderassem o assunto, dizendo: “Hei de pendurar na estaca o vosso rei?” A questão da soberania foi assim apresentada frontalmente aos “povos de Israel”. A soberania de quem escolheriam? A narrativa bíblica indica isso, ao dizer: “Os principais sacerdotes responderam: ‘Não temos rei senão César.’” O representante de César, Pilatos, acompanhou-os na sua decisão, pois a narrativa diz: “Nesta ocasião, portanto, entregou-o a eles, para ser pendurado numa estaca.” — João 19:12-16.
16. Por meio de quem será em breve esmagada a Grande Serpente, e como retrata o Salmo 2:8, 9 o esmagamento do “descendente” da Serpente na terra?
16 Este foi o cumprimento em miniatura das palavras proféticas do Rei Davi no Salmo 2:1, 2. (Atos 4:24-28) Estabeleceu o modelo para o cumprimento maior, que se dá em nossos dias, quando a questão suprema do domínio do mundo e da soberania universal precisa ser resolvida de uma vez por todas. Satanás, o soberano rebelde, já teve o seu dia ao machucar o calcanhar do prometido “Descendente” da “mulher” de Deus. Agora é preciso que se esmague a cabeça desta Grande Serpente, o machucador do calcanhar, e isso afetará ao mesmo tempo todos os do “descendente” dessa Serpente. O mesmo Salmo Dois indica como se daria o esmagamento do “descendente” visível da Grande Serpente. Nos Sal 2 versículos oito e nove, Jeová dirige-se ao seu Filho Ungido, Jesus Cristo, dizendo: “Pede-me, para que eu te dê nações por tua herança e os confins da terra por tua propriedade. Tu as quebrantarás com um cetro de ferro, espatifá-las-ás como se fossem um vaso de oleiro.”
17. O que retrata o livro de Revelação quanto ao instrumento usado por Deus para despedaçar as nações soberanas na terra, e que papel desempenha nisso Jesus Cristo, conforme retratado?
17 O último livro da Bíblia Sagrada (Revelação ou Apocalipse 12:5) fala do reino de Deus por seu Messias como sendo o instrumento divino que “há de pastorear todas as nações com vara de ferro”. O capítulo dezenove, que descreve a vindoura guerra com as nações terrestres no Har-Magedon, fala do Filho de Deus, Jesus Cristo, como sendo aquele que “as pastoreará com vara de ferro”, e acrescenta que “ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o “Todo-poderoso”. (Rev. 19:15; 16:14, 16) Este esmagamento das nações, com sua reivindicação de soberania nacional, é vividamente retratado para nós na profecia de Daniel, capítulo dois.
18. Como representa a interpretação do sonho de Nabucodonosor por Daniel o fim violento do sistema de coisas que teve por destaque as potências mundiais e como sabemos que o fim do sistema está próximo?
18 Naquele capítulo, Daniel interpreta o sonho profético que o Deus dos céus enviara a Nabucodonosor, imperador da Potência Mundial Babilônica, no segundo ano depois de ele ter destruído a cidade de Jerusalém e o templo construído pelo filho de Davi, o Rei Salomão. A sucessão de potências mundiais, começando com a babilônica e passando pela medo-persa, grega, romana e anglo-americana, foi retratada como enorme e extraordinariamente brilhante estátua de diversos materiais, com pés de ferro e de argila. Cortou-se então uma pedra dum monte distante, sem ajuda de mãos humanas, a qual atingiu os pés da estátua e finalmente pulverizou toda a estátua caída, sendo o pó levado pelo vento. No mínimo, a pulverização da estátua simbólica representa o fim dum sistema de coisas por um instrumento sobre-humano, não produzido por mãos humanas sob a direção de cérebros humanos. O cumprimento da profecia dada por Jesus Cristo a respeito da “terminação do sistema de coisas” mostra que é iminente o esmagamento desse sistema! — Mat. 24:3-22.
19. Segundo Daniel 2:44, o que acontecerá às nações que se puseram do lado das Nações Unidas, mas o que se dará com a soberania do reino messiânico de Deus?
19 Atualmente, por estarem do lado da organização não-cristã das Nações Unidas, os governantes mundanos mostram sua posição na questão da soberania. Portanto, é com respeito a tais governantes políticos, comunistas e não-comunistas, que se aplicam as palavras interpretativas do profeta Daniel: “No tempo desses reis, o Deus dos céus [não mãos humanas] suscitará um reino que Jamais será destruído e cuja soberania jamais passara a outro povo: destruirá e aniquilará todos os outros, enquanto que ele subsistirá eternamente.” — Dan. 2:1-44, Centro Bíblico Católico.
20, 21. (a) Quem compartilhará aquele reino celestial com o Messias? (b) Em Daniel 7:26, 27, retrata-se que a soberania sobre a terra é entregue a que povo?
20 Este é o reino messiânico celestial que as testemunhas cristãs de Jeová têm proclamado mundialmente, desde o ano de seu nascimento nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios, no ano 1914. (Luc. 21:24; Mat. 24:14) Os seguidores das pisadas do Messias, ungidos iguais a ele com o espírito de Deus, devem compartilhar com o Messias aquele reino celestial. Isso foi dito profeticamente num sonho dado ao próprio Daniel. Neste sonho profético, a série de potências mundiais gentias, desde a babilônica, foi representada por quatro feras. A respeito do julgamento divino executado pelo Supremo Tribunal do universo naquela quarta fera simbólica, Daniel 7:26, 27, explica:
21 “Então se assentará o tribunal, e ele será privado da sua soberania, para que no fim esta seja destruída e abolida. O poder régio, a soberania e a grandeza de todos os reinos debaixo do céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. Seu poder régio é um poder sempiterno, e todas as soberanias lhes servirão e obedecerão.” — New English Bible.
“UM SÓ MUNDO” DEBAIXO DELA
22. A quem se dará a soberania sobre o mundo da humanidade, a fim de que haja “um só governo” sobre ela?
22 O cumprimento desta profecia é agora iminente. Todas as atuais soberanias nacionais na terra em breve terão de curvar-se diante do reino messiânico nas mãos do Filho celestial de Deus. (Dan. 7:1-12) Isso fará lugar para apenas “um só governo” para toda a humanidade. Conforme disse Daniel 7:14: “[Ao Filho messiânico do homem] foram-lhe dadas soberanias, glória e realeza: Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas O servem. O seu império [soberania] é um império [soberania] eterno que não passará jamais, e o Seu reino nunca será destruído.” — Missionários Capuchinhos; The Jerusalem Bible.
23. (a) O que significará o cumprimento desta profecia para a atual geração da humanidade? (b) Que oportunidade favorável se nos apresenta?
23 O que significará o cumprimento desta profecia para esta geração da humanidade? O seguinte: As atuais soberanias nacionais e os defensores patrióticos delas sofrerão o extermínio na maior tribulação do mundo, que se aproxima rapidamente, mas os defensores da soberania universal de Jeová serão milagrosamente preservados e emergirão vivos daquela “grande tribulação”. (Mat. 24:21, 22; Mar. 13:19, 20; Rev. 7:14, 15) Estaremos entre tais sobreviventes favorecidos da “terminação do sistema de coisas”? A Palavra escrita de Deus nos oferece a oportunidade de estarmos entre eles. O que se exige agora de nós é tomarmos nossa posição inabalável do lado da soberania de Deus e de seu reino messiânico, e apegar-nos a eles, apesar de todos os futuros esforços políticos, religiosos e sociais de nos afastar.
24. Por quanto tempo durará ainda para nós o sofrimento por nos apegarmos a soberania de Jeová?
24 Isto poderá resultar em algum sofrimento para nós, enquanto se permitir que nossos perseguidores permaneçam. Sob tal aflição, podemos lembrar-nos do brado de testemunhas anteriores do Senhor Deus Jeová; que sofreram até morte: “Até quando, o Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Assegurou-se-lhes que seria apenas “ainda por pouco tempo” antes de isso se dar. — Rev. 6:10, 11, Almeida, atualizada, também da I. B. B.; Taizé; Pontifício Instituto Bíblico; NM.
25. Quando e como será Satanás, a Grande Serpente, esmagado sob os pés dos discípulos de Cristo dentro “em breve”?
25 Só demorará mais um pouco antes de os defensores fiéis da soberania universal de Jeová serem vindicados na sua posição pela vitória decisiva Dele sobre todas as soberanias nacionais representadas dentro e fora das Nações Unidas. Logo a seguir, o rebelde original contra a soberania universal de Jeová, a saber, Satanás, o Diabo, e todos os seus anjos demoníacos, receberão o tratamento merecido. Seu quinhão será o isolamento em cadeias num abismo, fora da comunicação com esta terra. (Rev. 20:1-3) Assim como que se machucará a cabeça da Grande Serpente; e será o “Descendente” leal da “mulher” de Deus por meio de quem Deus esmagará assim a Grande Serpente e sua descendência demoníaca sob os pés dos co-herdeiros fiéis de Cristo. — Rom. 16:20.
26. De que modo começará a “nova ordem” de Deus com “um só mundo” sob “um só governo”?
26 Os sobreviventes humanos destes acontecimentos momentosos serão todos os que aderirem ao único reino messiânico do Filho vitorioso de Jeová, Jesus Cristo. Por conseguinte, logo no começo da nova ordem justa de coisas de Deus, haverá “um só mundo” na terra, sob “um só governo”, sem consideração de tribos, povos, raças, nações e línguas às quais os sobreviventes da “tribulação” tenham pertencido. Todos serão uma só sociedade humana numa terra purificada, todos eles adorando o único Deus vivente e verdadeiro, Jeová, e todos eles sujeitando-se ao seu Filho, Jesus Cristo, em cujos ombros se porá a regência principesca. Que força unificadora isso será!
27. Essa situação será uma força em prol de que condição entre a humanidade, sob que única soberania?
27 Que força isso será também em prol duma paz mundial! Não haverá mais guerras entre religiões! Não haverá mais disputas sobre limites territoriais! Não haverá mais guerras entra raças, nem internacionais! Não haverá mais rivalidades e competições políticas! A profecia bíblica diz: “Jeová terá de tornar-se rei sobre toda a terra. Naquele dia Jeová mostrará ser um só e seu nome um só.” (Zac. 14:9) Ao mesmo tempo, o “um só governo sob ele, o reino messiânico de seu entronizado Filho Jesus Cristo, será expressão de Sua soberania universal. — Isa. 9:6, 7.
28. Em que boa obra cooperará então toda a humanidade, em cumprimento de que promessa de Jesus a um transgressor moribundo?
28 Toda a humanidade viva servirá “ombro a ombro” o Soberano Senhor Deus, Jeová. (Sof. 3:8, 9) A nova sociedade humana, como “um só mundo”, cooperará numa boa obra. Cooperará na transformação da superfície estragada deste globo terrestre no estado em que devia estar originalmente segundo o propósito do Criador, o dum jardim do Éden, um paraíso de delícias. (Gên. 1:27, 28; 2:7-15) Haverá então resposta ao pedido feito pelo transgressor compassivo, que morreu ao lado de Jesus Cristo numa estaca de tortura: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.” Sim, o Rei reinante lhe cumprirá então a promessa: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” — Luc. 23:42, 43, NM; Rotherham.
29. (a) Como poderá a humanidade tornar-se filhos eterno de Cristo? (b) Como os guiará ele em exemplo de sujeição à soberania de Deus?
29 Não só aquele criminoso bondoso, mas também todos os demais dos humanos mortos estão envolvidos nisso, sendo que Jesus Cristo morreu por todos eles como perfeito sacrifício humano. Estes também sairão à sua chamada na ressurreição dos mortos. (Mat. 20:28; João 5:28, 29; 1 Tim. 2:5, 6; Atos 24:15) Todos os submissos serão incorporados naquele “um só mundo”. Todos serão irmãos e irmãs, pois, tornar-se-ão os filhos resgatados e adotados do único Pai Eterno, Jesus Cristo, que sacrificou por eles sua vida humana. (Isa. 9:6, 7; Heb. 2:9) Por serem obedientes a ele, poderão tornar-se seus filhos eternos. Ele mesmo os guiará no caminho de submissão à soberania universal de seu próprio Pai celestial, Jeová Deus. Depois da realização da sua obra de soerguer a humanidade obediente à perfeição humana, num paraíso terrestre, ele mesmo expressará a sua própria sujeição à soberania de seu Deus por entregar-lhe o reino. Por quê? “Para que Deus seja todas as coisas para com todos.” — 1 Cor. 15:24-28.
30. Que exortação se faz aos que ficaram desiludidos com a divisão desastrosa causada pelas soberanias nacionais?
30 Havendo assim todas essas coisas maravilhosas, então, animem-se todos os que ficaram frustrados e desiludidos pela divisão desastrosa do mundo, pelas soberanias nacionais em conflito, independentes da soberania divina! Apeguem-se agora firmemente à gloriosa esperança de “um só mundo, um só governo sob a soberania de Deus”! Vivam para isso desde já; até a sua bendita realização.
[Foto na página 237]
O REINO DE DEUS SERÁ O ÚNICO GOVERNO PARA TODA A HUMANIDADE
O REINO DE DEUS DESTRUIRÁ TODAS AS SOBERANIAS NACIONAIS