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SabáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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de Jeová”. Esta rainha, cujo nome não é citado na Bíblia, dirigiu-se a Jerusalém com “um séquito bem impressionante, camelos carregando óleo de bálsamo, e muitíssimo ouro e pedras preciosas”. (1 Reis 10:1, 2) O seu modo de viajar e o tipo de presentes que ela trouxe indicam que ela era do reino de Sabá, no SO da Arábia. Isto também é indicado pelo comentário de Jesus, de que ela era a “rainha do sul” e que ela “veio dos confins da terra”. (Mat. 12:42) Do ponto de vista das pessoas em Jerusalém, ela vinha deveras duma parte muito distante do mundo então conhecido. (Sal. 72:10; Joel 3:8) Maribe dista c. 1.930 km de Eziom-Géber, que se acha na margem N do mar Vermelho.
Jesus disse a respeito da rainha de Sabá, que ela veio “ouvir a sabedoria de Salomão”. (Luc. 11:31) Tanto pelo que Salomão disse, como pelo que ela observou da prosperidade do reino dele, ela ficou impressionada. Declarou que os servos do rei eram felizes de poder ouvir a sabedoria dele, e abençoou a Jeová por tê-lo colocado no trono. (1 Reis 10:2-9; 2 Crô. 9:1-9) A rainha deu a Salomão 120 talentos de ouro, bem como óleo de bálsamo e pedras preciosas. Salomão lhe ofereceu presentes que, pelo visto, ultrapassaram o valor dos tesouros que ela trouxe, e então ela retornou para sua própria terra. — 2 Crô. 9:12, NM; BV; CBC; PIB.
Cristo declarou que esta mulher se levantaria no julgamento e condenaria os homens da geração do primeiro século. (Mat. 12:42; Luc. 11:31) Ela fizera uma árdua viagem para ouvir a sabedoria de Salomão, mas os judeus descrentes, que afirmavam ser servos de Jeová, tinham ali presente, em Jesus, algo maior do que Salomão, e não prestaram atenção a ele.
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SÁBADO
[Heb., yohm hash-shabbáth, do verbo shaváth, descansar, desistir de esforço; gr., he heméra tou sabbátou, o dia de completa cessação, fazer cessar].
A história da guarda de um sábado semanal de vinte e quatro horas se inicia com a nação de Israel no deserto, no segundo mês depois de seu Êxodo do Egito, em 1513 AEC. (Êxo. 16:1) Jeová dissera a Moisés que a miraculosa provisão do maná seria duplicada no sexto dia. Quando isto se provou verídico, os maiorais da assembléia relataram o assunto a Moisés, e então foi anunciado o arranjo do sábado semanal. (Êxo. 16:22, 23) As palavras de Jeová, em Êxodo 16:28, 29, mostram que Israel estava obrigado a guardá-lo desse tempo em diante.
O sábado semanal se tornou parte integrante dum sistema de sábados, quando o pacto da Lei foi formalmente inaugurado no monte Sinai, pouco tempo depois. (Êxo. 19:1; 20:8-10; 24:5-8) Este sistema sabático se compunha de muitos tipos de sábados: o sétimo dia, o sétimo ano, o qüinquagésimo ano (ano do Jubileu), 14 de nisã (Páscoa), 15 e 16 de nisã, 21 de nisã, 6 de sivã (Pentecostes), 1.° de etanim, 10 de etanim (Dia da Expiação), 15 de etanim e 22 de etanim.
Que o sábado não foi imposto a qualquer dos servos de Deus senão depois do Êxodo é evidente do testemunho de Deuteronômio 5:2, 3 e de Êxodo 31:16, 17: “Não foi com os nossos antepassados que Jeová concluiu este pacto, mas conosco.” “Os filhos de Israel têm de guardar o sábado . . . nas suas gerações. . . . É um sinal entre mim e os filhos de Israel por tempo indefinido.” Caso Israel já estivesse guardando o sábado, isto não poderia servir como lembrete de sua libertação do Egito, por parte de Jeová, conforme indicado em Deuteronômio 5:15. Terem alguns israelitas saído para recolher o maná, no sétimo dia, apesar da instrução direta em contrário, indica que a guarda do sábado era algo novo. (Êxo. 16:11-30) Ter havido incerteza quanto a como lidar com o caso do primeiro violador registrado do sábado, depois de a Lei ter sido fornecida em Sinai, também indica que o sábado só tinha sido instituído recentemente. (Núm. 15:32-36) Enquanto no Egito, os israelitas, sendo escravos, não poderiam ter guardado o sábado, mesmo que estivessem sob tal lei naquela época. Faraó se queixou de que Moisés estava interferindo, mesmo quando pediu um período de três dias para oferecerem sacrifícios a Deus. Quanto mais se os israelitas tentassem descansar um dia de cada sete! (Êxo. 5:1-5) Ao passo que é verdade que os patriarcas, pelo que parece, mediam o tempo por uma semana de sete dias, não existe evidência de que se fazia qualquer distinção quanto ao sétimo dia. Sete era destacado, contudo, como um número que indicava plenitude. (Gên. 4:15, 23, 24; 21:28-32; 26:32, 33, nota da NM, ed. 1953, em inglês: “Significando ‘Sete’, e referindo-se a um juramento ou uma declaração juramentada à base de sete coisas.”) O vocábulo hebraico para “jurar” (shavá‘) tem que ver com a palavra que significa “sete”.
O sábado era celebrado como um dia sagrado (Deut. 5:12), um dia de descanso e de regozijo para todos — israelitas, servos, residentes forasteiros, e animais — a cessação de todos os labores. (Isa. 58:13, 14; Osé. 2:11; Êxo. 20:10; 34:21; Deut. 5:12-15; Jer. 17:21, 24) Apresentava-se uma oferta queimada especial, junto com ofertas de cereais e de bebida, além da regular e diária “contínua oferta queimada”. (Núm. 28:9, 10) O pão da proposição (apresentação) era renovado no santuário e uma nova divisão de sacerdotes assumia seus deveres. (Lev. 24:5-9; 1 Crô. 9:32; 2 Crô. 23:4) Os deveres sacerdotais não eram reduzidos no sábado (Mat. 12:5), e bebezinhos eram até mesmo circuncidados no sábado, caso acontecesse ser seu oitavo dia de vida. Em épocas posteriores, os judeus tinham um ditado: “Não existe sábado para o santuário”, significando que os deveres sacerdotais prosseguiam normalmente. — João 7:22; Lev. 12:2, 3.
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