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FerrugemAjuda ao Entendimento da Bíblia
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hhelʼah, traduzida “ferrugem” (NM; PIB) ou “escuma” (Al), provém duma palavra que significa “adoentada”, daí “ferrugem” ou corrosão do metal. (Eze. 24:6, 11, 12) A palavra grega brósis, que significa “uma consumição” (Mat. 6:19, 20), e a palavra iós, “veneno”, são traduzidas “ferrugem”, e um verbo relacionado, katióo, “envenenar”, é traduzido “corroídos” (NM), “gastos de ferrugens” (ALA), “enferrujam-se” (PIB) e “enferrujados” (Int). — Tia. 5:3.
Jesus Cristo, em seu Sermão do Monte, disse: “Parai de armazenar para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem [brósis] consomem, e onde ladrões arrombam e furtam. Antes, armazenai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões não arrombam nem furtam.” (Mat. 6:19, 20) A riqueza material, ao ser acumulada, não está sendo aplicada em nenhuma finalidade benéfica; parada, poderá enferrujar e por fim não ser útil nem mesmo para seu possuidor. Com efeito, assim como Tiago avisa os ricos que confiam na riqueza material: “Vossas riquezas apodreceram, . . . Vosso ouro e vossa prata estão corroídos, e a sua ferrugem [iós] será por testemunho contra vós e consumirá as vossas carnes. Algo como fogo é o que armazenastes nos últimos dias.” (Tia. 5:2, 3) Ao invés de empregarem suas riquezas de modo correto, eles injustamente as amealham. Quanto mais tempo fizerem isso, tanto maior será a corrosão e a ferrugem que elas sofrerão, e tanto maior será o testemunho contra eles perante o trono de julgamento de Deus. Jesus recomendou o proceder oposto a tal falha em empregar a riqueza material, ao dizer: “Fazei para vós amigos por meio das riquezas injustas, para que, quando estas vos falharem, vos recebam nas moradias eternas.” — Luc. 16:9.
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FestançaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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FESTANÇA
A palavra grega kómos significa “folia, pândega, farrear”. Ocorre três vezes nas Escrituras Gregas Cristãs (Rom. 13:13; Gál. 5:21; 1 Ped. 4:3), e sempre num sentido ruim ou desfavorável. O Lexicon (Léxico) de J. H. Thayer indica que, nos antigos escritos gregos, aplicava-se a “um desfile noturno e tumultuado de indivíduos meio-bêbedos e brincalhões que, depois do jantar, desfilam pelas ruas com tochas e música em honra a Baco ou a alguma outra deidade [ou um vitorioso nos jogos], e cantam e tocam música diante das casas de seus amigos ou de suas amigas”. Tal conduta licenciosa ou descomedida, com desfiles pelas ruas que eram similares às modernas festas carnavalescas em determinados países, era comum nas cidades gregas no tempo dos apóstolos. Assim, conselho admoestador a respeito era apropriado e proveitoso para os adoradores verdadeiros.
As festanças (orgias, BJ; PIB) definitivamente não eram algo para os cristãos; eram condenadas pela Palavra de Deus. Antes de eles se tornarem cristãos, alguns daqueles a quem Pedro escreveu sua carta, os residentes das províncias da Ásia Menor, influenciadas pelos gregos (1 Ped. 1:1), ‘procederam em ações de conduta desenfreada, em concupiscências, em excessos com vinho, em festanças, em competições no beber e em idolatrias ilegais’. Mas ao se tornarem cristãos largaram tais coisas. (1 Ped. 4:3, 4) Com sua crassa sensualidade e dissolução, uma festança era uma ‘obra pertencente à escuridão’, na qual os cristãos não deviam andar. — Rom. 13:12-14.
A Bíblia não proíbe a alegria e o divertimento. Manda-se que o homem se alegre em seu Criador, que o marido se regozije em sua esposa, que o trabalhador com a obra de suas mãos, e o lavrador com o fruto de sua labuta. (Sal. 32:11; Pro. 5:18; Ecl. 3:22; Deut. 26:10, 11) Comer e beber podem ser acompanhados de regozijo, e contribuir para ele (Ecl. 9:7; Sal. 104:15), todavia, a moderação deve prevalecer. (Pro. 23:20; 1 Tim. 3:2, 11; 1 Cor. 10:31) Divertir-se ao ponto de ficar embriagado e fazer cenas de desordem e de sensualidade equivaleria à festança. Paulo inclui as festanças (orgias, BJ; PIB) entre as “obras da carne”, cujos praticantes “não herdarão o reino de Deus”. — Gál. 5:19-21.
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FestividadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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FESTIVIDADE
[Heb. , hhagh, do verbo que denota o movimento ou a forma circular; celebrar uma festividade ou festa periódica, dançar em círculos; celebrar uma festa de tais coisas; danças; moh‘édh, um tempo ou local fixo de assembléia]. As festividades constituíam parte integrante da verdadeira adoração de Deus, sendo prescritas por Jeová para seu povo escolhido, Israel, pela mão de Moisés.
As festividades, e dias especiais similares, poderiam ser esboçadas como segue:
I. Pré-exílicas
A. Anuais
1. Páscoa, 14 de abibe (nisã)
2. Pães Não-Fermentados, 15-21 de abibe (nisã)
3. Colheita, Semanas, ou Pentecostes, 6 de sivã
4. Ano-Novo, Festa das Trombetas, 1.° de etanim (tisri)
5. Dia da Expiação, 10 de etanim (tisri)
6. Barracas (Tabernáculos), 15-21 de etanim (tisri), havendo um sábado no dia 22
B. Periódicas
1. Sábado semanal
2. Lua Nova
3. Ano Sabático (a cada sétimo ano)
4. Ano do Jubileu (a cada qüinquagésimo ano)
II. Pós-exílicas
A. Festividade da Dedicação, 25 de quisleu
B. Festividade (Festa) de Purim, 14 e 15 de adar
(Nisã corresponde a partes de março e abril, segundo o calendário gregoriano; etanim [tisri] a setembro-outubro; quisleu a novembro-dezembro; e adar a fevereiro-março.)
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