-
CamurçaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ombro, e poderá pesar cerca de 30 kg. O casaco de verão da camurça é de cor castanho-amarelada, que fica cada vez mais escura com a chegada da estação hibernal. A camurça acha-se alistada entre os animais apropriados para alimento, segundo os requisitos da Lei. — Deut. 14:5.
Há incerteza quanto ao animal visado pela palavra hebraica zémer, traduzida de forma variada como “camurça” (AV, NM, PIB), “cabra-selvagem” (LEB), “camelo pardal” (So) ou simplesmente transliterada como “zemer” (Knox, em inglês). A raiz hebraica, da qual se pensa que a palavra zémer se deriva, sugere um animal saltitante, pulador, por isso, provavelmente, uma espécie de gazela.
-
-
CanáAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
CANÁ
[provavelmente do hebraico qanéh, que significa “cana”, daí, um lugar de canas]. Cidade natal de Natanael. (João 21:2) Evidentemente, foi apenas no terceiro dia, depois da apresentação de Natanael a Jesus e de ele se ter tornado seu discípulo, que Jesus esteve em Caná e compareceu a uma festa de casamento, ocasião em que a sua mãe e seus irmãos também estavam presentes. Foi aqui que Jesus realizou seu primeiro sinal milagroso, o da transformação da água em vinho excelente. Daqui, ele e sua família e seus discípulos “desceram para Cafarnaum”. (João 1:43-49; 2:1-12) Mais tarde, quando estava novamente em Caná, um assistente do rei se aproximou de Jesus, suplicando-lhe que “descesse” até Cafarnaum a fim de curar seu filho moribundo. Sem fazer tal viagem, Jesus realizou a cura. — João 4:46-54.
O peso da evidência favorece a identificação de Caná com Khirbet Qana, cerca de 14, 5 km ao N de Nazaré. Aqui, as ruínas de um antigo povoado jazem sobre uma colina, na extremidade da planície de Asochis, modernamente chamada el-Battuf.
-
-
Cana, IAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
CANA, I
Veja Cálamo, Cana.
-
-
Cana, IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
CANA, II
Esta é, amiúde, a tradução da palavra hebraica qanéh e de seu equivalente grego, kálamos, termos que, evidentemente, abrangem numerosas plantas semelhantes à cana, que comumente crescem em lugares úmidos. (Jó 40:21; Sal. 68:30; Isa. 19:6; 35:7) Alguns peritos acreditam que, em muitos casos, a “cana” que se tem presente é a cana-do-reino (Arundo donax). Esta planta é comum no Egito, na Palestina e na Síria. Sua haste, que termina numa ampla pluma de flores brancas, possui um diâmetro de 5 a 7,5 cm na base, e cresce a uma altura de 2,40 m ou mais. As folhas medem de 30 a 90 cm de comprimento. Até mesmo em tempos recentes, esta cana tem sido usada como vara de medir. — Veja Ezequiel 40:3, 5; Revelação 11:1; 21:15, 16.
Em zombaria, os soldados romanos colocaram uma cana, representando um cetro real, na mão direita de Jesus, e, mais tarde, golpearam-no com ela. Também foi usada uma cana para dar a Jesus, quando estava pendurado na estaca, uma esponja ensopada de vinho acre. — Mat. 27:29, 30, 48; veja HISSOPO.
Figuradamente, a cana é usada na Bíblia para representar instabilidade e fragilidade. (1 Reis 14:15; Eze. 29:6, 7) Comparou-se o Egito a uma cana esmagada, cujas lascas pontiagudas penetrariam na palma da mão de qualquer que se apoiasse nela. (2 Reis 18:21; Isa. 36:6) A respeito de João Batista, disse Jesus: “O que fostes ver no ermo? Uma cana jogada pelo vento?” (Mat. 11:7) Tais palavras talvez visassem mostrar que João Batista não era uma pessoa hesitante ou vacilante, mas era alguém firme, estável e reto. Em Mateus 12:20 (Isa. 42:3), a “cana machucada” parece representar as pessoas oprimidas, como o homem com a mão ressequida a quem Jesus curou no sábado. — Mat. 12:10-14; veja Mateus 23:4; Marcos 6:34.
-
-
Canaã, CananeuAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
CANAÃ, CANANEU
[provavelmente do hebraico kaná‘, ‘ser humilde’; daí, baixo, humilhado].
1. O quarto filho alistado de Cã, e neto de Noé. (Gên. 9:18; 10:6; 1 Crô. 1:8) Era o progenitor de onze tribos que, com o tempo, habitaram a região ao longo do leste do Mediterrâneo, entre o Egito e a Síria, desta forma lhe dando o nome de “a terra de Canaã”. — Gên. 10:15-19; 1 Crô. 16:18; veja o N.° 2 abaixo.
Depois do incidente da embriaguez de Noé, Canaã ficou sob a maldição profética de Noé, que predizia que Canaã se tornaria escravo tanto de Sem como de Jafé. (Gên. 9:20-27) Visto que o registro menciona apenas que “Cã, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai e foi contá-lo aos seus dois irmãos lá fora”, surge a questão quanto à razão de ter sido Canaã, ao invés de Cã, o objeto dessa maldição. Comentando o V. 24, que declara que, quando Noé despertou dos efeitos do vinho, “soube o que lhe havia feito seu filho mais moço”, uma nota na tradução de Rotherham, em inglês, afirma: “Sem dúvida Canaã, e não Cã: Sem e Jafé, por causa de sua piedade, são abençoados; Canaã, por causa de alguma baixeza não mencionada, é amaldiçoado; Cã, por causa de sua negligência, é negligenciado.” Similarmente, uma publicação judaica, The Pentateuch and Haftorahs (O Pentateuco e as Haftorás), editada por J. H. Hertz, sugere que a breve narrativa “se refere a algum ato abominável em que Canaã parece ter estado envolvido”. E, depois de comentar que a palavra hebraica traduzida “filho”, no V. 24, pode significar “neto”, esta fonte declara: “A referência é evidentemente feita a Canaã.” The Soncino Chumash, editado por A. Cohen, também indica que alguns creêm que Canaã “se tenha entregado a uma concupiscência pervertida quanto a [Noé]”, e que a expressão “filho mais moço” se refere a Canaã, que era o filho mais moço de Cã.
Tais conceitos são, necessariamente, conjecturais, visto que o registro bíblico não fornece quaisquer pormenores quanto ao envolvimento de Canaã na ofensa contra Noé. Todavia, algum
-