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PerseguiçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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têm sido perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o reino dos céus.” (Mat. 5:10) Assim, a atitude mental do cristão é importante, se ele há de manter fidelidade sob a pressão da oposição. — Fil. 2:5-8; Heb. 12:2; veja também 2 Coríntiós 12:10; 2 Tessalonicenses 1:4; 1 Pedro 2:21-23.
A atitude do cristão para com os próprios perseguidores é, também, um fator importante. Amar os inimigos e abençoar os que são opositores habilitam a pessoa a perseverar. (Mat. 5:44; Rom. 12:14; 1 Cor. 4:12, 13) O cristão também sabe o seguinte: A qualquer pessoa que deixa casa e parentes por causa do reino do céu promete-se cem vezes mais, mas também “com perseguições”. (Mar. 10:29, 30) Nem todos os que ouvem as boas novas do Reino suportarão o calor da perseguição, é verdade, e alguns talvez tentem esquivar-se das questões em debate, a fim de evitar problemas. (Mat. 13:21; Gál. 6:12) Mas, é melhor confiar na força de Jeová, orando para ser livrado dos perseguidores, como fez Davi, sabendo que Jeová não desamparará seus servos, e, daí, tal pessoa poderá dizer, juntamente com o apóstolo: “Estamos sendo completamente vitoriosos, por intermédio daquele que nos amou.” — Sal. 7:1; 2 Cor. 4:9, 10; Rom. 8:35-37.
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Pérsia, PersasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PÉRSIA, PERSAS
Uma terra e um povo que são regularmente mencionados em associação com os medos, tanto na Bíblia como na história secular. Os medos e os persas eram, evidentemente, povos aparentados com as antigas tribos arianas (iranianas), e isto faria com que os persas descendessem de Jafé, talvez mediante Madai, o ancestral comum dos medos. (Gên. 10:2) Numa inscrição, Dario, o Grande, chama a si mesmo de “persa, filho dum persa, ariano, de descendência ariana”.
Em seus primórdios históricos, parece que os persas detinham apenas a parte SO do extenso planalto iraniano, suas fronteiras sendo o Elão, a NO, a Média, ao N, a Carmânia, a E, e o golfo Pérsico, ao S e a SO. À exceção do quente e úmido litoral do golfo Pérsico, a terra deles consistia mormente na parte S da escarpada cadeia dos montes Zagros, interrompida por extensos vales, bastante férteis, com encostas recobertas de florestas. O clima nos vales é temperado, mas, nas regiões mais elevadas do planalto, as terras áridas, varridas pelo vento, enfrentam um frio rigoroso nos meses de inverno. Assim como os medos, parece que os persas criavam muito gado, em adição à necessária agricultura, e o rei persa, Dario, o Grande, descreveu orgulhosamente sua terra nativa como sendo “bela e rica em cavalos e em homens”.
O DESENVOLVIMENTO DO IMPÉRIO MEDO-PERSA
Identicamente aos medos, os persas parecem ter sido governados por várias famílias nobres. Uma destas famílias produziu a dinastia dos aquemênidas, de cuja linhagem régia proveio o fundador do Império Persa, Ciro, o Grande. Ciro, que segundo Heródoto e Xenofonte era filho de pai persa e de mãe meda, uniu os persas sob a sua liderança. Até então os medos tinham uma posição dominante sobre os persas, mas Ciro obteve célere vitória sobre o rei medo, Astíages, e capturou a capital dele, Ecbátana (550 AEC). (Compare com Daniel 8:3, 20.) O Império Medo passou assim a ficar sob o controle dos persas, de modo que suas fronteiras então abrangiam todo o planalto iraniano e se estendiam para o O, através da Assíria e da Armênia, chegando até o rio Hális, na Ásia Menor.
Embora os medos continuassem subservientes aos persas durante o restante da dinastia dos aquemênidas, não resta dúvida quanto à natureza dupla do império resultante. Assim, a History of the Persian Empire (História do Império Persa; 1948, p. 37), do prof. Olmstead, afirma: “O estreito relacionamento entre os persas e os medos nunca foi esquecido. A saqueada Ecbátana continuou sendo uma residência real favorita. Os medos recebiam honras iguais aos persas; ocupavam altos cargos e eram escolhidos para chefiar exércitos persas. Os estrangeiros habitualmente mencionavam juntos os medos e os persas; quando usavam um termo só, este era ‘o medo’.”
Sob Ciro, o Império Medo-Persa expandiu-se mais para o O, chegando ao mar Egeu em resultado da vitória persa sobre o Rei Creso, da Lídia, e a subjugação de certas cidades gregas litorâneas. Sua maior conquista, contudo, ocorreu em 539 AEC, quando, à testa de uma força conjunta de medos, persas e elamitas, Ciro conquistou a poderosa cidade de Babilônia, em cumprimento das profecias bíblicas. (Isa. 21:2, 9; 44:26 a 45:7; Dan. 5:28) Com a queda da cidade de Babilônia chegou ao fim um longo período de supremacia semítica, agora suplantada pela primeira potência mundial dominante de descendência ariana (jafética). Colocou também a terra de Judá (bem como a Síria e a Fenícia) no âmbito do domínio medo-persa. Pelo decreto de Ciro, em 537 AEC, permitiu-se aos exilados judeus que retomassem à sua terra natal, que permanecera desolada exatamente por setenta anos. — 2 Crô. 36:20-23; veja CIRO.
CAPITAIS PERSAS
Em harmonia com a natureza dupla do império, um medo chamado Dario tornou-se o governante do derrotado reino caldeu, embora, provavelmente, não fosse independente da suserania de Ciro. (Dan. 5:31; 9:1; veja DARIO N.° 1. ) Babilônia continuou sendo uma cidade régia do Império Medo-Persa, bem como um centro religioso e comercial. Parece, contudo, que os verões abrasadores ali eram algo além do que os imperadores persas se dispunham
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