Perguntas dos Leitores
● No artigo “A Cerimônia do Casamento e os Requisitos” publicado na Sentinela de 1.° de julho de 1957, no parágrafo 20, declara-se que a esposa consensual que aceita a verdade e quer legalizar e registrar o casamento, mas não consegue fazer com que o homem com quem vive concorde nisso, pode assinar uma declaração por escrito de que ela será fiel a seu cônjuge consensual como a um marido e que legalizará o matrimônio assim que conseguir que o homem o legalize e então poderá ser batizada. Aplica-se isto em todos os países do mundo, a toda forma de casamento consensual?
A Sentinela, considerava aqui o casamento consensual e mostrou a diferença entre este e o casamento consuetudinário. Este mesmo parágrafo foi citado na Sentinela de 15 de junho de 1961, debaixo do subtítulo “A Necessidade Dum Casamento Legalizado”.
Ao passo que o casamento consuetudinário é legalmente reconhecido em alguns estados ou províncias de um país e é um casamento legal, em outros estados ou províncias desse país ou em outros países ou províncias pode não ser reconhecido como legal. Por isso, a Watch Tower Bible and Tract Society (A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados) exige que os que vivem juntos num casamento consuetudinário legalizem o casamento por uma cerimônia oficial de casamento e este deve ser definitivamente registrado no cartório civil do governo. Antes deste passo a Sociedade Torre de Vigia não reconhece a dedicação dos que vivem em casamento consuetudinário, nem os considera dignos do batismo em água, tampouco são admitidos na sociedade do Novo Mundo.
Entretanto, se uma mulher, vivendo em casamento consuetudinário, num estado onde o casamento consuetudinário é reconhecido como legal, não conseguir persuadir o seu marido consuetudinário a registrar legalmente o casamento, a Sociedade fará concessão. Permite a esta mulher que aprende a verdade apresentar evidência à comissão da congregação de que ela fez um esforço consciencioso para persuadir o seu cônjuge consuetudinário a registrar o casamento legalmente. A comissão da congregação permitirá então que ela assine uma declaração votando fidelidade na relação marital ao homem que não quis legalizar o casamento, e ela poderá ser aceita para o batismo e participar nas atividades da congregação. O mesmo se aplica a um homem que não pode convencer sua esposa consuetudinária a registrar o casamento.
Nos estados ou províncias onde o casamento consuetudinário não é reconhecido como legal, pessoas não casadas que vivem juntos consensualmente ou por acordo mútuo, vivem em fornicação. Estas pessoas não poderão ser admitidas na sociedade do Novo Mundo até que tenham legalizado a sua posição com uma apropriada cerimônia legal de casamento. Não há lei que os impeça de legalizar o casamento, pois são pessoas solteiras. Em todos os países as pessoas solteiras têm os privilégios do casamento; portanto este requisito de casamento legal se aplica em todas as partes do mundo. Portanto em tais casos a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados não aceita uma declaração assinada por pessoas solteiras que vivam juntas consensualmente. Estas terão de realizar a cerimônia apropriada do casamento ou separar-se, antes que sejam aceitas para o batismo em água.
Se acontece que uma das partes dos que coabitam consensualmente seja casada ainda legalmente com outra pessoa, ele ou ela terá de conseguir um decreto de divórcio, dissolvendo o casamento legal pelas leis do país e daí casar-se legalmente com o parceiro consensual antes de apresentar-se para o batismo em água.
Em certos países sob estrita dominação religiosa, o divórcio não é permitido. Acontece às vezes que alguém não divorciado já viva por muitos anos com uma pessoa solteira, porque o cônjuge legal o abandonou e passou a viver em adultério com outrem. Este não divorciado chega então ao conhecimento da verdade e quer servir a Jeová. Porém, não pode pela lei obter o divórcio. Talvez tenha família desta união consensual, de fato talvez a mulher também deseje servir a Jeová e criar os filhos na admoestação de Jeová. Em tais países fazemos concessão a esses casais que viverem juntos sem o beneficio do casamento quando aprendem a verdade.
Embora incapazes de obter o divórcio da pessoa com quem sejam legalmente casados, deverão tomar os passos legais disponíveis para registrar a separação do cônjuge legal; e daí deverão escrever uma confissão e declaração, votando fidelidade um ao outro no arranjo do casamento, e que ficarão juntos apesar de serem legalmente vinculados a outros por laços que, por causa da lei em operação, não podem ser dissolvidos. Deverão também concordar em legalizar a sua relação um com o outro assim que o obstáculo legal seja removido, isto é, com a morte do cônjuge legal separado.
Fazemos isso porque a lei do país proíbe absurdamente e recusa o divórcio, não reconhecendo a lei de Deus, que permite o divórcio em base de fornicação e adultério. Se o casal vivesse em outro país onde e divórcio fosse disponível, teriam sem dúvida legalizado sua situação marital há muito tempo e se apresentado à sociedade do Novo Mundo como pessoas legalmente casadas. Por causa da declaração em Mateus 19:8, 9, a Sociedade tem feito esta concessão, e esperamos que tenha a aprovação de Deus.
Suponhamos que alguém viva num arranjo consensual, onde existe o obstáculo legal num país onde não há divórcio. Se agora aprende a verdade, porém a pessoa com quem vive não reconhecer a verdade e não cooperar em assinar uma declaração por escrito votando fidelidade, então a sociedade do Novo Mundo aceitará uma declaração assinada somente pela pessoa que aprendeu a verdade e quer fazer uma dedicação e servir a Deus. É nesta situação de união consensual que a declaração votando fidelidade é aceita, como mencionado no parágrafo 20 da página 142 da Sentinela de 1.° de julho de 1957. A declaração não será aceita num país onde o divórcio é permitido pela lei.
(As congregações que possuírem as Perguntas Sobre o Serviço do Reino no arquivo deverão fazer uma anotação deste assunto no folheto para referência futura, especialmente em conexão com a página 11.)
● Qual é o significado de Amós 8:9? Deve-se tomar esta profecia literalmente? — S. P., Estados Unidos.
Amós 8:9, ALA, reza: “Sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia, e entenebrecerei a terra em dia claro.” Está bem claro que este texto se refere ao Armagedon. Nesse tempo, quando os inimigos de Jeová Deus esperarem por um dia claro, como ao meio-dia, quando o sol está no zênite, Jeová Deus causará que caiam trevas sobre os seus inimigos destruindo todas as suas esperanças. Isto os leva à ruína. Não significa necessariamente uma escuridão literal, embora Jeová Deus, sem dúvida, fará coisas estranhas no domínio da natureza durante a guerra universal do Armagedon.
● Por que fala a Versão Almeida de “bispos” em 1 Timóteo 3:1, 2, e de “diáconos” em 1 Timóteo 3:8, 10, 12, 13, ao passo que a Tradução do Novo Mundo verte o primeiro “superintendentes” e o último “servos ministeriais”? — R. H., Estados Unidos.
As palavras ou títulos religiosos “bispo” e “diácono” são simplesmente palavras que têm sido transliteradas no idioma português; isso é, são transportadas quase como aparecem no grego em vez de serem traduzidas. Estas duas palavras são epískopos e diákonos. Para ilustrar: “Logos” e “Cristo” são transliterados porque são títulos. Se não fossem usados como títulos, seriam “palavra” e “ungido”.
Nos dias dos apóstolos não havia títulos para os servos nas congregações cristãs e, portanto, nas cartas de Paulo estas palavras deviam ter sido traduzidas. Todavia, a igreja apóstata logo transformou em títulos estas designações e aplicou-os aos homens que ocupavam posições correspondentes à forma de serviço ou cargo descrito por estas palavras gregas. Esta apostasia foi predita pelo apóstolo Paulo, em Atos 20:29, 30.
A Versão Rei Jaime (em inglês), versão em que se usam as palavras “bispo” e “diácono”, foi traduzida, por ordem especial do Rei Jaime da Inglaterra, por homens que pertenciam à Igreja Anglicana, que tinha oficiais conhecidos como “bispos” e “diáconos”. Por isso, em vez de traduzir as palavras gregas epískopos e diákonos segundo o significado literal, os tradutores da Versão Rei Jaime as verteram como títulos.
Todavia, a Tradução do Novo Mundo bem como outras versões, tais como An American Translation, não vertem epískopos e diákonos como títulos, mas segundo o significado das palavras, como “superintendentes” e “ajudantes” ou “servos ministeriais”. A American Standard Version dá ao pé da página a leitura alternativa de “superintendente” cada vez que “bispo” é usado no texto. Isto está em harmonia com o sentimento expresso pelo fiel Eliú, sobre evitar tais títulos feitos por homens: “Não farei acepção de pessoas, nem usarei de lisonjas com o homem. Porque não sei lisonjear; em caso contrário em breve me levaria o meu Criador.” — Jó 32:21, 22, ALA.