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AnimaisAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Quando eram encontrados animais domésticos desviados, estes deviam ser devolvidos seguramente ao seu dono; quando esmagados sob uma carga, deviam ser aliviados. (Êxo. 23:4, 5) Deviam ser postos para trabalhar compassivamente. (Deut. 22:10; 25:4) Tanto eles como os humanos deviam beneficiar-se dos descansos sabáticos. (Êxo. 20:10; 23:12; Deut. 5:14) Os animais perigosos deveriam ser controlados ou destruídos. (Gên. 9:5; Êxo. 21:28, 29) Era proibido o cruzamento de tipos diferentes. — Lev. 19:19.
Os homens tementes a Deus vêem nos animais uma parte da generosa provisão de Deus para o bem-estar humano. Os animais têm servido ao homem como bestas de carga, como fontes de alimento e de roupa, como agentes sanitários, como auxiliares nas atividades vitais de arar e de colher. Sua variedade de formas e cores deleitam os olhos do homem; seus hábitos e instintos têm fornecido, e ainda fornecem, amplo campo para pesquisa das maravilhas do poder criativo de Deus. Embora os animais morram, do mesmo modo que os homens, não compartilham a esperança humana duma ressurreição. — 2 Ped. 2:12; em adição, veja nominalmente os animais, aves, insetos, répteis de per si; veja ANIMAIS SIMBÓLICOS; AVES; PEIXES; INSETOS.
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Animais SimbólicosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ANIMAIS SIMBÓLICOS
Desde tempos imemoriais, a humanidade tem observado as características e os hábitos dos animais, e os tem aplicado em sentido figurativo ou simbólico a pessoas, povos, governos e organizações. A Bíblia faz bom uso deste meio eficaz de ilustração. Alguns exemplos em que as qualidades de certo animal, ou as sugeridas por suas características, são usadas de modo figurativo, acham-se alistados nas tabelas acompanhantes.
ANIMAIS COMO SÍMBOLOS DE GOVERNOS
Certas potências mundiais principais da História aparecem diretamente no registro bíblico, e, todas elas, bem como outras nações, têm usado os animais como símbolos de seus governos. No Egito, a serpente figurava de forma proeminente, a Uraeus, a áspide sagrada, aparecendo no turbante real ou “capacete” dos Faraós. No entanto, o Egito também era representado pelo touro, assim como a Assíria. A Medo-Pérsia usava a águia (os escudos dos medos traziam a águia-dourada; os persas traziam uma águia fixada na ponta duma lança). Atenas era designada pela coruja; Roma, pela águia; a Grã-Bretanha, pelo leão; os Estados Unidos, pela águia. Além destas potências, a China, desde os tempos mais remotos, tem sido simbolizada pelo dragão. Também são familiares o “urso” russo e a “águia de duas cabeças” alemã.
OS ANIMAIS SELVAGENS DE DANIEL E DE REVELAÇÃO
Que os animais descritos nestes livros representam reinos ou governos políticos que exercem a regência ou a autoridade, é declarado expressamente. (Dan. 7:6, 12, 23; 8:20-22; Rev. 16:10; 17:3, 9-12) Uma consideração dos trechos bíblicos revela que, ao passo que estes ‘animais selváticos’ políticos variam em sua forma simbólica, todavia, têm certas características em comum. Apresenta-se a todos como contra- pondo-se à regência de Deus por meio do reino messiânico sobre a humanidade. São também representados como se opondo aos “santos” de Deus, seu povo pactuado, primeiro a nação judaica, daí, a congregação cristã. Os mencionados especificamente (Medo-Pérsia e Grécia) eram grandes potências mundiais, e o grande tamanho atribuído aos demais, ou a descrição das ações deles, indicam que eles também não eram reinos pequenos. (Deve-se notar que os reinos subordinados são simbolizados pelos chifres, em alguns casos.) Todos os animais são representados como sendo mui agressivos, procurando a posição de domínio sobre as nações ou povos ao alcance de seu poder. — Compare com Daniel 7:17, 18, 21; 8:9-11, 23, 24; Revelação 13:4-7, 15; 17:12-14.
Muitos comentaristas se empenham em limitar o cumprimento das visões dos animais no livro de Daniel, de modo que não se estenda além da época em que Jesus Cristo esteve na terra, época em que o Império Romano era a potência dominante. As próprias profecias, contudo, deixam claro que se estendem além daquela época. Mostra-se as formas finais dos animais como chegando até a ‘vinda do tempo definido para os santos de Deus assumirem a posse do reino’, no “tempo designado do fim”. Daí, o Messias destrói tal oposição animalesca para todo o sempre. (Dan. 7:21-27; 8:19-25; compare também com Revelação 17:13, 14; 19:19, 20.) Deve-se notar que Cristo Jesus predisse expressamente que a oposição ao reino messiânico continuaria até o tempo do fim, de modo que seus discípulos, que então pregavam tal reino, seriam “pessoas odiadas por todas as nações”. (Mat. 24:3, 9-14) Isto, obviamente, não permite que nação alguma, especialmente as que são potências mundiais, sejam excluídas da possível identificação com as formas ou expressões finais dos simbólicos animais selváticos.
Visão de Daniel sobre os animais que saem do mar
Depois de o Egito e a Assíria terem concluído seus respectivos períodos de domínio, e perto do fim do Império Babilônico, Jeová Deus forneceu a Daniel uma visão de “quatro animais gigantescos” que saíam do vasto mar. (Dan. 7:1-3) É interessante notar que “águas” são usadas, em Revelação 17:15, para simbolizar “povos, e multidões, e nações, e línguas”, o conjunto do gênero humano que abrange a terra habitável, assim como as águas cobrem as bacias marítimas. Isaías 57:20 registra algo similar, ao descrever as pessoas alienadas de Deus, afirmando: “Mas os iníquos são como o mar revolto, quando não pode sossegar, cujas águas lançam de si algas e lama.”
Os comentaristas bíblicos vinculam costumeiramente esta visão com a da imagem colossal do
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