Não fiqueis temerosos dos que matam o corpo
1-3. (a) Que pergunta é apropriada a respeito do orador das palavras de Mateus 10:28? (b) O que um sacerdote levita tinha ordens de fazer a favor dos soldados judeus que se reuniam para o combate?
“E NÃO fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; antes, temei aquele que pode destruir na Geena tanto a alma como o corpo.”a
2 Deve ter havido forte razão para que o orador proferisse essas palavras. Falava ele a soldados que trajavam equipamento de batalha e que estavam prontos para marchar contra o inimigo armado de armas capazes de matar o corpo humano? Séculos antes, quando o povo do orador se reunia para o combate, um sacerdote levita, designado a este dever militar, se dirigia às tropas com palavras de inspirar coragem. Seguia as ordens escritas pelo profeta Moisés, que escreveu-as no décimo quinto século A. E. C.:
3 “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, não os temerás; pois o SENHOR [Jeová] teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, está contigo. Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-á: ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos: que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o SENHOR vosso Deus é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar.” — Deu. 20:1-4, ALA.
4. Quem proferiu as palavras de Mateus 10:28, para quem, e em que ocasião?
4 Jesus Cristo não era sacerdote levita. Quando proferiu as palavras registradas em Mateus 10:28, não se dirigia a soldados judeus que talvez fossem mortos ao tentarem matar o inimigo. Não, Jesus Cristo veio com novo ensino, pois, quando a sua própria vida perigava, disse: “Todos os que tomarem a espada, perecerão pela espada.” (Mat. 26:52) Os homens a quem Jesus Cristo disse que não temessem os que matam o corpo eram doze homens pacíficos. Eram seus doze discípulos especiais, a quem ele nomeou apóstolos, e não estavam em nenhum exército. Na verdade, seus corpos corriam perigo de serem mortos, mas não por um exército inimigo em combate. Estavam sendo enviados em missão pacífica, que não os tornava merecedores de morte. Outrossim, um pouco antes, em sua palestra com estes mesmos doze apóstolos, Jesus Cristo disse:
5. Em harmonia com suas palavras em Mateus 10:28, o que dissera Jesus um pouco antes em sua palestra com seus apóstolos?
5 “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos; portanto, mostrai-vos cautelosos como as serpentes, contudo, inocentes como as pombas. Guardai-vos dos homens; pois eles vos entregarão aos tribunais locais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Ora, sereis arrastados perante governadores e reis, por minha causa, em testemunho para eles e para as nações. . . . Além disso, irmão entregará irmão à morte, e o pai ao seu filho, e os filhos se levantarão contra os pais e os farão matar. E vós sereis pessoas odiadas por todos, por causa do meu nome; mas aquele que tiver perseverado até o fim é o que será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra.” — Mat. 10:16-23.
6, 7. (a) Como mostravam as instruções de Jesus aos apóstolos que não se deviam empenhar em violenta invasão e saque? (b) Sujeitos a que conseqüências deveriam deixar os inamistosos, e como foi que Jesus deu um indicio disto em Mateus 10:15?
6 Deveria ser militar o equipamento de trabalho dos doze apóstolos? Deveriam invadir violentamente os lares e saqueá-los? Não; pois Jesus Cristo lhes disse: “Não adquirais nem ouro, nem prata, nem cobre, para os bolsos dos vossos cintos, nem alforje para a viagem, nem duas peças de roupa interior, nem sandálias, nem bastão; pois o trabalhador merece o seu alimento. Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai nela quem é merecedor, e ficai ali até partirdes. Ao entrardes na casa, cumprimentai a família; e, se a casa for merecedora, venha sobre ela a paz que lhe desejais; mas, se ela não for merecedora, volte a vós a vossa paz. Onde quer que alguém não vos acolher ou não escutar as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés.” (Mat. 10:9-14) Portanto, não deveriam dirigir-se ao povo como um exército em cruzada, com fogo e espada. Não deveriam agir de modo belicoso contra ninguém, nem mesmo contra os inamistosos. Por simplesmente sacudirem o pó de seus pés calçados de sandálias mostrariam que deixaram a casa ou cidade não receptiva sujeita às conseqüências que haviam de vir sobre ela de fonte mais alta, do céu.
7 Jesus deu um indício de tais conseqüências quando acrescentou: “Deveras, eu vos digo: No Dia do Juízo será mais suportável para a terra de Sodoma e Gomorra do que para essa cidade.” — Mat. 10:15.
POR QUE OS INIMIGOS QUERERIAM MATAR O CORPO
8. Qual tem de ser a razão de se tornarem objetos de ódio da parte de todas as pessoas, de modo que os homens quereriam matá-los?
8 Quando os apóstolos de Jesus Cristo agissem de tal forma pacífica, por que se tornariam objetos de ódio por parte de todas as pessoas, ao ponto de os homens até mesmo quererem matar os corpos dos apóstolos? A razão disto tem de ser a mensagem que Jesus Cristo mandou seus apóstolos pregar. Mateus 10:5-8 nos informa qual era tal mensagem: “A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes ordens: ‘Não vos desvieis para a estrada das nações, e não entreis em cidade samaritana; mas, ide antes continuamente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ao irdes, pregai, dizendo: “O reino dos céus se tem aproximado:” Curai doentes, ressuscitai mortos, tornai limpos os leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça dai.’” A sua mensagem havia de ser de que se aproximava o reino dos céus, o remo de Deus.
9. Como era demonstrada pelos apóstolos a proximidade do Reino, e em que base? Assim, pelo que tem de ser responsável a mensagem do Reino?
9 As ‘ovelhas da casa de Israel’ oravam e esperavam este reino. Estar-se aproximando seria provado pelos maravilhosos milagres feitos por estes pregadores do Reino, curando os doentes, ressuscitando pessoas mortas, tornando as pessoas livres de sua lepra e livrando pessoas que estavam possessas de demônios. Tudo isto deveria ser feito gratuitamente, não sendo passada a bandeja ou sacola de coleta. Por conseguinte, a mensagem do reino de Deus deve ter sido a coisa que suscitou o ódio e a oposição das pessoas, ao ponto de usarem de violência.
10. Como deveriam os apóstolos transmitir a mensagem? O que isso iria exigir deles, a fim de continuarem a fazer tal coisa?
10 Os apóstolos não deveriam temer pregar o que Jesus lhes disse que pregassem, muito embora poderiam estar seguros de que certos homens se oporiam à sua mensagem. Deveriam dar à mensagem a mais ampla publicidade possível. Jesus lhes disse: “Portanto, não os temais; pois não há nada encoberto que não venha a ser descoberto e não há nada secreto que não venha a ser conhecido. O que eu vos digo na escuridão, dizei na luz; e o que ouvis sussurrado, pregai dos altos das casas. E não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; antes, temei aquele que pode. destruir na Geena tanto a alma como o corpo.” (Mat. 10:26-28) Portanto, para que os apóstolos continuassem a pregar a mensagem do reino de Deus, era necessário que não tivessem medo dos homens.
11. Como mostraram os apóstolos o necessário destemor, e com que resultado?
11 Os apóstolos mostraram então o necessário destemor. Lucas 9:6 diz: “Partindo então, passaram pelo território, de aldeia em aldeia, declarando as boas novas, e realizando curas em toda a parte.” Não há registro de que nesta determinada campanha de pregação alguém os tentasse matar. Lucas 9:10 relata: “E quando os apóstolos voltaram, narraram-lhe as coisas que tinham feito. Ele os levou então consigo e se retirou em isolamento para uma cidade chamada Betsaida.” Assim, todos voltaram em segurança.
12. Mais de um ano depois, quanto custou a Jesus a pregação do Reino, às mãos de quem, e sob que acusação?
12 No entanto, menos de dois anos depois, ou em 33 E. C., a pregação do reino de Deus custou realmente a Jesus Cristo a sua própria vida humana. Os homens que mandaram matar seu corpo eram os líderes religiosos da cidade de Jerusalém, a capital de Israel. Quando entregaram Jesus ao governador romano em Jerusalém, acusaram Jesus de instrutor, dizendo: “Ele atiça o povo por ensinar em toda a Judéia, principiando da Galiléia até mesmo aqui.” Pressionaram o governador romano a pregar o corpo de Jesus numa estaca, fora de Jerusalém, para que morresse. Mas, o governador romano mandou ‘colocar uma inscrição sobre a cabeça de Jesus que rezava: “Este é o rei dos judeus.” (Luc. 23:1-6, 38) O governador romano não sabia que o Deus dos céus ungira Jesus Cristo para ser rei de toda a humanidade, não meramente dos judeus.
13. Que tipo de tratamento indicou Jesus que seus discípulos receberiam? Será que seus apóstolos obtiveram um tratamento desse tipo, segundo o registro bíblico?
13 Se Jesus sofreu desta forma por causa da pregação do reino de Deus, o que deveriam esperar seus discípulos? Pouco antes de lhes dizer que não temessem os que matam o corpo, disse-lhes: “O discípulo não está acima do seu instrutor, nem o escravo acima do seu amo. Basta que o discípulo se torne como o seu instrutor e o escravo como o seu amo. Se chamaram de Belzebu [um nome para Satanás, o Diabo] ao dono da casa, quanto mais chamarão assim aos de sua família” (Mat. 10:24, 25) Assim, fez com que os apóstolos entendessem que tinham de esperar receber o mesmo tipo de tratamento que ele próprio recebera por pregar o reino de Deus. Tal tratamento eles receberam mesmo, não só de sua própria nação, os judeus, mas também dos não-judeus ou gentios. O apóstolo Tiago, irmão do apóstolo João, foi morto pela espada executora do Rei Herodes Agripa I de Jerusalém. O rei também planejava matar da mesma forma o apóstolo Pedro, mas seus planos foram frustrados pelo anjo de Deus. — Atos 12:1-11.
14, 15. (a) Que congregação foi especialmente perseguida desta forma, e que membro dela demonstrou ser notável mártir? (b) O que disse mais tarde a respeito de sua perseguição aos cristãos um certo judeu que assumiu responsabilidade pela morte daquela pessoa?
14 Não só os apóstolos foram assim perseguidos, mas também o restante dos discípulos de Jesus Cristo, e especialmente a congregação de Jerusalém. Notabilíssimo entre tais mártires foi o discípulo Estêvão, que foi apedrejado pelos judeus até morrer. Um de tais que assumiram a responsabilidade pela morte de Estêvão foi Saulo de Tarso, fariseu judaico. Anos depois, quando apareceu diante do Rei Herodes Agripa II, disse, com referência à perseguição que movera:
15 “Eu, da minha parte, realmente pensei no meu íntimo que devia cometer muitos atos de oposição contra o nome de Jesus, o nazareno, o que, de fato, fiz em Jerusalém, e a mortos dos santos encerrei em prisões, visto que eu tinha recebido autoridade dos principais sacerdotes; e quando eles estavam para ser executados, eu lançava o meu voto contra eles. E, punindo-os muitas vezes, em todas as sinagogas, tentei obrigá-los a fazer uma retratação; e visto que eu estava extremamente enfurecido contra eles, fui ao ponto de persegui-los até mesmo nas cidades de fora.” — Atos 26:1-11.
16. Por fazer que obra foi que este fariseu judaico convertido sofreu perseguição, e de que maneira realizou grande parte desta obra?
16 Este fariseu judaico foi ele próprio milagrosamente convertido para se tornar membro da congregação de Jesus Cristo. Tornou-se conhecido como o apóstolo Paulo. (Atos 9:1-25) Então, ele próprio começou a sofrer perseguição por pregar o reino de Deus, nas cidades asiáticas e européias. Fez grande parte desta pregação de casa em casa; assim como disse em certa ocasião aos cidadãos da cidade de Éfeso, Ásia Menor: “Não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa. Mas, eu dei cabalmente testemunho, tanto a judeus como a gregos, do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus. . . . E agora, eis que sei que todos vós, entre os quais eu estive pregando o reino, não vereis mais o meu rosto.” — Atos 20:17-25.
17. Quando preso, o que fez Paulo a respeito da pregação do Reino, e de onde foi escrita sua última carta?
17 Não muito depois disso, o apóstolo Paulo foi preso; mas a prisão não o deixou temeroso quanto a pregar o reino de Deus. Durante sua primeira prisão em Roma “recebia benèvolamente a todos os que vinham vê-lo, pregando-lhes o reino de Deus e ensinando com a maior franqueza no falar as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento”. (Atos 28:30, 31) A última carta do apóstolo Paulo foi escrita evidentemente durante a sua segunda prisão em Roma, quando estava prestes a ser executado pelos que matam o corpo. — 2 Tim. 4:16-18.
18, 19. (a) O que inquestionavelmente ajudou aqueles primitivos discípulos a ser destemidos em face da morte violenta, e quem mais se tinha presente que seria ajudado da mesma forma? (b) Por prever e predizer o quê, para os nossos dias, viu Jesus a necessidade de tal ajuda agora?
18 Estes fiéis seguidores de Jesus Cristo de mil e novecentos anos atrás não se meteram na política do mundo. Inquestionavelmente, pregaram o reino de Deus como a única e exclusiva esperança da humanidade. Em face da morte violenta, foram ajudados a ser destemidos por se lembrarem das palavras de Jesus. As suas palavras não cessaram de ter valor atualmente. Era seu desejo que fossem lembradas pelos hodiernos pregadores do Reino, pois previu nossos dias como a época do estabelecimento do reino de Deus em poder nos céus. Jesus Cristo foi o maior de todos os profetas de Deus na terra, pois nenhum outro profeta fez profecias tão precisas a respeito dos nossos próprios dias notáveis como fez Jesus Cristo. Entre outras coisas, previu e predisse para os nossos dias a maior campanha que seria realizada pelos seus seguidores fiéis, a da pregação do reino estabelecido de Deus.
19 Predizendo-a em sua profecia a respeito da conclusão deste sistema de coisas mundano, Jesus disse: “Sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome. . . . Mas, quem tiver perseverado até o fim, é o que será salvo. E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:9-14) Não tem-se cumprido esta profecia? Sim.
20, 21. (a) Quando foi que tal mensagem começou a ser pregada, mas, que organizações não foram as que a pregaram? (b) O que não advogava aquela mensagem, mas, antes, que exposição fez?
20 Atualmente, há certa mensagem do reino de Deus que está sendo pregada entre todas as nações, assim como o próprio apóstolo Paulo a pregou, “publicamente e de casa em casa”. Segundo os registros históricos, a mensagem começou a ser pregada em 1919, o ano logo a seguir do fim da Primeira Guerra Mundial. A mensagem não foi pregada pelas igrejas da cristandade, pois as nações da cristandade foram os principais combatentes daquela guerra mundial para dominar a terra, e ainda estavam interessadas no domínio da, terra. A mensagem não era a que advogava a Liga das Nações, que foi então proposta e que muitos clérigos religiosos dos Estados Unidos da América, no ano de 1919, chamaram de “a expressão política do Reino de Deus na terra”. Tal Liga das Nações foi sucedida pela organização das Nações Unidas da atualidade, mas este novo arranjo para a paz e a segurança internacionais não se tem provado “a expressão política do Reino de Deus na terra”, assim como não se provou a agora defunta Liga das Nações.
21 A mensagem que procede de Deus, desde 1919, expõe tanto a Liga das Nações como as Nações Unidas como sendo simplesmente substitutos humanos para o reino de Deus, portanto, falsificações!
22. Como era a mensagem predita por Jesus diferente da que advogava substitutos feitos pelo homem, e como foi destacado o ano de 1914 E. C.?
22 A verdadeira mensagem do Reino, aquela predita por Jesus Cristo em Mateus 24:14, é diferente. Avisa a todas as nações que o reino de Deus, para governar toda a terra, foi estabelecido nos céus, no fim dos “tempos dos gentios” no ano de 1914 E. C. (Luc. 21:24, ALA) Em 1914, chegou-se ao fim dos 2.520 anos que Jeová Deus concedera para que as nações gentias (não-judias) pisassem o Seu direito de dominar a terra por meio dum reino às mãos do Descendente messiânico do Rei Davi’ de Jerusalém. Os 2.520 anos da não existência dum reino davídico na terra começaram no ano de 607 A. E. C., quando os babilônios destruíram a Jerusalém terrestre e derrubaram o trono real da linhagem do Rei Davi, para jamais se estabelecer novamente na terra em Jerusalém. Por conseguinte, no ano de 1914 E. C. chegou o tempo para o reino de Deus ser restabelecido, não na terra, mas nos céus, nas mãos do Descendente prometido do Rei Davi, a saber, Jesus Cristo. — Eze. 21:24-27.
23. (a) O que se pode dizer a respeito das provas visíveis do estabelecimento do Reino, que Jesus predisse, e que aviso tem a mensagem dado às nações? (b) Qual tem sido o efeito disto no tocante aos pregadores do Reino?
23 O próprio Jesus Cristo predissera as provas visíveis qual evidência para nós, atualmente, pelas quais saibamos que o reino davídico de Deus foi estabelecido nos céus invisíveis. Estas têm surgido desde 1914, ano em que a Primeira Guerra Mundial estourou e deu início a uma era de violência por toda a terra que continua até estes dias, e está piorando. A mensagem do reino de Deus desde então tem avisado a todas as nações e a todos os governos da terra que, continuarem a ignorar o reino estabelecido de Deus e recusarem entregar suas soberanias nacionais ao mesmo, há de resultar em sua total destruição na “guerra do grande dia de Deus, o Todopoderoso”, num lugar chamado em hebraico Har-Magedon (ou Armagedom). (Mat. 24:7-14) Não é de se estranhar, então, que os pregadores desta determinada mensagem do Reino se tenham tornado o que Jesus Cristo predisse em Mateus 24:9, “pessoas odiadas por todas as nações”. A história moderna tem registrado muita perseguição internacional contra estes pregadores do Reino.
“NAO OS TEMAIS”
24. Por que se têm continuado a pregar as boas novas do Reino apesar da perseguição, e que mensagem especial foi publicada em 1933, especialmente para quem?
24 Se os pregadores do Reino se deixassem tomar pelo temor dos homens que podem matar o corpo, “estas boas novas do reino” não teriam continuado a ser pregadas debaixo de dura perseguição. Há trinta e dois anos atrás, ou no ano de 1933, esta revista A Sentinela publicou em seu número de 1.° de novembro (edição em inglês), o artigo principal intitulado “Não os Temais”. Abrangia especial consideração de Mateus 10:26-28, exatamente como este presente artigo de revista que está lendo. Foi escrito para os que estavam incorrendo em especial perigo naquele tempo, a saber, para “o restante”, “a classe do templo”, o que se evidencia por ser o restante mencionado amiúde no artigo, desde o segundo parágrafo até seu quadragésimo segundo ou último parágrafo. (Rev. 12:17) Ali não se faz menção das “outras ovelhas”, a quem o Pastor Excelente, Jesus Cristo, reúne a seu aprisco, em esperança de vida eterna na terra, no meio de condições paradísicas. (João 10:16) Tal artigo sobre o destemor chegou na hora exata para o “restante” ainda na terra, isto é, os seguidores fiéis que serão feitos reis associados com Jesus Cristo no seu reino celeste. — Rom. 8:16, 17.
25, 26. (a) Que ação tomou a Hierarquia católico-romana por volta do ano daquela publicação? (b) Contudo, por que foi aquele um ano critico?
25 O ano de 1933 foi um ano crítico: Na verdade, o papa da Cidade do Vaticano, Roma, declarara o ano como sendo Ano Santo em comemoração da matança do corpo de Jesus Cristo exatamente há dezenove séculos antes. Assim, a Hierarquia católico-romana expressou a esperança de que ‘uma onda de religião surgisse e enchesse as nações de paz e prosperidade’. Todavia, na Alemanha, Adolf Hitler, o líder nazista, tornou-se primeiro-ministro e foi votado como ditador pelo Reichstag alemão em 23 de março. Na Itália, Benito Mussolini já se tinha tornado ditador, impondo àquela nação um domínio fascista, e entrou em concordata com o papa de Roma, mediante a qual o papa se tornou o soberano da Cidade do Vaticano.
26 O Japão estava então nas garras cerradas dos senhores de guerra que tinham ambições imperialistas, e trabalhava no sentido de se tornar um parceiro do Eixo formado com a Alemanha nazista e a Itália fascista. Em 27 de março, o imperador do Japão declarou a retirada do Japão da Liga das Nações, por se ofender com ela. Assim, a situação mundial se configurava, não para a “paz e prosperidade” internacionais, mas para o irrompimento da Segunda Guerra Mundial, e o golpe de morte na Liga das Nações. Junto com todos estes acontecimentos políticos, a Ação Católica, até em países “democráticos”, cooperava com os ditadores católico-romanos da Europa.
27. A fé e a coragem de quem foram fortalecidas por aquele artigo, “Não os Temais”, e qual foi sua experiência depois disso?
27 O artigo da Sentinela, “Não os Temais”, fortaleceu a fé e a coragem dos pregadores do Reino, especialmente das testemunhas de Jeová na Alemanha nazista e nos países que ficaram sob o domínio do Terceiro Reich (Império) alemão. Foram as primeiras contra as quais agiu a ditadura nazista. Foram lançadas nas prisões e nos horríveis campos de concentração por se recusarem a abandonar o reino de Deus e não adorarem o Estado Nazista. Ainda assim, por toda a terra, não excluindo os “países democráticos”, as testemunhas de Jeová começaram a sentir incrementada perseguição e oposição por causa de destemidamente continuarem a pregar o reino de Deus.
28. Por volta do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, quantos pregadores do Reino haviam enfrentado a morte, e ao que não haviam cedido?
28 Por volta do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, e a derrubada das ditaduras nazista e fascista e dos senhores imperialistas de guerra do Japão, os pregadores do reino de Deus que haviam morrido às mãos “dos que matam o corpo” podiam ser contados aos milhares. Na Alemanha nazista, das dez mil testemunhas de Jeová que foram postas nas prisões e campos de concentração, só oito mil saíram vivas. Não tinham cedido ao temor de meros homens.
29. Atualmente, que situação confrontam os pregadores do Reino, de modo que precisam-se lembrar de Mateus 10:28?
29 Atualmente, trinta e dois anos depois de ser publicada nas colunas da revista A Sentinela a mensagem tão necessária, “Não os Temais”, encaramos pior situação. A operação das Nações Unidas tem fracassado em colocar sobre inabalável alicerce as ansiadas paz e segurança do mundo. O temor duma terceira guerra mundial com bombas de hidrogênio e outros meios diabólicos assombra todas as nações. As ditaduras nazista, fascista já se foram, mas outras ditaduras, inclusive as do comunismo político, florescem; e a febre contagiosa do nacionalismo egoísta se espalha como praga. A adoração das soberanias nacionais e do Estado político se expande e toma novas expressões. A marcha das nações para o Armagedom, em oposição à soberania do reino celeste de Deus, se apressa, duplicando de passo. Como nunca antes, os defensores e pregadores do reino de Deus precisam-se lembrar das palavras de Jesus dirigidas a seus apóstolos em Mateus 10:28.
30. Assim, que textos de Revelação, que instam à fé e à perseverança, aplicam-se atualmente, e quem mais, além dos mencionados nestes textos, estão envolvidos?
30 Nossos dias, com suas tentativas de forçar toda a humanidade a adorar a simbólica “fera” da política do mundo e de adorar a sua imagem, a organização das Nações Unidas, é ocasião de se aplicarem as palavras de Revelação 13:10: “Aqui é que significa a perseverança e a fé dos santos.” Também, as palavras de Revelação 14:12: “Aqui é que significa perseverança para os santos, os que observam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Ademais, atualmente, não só o “restante” destes “santos” estão envolvidos. A eles se tem ajuntado crescente “grande multidão” de “outras ovelhas”, as quais têm-se apresentado como voluntários para participar na pregação do Reino. Para esta grande multidão de “outras ovelhas”, a configuração das coisas no cenário internacional exige fé e perseverança a fim de se apegarem à integridade cristã. As “outras ovelhas” não podem fazer isso e, ao mesmo tempo, temerem os homens que matam.
[Nota(s) de rodapé]