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Demônio CaprinoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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17:1-7), e constituir Jeroboão sacerdotes “para os altos, e para os demônios caprinos, e para os bezerros que tinha feito” (2 Crô. 11:15), indicam que havia alguma forma de adoração do cabrito (bode) entre os israelitas, tal como a que era proeminente no Egito, especialmente no Baixo Egito. Heródoto afirma que foi de tal adoração egípcia que os gregos derivaram sua crença em Pã e também nos sátiros, deuses de natureza lasciva que habitavam as florestas e que eram representados posteriormente como tendo chifres, rabo e pernas de bode.
O sentido de sa‘ir e se‘irím nos outros dois textos (Isa. 13:21; 34:14) não é tão comumente aceito como tendo relação com a adoração falsa. Nesses textos as ruínas desoladas de Babilônia e de Edom são representadas como sendo habitadas por animais selvagens, incluindo os se‘irím. Na sua lista de animais e aves literais, talvez Isaías tenha incluído uma menção aos demônios, não querendo dizer que tais demônios realmente se materializavam em forma de bodes, mas, antes, que a mente dos pagãos em volta daqueles lugares conceberia os locais desolados como povoados por tais habitantes demoníacos. A História mostra que os povos da Síria e da Arábia há muito têm associado criaturas monstruosas com ruínas similares, e os jinn dos árabes são representados como tendo monstruosas formas cabeludas. Por outro lado, os se‘irím, que ocupavam as ruínas desoladas de Edom e de Babilônia, podiam muito bem ter sido animais reais, bem peludos, e talvez com aparência tal que fizesse com que os observadores pensassem em demônios.
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DenárioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DENÁRIO
Moeda romana de prata, do tamanho aproximado de uma pequena moeda moderna. O denário pesava cerca de 3,85 gramas. Estampava a figura da cabeça de César e era a “moeda do imposto por cabeça”, que os romanos exigiam dos judeus. (Mat. 22:19-21) Nos dias do ministério terrestre de Jesus, os lavradores recebiam em geral um denário por um dia de doze horas de serviço. (Mat. 20:2) Assim, Revelação 6:6 retrata uma condição extrema ao declarar que um litro de trigo ou três litros de cevada custariam um denário (o salário de um dia inteiro).
Se o dispendioso nardo que Maria, irmã de Lázaro, usou para untar a Jesus tivesse sido vendido por 300 denários (aproximadamente um ano de salário), provavelmente isto significaria que considerável soma de dinheiro teria ido para o cofre de dinheiro mantido por Judas Iscariotes. Não é de admirar que o desonesto Judas Iscariotes levantasse fortes objeções, visto que ficaria sem poder apropriar-se indevidamente de uma fração sequer desta grande soma. — João 12:3-6; 13:29; Mar. 14:3-11.
O prestimoso samaritano da ilustração de Jesus gastou dois denários (o salário de dois dias) para ajudar a um forasteiro desconhecido e declarou-se disposto a pagar as despesas adicionais em favor dele. (Luc. 10:33-35) Em contraste, numa das ilustrações de Jesus, destacando a necessidade de ser perdoador, um escravo, cuja dívida de 60.000.000 de denários tinha sido cancelada, não estava disposto a perdoar a dívida de 100 denários de um co-escravo. — Mat. 18:24-33.
[Imagem na página 430]
Denário com a efígie de Tibério.
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DentesAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DENTES
As Escrituras comumente referem-se aos dentes em expressões figuradas. Frender ou ranger os dentes é usado freqüentemente para indicar ira (Jó 16:9; Atos 7:54) ou angústia e desespero. (Mat. 8:12; 13:42, 50; 22:13; 24:51; 25:30) Tal ranger de dentes pode vir acompanhado de palavras amargas e de ação violenta contra o objeto da ira. Em Amós 4:6, a expressão “limpeza de dentes“ é paralelizada com “carência de pão”, representando condições de fome.
Os dentes simbolizam também o poder destrutivo duma nação ou de um povo. (Dan. 7:5, 7, 19; Joel 1:6; Rev. 9:8) Davi assemelhou os inimigos iníquos dos justos a leões ferozes e pediu a Deus que os socasse no queixo e quebrasse os seus dentes. Isto os deixaria incapazes de causar dano. (Sal. 3:7; 58:6) Os falsos profetas de Israel são apresentados quais gananciosos e vorazes, “que mordem com os seus dentes” e que santificam a guerra contra qualquer um que não os alimente. — Miq. 3:5; compare com Ezequiel 34:2, 3; Mateus 7:15; Atos 20:29.
Nos dias anteriores à destruição de Jerusalém, um dito comum entre o povo era: “Os pais foram os que comeram a uva verde, mas foram os dentes dos filhos que ficaram embotados.“ (Jer. 31:29; Eze. 18:2-4) Dessa maneira tentavam escusar-se da culpa pelas condições adversas sobrevindas à nação por causa de sua iniqüidade, alegando que o que lhes acontecia era o resultado daquilo que seus pais haviam feito.
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DerbeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DERBE
‘Cidade da Licaônia’, na Ásia Menor, visitada pessoalmente duas vezes, ou talvez três, pelo apóstolo Paulo. Em 1964, o local da antiga cidade de Derbe foi identificado com Dervi Shehri (“cidade de Derbe”), um sítio cerca de 200 km a O-NO de Tarso.
Provavelmente algum tempo antes do inverno setentrional de 47-48 E.C., durante sua primeira viagem missionária, Paulo chegou a Derbe, após sofrer grave apedrejamento na vizinha Listra. Em Derbe, ele e Barnabé ‘declararam as boas novas’ e fizeram “não poucos discípulos”, incluindo, possivelmente, a “Gaio, de Derbe”, mencionado mais tarde qual companheiro de viagem do apóstolo. Embora a história secular indique que Derbe era, após 41 E.C., a cidade mais oriental da província política da Galácia, a descrição dela por Lucas,
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