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ApostasiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Muitos dos reis de Israel e de Judá seguiram um proceder apóstata; por exemplo, Saul (1 Sam. 15:11; 28:6, 7), Jeroboão (1 Reis 12:28-32), Acabe (1 Reis 16:30-33), Acazias (1 Reis 22:51-53), Jeorão (2 Crô. 21:6-15), Acaz (2 Crô. 28:1-4), e Amom (2 Crô. 33:22, 23). No devido tempo, desenvolveu-se uma nação de apóstatas, uma vez que o povo escutava os sacerdotes e profetas apóstatas (Jer. 23:11, 15) e outros homens desprovidos de princípios que, por meio de palavras suaves e falsos proferimentos, levavam-nos à conduta dissoluta, à imoralidade e a desertarem de Jeová, ‘a fonte de água viva’. (Isa. 10:6; 32:6, 7; Jer. 3:1; 17:3) Segundo Isaías 24:5, a própria terra se tornou “poluída [hhanpháh] sob os seus habitantes, pois deixaram de lado as leis, mudaram o regulamento, violaram o pacto de duração indefinida”. Não se lhes concederia misericórdia na destruição predita. — Isa. 9:17; 33:11-14; Sof. 1:4-6.
APOSTATAR DO CRISTIANISMO
Uma apostasia entre os cristãos professos foi predita pelo apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 2:3. Ele mencionou especificamente certos apóstatas, tais como Himeneu, Alexandre e Fileto. (1 Tim. 1:19, 20; 2 Tim. 2:16-19) Entre as causas variadas de apostasia, declaradas nos avisos apostólicos, achavam-se: falta de fé (Heb. 3:12), falta de perseverança em face de perseguição (Heb. 10:32-39), abandono dos padrões morais corretos (2 Ped. 2:15-22), acatar “palavras simuladas” de falsos instrutores e “desencaminhantes pronunciações inspiradas” (2 Ped. 2:1-3; 1 Tim. 4:1-3; 2 Tim. 2:16-19; compare com Provérbios 11:9), e tentar “ser declarados justos por meio de lei”. (Gál. 5:2-4) Tais pessoas que voluntariamente abandonam a congregação cristã tornam-se, desta forma, parte do “anticristo”. (1 João 2:18, 19) Como no caso dos israelitas apóstatas, prediz-se semelhantemente a destruição dos apóstatas que saem da congregação cristã. — 2 Ped. 2:1; Heb. 6:4-8.
Durante o período de perseguição, que a primitiva congregação cristã sofreu às mãos do Império Romano, os cristãos professos foram, às vezes, induzidos a negar ser discípulos cristãos, e pediu-se aos que o fizeram que expressassem sua apostasia por meio de uma oferta de incenso a algum deus pagão ou que blasfemassem abertamente do nome de Cristo.
É evidente que há uma distinção entre uma ‘queda’ devido à fraqueza, e o ‘desvio’ que constitui apostasia. Esse último subentende um afastamento definitivo e deliberado da vereda da justiça. (1 João 3:4-8; 5:16, 17) Seja qual for sua base aparente, quer seja intelectual, quer moral, quer espiritual, constitui uma rebelião contra Deus e a rejeição de sua Palavra da verdade. — 2 Tes. 2:3, 4; veja Homem Que é Contra a Lei.
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ApóstoloAjuda ao Entendimento da Bíblia
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APÓSTOLO
[Gr., apóstolos; alguém enviado para representar o remetente; enviado].
Esta palavra se deriva do verbo do grego comum, apostéllein, que significa simplesmente “enviar, mandar”. Seu sentido básico é claramente ilustrado na declaração de Jesus: “O escravo não é maior do que o seu amo, nem é o enviado [apóstolos] maior do que aquele que o enviou.” (João 13:16) Neste sentido, a palavra também se aplica a Cristo Jesus como o “apóstolo e sumo sacerdote que confessamos”. (Heb. 3:1; compare com Mateus 10:40; 15:24; Lucas 4:18, 43; 9:48; 10:16; João 3:17; 5:36, 38; 6:29, 57; 7:29; 8:42; 10:36; 11:42; 17:3, 8, 18, 21-25; 20:21.) Jesus foi enviado por Deus como seu representante designado e comissionado.
O termo é mormente aplicado, contudo, aos discípulos a quem Jesus pessoalmente escolheu como grupo de doze representantes designados. Os nomes dos doze originalmente escolhidos são fornecidos em Mateus 10:2-4; Marcos 3:16-19 e Lucas 6:13-16. Um dos doze originais, Judas Iscariotes, provou-se traidor, destarte cumprindo profecias anteriores. (Sal. 41:9; 109:8) Os restantes onze apóstolos fiéis são de novo alistados em Atos 1:13.
Alguns dos apóstolos tinham sido discípulos de João Batista antes de se tornarem discípulos de Jesus. (João 1:35-42) Onze deles eram evidentemente galileus (Atos 2:7), Judas Iscariotes sendo considerado o único judeu. Pertenciam à classe trabalhadora; quatro eram definitivamente pescadores de profissão; um deles tinha sido coletor de impostos. (Mat. 4:18-21; 9:9-13) Pelo menos dois deles parecem ter sido primos de Jesus (Tiago e João, filhos de Zebedeu). Eram homens tidos pelos líderes religiosos como “indoutos e comuns”, indicando que sua instrução era elementar e não provinha de escolas de ensino superior. Vários deles, inclusive Pedro (Cefas), eram casados. — Atos 4:13; 1 Cor. 9:5.
Dentre os doze, Pedro, Tiago e João parecem ter usufruído a associação mais íntima com Jesus. Apenas eles testemunharam a ressurreição da filha de Jairo (Mar. 5:35-43) e a transfiguração de Jesus (Mat. 17:1, 2), e o acompanharam mais para dentro do jardim de Getsêmani do que os outros apóstolos, na noite da prisão dele. (Mar. 14:32, 33) Parece ter existido afinidade especial entre Jesus e João, e aceita-se que João é o mencionado como “o discípulo a quem Jesus havia amado”. — João 21:20-24; 13:23.
ESCOLHA E MINISTÉRIO INICIAL
Os doze foram escolhidos dentre um grupo maior de discípulos, e denominados “apóstolos” por Jesus, “para que continuassem com ele e para que pudesse enviá-los [apostéllei] a pregar e a ter autoridade para expulsar os demônios”. (Mar. 3:13-15) Depois disso, eles deveras ‘continuaram com ele’, em mui íntima associação durante o restante de seu ministério terrestre, recebendo extensiva instrução pessoal e treinamento ministerial. (Mat. 10:1-42; Luc. 8:1) Visto que continuaram a ser alunos de Jesus, ainda eram chamados “discípulos”, especialmente até Pentecostes. (Mat. 11:1; 14:26; 20:17;
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