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CristãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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outro historiador romano, nascido perto do fim do primeiro século E.C., relata os eventos que ocorreram durante o reinado de Nero, dizendo: “Punições também foram infligidas aos cristãos, uma seita que professava uma nova e nociva crença religiosa.” — The Twelve Caesars (Os Doze Césares), Nero, p. 217, par. 16; traduzido para o inglês por Robert Graves.
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CRISTO
[Gr. , Khristós, ungido; o Ungido]. Este título equivale ao hebraico Mashíahh, “Messias”.
A vinda do Cristo ou Messias, aquele a quem Jeová ungiria com seu espirito para ser o rei universal, já tinha sido predita muitos séculos antes de Jesus nascer. (Dan. 9:25, 26) No entanto, Jesus, ao nascer, não era ainda o Ungido ou Cristo. Ao predizer seu nascimento, o anjo instruiu José: “Terás de dar-lhe o nome de Jesus.” (Mat. 1:21) Mas, quando os pastores, perto de Belém, receberam o anúncio angélico, em antecipação ao futuro papel de Jesus, disse-se-lhes: “Hoje vos nasceu . . . um Salvador, que é Cristo, o Senhor”, isto é, “que deverá ser Cristo, o Senhor”. — Luc. 2:11, NM, ed. 1950, em inglês, nota a.
O nome pessoal de Jesus, acompanhado pelo título “Cristo”, pode trazer à atenção a própria pessoa, e que ele é aquele que se tornou o Ungido de Jeová. Isto ocorreu quando ele atingiu os 30 anos, foi batizado em água, e foi ungido com o espírito de Jeová, visivelmente observado em forma duma pomba que desceu sobre ele. (Mat. 3:13-17) Este foi o ponto frisado por Pedro em Pentecostes: “Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus”, relembrando evidentemente a expressão que ouvira dos lábios de Jesus, que foi o primeiro a usar a expressão “Jesus Cristo”. (Atos 2:36-38; João 17:3) Esta expressão, “Jesus Cristo”, também é usada nas palavras iniciais e finais das Escrituras Gregas Cristãs. — Mat. 1:1; Rev. 22:21.
Por outro lado, a colocação do título à frente do nome, e dizer “Cristo Jesus”, ao invés de “Jesus Cristo”, dá maior ênfase ao cargo ou posição que Jesus detém. Focaliza a atenção primariamente no cargo, e, de forma secundária, no detentor dele, como ao se dizer Rei Davi ou governador Zorobabel. Faria a pessoa lembrar-se da singular posição oficial que Jesus detém como o Ungido de Jeová, uma posição honrosa que não é partilhada por outros dentre seus seguidores que também são ungidos. Jamais ouvimos falar de Cristo Pedro, Cristo João ou Cristo Paulo. Apenas o Filho amado de Jeová tem o título de “Cristo Jesus”. Paulo usou esta expressão em sua primeira carta inspirada. ( 1 Tes. 2:14) Os manuscritos mais antigos mostram que Lucas também a usou, uma vez, em Atos 24:24 (NM, ALA, BJ, IBB, LR, MC, NTV) quando falava sobre Paulo dar testemunho.
O uso do artigo “o” junto com o título, em cerca de 20 casos em que ocorre a expressão “o Cristo” (ho Khristós) na tradução Almeida, é outro modo de focalizar a atenção no cargo detido por Jesus. (Mat. 16:16; Mar. 14:61) A estrutura gramatical da sentença, contudo, poderá constituir um fator para se determinar se o artigo é ou não usado, pois afirma W. E. Vine: “Falando-se em geral, quando o título [Cristo] é o sujeito duma sentença, leva o artigo; quando constitui parte do predicado, inexiste o artigo.” — An Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento), 1966, Vol. I, p. 190.
Nas Escrituras, nunca se multiplicam os títulos antes ou depois do nome de Jesus; mas, se um título precede o seu nome pessoal, então qualquer outro título só é acrescentado depois do nome. Jamais encontramos uma combinação como o Senhor Cristo Jesus, ou o Rei Cristo Jesus, mas encontramos o Senhor Jesus Cristo. A expressão: “nosso Salvador, Cristo Jesus”, em 2 Timóteo 1:10, no texto grego apresenta a expressão “de nós” entre Salvador e Cristo, para identificar quem é o Salvador, em harmonia com a expressão “Cristo Jesus, nosso Salvador [literalmente, “Cristo Jesus, o Salvador de nós”]”. (Tito 1:4) No texto de 1 Timóteo 2:5, menciona-se “um homem, Cristo Jesus” como mediador, mas “um homem” não é título. A expressão apenas explica que Cristo Jesus, certa vez, viveu como homem na terra.
Um emprego excepcional do título “Cristo” é a referência de Paulo a Moisés, ao invés de a Jesus, quando escreveu: “[Moisés] estimava o vitupério do Cristo [Khristoú, ungido] como riqueza maior do que os tesouros do Egito; pois olhava atentamente para o pagamento da recompensa.” (Heb. 11:26) Moisés jamais foi ungido com qualquer óleo literal, como o foram os sumos sacerdotes e os reis de Israel. (Êxo. 30:22-30; Lev. 8:12; 1 Sam. 10:1; 16:13) Mas tampouco o foram Jesus ou seus seguidores, e, ainda assim, as Escrituras falam deles como tendo sido ungidos. (Atos 10:38; 2 Cor. 1:21) Nestes últimos casos, sua unção com espírito santo de Deus servia qual designação por parte de Deus, ou como comissão, mesmo que não se tenha usado um óleo de unção literal. Assim, em sentido similar, Moisés obteve uma designação especial. Paulo, por conseguinte, podia dizer a respeito de Moisés que este era o ungido ou Cristo de Jeová, o recebedor duma comissão que lhe fora dada na sarça ardente, designação esta que Moisés considerava como sendo maior riqueza do que todos os tesouros do Egito. — Êxo. 3:2 a 4:17.
O termo “Cristo” também é usado ao se falar da congregação cristã e de seu relacionamento com o Senhor Jesus Cristo. “Ora, vós sois corpo de Cristo e membros individualmente” dele, em sentido espiritual. ( 1 Cor. 12:27) Os ‘batizados em Cristo Jesus foram batizados em sua morte’, com a esperança
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