O governo mundial sobre os ombros do Príncipe da Paz
Começando ao mesmo tempo em Dublim, Irlanda e em Edimburgo, Escócia, no domingo, 13 de junho de 1965, o proferimento desta mensagem, “O Governo Mundial Sobre os Ombros do Príncipe da Paz”, progrediu ao redor do mundo nas semanas e nos meses seguintes. Por meio dela, centenas de milhares de pessoas, de muitos países e línguas, tiveram a sua apreciação despertada e aprofundada naquilo que é uma das mais grandiosas profecias de que há registro, agora prestes a atingir o clímax de seu cumprimento. Demasiado boa para ser perdida, a mensagem é impressa aqui para que o leitor e milhões de outras pessoas a leiam e a comprovem por meio das Escrituras Sagradas de profecias.
1. O que significará e simbolizará o governo mundial?
O GOVERNO mundial para toda a humanidade significará um único governo supremo sobre toda a terra. Será símbolo da unidade de todos os povos, em pacífica fraternidade humana. É surpreendente pensar no que tal governo poderia fazer a favor de todas as pessoas sob ele, sem favoritismo para alguém e sem preconceito contra ninguém.
2. O que está sendo feito hoje, por cidadãos deste século vinte, no tocante ao governo mundial?
2 Será que tal governo mundial chegará mesmo a existir sobre a nossa única família humana? Atualmente, pelo menos, o assunto está sendo mencionado com muita seriedade, tendo-se em vista as ameaçadoras condições mundiais. Certa enciclopédiaa bem-conhecida diz sobre o assunto: “O tremendo problema do governo mundial desafia os cidadãos do século vinte muito mais do que desafiou as pessoas dos séculos anteriores.”
3. O resultado de certo estudo sobre o assunto sugere que o governo mundial não será estabelecido até que existam que condições?
3 Até agora jamais se empreendeu tal domínio político com o apoio de todas as pessoas que ficariam sob sua autoridade. Falando-se humanamente, o governo mundial precisa do desejo bem-difundido do povo em seu favor. A enciclopédia que acabamos de citar afirma que certo estudo do assunto “sugere que o governo mundial não será estabelecido a menos que, primeiro, haja na mente e no coração de muitos milhões de pessoas, em diversos países do mundo, o consenso, o desejo comum ou a consciência coletiva para formar a base do controle mundial; e, em segundo lugar, seja posta em operação algum tipo de máquina governamental que providencie legislação que controle diretamente a algumas, mas não a todas as ações das pessoas de qualquer nação ou estado do mundo, para tornar obrigatórias tais leis por ação direta sobre as pessoas, e para a proteção de grupos de pessoas contra a conduta agressiva ou opressora da parte de outros grupos”.
4. Por que a Liga das Nações e as Nações Unidas não têm sido verdadeiros governos mundiais?
4 Alguém talvez pergunte: Já não temos o governo mundial na forma da organização das Nações Unidas, que tem sua sede na cidade de Nova Iorque? Não, replica a mesma enciclopédia: “Nem a Liga das Nações nem as Nações Unidas foram edificadas na ampla consciência coletiva que é essencial ao governo mundial; nem foi qualquer uma delas [as organizações] provida de poder legislativo, de poder de fazer cumprir a lei, ou poder efetivo para restringir a conduta nacional ou coletiva que fosse agressiva ou opressora.”
5, 6. (a) De que “autoridade” falou o Papa João XXIII em sua encíclica “Paz na Terra”, de 1963? (b) Que “ardentes votos” expressou a encíclica para com as Nações Unidas?
5 O falecido Sumo Pontífice da Cidade do Vaticano, o Papa João XXIII, não considerou as Nações Unidas como sendo um governo mundial. Na quinta-feira, 11 de abril, durante a Semana Santa do ano de 1963, ele assinou sua famosa encíclica intitulada “Pacem in Terris” (“Paz na Terra”, que ele dirigiu não só “ao clero e aos fiéis de todo o mundo”, mas também “a todos os homens de boa vontade”. Na Parte IV desta encíclica, falou duma “autoridade pública da comunidade mundial”, e passou a dizer:
6 “Fazemos ardentes votos de que a organização das Nações Unidas — na sua estrutura e em seus meios — se conforme cada vez mais à vastidão e à nobreza de suas tarefas, e chegue o dia em que todo ser humano encontre nela a proteção eficaz dos direitos que promanam diretamente de sua dignidade de pessoa, e que são, por isso mesmo, direitos universais, invioláveis e inalienáveis. Deve-se esperar que isto aconteça ainda mais, visto que todos os seres humanos se tornam mais ativamente cônscios de que são membros vivos duma comunidade mundial.”
7, 8. (a) Que reunião provocou aparentemente a encíclica, e que “organismo” destacaram os oradores como sendo necessário? (b) O que disse o historiador Toynbee a respeito da necessidade do governo mundial?
7 Aparentemente, esta encíclica foi a centelha que provocou a reunião de quatro dias, na cidade de Nova Iorque, de 17 a 20 de fevereiro de 1965, do Congresso Internacional da Paz, sob o patrocínio do Centro Para o Estudo das Instituições Democráticas. Relata-se que esta convocação “tinha por fim o estudo das aplicações práticas da encíclica do Papa João, Pacem in Terris (Paz na Terra), publicada em abril de 1963”. Mais de 2.000 convidados assistiram às sessões no Hotel Hilton, de Nova Iorque, sendo eles de quatorze nações e incluindo clérigos religiosos, eruditos, cientistas e estadistas. O secretário-geral das Nações Unidas esteve presente e discursou. Os vários oradores destacaram “ser essencial um forte organismo internacional, tendo-se em vista a alternativa da guerra nuclear”. (Times de Nova Iorque, de 21 de fevereiro de 1965) Disse um despacho da “Associated Press”, datado de Nova Iorque, de 20 de fevereiro:
8 “O famoso historiador britânico. Arnold J. Toynbee, declarou hoje que a civilização alcançara o ponto em que a própria continuidade da raça humana depende da formação do Governo Mundial. ‘É do mútuo interesse das nações subordinarem sua soberania nacional às autoridades mundiais’, disse ele. ‘Esta é a única condição em que as nações podem sobreviver numa era atômica.”
9, 10. (a) O que não deve significar o governo mundial? (b) A favor do que trabalham os Federalistas Mundiais Unidos, Incorporados, e como é que seus lideres discordam dos russos comunistas?
9 Como é que se pode criar tal instituição? Os trabalhadores de mente correta a favor dela concordam que o governo mundial não deve significar o domínio do mundo por uma única nação poderosa que assuma o controle e que se mantenha no controle pela força bruta. As nações democráticas do Ocidente pretendem que o comunismo internacional se propõe a dominar o mundo; e tal coisa horroriza essas nações. Diz a enciclopédia acima-mencionada sobre esta modalidade do assunto:
10 “Um dos maiores grupos que trabalham a favor do ‘apoio e do aperfeiçoamento das Nações Unidas num governo mundial, com poderes limitados e adequados para assegurar a paz’ acha-se organizado em ‘United World Federalists, Incorporated’ (Federalistas Mundiais Unidos, Incorporados). Os líderes dos federalistas mundiais provavelmente não concordarão com facilidade com aqueles russos que gostariam de criar o governo mundial por transformarem a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas numa República Soviética Socialista Mundial.”
11. Que duras realidades do dia obscurecem a esperança de os homens estabelecerem um governo mundial satisfatório?
11 Quando olhamos para as duras realidades do dia, não será em vão esperarmos que os homens estabeleçam um satisfatório governo mundial? Atualmente, a guerra fria é travada entre os blocos oriental e ocidental de nações, dominados por ideologias políticas opostas, tendo grandes brechas que separam até mesmo cada um destes blocos de nações, havendo desacordos políticos internos que dividem cada uma das nações. Isto não nos fornece base para esperar que o necessário governo mundial venha a surgir, muito embora estejamos todos sob a ameaça da guerra nuclear, sendo toda a humanidade a sua vítima. O amor à soberania nacional é demasiado forte no coração dos homens que têm o espírito deste mundo. A devoção fanática às ideologias políticas é poderosa demais entre os homens que acham que possuem o único sistema exeqüível de governo. Não se pode esperar a mudança de coração dos homens que não podem ser convencidos contra sua própria vontade. Se havemos de julgar pelas experiências que os homens têm feito com todas as sortes de governos políticos, e pelos resultados práticos de suas experiências, que tipo de governo mundial nos dariam os homens, de qualquer jeito?
12. Para o que é necessário o governo mundial, e para quem podemos olhar a fim de realizá-lo?
12 O governo mundial é necessário para a preservação e a felicidade da família humana. Este fato está sendo admitido cada vez mais ao passar o tempo. Será que só poderá vir, porém, por meios humanos? Será o homem desta chamada Era do Cérebro o último a quem podemos olhar a fim de trazer o todo-necessário governo mundial? Será que não há nada além do homem e de sua ciência vangloriada para o qual podemos olhar e apelar? Felizmente que há! Há o grande Governador do universo, do qual nossa terra é parte ínfima. Não deve ser difícil para Ele governar a nossa terra. Como o Criador da terra, deve-se esperar que ele a governasse. Ele fará isso. Quem pode impedi-lo de fazer isso?
13. Por que é agora desnecessário que os homens continuem discutindo a respeito das coisas que têm que ver com o governo mundial, e, ao que levará essa discussão continua?
13 Hoje em dia, depois de chegarem a ver a necessidade de tal coisa, os homens não precisam continuar discutindo interminavelmente sobre que tipo de governo mundial devia haver, como deve ser posto em operação, e quem deterá o posto de governante, e como tal governante mundial deva ser chamado e escolhido. Muito tempo antes de este sistema de coisas começar, o governo mundial para toda a humanidade já havia sido decidido pela maior autoridade vivente. Os homens em geral ignoram esta autoridade e a Sua decisão e seu propósito. Continuarem os homens dirigentes desta era nuclear a ignorar a Ele não significa outra coisa senão se meterem em desnecessária dificuldade e, por fim, não chegarem a lugar nenhum, senão ao próprio desastre que eles esperam evitar por meio do governo mundial feito pelo homem.
14, 15. (a) Por que não é nada novo para a suprema autoridade o assunto do governo mundial? (b) Que decreto governamental fez esta Autoridade que fosse publicado em Jerusalém, no oitavo século A. E. C.?
14 A autoridade suprema é a única fonte de todo o governo legítimo. Para ele, o governo mundial sobre a humanidade não é nada de novo, moderno ou recente. Mais de dois mil e seiscentos anos antes de esta era nuclear surgir, Ele fez que fosse publicado um decreto governamental que promete ser cumprido em nossos próprios tempos. O decreto foi publicado no oitavo século antes de nossa Era Comum. Naquele tempo, a Assíria, com sua capital em Nínive, era a potência mundial dirigente, mas, apesar de suas grandes agressões, não se tornou um governo mundial. Houve uma cidade que a Assíria ameaçava, mas que nunca subjugou. Tratava-se de Jerusalém. Nesta cidade, o seguinte decreto governamental foi proferido e publicado; e damos aqui a tradução em português do decreto, aprovado pelo falecido Papa João XXIII:
15 “Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. O seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.” — Isa. 9:5, 6, CBC; 9:6, 7, Al.
O PRÍNCIPIE PROMETIDO
16, 17. (a) O que predisse aquele decreto governamental? (b) Como foi incorretamente aplicado na Índia, não faz muito tempo, esse titulo de “Príncipe da Paz”?
16 Nessas palavras, Deus predisse o estabelecimento dum governo mundial de paz sem fim, pois o domínio repousaria sobre os ombros daquele que seria chamado de Príncipe da Paz. Este título não deveria ser usado por ninguém mais, a não ser aquele que dominaria sobre a humanidade. Não fazem muitos anos que o título foi incorretamente aplicado a um poderoso general e dominador político. Enquanto ainda retinha a presidência da mais poderosa república militar do bloco ocidental de nações, fez uma visita de cortesia à Índia. A data de sua chegada na capital da Índia, Nova Delhi, foi 9 de dezembro de 1959, e uma das muitas revistas que relataram tal evento disse:
17 “A Índia nunca viu tal multidão desde a morte de [Mahatma] Gandhi. Mais de um milhão de aldeões e citadinos enfileiravam-se pelas ruas de Nova Delhi, acenando e gritando . . . (“Viva Eisenhower!” . . . (“Salve Eisenhower!”) Por cima da multidão exaltada havia faixas vermelhas e brancas que proclamavam: ‘EISENHOWER — PRÍNCIPE DA PAZ.’” — A Sentinela, de 15 de fevereiro de 1961, página 101.
18. Por que o prometido Príncipe da Paz, também chamado de Deus forte, não poderia ser presidente de qualquer república da terra atualmente?
18 Entretanto, triste é dizê-lo, desde aquele evento a sua própria nação tomou parte na guerra no sudeste da Ásia, a qual ameaçava estender-se num conflito que tiraria a paz de toda a terra. Tudo isto prova quão vão é dar o título de “Príncipe da Paz” a um mero homem, muito embora alguns hindus pensassem que ele era Vixnu Ka Avatár, uma reencarnação do deus Vixnu. Na verdade, o decreto governamental do Senhor dos exércitos disse que o prometido Príncipe da Paz também seria chamado de Deus forte, mas ele jamais poderia ser presidente dos Estados Unidos da América, nem de qualquer república, da terra atualmente. O Senhor dos exércitos disse que o Príncipe da Paz teria de sentar-se “sobre o trono de Davi e em seu reino”.
19, 20. (a) O que isto exigia que fosse o Príncipe da Paz, quanto à sua descendência? (b) Que pacto, que exigia isso, fez o Senhor dos exércitos com o fiel Davi?
19 Isto exigia que o Príncipe da Paz fosse descendente de Davi, de Belém, que era rei de Jerusalém no décimo primeiro século antes de nossa Era Comum, e cujo reino se estendia finalmente do Rio Eufrates, para o sul, até o Rio do Egito. (Gên. 15:18) A este fiel Davi, o Senhor dos exércitos fez solene promessa de que o poder do reino permaneceria em sua família para todo o tempo e que seu reino seria, por conseguinte, para sempre. (2 Sam 7:1-17) Na linguagem da Tradução do Centro Bíblico Católico da Bíblia Sagrada, um antigo salmista inspirado pôs a promessa de Deus nas seguintes palavras:
20 “Outrora, em visão, dissestes aos vossos santos: ‘Impus a coroa a um herói, escolhi meu eleito dentre o povo. Encontrei Davi, meu servidor, sagrei-o com a minha santa unção. . . . não lhe retirarei o meu favor e não descumprirei minha promessa; não violarei minha aliança, não mudarei minha palavra dada. Prometi pela minha santidade; a Davi não faltarei jamais. Sua posteridade permanecerá eternamente, e seu trono, como o sol, subsistirá diante de mim. Como a lua que existirá sem fim, e . . . fiel testemunha nos céus.” — Sal. 88:20-38, CBC; Sal. 89:19-37, Al.
21, 22. (a) O que, portanto, tem de ser este Príncipe da Paz quanto ã herança? (b) Que outra profecia fez Isaías a respeito do nascimento deste Príncipe?
21 Visto que o Senhor dos exércitos decretou a respeito do Príncipe da Paz que “seu império será grande e a paz sem fim”, este Príncipe em cujos ombros repousará o governo tem de ser o Herdeiro Permanente do Rei Davi. Para que isto se cumpra, o Herdeiro do reino eterno de Davi tem de nascer na terra, na linhagem de Davi. Foi predito o seu nascimento, e deveria assinalar um momento decisivo na história. Outra profecia sobre o nascimento deste Príncipe foi feita pelo profeta Isaías numa ocasião em que o reino da casa real de Davi, em Jerusalém, via-se ameaçado por uma aliança de nações inimigas. Para o rei que então governava, disse Isaías:
22 “Ouvi, casa de Davi! Não vos basta fatigar a paciência dos homens, fatigais também a do meu Deus? Por isso o Senhor vos dará um sinal: que a virgem conceba e dê à luz um filho, e o chame Emanuel.” — Isa. 7:13, 14, CBC.
23. O que escreve Mateus Levi sobre o nascimento deste filho como sendo fato histórico e como cumprimento da profecia divina?
23 O nascimento deste filho há muito tem sido fato histórico. Acha-se anotado nos registros da história que são além de negação e que não podem ser apagados, provando que o Senhor dos exércitos realizou este nascimento milagroso, conforme prometeu que realizaria. Um coletor de impostos do Império Romano, chamado Mateus Levi, explica como foi que ocorreu o nascimento pelo poder divino. Cita como sendo Maria o nome da mãe virgem. Para trazer atenção ao fato de que isto era cumprimento da profecia do Senhor dos exércitos, por meio de Isaías, Mateus Levi diz: “Tudo isto aconteceu ara que se cumprisse o que o Senhor alou pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz a um filho que se chamará Emanuel que significa Deus conosco.” (Mat. 1:22, 23, CBC) Segundo a ordem de Deus, o menino foi chamado de Jesus.
24, 25. (a) Que pesquisa a respeito do nascimento fez o Doutor Lucas, do nosso primeiro século? (b) O que relatou ele como tendo sido dito pelo anjo Gabriel a Maria, a respeito do filho a nascer?
24 Certo médico do primeiro século de nossa Era Comum fez uma pesquisa a fim de estabelecer a veracidade do relatório então difundido a respeito deste Jesus que nascera miraculosamente. Então, este Doutor Lucas escreveu os fatos a seu amigo Teófilo, para fortalecer a fé deste crente. O Doutor Lucas relata que por ocasião de Maria saber que ela era a escolhida de Deus para se tornar a mãe virgem do Filho de Deus, o anjo Gabriel lhe disse:
25 “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó; e o seu reino não terá fim. . . . O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra. Por isso o santo filho que nascer de ti será chamado Filho de Deus. . . . a Deus nenhuma coisa é impossível.” — Luc. 1:28-37, CBC.
26, 27. (a) As informações de Lucas nos ajudam a determinar o que, a respeito do nascimento e de sua localidade? (b) Segundo Lucas, como foi que Deus suscitou testemunhas do nascimento da criança naquela noite?
26 O Doutor Lucas supriu fatos e algarismos históricos por meio dos quais podemos calcular o ano do nascimento de Jesus. Mostra como o nascimento de Jesus ocorreu na cidade de Belém, conforme predito pelo profeta Miquéias, há sete séculos antes. (Luc. 2:1-7; Mat. 2:1-16; Miq. 5:2) O nascimento se deu num estábulo duma cidade superpovoada, onde a pessoa podia perder-se no meio da multidão. Mas, não se permitiu que o nascimento ficasse sem testemunhas, além da mãe do menino, Maria, e de seu pai adotivo, José. Deus suscitou testemunhas deste nascimento de seu Filho. Enviou um anjo para dar aos pastores nos campos de Belém a necessária orientação de como achar este bebê recém-nascido numa manjedoura.
27 O anjo identificou quem era realmente o menino e disse qual seria o seu futuro, ao mencionar: “Hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo Senhor.” Além desses pastores quais testemunhas, houve também testemunhas celestiais, pois, depois do anúncio do nascimento do menino, “subitamente ao anjo se juntou uma multidão de anjos do exército celeste, que louvavam a Deus e diziam: ‘Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, a quem Deus quer bem!’” Logo depois disso, os pastores encontraram o bebê recém-nascido exatamente conforme descrito e se tornaram testemunhas oculares do nascimento do Filho de Deus. Então, retornaram para seus rebanhos, “glorificando e louvando a Deus, por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes tina sido dito”. — Luc. 2:1-20, CBC.
28. (a) Que posição para com o Rei Davi deveria ocupar o menino? (b) Que pergunta surge quanto ao governo do menino, e por quê?
28 Este menino devia tornar-se o Cristo ou Ungido de Deus, e ele se tornaria também o Senhor do Rei Davi. O Rei Davi, a quem foi feita a promessa de Deus para um reino eterno, dominava apenas uma pequena área de terra no Oriente Médio. Também, segundo o que o anjo Gabriel dissera a Maria, o seu Filho, Jesus, receberia “o trono de seu pai Davi” e “reinará eternamente na casa de Jacu, o que quer dizer, na nação que descendia do patriarca Jacó, o neto de Abraão. Como, então, podia o governo que repousaria sobre os ombros de Jesus Cristo ser um governo mundial, um governo sobre toda a humanidade?
29. (a) O que indicava ser ele senhor do Rei Davi? (b) Como foi que Davi indicou que ele teria um Senhor sobre si?
29 Que seu governo seria maior que o do Rei Davi foi indicado pelo anúncio do anjo de que o recém-nascido Jesus se tornaria, não só o predito Cristo, mas também Senhor, o que quer dizer Senhor até mesmo do Rei Davi, o rei de Israel ou Jacó. O próprio Davi indicara que ele teria sobre si um Senhor, quando escreveu o que o Senhor Deus lhe dissera. Escreveu Davi: “Eis o oráculo do Senhor que se dirige a meu senhor: ‘Assenta-te à minha direita, enquanto farei de teus inimigos o escabelo de teus pés.’ O Senhor estenderá desde Sião teu cetro poderoso: ‘Dominarás no meio de teus inimigos.’” — Sal. 109:1, 2, CBC; 110:1, 2, Al.
RECUSADO O INCORRETO GOVERNO MUNDIAL
30. (a) Por que nenhum sucessor dos Césares de Roma se tornou governante mundial? (b) Em que ano foi que João Batista surgiu pregando?
30 No primeiro século de nossa Era Comum, com os eventos de que tratamos agora, o Império Romano era a potência mundial dominante. Mas, não era um governo mundial. Muitos governos além dos limites do império não reconheciam Roma como o governo central da terra. Apegavam-se às suas soberanias nacionais. Por isso, nenhum sucessor dos Césares de Roma se tornou um governante mundial, repousando sobre seus ombros o governo mundial. Segundo a história secular, o décimo quinto ano do imperador romano, Tibério César, findou em 13 de agosto do ano 29. Foi antes dessa data, durante o décimo quinto ano de Tibério, que João Batista surgiu no Oriente Médio, proclamando a proximidade do reino dos céus, ou o reino de Deus: Este era um governo mais elevado que o da Roma imperial.
31, 32. (a) Quando foi que Jesus veio pela primeira vez a João Batista, e por quê? (b) Que sinal obteve João, sinal este que ele aguardava?
31 Cerca de seis meses depois de João Batista iniciar sua obra e anunciar a vinda de alguém maior do que ele, Jesus, filho de Maria, veio a ele para ser batizado. Ele não tinha pecados a confessar, mas insistiu que João o batizasse. Depois que ele fez isso, João viu o sinal que se lhe havia dito que aguardasse. Mateus 3:16, 17 relata:
32 “Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: ‘Eis meu filho muito amado em quem ponho minha afeição.’ — CBC. Veja-se também João 1:29-34.
33. (a) Nesse evento, a que posição chegou o batizado Jesus? (b) Que pacto fez Deus com Jesus, quando o ungia com espírito?
33 Ali Jesus se tornou o Cristo, pois ali Deus, seu Pai, o ungiu com espírito santo. Dali em diante ele podia ser chamado de Jesus Cristo. Seu antepassado, o pastor Davi, fora ungido com óleo para se tornar rei de sua nação. Semelhantemente, Jesus foi ungido, não com óleo, mas com espírito santo que veio do céu, Isto o designou para ser rei, sim, até mesmo Senhor do Rei Davi, por ter um reino maior. Por nascer de Maria, na linhagem de Davi, Jesus tinha direito natural ao trono e ao reino de Davi, que eram terrestres. Entretanto, por ser ungido com espírito santo da parte de Deus no céu, Jesus se tornou herdeiro dum reino celeste. Quando o ungia, Deus fez um pacto com Jesus, seu Filho, para um reino celeste; assim como Jesus disse depois a seus fiéis discípulos: “Eu, pois, disponho do reino a vosso favor assim como meu Pai o dispôs a meu favor, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino e vos senteis em tronos.” (Luc. 22:29, 30, CBC) Este reino ultrapassou o de Davi.
34, 35. (a) O que foi oferecido a Jesus quarenta dias depois de seu batismo, e como? (b) O que disse Jesus em resposta à oferta?
34 Quarenta dias depois de Jesus ser batizado e ungido com espírito santo, foi-lhe oferecido o governo mundial. Por quem? Não por Deus, que fizera com êle o pacto para o reino celestial. Não, mas por Satanás, o Diabo. Jesus completava então um jejum de quarenta dias. Foi então que o Adversário, o Diabo, fez uma oferta que foi de encontro ao pacto de Deus para o reino celestial e eterno. O Diabo tentou provar Jesus Cristo com a oferta do governo mundial terrestre. No tocante a esta, uma das três grandes tentações que foram colocadas diante de Jesus, o Doutor Lucas diz:
35 “O demônio levou-o em seguida a um alto monte, e mostrou-lhe num só momento todos os reinos da terra, e disselhe: ‘Dar-te-ei todo este poder e a glória desses reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero. Portanto, sé te prostrares diante de mim, tudo será teu.’ Jesus disse-lhe: ‘Está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e a ele só servirás.’” — Luc. 4:5-8, CBC.
36. O que teria significado para a humanidade tal governo mundial, e por que tê-lo recusado Jesus não foi desserviço à humanidade?
36 Pode imaginar o que teria acontecido ao imperador romano pagão daqueles dias se Jesus aceitasse a oferta do Diabo. Teria o Santo Império Romano sido estabelecido no ano 800 E. C., para durar mais de mil anos? Será que a antiga Jerusalém se tornaria a capital mundial? Mas tal governo mundial, conforme o Diabo propôs a Jesus Cristo, teria significado um governo mundial sob o controle invisível do Diabo, a quem Jesus chamou de “o príncipe deste mundo” e a quem o apóstolo cristão Paulo, chamou de “o deus deste século [mundo]”. (João 16:11; 2 Cor. 4:4, CBC) Teria significado um governo mundial nada melhor do que aquele hoje advogado pelos Federalistas Mundiais Unidos, Incorporados, ou pelo historiador Arnold J. Toynbee. Não teria significado nenhum reino de Deus, nenhum reino dos céus, com o ungido Príncipe da Paz no trono. Bem, então, será que Jesus fez um desserviço à humanidade por recusar o governo mundial oferecido por Satanás? De jeito nenhum!
37. Cerca de três anos e meio depois, como foi que os “reinos da terra” trataram Jesus em Jerusalém?
37 Quão gratos podemos ser que Jesus apegou-se ao pacto que o Senhor Deus fizera com ele para o eterno reino celestial! Recusou-se a adorar a quem quer que seja, a não ser o Senhor, seu Deus. Cerca de três anos e meio depois, os “reinos da terra” que o Diabo oferecera a Jesus qual recompensa pela adoração ao Diabo, se voltaram contra Jesus e causaram a sua morte. A turba fanática em Jerusalém o rejeitou qual seu rei e gritou: “Não temos outro rei senão César!” O Rei Herodes Ântipas, da Galiléia, não fez esforço para salvar Jesus da execução; e Pôncio Pilatos, o Governador que representava a Roma Imperial, entregou o inocente Jesus para ser executado, a fim de agradar à turba clamorosa. — João 19:14-22; Luc. 23:1-12; Atos 4:25-29.
38. Por que a cristandade não se pode queixar de tal conduta vergonhosa de há dezenove séculos atrás?
38 Deveras, que conduta vergonhosa foi essa! Mas, pode a cristandade, atualmente, ter qualquer base para se queixar de tal conduta por parte das pessoas e dos reinos há dezenove séculos atrás? Não estão os “reinos da terra” da atualidade fazendo as mesmas coisas, em efeito ou em princípio? Travaram a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, mas não pelo reino de Deus. No ano de 1919, preferiram a Liga das Nações, e, em 1945, as Nações Unidas, e assim recusaram o reino dos céus por Jesus Cristo. Em seu extremo nacionalismo e no seu ciumento apego às suas soberanias nacionais, continuam a dizer diante do Senhor Deus: “Não temos outro rei senão César!” Ademais, o que têm feito aos verdadeiros cristãos que têm escolhido lealmente a Jesus Cristo qual rei, ao invés de César? Os registros históricos a respeito disso falam por si mesmos.
LANÇANDO A BASE PARA O CORRETO GOVERNO MUNDIAL
39, 40. (a) O que conseguiram aqueles antigos “reinos da terra” por se oporem ao Ungido de Deus? (b) Como foi que, em Pentecostes, explicou o apóstolo Pedro como Deus frustrara as intenções dos “reinos da terra”?
39 Entretanto, o que conseguiram aqueles antigos “reinos da terra” em realidade por se oporem Aquele a quem Deus ungiu para ser o governante do prometido reino de Deus? Por certo não impediram o propósito de Deus quanto ao justo governo mundial sobre toda a humanidade viva e morta. Como foi que Deus frustrou as malignas intenções dos “reinos da terra” foi explicado pelo apóstolo cristão, Pedro, cinqüenta e um dias depois de Jesus Cristo ser morto.
40 Falando a milhares de celebrantes judeus da festa de Pentecostes, em Jerusalém, disse Pedro: “Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de vós, como vós mesmos o sabeis. Depois de ter sido entregue, segundo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios. Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era possível que ela o retivesse em seu poder. . . . A este Jesus Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas. Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Paio Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis. Pois Davi pessoalmente não subiu ao céu, todavia diz: O Senhor disse a meu Senhor: Senta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Que toda a casa de Israel saiba portanto com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo.” — Atos 2:22-36, CBC.
41, 42. (a) Por assim exaltar Jesus ao céu, como foi que Deus cumpriu seu pacto a respeito da posição do Príncipe, conforme delineado no Salmo 88:27, 28, CBC; Sal. 89:26, 27, Al? (b) Assim, esta exaltação proveu a condição necessária para o que, no tocante ao Príncipe?
41 Desta forma mui surpreendente, Jesus, outrora carpinteiro de Nazaré, foi constituído “Cristo, o príncipe”, predito pelo anjo Gabriel ao profeta Daniel. (Dan. 9:21-26, Douay, em inglês) Pela sua exaltação até os céus, à própria direita de Deus, este “Cristo, o príncipe” foi feito “Senhor” de seu antepassado, o Rei Davi. Tal exaltação cumpriu a promessa de Deus, conforme contida no pacto que ele fizera com Davi para um reino eterno; assim como este pacto é fraseado para nós no salmo inspirado: “Ele me invocará: ‘Vós sois meu Pai, vós sois meu Deus e meu rochedo protetor.’ Assim eu o constituirei meu primogênito, o mais excelso dentre todos os reis da terra.” — Sal. 88:27, 28, CBC; Sal. 89:26, 27, Al.
42 Esta exaltação de Jesus Cristo à destra de Deus no céu, para ser o “Senhor” do Rei Davi e o “mais excelso dentre todos os [outros] reis da terra” proveu a condição necessária para que o governo mundial repouse sobre os ombros do Príncipe da Paz.
MAIS QUE SUPRANACIONAL
43. (a) O que argumentam os homens que deve ser, politicamente, o governo mundial, e por que ele não se provaria bem sucedido? (b) Por que é necessário para o cargo o celestial Príncipe da Paz?
43 Os homens na terra que advogam o governo mundial feito pelos homens argumentam que tem de ser supranacional, o que quer dizer (segundo o dicionário), “estendendo-se além dos limites políticos inerentes à nação-estado ou sendo livre de tais limitações”. Até por si mesmos, os homens poderiam estabelecer tal governo supranacional para dominar o mundo da humanidade. Mas, jamais satisfaria plenamente as necessidades e assim, jamais se provaria bem sucedido. O governo mundial de êxito precisa ser mais do que supranacional. Precisa ser supranatural, isto é, acima do natural e transcendendo ao natural., ou supernatural. Precisa ser super-humano, além de tudo o que nós, criaturas humanas, podemos produzir. Somente Deus, que não é terrestre ou natural, pode prover tal governo supranatural para toda a família humana. Somente uma pessoa que é supranatural e super-humana poderia servir com êxito no posto de governante mundial. É por isso que o celeste “Cristo, o príncipe” é necessário para o cargo.
44. Será o supranatural governo mundial parte dos “reinos da terra”, e quando foi que Jesus falou definitivamente sobre isso?
44 Esse supranatural governo mundial não virá dos “reinos da terra” que Jesus Cristo recusou aceitar às mãos do Diabo. Não será uma transformação, ampliação ou aperfeiçoamento da organização das Nações Unidas da atualidade. Não será parte dos “reinos da terra”. Jesus Cristo disse isso, quando estava diante do governador romano, Pôncio Pilatos, para refutar a acusação falsa de que ele era sedicioso contra Roma. Depois de o governador perguntar: “És tu o rei dos judeus? . . . Que fizeste?” Respondeu Jesus: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.” — João 18:33-36, CBC.
45, 46. (a) De que fonte procederia o reino de Cristo, e como é que se compararia com o do Rei Davi? (b) Na visão de sonho enviada a Daniel, o que simbolizaram os quatro animais, mas, quem tornou posse do reino?
45 Assim, o reino de Jesus Cristo não deveria ser de fonte humana, nem de fonte diabólica. Deveria ser de Deus. Devia operar desde o céu. Deveria incluir o reino de Davi, mas seria muito maior que o reino de Davi, no Oriente Médio. Quando na terra, Jesus falou de si mesmo como sendo o Filho do homem. Mais de quinhentos anos antes de Cristo, Deus revelou que o governo deste Filho do homem não seria nacional, mas mundial. Ao seu profeta Daniel, Deus enviou uma visão de sonho, durante o primeiro ano do Irei Baltazar de Babilônia. Na visão do sonho, Daniel viu quatro animais ferozes, um após o outro, e o anjo de Deus explicou o significado simbólico destes animais selvagens, dizendo:
46 “Esses grandes animais, quatro em número, são quatro reis que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão a realeza e a conservarão por toda a eternidade.” — Dan. 7:1-18, CBC; também Al.
47. Depois da execução dos quatro animais, o que viu Daniel na visão noturna?
47 Depois de Daniel falar da abertura do tribunal divino no céu e na execução do julgamento de Deus contra os quatro animais simbólicos, diz: “Olhando sempre a visão noturna, vi um ser semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido. A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações, e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e seu reino jamais será destruído. — Dan. 7:13, 14, CBC.
48. (a) Quem participará com ele em seu reino celestial? (b) Por que não precisamos recear a respeito de sua habilidade de agüentar sobre os ombros a responsabilidade do govérno mundial?
48 Daniel (7:27) repete claramente que os santos seguidores das pisadas de Jesus Cristo, .o Filho do homem, participariam junto com ele deste reino celeste. Entretanto, ter o governo de todo o mundo da humanidade repousando sobre os seus ombros será tremenda responsabilidade para o Príncipe da Paz, o Filho do homem. Sim, mas não tenha receio, ele pode cuidar bem do cargo. Antes de ascender da terra e voltar ao céu, disse a seus discípulos: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mat. 28:18, CBC) Até mesmo quando estava na terra qual homem, mostrou sua disposição e sua habilidade de empreender tarefas mundiais e resolver problemas mundiais.
GRANDE PROBLEMA MUNDIAL
49. (a) Que grande problema mundial veio Jesus à terra para enfrentar e resolver? (b) O que indicou João Batista por se referir a Jesus como sendo “o Cordeiro de Deus” que remove o pecado do mundo?
49 Um dos maiores problemas mundiais é a remoção do “pecado do mundo”. Este problema está sendo acentuado nestes dias pelo constante aumento do crime em toda a terra. O Filho de Deus veio a propósito à terra para enfrentar este problema mundial, embora isto exigisse o maior altruísmo e sacrifício próprio, o dar inocentemente a sua vida humana. Depois de quarenta dias de jejuar e então ser tentado pelo Diabo, o batizado e ungido Jesus retornou a João Batista. Ao vê-lo de novo, João Batista apontou para elo e disse a seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29, CBC) João Batista era filho dum sacerdote judeu e sabia que os cordeiros eram sacrificados no templo em Jerusalém para o benefício espiritual de sua nação, em sua relação com Deus. Portanto, quando João chamou Jesus de “o Cordeiro de Deus”, isso indicou que Deus provera seu Filho, Jesus, para o sacrifício, para que seu sangue fosse derramado a fim de limpar a pecaminosidade de todo o mundo.
50, 51. (a) Conforme representado na Lei, dada por meio de Moisés, o que era necessário para purificar os pecados da humanidade decaída? (b) Que profecia de Isaías sabia Jesus que tinha de cumprir-se para com ele?
50 Uma carta inspirada, dirigida aos hebreus cristãos, conta como Deus estabeleceu seu pacto com a nação de Israel e deu a Lei pelo seu mediador, Moisés, para que Israel a obedecesse. Então, Hebreus 9:22 (CBC) observa: “Conforme a lei, é com sangue que quase todas as coisas se purificam, e sem efusão de sangue não há perdão.” Jesus sabia que, a fim de prover o sangue humano para purificar os pecados da humanidade decaída, ele tinha de dar em inocência a sua vida humana. Sabia que a profecia de Isaías, capítulo cinqüenta e três, tinha de cumprir-se para com ele. Conforme está escrito:
51 “Mas foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele, fomos curados graças a seus padecimentos. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se, não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz à matança, ou uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. Ele não abriu a boca. Eis porque lhe darei parte nos despojos com os grandes, e ele dividirá a presa, com os poderosos, porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.” — Isa. 53:5-7, 12, CBC.
52, 53. (a) O que disse Jesus a respeito de prover o resgate por uma multidão? (b) Para a vida de quem foi que Jesus deu sua carne, e pelos pecados de quem se tornou ele sacrifício propiciatório?
52 Perto do fim de sua vida terrestre, Jesus disse a seus discípulos:“O Filho do homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão.” — Mat. 20:28, CBC.
53 Também, pouco depois de ele alimentar milagrosamente a assistência de cinco mil homens, além de mulheres e crianças, partindo cinco pães e dois peixes, disse: “Eu sou o pão vivo que desci do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.” (João 6:51, 52, CBC) Por isso, quando o apóstolo João escreveu aos concrentes, viu-se obrigado a dizer: “Mas, se alguém pecar temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” — 1 João 2:1, 2, CBC.
54, 55. (a) Como é que o sangue do Cordeiro de Deus se compara ao dos sacrifícios animais, nas cerimônias religiosas, ou ao dos guerreiros que morrem nos campos de batalha? (b) Segundo Hebreus 5:5, 6, o que fez Deus de seu Filho para este serviço sacrificial?
54 Todo o sangue das vítimas animais, derramado em cerimônias religiosas, sim, mais do que isso, todo o sangue humano dos guerreiros, derramado nos campos de batalha no decorrer de todos os séculos passados, não poderia remover o pecado e a sua penalidade, a morte, para a humanidade condenada. Mas, o sangue do perfeito, imaculado e sem pecado Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, proveu o meio aceitável a Deus para remover o “pecado do mundo”, e para dar á humanidade um registro limpo perante Deus. Esta provisão abriu o caminho para a, humanidade obter a vida eterna numa terra paradísica, na justa nova ordem de coisas de Deus, sob o reino celeste de seu Cristo. A fim de executar este serviço sacrificial, Deus fez de seu Filho o seu Sumo Sacerdote, para servir a favor de todo o mundo pecaminoso da humanidade. Este é o ensino de Hebreus 5:5, 6 (OBC), que diz:
55 “Assim também Cristo não se atribuiu a si mesmo, a glória de ser pontífice [sumo sacerdote], mas lhe foi dada por aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Como também diz em outra passagem: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec.”
56. (a) Por causa de sua obra sacrificial, por que é ele corretamente chamado de Príncipe da Paz? (b) O que disse Jesus para, mostrar se fazer ele provisão para a vida eterna da humanidade se aplicava apenas aos vivos?
56 Ele não é agora sacerdote terrestre, mas, conforme Hebreus 8:1 (CBC) nos relembra: “Temos um Sumo Sacerdote, que está sentado à direita dó trono da Majestade divina nos céus.” Por apresentar a Deus o valor de seu perfeito sacrifício humano, este Sumo Sacerdote pavimentou o caminho para que a humanidade se reconciliasse com Deus, levando-a à doce paz com Deus. Esta é uma das razões pelas quais esta Pessoa, sobre cujos ombros repousa o governo mundial para a nova ordem de coisas de Deus, é chamada de “Príncipe da Paz”. Com o sacrifício de sua própria vida humana perfeita, fez provisão para a vida eterna de todos os da humanidade que lhe obedecem. Isto inclui também a ressurreição dos mortos, pois Jesus Cristo disse: “Eu sou a ressurreição e a vida”; e, “virá a hora em que todos os que se acham nos sepulcros ouvirão e sairão ao som de sua voz: os que praticaram o bem irão para a ressurreição da vida”. — João 11:25; 5:28, 29, CBC.
57. (a) Por que o titulo “Pai Eterno” também se provará apropriado ao Príncipe da Paz? (b) Que pergunta suscita isso a respeito do governo mundial humano?
57 Por conceder a vida eterna aos seus súditos terrestres, o celestial Príncipe da Paz lhes será como um pai. Por tal razão, outro de seus títulos apropriados é “Pai Eterno” ou “Pai da eternidade”. (Isa. 9:5, CBC; 9:6, Al) Em cumprimento deste cargo paternal, ele realizará curas como as que realizou quando era o Filho do homem, na terra, e concederá perfeita saúde física e mental à humanidade obediente, soerguendo-a finalmente a vibrante perfeição humana na terra transformada em toda a parte num Paraíso como o jardim do Éden, o “jardim de delícias”. (Gên. 2:8, CBC; margem) Que governo mundial, estabelecido pelos políticos deste mundo atual, poderia fornecer tais benefícios até mesmo aos que vivem sob tal governo, para não se mencionar os incontáveis bilhões dos que morreram antes de ele ser estabelecido?
REMOVENDO UM OBSTÁCULO SUPER-HUMANO
58. (a) Durante séculos, o que tem sido obstáculo para a paz universal da humanidade? (b) O que nenhum governo mundial humano poderia fazer a respeito deste obstáculo?
58 Durante séculos tem existido para a humanidade um obstáculo super-humano à paz universal e à liberdade da guerra. Tal obstáculo tem sido Satanás, o Diabo, e seus demônios. Os homens dotados da sabedoria do mundo talvez se riam de sua existência e talvez neguem que ele tenha qualquer parte nos assuntos humanos, mas Jesus Cristo não fez isso. Ele resistiu à real tentação às instâncias de Satanás, o Diabo, e o chamou de “o príncipe deste mundo”. (João 16:11, CBC) Que Satanás, o Diabo, é realmente adorado pelos homens, sendo isto desconhecido por eles mesmos, indicou o apóstolo Paulo quando o chamou de “o deus deste século [mundo]”. Em harmonia com isto, Satanás, o Diabo, ofereceu dar a Jesus um governo mundial, se Jesus o adorasse e reverenciasse. (2 Cor. 4:4; Mat. 4:8-10, CBC) Satanás, o Diabo, não está só, mas tem anjos demoníacos, cujo número não sabemos. O último livro das Escrituras Sagradas diz que Satanás, o Diabo, é “o sedutor do mundo inteiro”. (Apo. 12:7-9, CBC) Não há governo mundial, estabelecido pelos homens, que possa jamais lançar pelas costas da humanidade este deus e príncipe deste mundo, invisível, espiritual e super-humano, junto com seus demônios.
59, 60. (a) Que tipo de governante mundial exige, portanto, a situação, e como é que o Príncipe da Paz satisfaz tal necessidade? (b) Em que “pouco tempo” estamos vivendo, sem dúvida, e pelo que clamam os homens?
59 É por isso que a situação exige um governante mundial que também seja invisível, espiritual, super-humano e mais poderoso que o “deus”, Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos. Exige um governante mundial que se possa apoderar deste deus falso do mundo e amarrá-lo, pondo-o, juntamente com seus demônios, fora de ação. Tal governante mundial necessário é que o Senhor Deus nos fornece em seu Filho celestial, o “Príncipe da Paz”. No último livro da Bíblia Sagrada, o Apocalipse, que é a “revelação de Jesus Cristo, que lhe foi confiada por Deus para manifestar aos seus servos o que deve acontecer em breve”, prediz-se que o Príncipe da Paz restringirá a Satanás e seus demônios. (Apo. 1:1, CBC) Em linguagem simbólica, fornece-se um quadro do nascimento do reino de Deus nos céus.
60 Logo depois deste evento maravilhoso, grande batalha ocorre no céu, e Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos, são lançados para a terra, onde “pouco tempo lhe resta” para promover as atividades iníquas entre a humanidade. Este lançamento de Satanás, e seus demônios, para a terra, produz uma época cheia de ‘ais para a terra e para o mar’. (Apo. 12:1-12, So) Por que duvidaria qualquer homem ou mulher observadora que estamos naquele “pouco tempo” de incomparável ai para as pessoas na terra e no mar, agora mesmo? A angústia mundial, em virtude de tal ai, faz com que os homens clamem pelo governo mundial.
61. (a) Onde respondeu Jesus à pergunta a respeito do sinal de sua vinda para o governo mundial? (b) Quando devemos localizar razoavelmente o “inicio das dores” que Jesus predisse?
61 Há dezenove séculos atrás, Jesus recebeu a pergunta dos apóstolos sobre qual seria o sinal de sua vinda para o governo mundial prometido por Deus. A resposta extensa de Jesus a esta pergunta poderá ser lida em Mateus, capítulos vinte e quatro e vinte e cinco; em Marcos, capítulo treze, e em Lucas, capítulo vinte e um. Jesus predisse que o “início das dores” seria a guerra internacional, havendo “reino contra reino”, e peste, fome e terremotos. (Mat. 24:7, 8, CBC) Será que tal “início das dores” nos assolou no ano de 1914, quando irrompeu a primeira guerra mundial, para ser acompanhada destes outros horrores e desastres? Se tal coisa não aconteceu então, quando, na história da humanidade devemos localizá-la? O que temos de esperar ainda que possa ser chamado de “início das dores”?
62. (a) Segundo a profecia de Jesus, como podemos ser diferentes das pessoas que pereceram no dilúvio dos dias de Noé? (b) Para o que nos devemos voltar agora, e por quê?
62 Agora é o tempo de agir sabiamente e ler o inequívoco sinal que mostra o significado das coisas de acordo com a Palavra profética de Deus. Não queremos ser como as pessoas dos dias de Noé, antes do grande dilúvio. A respeito delas, disse Jesus, na mesma profecia sobre o “início das dores” e das coisas que as seguiriam: “Não souberam nada, até o momento em que veio o dilúvio, e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do homem.” (Mat. 24:37-39, CBC) Se o “início das dores”, apenas há meio século atrás, foi tão terrível, o que será o grandioso clímax das dores, as modalidades finais destas dores? Assim, agora é o tempo de nos voltarmos para o governo mundial que repousa sobre os ombros do Príncipe da Paz. Somente ele pode proteger-nos e preservar-nos durante o fim deste sistema de coisas, agora tão próximo. Somente ele pode ressuscitar nossos entes queridos mortos da sepultura, para viverem sob um domínio perfeito.
63. Quem terá de dar lugar ao governo mundial do Príncipe da Paz, e quando se extinguirá o “pouco tempo” do presente si?
63 Os “reinos da terra” têm de dar lugar ao governo mundial do Príncipe da Paz. Também têm de fazer isto Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos. Estes sedutores de todo o mundo, estes fomentadores da guerra, de tumultos, do crime, da decadência moral e da adoração falsa têm de ser amarrados e aprisionados num abismo, muito distante de todo e qualquer contato com os homens na terra. Com este feito super-humano, se extinguirá o “pouco tempo” dos terríveis ‘ais para a terra e para o mar’.
64. Por quanto tempo durará o programa de trabalho daquele governo mundial, e por que isto não exigirá nenhum sucessor no governo?
64 Então, o governo mundial sobre os ombros do Príncipe da Paz terá domínio incontestável sobre toda a terra. Seu programa de trabalho a favor de toda a humanidade, viva e morta, não será o chamado Plano Qüinqüenário ou plano que se limita ao breve período de vida dum governante humano. Segundo a Palavra de Deus, será um programa de mil anos de trabalho, sem interferência do Diabo e seus demônios. (Apo. 20:1-6, CBC) O Príncipe da Paz goza agora de vida celestial e imortal e, como governante do mundo, não precisará de sucessor e não haverá sucessor. — Heb. 7:15-25, CBC.
65. (a) Para o bem de quem, e para a glória de quem redundará aquele programa de trabalho? (b) Por que não será em vão o que disseram os anjos, em Lucas 2:14?
65 Revestido do todo o poder no’ céu e na terra, como está agora, quanto bem poderá fazer para toda a humanidade durante os mil anos de seu reinado junto com sua igreja ou congregação glorificada! Quão maravilhosamente redundará isto na glória de Deus, seu Pai! Não foi em vão, então, que o exército de anjos celestiais disse em uníssono, por ocasião de seu nascimento humano, há dezenove séculos atrás: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra paz aos homens, a quem Deus quer bem!” (Luc. 2:14, CBC) A profecia que predisse o seu nascimento, seu governo e seus títulos, diz: “O seu império será grande e a paz sem fim.” (Isa. 9:5, 6, CBC; 9:6, 7, Al) Por conseguinte, é garantido o futuro para toda a humanidade. O zelo do Senhor dos exércitos cumprirá a profecia.
66. A fim de usufruirmos a paz infindável, prometida aos homens de boa vontade, o que devemos buscar daqui por diante?
66 Todos vós, por quem o Cordeiro de Deus morreu e foi ressuscitado de novo para a vida e exaltado ao céu, desejais usufruir essa paz infindável? Visto que desejais, então, daqui por diante buscai tal vida eterna, conforme oferecida pelo Senhor Deus, por meio de seu Príncipe da Paz, e pelo governo mundial que repousa sobre seus ombros.
[Nota(s) de rodapé]
a The Encyclopedia Americana, edição de 1956, Volume 13, página 96.
[Foto na página 236]
Jesus recusa todos os reinos do mundo.
[Foto na página 239]
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”