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MoisésAjuda ao Entendimento da Bíblia
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seus próprios olhos, em vez de ter simplesmente uma visão mental ou um sonho em que ouvia Deus falar, e que era o modo usual de Deus se comunicar com seus profetas. Os modos de Jeová lidar com Moisés eram tão reais que Moisés reagia como se tivesse visto “Aquele que é invisível”. — Heb. 11:27.
PREFIGURAVA A JESUS CRISTO
Jesus Cristo deixou claro que Moisés tinha escrito a respeito dele, pois, em certa ocasião, disse a seus oponentes: “Se acreditásseis em Moisés, teríeis acreditado em mim, porque este escreveu a meu respeito.” (João 5:46) “Principiando por Moisés e por todos os Profetas”, quando se achava na companhia de seus discípulos, Jesus “interpretou lhes em todas as Escrituras as coisas referentes a Si mesmo”. — Luc. 24:27, 44; compare Deuteronômio 18:18, 19 com Atos 3:19-23; veja Transfiguração.
De muitos modos havia uma correspondência pictórica entre estes dois grandes profetas, Moisés e Jesus Cristo. Ambos, na infância, escaparam da matança em massa ordenada pelos respectivos governantes de sua época. (Êxo. 1:22; 2:1-10; Mat. 2:13-18) Moisés foi chamado do Egito junto com o “primogênito” de Jeová, a nação de Israel, sendo Moisés o líder daquela nação. Jesus foi chamado do Egito como o Filho primogênito de Deus. (Êxo. 4:22, 23; Osé. 11:1; Mat. 2:15, 19-21) Ambos jejuaram por quarenta dias em locais desérticos. (Êxo. 34:28; Mat. 4:1, 2) Ambos vieram em nome de Jeová, o próprio nome de Jesus significando “Salvação (ou Ajuda) de Jeová”. (Êxo. 3:13-16; Mat. 1:21; João 5:43) Jesus, semelhante a Moisés, ‘declarou o nome de Jeová’. (Deut. 32:3; João 17:6, 26) Ambos demonstravam excepcional mansidão e humildade. (Núm. 12:3; Mat. 11:28-30) Ambos dispunham das credenciais mais convincentes de que foram enviados por Deus — surpreendentes milagres de muitas espécies, Jesus Cristo indo além de Moisés, por ressuscitar pessoas para a vida. — Êxo. 14:21-31; Sal. 78:12-54; Mat. 11:5; Mar. 5:38-43; Luc. 7:11-15, 18-23.
Moisés era mediador do pacto da Lei entre Deus e a nação de Israel. Jesus era Mediador do novo pacto entre Deus e a “nação santa”, o espiritual “Israel de Deus”. (1 Ped. 2:9; Gál. 6:16; Êxo. 19:3-9; Luc. 22:20; Heb. 8:6; 9:15) Ambos serviam como juízes e legisladores. (Êxo. 18:13; Mal. 4:4; João 5:22, 23; 13:34; 15:10) A Moisés foi confiada a supervisão da ‘casa de Deus’, tendo-se provado fiel nesta incumbência. Jesus, igualmente, mostrou fidelidade na casa de Deus; Moisés, contudo, fez isso como assistente, mas Cristo como um Filho. (Núm. 12:7; Heb. 3:2-6) E até mesmo na morte havia um paralelo, Deus dando uma destinação final aos corpos tanto de Moisés como de Jesus. — Deut. 34:5, 6; Atos 2:31; Judas 9.
Depois de Moisés tomar sua posição como hebreu, em vez de como egípcio, Jeová Deus o ungiu, quer dizer, nomeou Moisés para ser Seu profeta, e, como tal, Moisés era “o Cristo” ou “o Ungido (Designado)”. O espírito de Jeová, naturalmente, estava sobre Moisés como profeta. (Núm. 11:16, 17, 24, 25) Desse modo, Moisés era “o Cristo” daquele tempo; mas, a fim de conseguir essa posição privilegiada, teve de abandonar os “tesouros do Egito”, e permitir “ser maltratado com o povo de Deus”, e, assim, sofrer vitupério. Mas, para Moisés, tal “vitupério do Cristo” significava riquezas maiores do que toda a opulência do Egito. — Heb. 11:24-26.
Em Jesus Cristo encontramos um paralelo disto. De acordo com o anúncio do anjo, por ocasião de seu nascimento em Belém, ele devia tornar-se um “Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Tornou-se Cristo ou “Ungido” depois de o profeta João o ter batizado no rio Jordão. (Luc. 2:10, 11; 3:21-23; 4:16-21) Depois disso, reconheceu que era “o Cristo” ou Messias. (Mat. 16:16, 17; Mar. 14:61, 62; João 4:25, 26) Jesus Cristo também conservou os olhos fixos no prêmio, e desprezou a vergonha, conforme Moisés tinha feito. (Fil. 2:8, 9; Heb. 12:2) É neste Moisés Maior que a congregação cristã é batizada — em Jesus Cristo, o predito Profeta, Libertador e Líder. — 1 Cor. 10:1, 2.
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MoloqueAjuda ao Entendimento da Bíblia
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MOLOQUE
[provavelmente, mélekh (rei), com as vogais de bósheth (vergonha) para indicar repugnância (Atos 7:43; compare com Amós 5:26, nota da NM, ed. 1960, em inglês); possivelmente é o mesmo que Malcão (Jer. 49:1, 3; Sof. 1:5), ‘Malcã’ (2 Sam. 12:30; 1 Crô. 20:2, IBB, margem) e Milcom (1 Reis 11:5, 33)]. Uma deidade especialmente associada aos amonitas. (1 Reis 11:5, 7, 33) Em Jeremias 32:35, menciona-se Moloque como paralelo de Baal, sugerindo que, se isto não for uma identificação, pelo menos existia alguma relação entre os dois.
Concorda-se em geral que o Malcão ou ‘Malcã’ mencionado em 2 Samuel 12:30 e 1 Crônicas 20:2 é o ídolo-imagem do deus amonita, Milcom ou Moloque, embora o termo hebraico possa ser traduzido “seu rei”. (Compare com Al; IBB.) Anteriormente, no relato bíblico, o rei amonita é mencionado pelo seu nome “Hanum” (2 Sam. 10:1-4); assim sendo, é razoável concluir-se que o nome “Hanum”, em vez de “Malcã”, teria aparecido no registro bíblico, caso se tencionasse mencionar o rei, em vez de o ídolo. Também, julga-se improvável que um rei costumasse usar uma coroa que pesava c. 34 kg. Pelo mesmo motivo, tem-se sugerido que Davi colocou a coroa de Malcã em sua cabeça apenas temporariamente, talvez para indicar sua vitória sobre o falso deus. Segundo a leitura do Targum, que tem sido adotada por numerosos tradutores, a coroa só tinha uma jóia preciosa. Isto tem dado origem ao conceito de que foi a preciosa jóia, em vez de a própria coroa, que veio a ficar sobre a cabeça de Davi.
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