O atento “escravo fiel e discreto”
“Quem é realmente o escravo fiel e discreto, a quem seu senhor nomeou sobre os seus domésticos, para dar o sustento no tempo apropriado? Feliz é aquele escravo se o seu senhor, quando vir o achar assim fazendo. Em verdade vos digo: Ele o nomeará sobre todos os seus bens.” — Mat. 24:45-47, NM.
1, 2. (a) Como é a data de 1914 considerada (1) pelos historiadores, e (2) pelos estudantes da Bíblia? (b) Por que é de interesse a pergunta sobre se houve vigias atentos quanto a 1914?
OS OBSERVADORES perspicazes das condições do mundo admitem hoje abertamente que o ano de 1914 assinalou uma grande mudança nos negócios da terra. Um professor de história mundial, o Sr. Arnold J. Toynbee, de Londres, escreveu: “Durante quase um quarto de um milênio até o irrompimento da primeira Guerra Mundial em 1914, o Ocidente usufruiu um predomínio indisputável no mundo. Desde 1914, porém, a situação mudou. Dentro destes últimos quarenta e dois anos, o Ocidente perdeu o seu anterior predomínio no mundo, e ao mesmo tempo perdeu a sua anterior confiança em si mesmo.” (A revista Collier’s de 30 de março de 1956, págs. 76, 78) Embora esta observação verdadeira não seja idêntica ao significado bíblico do ano 1914, o do fim legal dos ‘tempos das nações’, contudo concordam em que resultou em ser uma data de presságios perigosos não só para o Ocidente da cristandade, mas, conforme sabemos agora, para a .humanidade inteira.
2 Poderíamos fazer a pergunta: Houve vigias mundiais atentos antes de 1914, para soar ò aviso da iminência do tempo de tribulações globais? Se houve, então tais vigias alertas devem saber mais sobre estes tempos desde 1914 do que quaisquer outros na terra. Tais vigias deviam ser procurados para se obter orientação e conselho nestes tempos cada vez mais perigosos. Talvez possam mostrar às pessoas interessadas onde se encontra a segurança.
3. Onde não houve vigias atentos, e por quê?
3 Seriam tais vigias atentos encontrados entre os clérigos católicos? Não é provável! A história mostra que têm estado ocupados demais com os ritos de sua igreja e com o seu empenho na política, mundial, antes de 1914 e desde então, para terem estado atentos aos sinais dos tempos atuais. Talvez os muitos grupos protestantes tenham sido avisados e tenham ficado atentos? Não! Seus clérigos, antes de 1914, estavam absortos demais com o seu alto criticismo contra a Bíblia e com o que chamam de modernismo. Então, que se pode dizer, dos sábios e rabinos judeus? Novamente a resposta é não! Antes de 1914, eles estavam ocupados demais com o materialismo e advogavam o sionismo, para um estado ideal restabelecido na Palestina. Que se pode dizer dos políticos e financistas perspicazes do mundo? Talvez eles sabiam o que ia acontecer? Decididamente não! Estavam até o pescoço enterrados nos preparativos para a guerra e em recolher os lucros. Todos estes mostraram ser “vidas” adormecidos, usando apenas o nome cristão. Isaías descreveu-os muito bem: “Os seus vigias são cegos, todos elles são sem entendimento; todos são cães mudos que não podem ladrar; sonham, deitam-se, gostam de dormir.” — Isa. 56:10.
4. Quem eram os vigias atentos e isso de acordo com que profecia?
4 Então, ficou o mundo sem aviso antecipado da parte de vigias atentos? Absolutamente não! Ainda sobra um grupo para se investigar, a saber, o da Sociedade Torre de Vigia das testemunhas de Jeová. Os registros da história respondem com um ressonante “sim” quanto a estes terem estado atentos. Fiéis ao seu nome de testemunhas, agiram mundialmente como vigias numa figurativa “torre de vigia”, dando aviso aos povos da cristandade. Mas as multidões da cristandade, na maior parte, deram pouca atenção. Jeremias predisse isto acuradamente com as seguintes palavras de Deus: ‘Eu suscitei vigias sobre vós, povo: “Prestai atenção ao som da trombeta!”’ Mas eles continuavam a dizer: ‘Não vamos prestar atenção.’ — Jer. 6:17, NM.
5-7. (a) Que registro de vigilância há da parte das testemunhas de Jeová? (b) Que evidência fornece certa fonte de documentação?
5 Sim, já tanto tempo atrás como o ano 1877, dois anos antes de se publicar a revista de nome significativo, A Sentinela, em inglês, estas modernas testemunhas de Jeová já proclamavam a verdade de que os tempos dos gentios findariam em 1914. Durante os trinta e sete anos que se seguiram, estas testemunhas avançaram vigorosamente com uma campanha mundial para avisar as nações de que a sua concessão de poder sem interrupção divina se esgotaria em 1914 E. C.
6 Um jornal destacado de Nova Iorque, The World, no seu suplemento dominical de 30 de agosto de 1914, numa reportagem, aumentou històricamente a muita documentação disponível para a história do mundo quanto às atividades destas testemunhas bíblicas de Jeová. Naquele tempo eram também conhecidas pelo nome de sua corporação britânica, a Associação Internacional de Estudantes da Bíblia. Este artigo relatou em parte:
7 “O terrível irrompimento da guerra na Europa tem cumprido uma profecia extraordinária. Durante o último quarto de século, os ‘Estudantes Internacionais da Bíblia’, melhor conhecidos como ‘Milenistas da Aurora’, têm proclamado ao mundo, por meio de pregadores e pela imprensa, que o Dia da Ira profetizado na Bíblia despontaria em 1914. ‘Cuidado com 1914!’ tem sido o clamor de centenas de evangelistas viajantes, os quais, representando este credo estranho, têm percorrido o país e proclamado a doutrina de que ‘está próximo o Reino de Deus’.”
ANALOGIA BÍBLICA
8, 9. Que perguntas surgem agora, e em que ocasião forneceu certo profeta parte da resposta a isso?
8 Visto que a história confirma que as testemunhas de Jeová foram o único grupo cristão encontrado atento quanto ao ano de 1914 e os subseqüentes “últimos dias”, encontra esta situação qualquer analogia na Bíblia Podem estas testemunhas oferecer credenciais bíblicas aos milhões que hoje se acham no mundo de trevas e que esperam uma liderança divinamente orientada? Considere o seguinte como resposta.
9 O maior profeta da terra, Jesus Cristo, profetizou que haveria um grupo atento de cristãos no cenário mundial, tanto antes como durante o “tempo do fim”. Quando Jesus estava no Monte das Oliveiras, pouco antes de ser pregado no madeiro, quatro de seus discípulos, a saber, Pedro; Tiago, João e André, perguntaram-lhe em particular quanto à evidência exata dos últimos dias, quando ele voltaria invisivelmente para dirigir os assuntos dos seus servos na terra. A resposta extraordinàriamente pormenorizada de Jesus acha-se preservada para nós nos relatos bíblicos escritos por Mateus, Marcos e Lucas, nos capítulos 24, 13 e 21, respectivamente. — Mar. 13:3.
10. Como se deve entender as palavras de Jesus em Mateus 24:42-44?
10 Jesus disse em resposta: “Ficai, pois, vigilantes, porque não sabeis [falando-se aqui coletivamente] em que dia vem o vosso Senhor [a segunda presença de Jesus]. Mas, sabei isto, se o dono de casa tivesse sabido em que vigília viria o ladrão, teria ficado desperto e não teria permitido que se lhe arrombasse a casa. Por causa disso, também vós [coletivamente] mostrai-vos prontos, porque, numa hora em que não pensais que seja, virá o Filho do homem.” (Mat. 24:42-44, NM) Observe que Jesus incentiva aqui o grupo de seus discípulos a se manterem alertas como um “dono de casa” atento. Não era incomum que Jesus se referisse às atividades deste grupo coletivo de discípulos com uma ilustração no singular. De modo similar, são chamados coletivamente, na Bíblia, de “noiva”, “casa” e “templo”. — João 3:29; Heb. 3:6; 2 Cor. 6:16.
11, 12. (a) Quem foi encontrado desperto quanto ao tempo da segunda presença de Jesus? (b) Era estranho que Jesus se interessasse nas atividades dos seus futuros discípulos?
11 Deu Jesus a entender que alguns daquele grupo do “dono de casa” atento, que estavam com ele ali no Monte das Oliveiras, viveriam no tempo de sua segunda presença, no fim dos ‘tempos das nações’ em 1914? Dificilmente seria assim, pois é aparente que nenhum destes quatro discípulos viveu além do ano 100 E. C. Jesus sabia de antemão que estes quatro apóstolos, bem como oito outros, se tornariam alicerces secundários dum grupo organizado de discípulos, o qual, depois de Pentecostes do ano 33 E. C., seria conhecido como a congregação cristã, da qual o próprio Jesus seria a rocha principal de alicerce. (Efé. 2:20; Mat. 16:18) Por isso é à congregação desperta,.e não às quatro pessoas, que Jesus se referiu ao dizer que sobreviveriam através dos séculos, embora às vezes aconteceria que a sucessão de discípulos ficaria obscurecida do ponto de vista histórico.
12 Tais futuros discípulos ungidos, além dos dias dos apóstolos, não estavam fora da cogitação e da declaração de Jesus. Por exemplo, na sua última oração registrada, em João 17:1-26, Jesus orou a Jeová: “Não rogo somente por estes [os apóstolos ali presentes], mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” (Versículo 20, ARA) Não é de estranhar, portanto, que os futuros membros da congregação estivessem incluídos na plena aplicação das ilustrações e dos proferimentos de Jesus.
13, 14. (a) Quem, no primeiro século, foi o “escravo fiel e discreto”? (b) Que significa “dar-lhes o sustento no tempo apropriado”?
13 Consideremos o que Jesus falou adicionalmente aos seus quatro discípulos, naquela ocasião em que estava sentado com eles no Monte das Oliveiras. “Quem é, realmente, o escravo fiel e discreto, a quem seu senhor nomeou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o sustento no tempo apropriado?” (Mat. 24:45, NM) Note que Jesus chama agora o grupo coletivo de “escravo fiel e discreto”, usando apropriadamente o singular ao falar do “escravo” figurativo. Ele diz que o “escravo” precisa alimentar os “domésticos”, estes últimos estando no plural. Como se havia de fazer isto? Antes de Jesus ascender ao céu, ele destacou três vezes a Pedro tal serviço de alimentação: “Apascenta meus cordeirinhos. . . . Pastoreia minhas ovelhinhas. . . . Apascenta minhas ovelhinhas.” (João 21:15-17, NM) As ovelhas nos dias de Pedro eram os do “pequeno rebanho” dos cristãos ungidos, que por fim somariam 144.000. (Luc. 12:32) Temos assim “domésticos”, ou indivíduos, que foram fielmente alimentados pela congregação ou organização semelhante a um escravo, por intermédio dos superintendentes. Muitos anos depois, Pedro lembrou aos superintendentes que eles tinham de ‘pastorear o rebanho de Deus’. — 1 Ped. 5:2.
14 Através dos anos, esta congregação, parecida a um escravo, tem alimentado discreta e fielmente seus verdadeiros membros. Desde Pentecostes do ano 33 E. C., e até o momento presente, tal ação tem sido feita amorosa e cuidadosamente. Sim, e os “domésticos” foram alimentados com sustento espiritual progressivo que os manteve em dia com “a luz brilhante, que se torna cada vez mais clara, até o dia ser firmemente estabelecido”. (Pro. 4:18, NM) Tudo isso resultou em ser “sustento no tempo apropriado”, conforme Jesus declarou.
15, 16. Que indica a Bíblia sobre o que se passaria com os “domésticos” durante a ausência do mestre por 1.900 anos?
15 Ao passo que Jesus, como semeador, tinha plantado abundantemente os “domésticos”, como trigo, sob uma organização pastoral, a congregação, a história registra também em outro lugar, em cumprimento da profecia de Jesus, que Satanás semearia joio no campo, no esforço de sufocar as fileiras cada vez mais esparsas dos verdadeiros seguidores, semelhantes ao trigo. (Mat. 13:25, 37, 38) Seria Satanás inteiramente bem sucedido, sem que sobrasse “trigo” depois da ausência do Mestre por quase 1.900 anos? Jesus expressou esta pergunta do seguinte modo: “Quando o Filho do homem vier, achará ele realmente esta fé na terra?” — Luc. 18:8, NM.
16 Jesus respondeu confiantemente a esta pergunta na ilustração acima citada do semeador, dizendo: “Assim como o joio é recolhido e queimado com fogo, assim será na consumação do sistema de coisas. Nesse tempo os justos resplandecerão tão brilhantemente como o sol no reino de seu Pai.” (Mat. 13:40, 43, NM) Assim se indicou que muitos,da classe do “trigo”, dos justos, ungidos, sobreviveriam aqui na terra até e durante o “tempo do fim”. Por esta razão continuou Jesus, dizendo, em Mateus 24:46 (NM): “Feliz é aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o achar assim fazendo.” Confirma a história a expectação certa de Jesus?
17, 18. (a) Quando e como começaram os verdadeiros cristãos a surgir novamente perante os olhos da história? (b) De que modo provaram estar despertos, mas, por que lhes sobreveio um período de prova?
17 A partir de 1870, a sucessão esparsa de verdadeiros cristãos começou a surgir novamente perante os olhos da história, assim como se deu nos dias do primeiro século. Muitos deste grupo do “trigo” tomaram uma ação decisiva para se desassociar das muitas seitas da cristandade, que eram semelhantes a joio. Este grupo de cristãos, ajuntado de muitas partes da terra, formou uma nova associação que mais tarde se tornou conhecida como testemunhas de Jeová. A partir de 1879, este grupo coletivo usou a revista A Sentinela para, fornecer regularmente alimento espiritual aos do “pequeno rebanho” ungido. Sim, os “domésticos”, ou os ungidos individuais, estavam sendo reanimados espiritualmente com a crescente luz restabelecida da verdade bíblica, por meio do grupo coletivo do “escravo”. Em 1884, este grupo “escravo” formou um servo legal, uma corporação, chamada Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, agora conhecida por Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia.
18 Sob a direção desta corporação religiosa empreendeu-se a grande campanha mundial para anunciar que 1914 marcaria o fim dos ‘tempos das nações’, conforme já mencionado. As testemunhas de Jeová da Torre de Vigia provaram ser vigias espiritualmente atentos. Mas, as Escrituras os descreviam como tendo vestes impuras, por causa de sua longa associação com a apostasia cristã. (Zac. 3:3, 4) Ainda tinham muitos costumes, características e crenças similares às das seitas da cristandade, que eram como joio. Por isso lhes sobreveio de 1914 a 1918 um período de provas ardentes, não muito diferente do antigo período de cativeiro babilônico dos judeus, nos anos de 607-537 A. C.
19. Explique o cumprimento de Mateus 24:7, 9.
19 Na mesma profecia de Mateus (24:7, 9, NM), Jesus disse: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, [assim como ocorreu em 1914] . . . As pessoas vos entregarão [coletivamente], então, à tribulação e vos matarão [i. e., a alguns de vós, não todos], e sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome.” Tudo isso aconteceu em relação com a transgressão da parte deles por terem medo dos homens, não se comportando de modo estritamente neutral durante os anos de guerra e ficando manchados por muitas práticas religiosamente impura. Jeová e Jesus Cristo permitiram que estas testemunhas fossem vituperadas, perseguidas, proscritas, e que seus encarregados fossem encarcerados pelas nações deste velho mundo. Por volta do verão de 1918, a forte voz organizada das testemunhas da Torre de Vigia tinha sido silenciada, tinha sido morta coletivamente, conforme profetizado em Apocalipse 11:7, 8. Observe, porém, que esta voz de vigia só foi sufocada depois de se ter completado a obra fenomenal de aviso aos povos das nações, antes de 1914.
20, 21. (a) Descreva a prova ardente que veio sobre os “domésticos”. (b) Qual foi o resultado?
20 Conforme sabemos agora, a classe deste vigia do “escravo fiel e discreto” estava sendo purificada para ainda maior serviço de vigia nos anos turbulentos que haviam de seguir à restauração em 1919. Anteriormente, na primavera de 1918, Jeová veio ao seu templo de servos cristãos terrestres, para inspeção e purificação. (Mal. 3:1-3) Os maus foram por Ele desassociados e mandados embora. Permitiu-se que um restante leal atravessasse a prova ardente em que Jeová e seu Mensageiro, Cristo Jesus, (1) os provaram por meio de arranjos de organização quanto à sua lealdade à organização de Jeová em vez de a líderes humanos, (2) os provaram por instruções e provisões de serviço quanto ao seu zelo e devoção à adoração de Jeová é à obra de testemunho, e (3) os provaram pela verdade revelada quanto ao seu amor a ela. Quão causticantes eram aqueles tempos! — Veja Podeis Sobreviver ao Armagedon Para o Novo Mundo de Deus, págs. 328 a 330.
21 Um restante fiel de alguns milhares destes “domésticos” da classe do “escravo fiel e discreto” sobreviveu a este tempo de prova. A partir da primavera de 1919 começaram a se levantar do pó da inatividade para o seu novo serviço enaltecido como vigias para o mundo. (Dan. 12:2; Apo. 11:11, 12) As Escrituras os descrevem também como trajando vestes novas de identificação pura, para representarem os interesses de Jeová na terra. — Zac. 3:4, 5.
22, 23. Lidou Jeová com um grupo neófito? Então, quem cumpre Mateus 24:14?
22 Agora que o há muito esperado Reino já se tornara realidade estabelecida no céu, certamente os seus interesses cada vez maiores na, terra, depois de 1919, não seriam deixados nas mãos duma organização neófita de crianças espirituais. E isto mostrou-se correto. Foi ao “escravo fiel e discreto” de 1900 anos de idade, à antiga congregação cristã, que se confiou este precioso serviço do Reino. Abundante na sua lealdade e integridade, perseverante em suportar pacientemente a perseguição, forte na sua antiga fé nas preciosas promessas de Jeová, confiante na liderança de seu Senhor invisível, Jesus Cristo, obediente na sua comissão secular de ser testemunhas na terra, e finalmente purificado pela prova ardente em 1918, o “escravo” maduro, conforme representado por um restante, estava agora pronto para novas designações de serviço.
23 Dentre todos os chamados grupos cristãos depois da Primeira Guerra Mundial, apenas as testemunhas atentas de Jeová estavam preparadas para empreender a pesada comissão global de pregar o testemunho final. Jesus disse, apropriadamente: “Aquele que tiver perseverado até o fim, esse é o que será salvo. E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a. terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim consumado.” — Mat. 24:13, 14, NM.
24. Que significa Mateus 24:47?
24 Foi assim próprio que Jesus dissesse a seguir a este “escravo fiel e discreto” de 1900 anos de idade, com seus milhares de “domésticos” purificados: “Em verdade vos digo: Ele o nomeará sobre todos os seus bens.” (Mat. 24:47, NM) Estes bens são os interesses do reino de Cristo na terra. Jesus, com sabedoria prática, confiou estes interesses do Reino à sua veterana classe do “escravo” aprovado. Esta classe do escravo, usando a Sociedade Torre de Vigia, encontra-se assim a partir de 1919 na posição exclusiva de responsabilidade e liderança quanto a este reino, cuja vinda tinha anteriormente proclamado por mais de trinta anos antes de 1914.
CREDENCIAIS ESMAGADORAS
25. (a) Até que ponto tem credenciais a classe do “escravo”? (b) Mencione várias destas credenciais como prova.
25 Tem a classe do “escravo fiel e discreto” ainda outras credenciais? Sim, e uma abundância delas! Uma lista parcial mostra que o restante cristão da atualidade, desde 1919, é mencionado ou representado em mais de oitenta designações bíblicas e proféticas.a O Deus do céu pintou um quadro vividamente exato de sua classe oficial na terra com mais de oitenta traços feitos pelo dedo da profecia bíblica. A realidade deste retrato, em todos os seus pormenores divinamente preordenados, salienta-se no cenário mundial à vista de todos. As credenciais são confirmadas além de qualquer dúvida. De fato, as credenciais são tão numerosas, todas elas apontando para a bem atenta classe do “escravo fiel e discreto”, que é impossível que o grande enganador, Satanás, produza alguma organização falsificada para preencher todos os oitenta aspectos bíblicos.
26. O que indicam as Escrituras quanto à aceitação destas credenciais por alguns? O que mostram os fatos atuais?
26 Em vista destes fatos claros, a Bíblia indica ainda mais que os amantes da justiça, em toda a terra, chegariam a ver e a aceitar de todo o corarão a liderança da organização que tem tais credenciais surpreendentes. “Assim diz Jehovah dos exercitos: Naquelles dias pegarão dez homens [pessoas de boa vontade de toda a terra] de todas as linguas das nações, sim, pegarão da orla do vestido daquelle que é judeu [singular, o ‘escravo fiel e discreto’], dizendo: Iremos comvosco [plural], porque temos ouvido que Deus é comvosco.” (Zac. 8:23) Até o ano de 1960, mais de 900.000 pessoas se têm associado ativamente como ministros pregadores; sob a liderança da classe do “escravo”.b
27. Que espécie de liderança se acha hoje disponível aos verdadeiros adoradores?
27 Esta grande multidão tem recebido regular e progressivamente seu alimento espiritual através das colunas do instrumento de oitenta e um anos de idade, usado pela classe do “escravo”, a saber, A Sentinela, a revista religiosa de maior circulação no mundo. Jeová e Jesus Cristo certamente não forneceram nenhuma forma apressada e oportunista de liderança para a grande multidão de verdadeiros adoradores. Sim, além de dúvida, o antigo mas atento “escravo fiel e discreto” ergue-se agora como vigia maravilhoso para os povos das nações. Assim como seu Mestre, Jesus Cristo, se erguia para o levantamento e a queda de muitos em Israel no primeiro século da Era Cristã, assim também agora, perante todo o mundo, as testemunhas ungidas se erguem como guia para a sobrevivência duma minoria da humanidade, mas resultam em ser para os outros causa de tropeço na destruição do Armagedon.
[Nota(s) de rodapé]
a Apresentamos a seguir uma lista parcial de designações bíblicas e proféticas que se aplicam ao restante ungido desde 1919 ou são representadas por ele:
(1) A esposa de Noé, Gên. 7:7; (2) os anjos enviados a Lot, Gên. 19:15; (3) Rebeca, Gên. 24:64; (4) José e Benjamim, Gên. 45:14; (5) os rabiscos deixados, Lev. 19:9; (6) os dois espias que se dirigiram a Raab, Jos. 2:4; (7) Barac, Juí. 4:14; (8) Jefté, Juí. 11:34; (9) Noemi e Rute, Rute 2:2; (10) os guerreiros israelitas de Davi, 2 Sam. 18:1; (11) Jeú, 2 Reis 10:11, 15; (12) Mardoqueu e Ester, Est. 4:13; (13) Jó, Jó 42:10, 13; (14) a filha do Rei, Sa. 45:13; (15) homens de benevolência, Sal. 50:5, NM; (16) grupo intimo, Sal. 89:7, NM; (17) Sear-Jasub, Isa. 7:3; (18) a luz das nações, Isa. 60:3; (19) as grandes árvores de justiça, Isa. 61:3; (20) os ministros de nosso Deus, Isa. 61:6; (21) o cacho preservado, Isa. 65:8; (22) os servos chamados por outro nome, Isa. 65:15; (23) os homens que tremem da palavra de Deus, Isa. 66:5; (24) a nova nação nascida, Isa. 66:8; (25) Jeremias, Jer. 1:10; (26) o povo de Jeová no novo pacto, Jer. 31:33; (27) o homem vestido de linho, Eze. 9:2; (28) o povo que habita no meio da terra, Eze. 38:12; (29) as árvores junto ao rio, Eze. 47:7; (30) os pescadores, Eze. 47:10; (31) o exército do céu, Dan. 8:10; (32) o santuário restabelecido (purificado), Dan. 8:14; (33) os sábios, Dan. 11:33; (34) os muitos que estão no pó e acordam para à vida eterna, Dan. 12:2; (35) toda a carne que recebe o espírito, Joel 2:28; (36) Jonas, Jon. 3:1-3; (37) a menina do olho de Jeová, Zac. 2:8; (38) Jesua, o sumo sacerdote, Zac. 3:3, 4; (39) um judeu, Zac. 8:23; (40) os filhos de Levi, Mal. 3:3; (41) o trigo, Mat. 13:25; (42) os filhos do reino, Mat. 13:38; (43) os trabalhadores na vinha, Mat. 20:1; (44) os convidados às bodas, Mat. 22:3-14; (45) os escolhidos, Mat. 24:22; (46) as águias, Mat. 24:28; (47) o escravo fiel e discreto, Mat. 24:45, NM; (48) as virgens discretas, Mat. 25:2; (49) os irmãos do rei, Mat, 25:40; (50) o pequeno rebanho de ovelhas, Luc. 12:32; (51) o irmão mais velho do pródigo, Luc. 15:25; (52) o mendigo Lázaro, Luc. 16:20; (53) as varas da videira, João 15:4; (54) o palácio real de Davi, Atos 15:16, NM; (55) os co-herdeiros de Cristo, Rom. 8:17; (56) o restante, Rom. 11:5; (57) os ramos da oliveira, Rom. 11:24; (58) os santos ou santificados, 1 Cor. 6:2; Apo. 16:6; (59) o templo, 1 Cor. 6:19; (60) a nova criação, 2 Cor. 5:17; (61) os embaixadores de Cristo, 2 Cor. 5:20; (62) a congregação de Deus, Gál. 1:13; (63) parte da semente de Abraão, Gál. 3:29; (64) o Israel de Deus, Gál. 6:16; (65) o corpo de Cristo, Efé. 1:22, 23; (66) os soldados de Cristo Jesus, 2 Tim. 2:3; (67) a casa construída por Cristo, Heb. 3:6; (68) o sacerdócio santo, 1 Ped. 2:5; (69) a nação santa, 1 Ped. 2:9; (70) a irmandade ou associação de irmãos, 1 Ped. 2:17; (71) as sete congregações, Apo. 1:20; (72) as vinte e quatro pessoas de idade avançada, Apo. 4:4; (73) o Israel espiritual, Apo. 7:4; (74) os gafanhotos, Apo. 9:3; (75) as duas testemunhas, Apo. 11:3; (76) as duas oliveiras, Apo. 11:4; (77) a semente da mulher, Apo. 12:17; (78) as árvores de vida, Apo. 22:2; (79) a noiva de Cristo, Apo. 22:17; 19:7; (80) as testemunhas de Jeová, Isa. 43:10.
b Esta descrição bíblica foi oportunamente retratada no calendário de 1960 das testemunhas de Jeová.