A proclamação das boas novas produz frutos no mundo inteiro
1. Qual foi o acontecimento mais horripilante do primeiro século E. C., e, antes de se tornar conhecido em todo o mundo, o que havia sido pregado mundialmente?
NO PRIMEIRO século, com que começou nossa Era Comum, o acontecimento mais horripilante não foi o incêndio da cidade de Roma, em 64 E. C., mas o sítio e a destruição da cidade de Jerusalém, no ano 70 E. C. Pela sua notável vitória sobre aquela cidade muito fortificada, o general romano Tito foi agraciado com uma procissão de vitória, na sua volta a Roma, em 71 E. C., erigindo-se um arco de triunfo em honra dele. No entanto, a guerra sangrenta com os judeus rebeldes só terminou com a captura de seu último baluarte na Judéia, a fortaleza de Massada, que se eleva acima do Mar Morto, no ano 73 E. C. Isto trouxe grande vergonha, vitupério e frustração religiosa aos judeus em todo o mundo, sendo dezenas de milhares deles vendidos em escravidão. No entanto, anos antes de se tornarem conhecidas em todo o mundo estas notícias más para os judeus circuncisos, as boas novas duma alegria eterna haviam sido divulgadas através do mundo então conhecido. Eram as boas novas do reino messiânico de Deus, reino que não dependia da Jerusalém terrestre.
2. (a) Quem foram os portadores daquelas boas novas naquele primeiro século E. C.? (b) Quanto se tinha difundido o cristianismo de leste a oeste, antes do incêndio de Roma?
2 Quem eram os portadores destas boas novas naquele primeiro século E. C.? Não os judeus naturais, circuncisos, que olhavam para Jerusalém como seu centro religioso. Antes, eram os falsamente acusados pelo Imperador Nero de terem incendiado Roma, a saber, os seguidores pacíficos e inofensivos de Jesus Cristo, que foram chamados “cristãos” pela primeira vez na cidade síria de Antioquia. (Atos 11:26) Lá naquele tempo, os discípulos cristãos incluíam milhares de crentes judeus, tais como os apóstolos Simão Pedro e Paulo. Antes do incêndio de Roma, o apóstolo Pedro estava em Babilônia, na Mesopotâmia, de onde escreveu aos cristãos em toda a Ásia Menor. O apóstolo Paulo encontrava-se, pelo menos nos primeiros dois anos de sua estada em Roma, na Itália, em prisão domiciliar e registrado para sua apelação a favor do cristianismo ser ouvida perante o Imperador Nero. (1 Ped. 5:13; Atos 28:30, 31) De Babilônia, perto da extremidade oriental do Império Romano, à própria Roma era uma distância de cerca de três mil e duzentos quilômetros. Um alcance bastante grande para o cristianismo!
3, 4. (a) Antes da carta de Paulo aos colossenses, como penetrara a verdade profundamente na África bem como em outros lugares? (b) Segundo a carta dele, quão extensivamente produziam frutos as “boas novas”?
3 Pela conversão do eunuco etíope da Rainha Candace pelo evangelizador Filipe, o cristianismo penetrara também muito para o sul, até a Etiópia, ao sul do Egito. (Atos 8:26-39) Assim, as boas novas do reino messiânico de Deus penetraram profundamente na África, na Ásia e na Europa. Entre os cristãos aos quais o apóstolo Pedro escreveu na sua primeira carta geral, em cinco províncias da Ásia Menor, estavam os cristãos de Colossos, de Laodicéia e de Hierápolis, na província romana da Ásia. (1 Ped. 1:1) Por volta do tempo da carta geral de Pedro, o apóstolo Paulo escreveu diretamente à congregação cristã de Colossos e mencionou-lhes sua carta à congregação de Laodicéia. (Col. 4:16) Foi a estes cristãos colossenses que Paulo falou a respeito de se “contar a verdade daquelas boas novas” em todo o mundo, o que foi anos antes de vir o fim da Jerusalém terrestre no ano 70 E. C. Estas boas novas estavam acompanhadas duma esperança para os que aceitavam as boas novas, e Paulo escreveu com referência a isso, dizendo:
4 “Desta esperança já ouvistes falar antes, por se contar a verdade daquelas boas novas que se vos apresentaram, assim como estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós, desde o dia em que ouvistes e aprendestes a conhecer [conhecestes de modo exato, NM ed. ingl. 1971] a benignidade imerecida de Deus em verdade.” — Col. 1:4-6.
5. Em Colossenses 1:23, como enfatizou Paulo a pregação das boas novas em todo o mundo?
5 Que a esperança do reino celestial de Deus havia sido divulgada mundialmente é salientado por Paulo, ao continuar a dizer na sua carta aos colossenses: “Desde que, naturalmente, continueis na fé, estabelecidos no alicerce e constantes, e sem ser deslocados da esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu. Destas boas novas eu, Paulo, tornei-me ministro.” — Col. 1:23.
6. (a) Quem eram ministros das boas novas além de Paulo? (b) Como compartilhavam estes ministros as boas novas com outros?
6 O apóstolo Paulo não era o único ministro das boas novas lá naquele tempo. Todos os cristãos fiéis daquele primeiro século os eram, inclusive o discípulo Epafras, de Colossos, que visitou Paulo durante a sua prisão domiciliar em Roma. (Col. 1:7, 8; 4:12, 13) Todos estes ministros das boas novas participavam em transmitir sua esperança aos outros, não especialmente por copiarem à mão as narrativas evangélicas, inspiradas, da vida de Cristo e as cartas escritas pelos seus discípulos inspirados, mas especialmente pela palavra oral, por pregarem a todos os ouvintes e por darem ensino oral a todos os interessados. Podemos apenas imaginar a quantidade de trabalho envolvida nisso para os trabalhadores naquelas circunstâncias do primeiro século. Esses ministros cristãos tinham as únicas boas novas a contar ao mundo do primeiro século. Não ficavam calados a respeito do Reino, mas falavam sobre ele.
7. (a) Visto que não se semeara a “semente” das boas novas em solo improdutivo, o que acontecera na congregação dos colossenses e de outros? (b) Visto que as “boas novas”, contadas verazmente, ‘davam fruto’ o que se realizou dentro de trinta anos a partir do começo da pregação por Jesus?
7 A “semente” da “palavra do reino” que lhes fora falada não caiu em solo improdutivo. Mas, do solo excelente de corações bons e honestos surgiram brotos que produziram sementes iguais à semeada. Ocorreu a multiplicação da semente das boas novas do reino messiânico de Deus por se falar delas a todos os outros ao alcance dos ouvidos. De modo que, assim como o apóstolo Paulo observou aos cristãos colossenses “contar a verdade daquelas boas novas . . . [está] dando fruto e [está] aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós”. (Col. 1:5, 6) “Contar a verdade daquelas boas novas” produzia frutos e multiplicava-se não só na congregação de Colossos, mas também em todas as outras congregações na Europa, na Ásia e na África. A “semente” que produziam era usada em semear a mensagem do Reino no coração de outros. Não é de se admirar então, que dentro de uns trinta anos, a partir do tempo em que Jesus Cristo começou a lançar a semente pela sua pregação do reino de Deus, produziu-se tal testemunho do Reino “em toda a terra habitada”! — Mat. 4:12-17; 24:14.
HÁ UMA FAÇANHA MODERNA SIMILAR?
8. Quão grande é a capacidade de crescimento duma semente semeada corretamente, e perdeu a semente da “palavra de Deus” tal capacidade de crescimento neste século vinte?
8 A capacidade de crescimento duma semente plantada em solo fértil é espantosamente grande. A “semente” da “palavra do reino” assombrou o mundo com esta sua capacidade, lá naquele tempo, há dezenove séculos atrás. Perdeu esta semente da “palavra de Deus” sua capacidade neste século vinte? Não deve ser assim e não é assim! O que foi escrito aos hebreus cristianizados há dezenove séculos atrás ainda é veraz hoje: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes.” — Heb. 4:12.
9. (a) Causou a idade avançada uma diminuição da capacidade de crescimento da “semente” da Palavra de Deus? (b) Por que consideramos aqui o crescimento do rol de membros da cristandade?
9 A idade não diminui sua capacidade de crescimento. O que podemos mostrar em confirmação disso? Devemos dizer que é o domínio religioso conhecido como cristandade? Segundo os cálculos publicados a respeito do rol de membros das igrejas da cristandade, depois de ter atingido um auge na década de 1960, ela sofreu um declínio temporário de dezenas de milhões de membros. Mas agora, os cálculos mais recentes dão à cristandade um novo auge de 985.363.400 membros. — Veja The 1973 World Almanac and Book of Facts, página 343, sob o título “População Religiosa do Mundo”.
10, 11. (a) Que pergunta surge sobre o crescimento da cristandade, e prova o aumento numérico que ela não está no seu ‘tempo do fim”? (b) Que condições preditas por Paulo para os “últimos dias” talvez sejam o motivo das dificuldades religiosas da cristandade?
10 Admita-se que a cristandade não está declinando no rol de membros que afirma ter. Contudo, acontece também que a qualidade de seus membros aumenta em espiritualidade, para produzir cristãos mais genuínos? Vamos compará-los com o tipo de cristãos que havia em Colossos, aos quais Paulo se sentiu fortemente induzido a escrever de modo espontâneo. Estes cristãos colossenses eram bem diferentes de como seria a maioria das pessoas que afirmam servir a Deus, muito mais tarde, nos “últimos dias”. Aumentar a cristandade depois de mais de dezesseis séculos de existência não refuta que ela esteja nos seus “últimos dias”. Que ela se encontra em “tempos críticos, difíceis de manejar”, não pode ser questionado. O que predisse o apóstolo Paulo sobre o motivo disso, e é este o motivo das dificuldades religiosas da cristandade? Paulo disse:
11 “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. [Por quê?] Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder.” — 2 Tim. 3:1-5.
12, 13. (a) Então como se compara a cristandade de modo espiritual com a antiga congregação colossense? (b) Como explica a cristandade o cumprimento da oração do Pai-Nosso com respeito ao reino do Pai celestial?
12 Quem pode negar que esta descrição profética explica o motivo das dificuldades atuais da cristandade, depois de dezesseis séculos de crescimento numérico? Por se cumprir nela esta profecia inspirada, a cristandade mostra que está diametralmente oposta a como era a congregação colossense. Durante todos estes séculos, a cristandade tem orado regularmente o que ela chama de Pai-Nosso. Esta oração-modelo feita pelo Senhor Jesus Cristo no seu Sermão do Monte, começa por dizer: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mat. 6:9, 10, Almeida) A cristandade explica hoje esta vinda do reino celestial do Pai como sendo o estabelecimento do Reino no coração dos crentes. Conforme disse o Dr. Adam Clarke, ao comentar Mateus 6:10:
13 “Quando o reino de justiça, paz e alegria, no Espírito Santo, é estabelecido no coração, então há uma ampla provisão para o cumprimento da vontade divina.” — Commentary, Vol. 5, página 86, col. 1.
14. (a) Visto que o crescimento da cristandade está ficando para trás quanto ao da população do mundo, como explicam seus clérigos a vinda do Reino? (b) Que pergunta suscitam as duas guerras mundiais dentro de trinta e dois anos a respeito da vinda do Reino no que se reserve a cristandade?
14 Por muito tempo pensava-se que o reino de Deus viesse pela conversão de toda a humanidade para se tornar membros das igrejas da cristandade. Mas agora que a cristandade está ficando para trás no crescimento da população do mundo, os clérigos religiosos dizem que o Reino vem apenas nos corações de quantos crêem. Não se ensina que o reino messiânico de Deus venha contra este atual sistema mundano de coisas e o destrua, e que depois reja como governo real sobre todos os habitantes da terra, enchendo a terra inteira de justiça, paz e felicidade, para todo o sempre. (Dan. 2:44; 7:13, 14) Jesus Cristo disse: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, traz para fora o bom.” E: “Onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” (Luc. 6:45; 12:34) Mas onde está a evidência de que o reino de Deus foi estabelecido mesmo no coração dos membros das igrejas da cristandade e que este coração deles tem o reino de Deus por seu tesouro? São as duas guerras mundiais num período de trinta e dois anos deste século a evidência de que o “reino de justiça, paz e alegria, no Espírito Santo”, foi estabelecido no coração das centenas de milhões de membros das igrejas da cristandade?
15. (a) Entre as duas guerras mundiais, que organização foi a “preciosidade” da cristandade? (b) O que faz a sucessora da Liga a respeito da corrida armamentista?
15 Durante os vinte anos entre as duas guerras mundiais, o tesouro da cristandade era a Liga das Nações em prol de paz e segurança mundiais, porque suas igrejas diziam: A Liga das Nações é “a expressão política do Reino de Deus na terra”. Mas onde está hoje a Liga das Nações? E o que realiza sua sucessora, as Nações Unidas, em impedir a corrida armamentista internacional pela superioridade militar numa terceira guerra mundial que ameaça a existência de toda a humanidade? A resposta está na produção de mais armas mortíferas.
16. Vem o reino de Deus realmente, apesar da condição da cristandade, e como se informa sobre isso hoje toda a humanidade?
16 Tudo isso prova que o reino de Deus não foi estabelecido no coração dos clérigos e dos membros das igrejas da cristandade, e que não entrou no seu coração. Não se pode esperar que o reino de Deus venha desta maneira, e não virá assim. Contudo, o reino de Deus, por Cristo, vem em resposta à oração do Pai-Nosso, e este governo teocrático já está agora realmente às portas. É isso o que se conta agora a toda a humanidade nas “boas novas do reino”, sobre as quais Jesus Cristo profetizou que seriam pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações, antes de vir o fim. (Mat. 24:14) Estas boas novas, “a palavra do reino”, estão sendo semeadas como semente em toda a terra, em 208 países e grupos de ilhas, e produzem frutos assim como nos dias do apóstolo Paulo. E assim como ele disse à congregação cristã em Colossos, “estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós”. (Col. 1:6) Esta semente das boas novas está sendo semeada dentro e fora da cristandade.
17. (a) Se não for o Reino, o que é que se estabelece no coração da humanidade, e como? (b) Portanto, assim como nos dias de Paulo, como se dá que as boas novas “estão dando fruto e estão aumentando” apesar da cristandade?
17 E quanto à relação entre o reino de Deus e o coração humano, não é o Reino, mas a semente das boas novas do reino messiânico de Deus que penetra no coração. Esta “semente” é estabelecida ali por criar raízes e dar frutos. Tal semente é semeada pela pregação das boas novas a todos os que querem escutá-las e aceitá-las. Esta semente das boas novas dá fruto por fazer com que a boca fale, da abundância do coração daqueles em cujo coração se plantou a semente. Assim, a implantação da “semente” faz com que todo aquele em cujo coração favorável se semeou a semente se torne um novo proclamador das boas novas. É assim que a semente das boas novas aumenta por meio da proclamação das boas novas por um número cada vez maior de pregadores do Reino. E embora a cristandade procure impedir a semeadura do Reino em corações humanos, as testemunhas cristãs de Jeová continuam a espalhar a semente das boas novas em todo o mundo. Igualmente, assim como nos dias do apóstolo Paulo, produziram-se frutos e houve aumento — mundial, apesar da cristandade.
OS FRUTOS ACOMPANHANTES
18. O que produziu a semeadura da “semente”, além de mais proclamadores do Reino, e assim que qualidades distinguem hoje as testemunhas cristãs de Jeová?
18 Esta semeadura das boas novas do Reino tem produzido abundantes frutos e aumenta em mais do que apenas em produzir mais proclamadores do Reino. Produz um fruto adicional no coração daqueles em que se lançou a semente e que proclamam o Reino. Produz o contrário do que o apóstolo Paulo predisse para a cristandade, em 2 Timóteo 3:1-5, a respeito dela. Produz o mesmo que produziu no coração e na vida da congregação cristã de Colossos, à qual Paulo escreveu sua carta. Produz as qualidades cristãs que Paulo menciona na sua carta, a saber, amor, esperança e fé. Poderes e capacidades milagrosos, que assinalavam a verdadeira congregação cristã, podiam cessar após a morte dos apóstolos cristãos, mas, conforme disse Paulo, “agora, porém, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”. (1 Cor. 13:13) Estas são as coisas que permanecem, não na cristandade afligida pela guerra, mas entre as testemunhas cristãs de Jeová. Elas são assinaladas pela fé, pela esperança e pelo amor.
19. (a) O que podia Paulo escrever a respeito da fé, do amor e da esperança da congregação colossense? (b) Que espécie de amor é que induz as testemunhas cristãs de Jeová a abrir a boca na pregação?
19 Paulo disse aos colossenses: “Ouvimos falar da vossa fé em conexão com Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os santos, por causa da esperança que está sendo reservada para vós nos céus. Desta esperança já ouvistes falar antes, por se contar a verdade daquelas boas novas . . . Epafras, nosso amado co-escravo, . . . nos expôs também o vosso amor em sentido espiritual.” (Col. 1:4, 5, 7, 8) Não se tratava do amor sexual, apaixonado e carnal, que caracterizava o mundo pagão de língua grega nos dias do apóstolo Paulo, mas sim do “amor em sentido espiritual” — este é o produzido pela semeadura das boas novas no coração das testemunhas cristãs de Jeová da atualidade. Este verdadeiro amor cristão faz parte dos frutos do espírito de Deus, segundo as palavras de Paulo em Gálatas 5:22. É este amor espiritual no coração que as induz a abrir a boca na pregação.
20. Conforme predito, o que aconteceu à qualidade de amor na cristandade atual, e, por isso, no cumprimento de que oração de Paulo precisam cooperar com ele, e como?
20 A profecia de Jesus, a respeito da terminação deste sistema mundano de coisas, cumpre-se hoje na cristandade, a saber: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (Mat. 24:12) Mas, para com as testemunhas cristãs de Jeová cumpre-se hoje a oração que o apóstolo Paulo expressou ao escrever aos colossenses: “Que os seus corações sejam consolados, para que sejam harmoniosamente conjuntados em amor.” (Col. 2:1, 2) Mas têm de cooperar com a oração do apóstolo a seu favor, por fazer o que o apóstolo escreveu aos colossenses: “Revesti-vos do amor, pois é o perfeito vínculo de união.” — Col. 3:14.
21. Como afeta tal amor as testemunhas de Jeová nas suas relações mútuas, visto terem origens tão diferentes?
21 Por isso não é surpreendente que as testemunhas cristãs de Jeová da atualidade, embora procedam de “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, não reconheçam nenhuma barreira racial, nacional, tribal ou de cor da pele entre si. Não só não lutam entre si, nas suas congregações e assembléias gerais, mas negam-se a se empenhar em qualquer guerra internacional não-teocrática. Tais guerras obrigariam as testemunhas cristãs de um país a matar concristãos de outro país. — Rev. 7:9.
22. Adotarem tal proceder neste mundo requer fé em que fatos, e como precisam ser semelhantes aos colossenses no que se refere à sua fé?
22 Requer muita fé adotar este proceder num mundo afligido pela guerra. Mas, assim como a congregação de Colossos, nossas testemunhas de Jeová do século vinte têm plena fé na justeza das leis e das regras de conduta estabelecidas na Bíblia Sagrada. Têm fé em que a Bíblia tem a Deus por seu Autor e que é um Livro teocrático, ao qual precisam indubitavelmente aderir. Têm fé em que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que é seu Senhor, cujas palavras e cujos exemplos precisam seguir inabalavelmente. Para que não se exponham “a nenhuma acusação perante ele”, fazem o mesmo que os colossenses: ‘continuam na fé, estabelecidos no alicerce e constantes’. O apóstolo Paulo disse aos cristãos colossenses que ele se alegrava com “a solidez da vossa fé para com Cristo”. (Col. 1:22, 23; 2:5) Por um motivo igual podemos alegrar-nos com as testemunhas atuais de Jeová.
23. (a) Durante este tempo de senhores políticos, em quem têm elas fé como sendo seu Senhor? (b) O que as fortalece para perseverarem mesmo até uma morte violenta, sob perseguição?
23 Atualmente há muitos senhores políticos na terra, mas as testemunhas cristãs de Jeová abstêm-se da política do mundo. Por quê? Porque ‘aceitaram a Cristo Jesus, o Senhor’. Apropriadamente, pois, obedecem à admoestação do apóstolo Paulo aos colossenses: “Prossegui andando em união com ele [Cristo], arraigados, e sendo edificados nele e estabilizados na fé, assim como fostes ensinados, transbordando em agradecimentos com fé.” (Col. 2:6, 7; 1 Cor. 8:5, 6) Há milhares de exemplos na história do século vinte para provar que os adoradores cristãos de Jeová, como Deus, apegam-se a esta fé em Jesus Cristo, como seu Senhor, até a própria morte, mesmo uma morte violenta às mãos de perseguidores. São fortalecidos nisso pela sua crença na ressurreição dos mortos. Têm a mesma fé dos cristãos colossenses, a qual, segundo disse o apóstolo Paulo, é a “fé na operação de Deus, o qual o levantou [a Cristo] dentre os mortos”. — Col. 2:12.
24. (a) Que outro fator fortaleceu os colossenses para se manterem aceitáveis a Deus, e o que tiveram de fazer neste respeito? (b) Por que viveram num tempo maravilhoso para desenvolverem fé, e, assim, por que se sentiram altamente favorecidos?
24 Há dezenove séculos atrás, quanta “esperança” tinham estes colossenses! Era um fator vital para ajudá-los a se manter aceitáveis a Deus, mediante Cristo; e por este forte motivo, o apóstolo Paulo lembrou àqueles cristãos colossenses que não fossem “deslocados da esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu”. (Col. 1:22, 23) Os cristãos colossenses, muitos dos quais, sem dúvida, eram conversos das nações pagãs, viviam num tempo muito maravilhoso, quando particularidades secretas dos propósitos de Deus foram manifestadas pela primeira vez, tornando possível que os crentes tementes a Deus se aproveitassem de tal manifestação. Com toda a certeza, estes crentes colossenses devem ter-se sentido altamente favorecidos neste respeito, quando o apóstolo Paulo lhes escreveu e disse que ele fora feito ministro “para pregar plenamente a palavra de Deus, o segredo sagrado que estava escondido dos sistemas passados de coisas e das gerações passadas. Mas agora tem sido manifesto aos seus santos, a quem Deus se agradou de dar a saber quais são as riquezas gloriosas deste segredo sagrado entre as nações. É Cristo em união convosco, a esperança da sua glória.” — Col. 1:25-27.
25. O que significava a declaração de Paulo para com os crentes lá naquele tempo e que qualidades cristãs promovia tal esperança nos colossenses?
25 Isto significava que, pela primeira vez, existia tal arranjo sagrado como “Cristo em união” não só com os crentes judeus, mas também com crentes de todas as nações não-judaicas ou gentias, pagãs. Cristo estando então em união com todos estes fornecia a base para uma notável esperança, “a esperança da sua glória”. Portanto, esta esperança era sua participação com Cristo, o Messias, no seu reino celestial, para a bênção eterna de toda a humanidade. Que qualidades cristãs excelentes são assim produzidas por tal esperança! O apóstolo Paulo disse que o amor e a fé dos colossenses eram “por causa da esperança que está sendo reservada para vós nos céus”. (Col. 1:4, 5) Tal esperança maravilhosa existe hoje!
26. No tempo atual, qual é a esperança das testemunhas cristãs de Jeová quanto a uma regência, e para que fim?
26 Então, qual é a esperança das testemunhas cristãs de Jeová neste tempo de transformação social e confusão política do mundo? É a esperança de se tornar o rei ou a rainha da Inglaterra? É a de se tornar o presidente da República Francesa? É a de se tornar o primeiro-ministro da Alemanha Ocidental? É a de se tornar presidente do partido comunista da Rússia soviética? É a de tornar-se governador do Estado de Nova Iorque ou de qualquer outro estado dos Estados Unidos da América? Nada disso! A esperança das testemunhas cristãs não é ocupar tais cargos políticos em qualquer dos governos do mundo deste sistema condenado de coisas. Que os políticos da cristandade e do paganismo, que procuram cargos, ocupem tais cargos mundanos na terra, até o fim. As testemunhas de Jeová, que têm a vocação para cima, iguais aos colossenses do primeiro século, esperam obter um cargo governamental reservado para elas nos céus, em união com Jesus Cristo, o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Neste reino celestial, servirão a Deus e ajudarão a abençoar toda a humanidade.
27. Quanto às Testemunhas que desejam viver na terra paradisíaca, qual é a sua esperança a respeito duma regência, e como virão a estar entre os que Deus preserva para a sua nova ordem?
27 Quanto às testemunhas cristãs de Jeová que desejam viver numa terra paradísica, pacífica e sem poluição, não têm a esperança de viver para sempre debaixo da bandeira estrelada dos Estados Unidos, nem sob a Foice e o Martelo, para todo o tempo futuro, nem sob o emblema de qualquer outra nação deste atual sistema de coisas. Sua esperança viver para sempre na terra, sob o reino celestial de Jeová Deus, o Soberano de todo o universo. Neste governo teocrático, Jesus Cristo e sua congregação glorificada regerão como reis e sacerdotes para o infindável bem-estar de toda a humanidade, viva e morta. Os que esperam um paraíso terrestre olham apenas para este Governo para livrá-los de todo o desgoverno da humanidade por Satanás, o Diabo, e todos os seus agentes, demoníacos e humanos. Por causa desta grandiosa esperança sobrepujante não têm nenhum desejo, nem ambição, de qualquer cargo político das nações terrenas. Não querem compartilhar na responsabilidade comunal pelos pecados e a corrução da política. Sabem que os que se mantêm limpos de tal aviltamento mundano serão os que Deus preservará para a sua Nova Ordem.
28. A quem se dá graças por tais “boas novas”, e que qualidades cristãs produziram para motivar os pregadores a prosseguir até o fim?
28 Graças a Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, por tais incomparáveis “boas novas”! Estas são as boas novas pregadas hoje a toda a criação debaixo do céu. A proclamação destas boas novas produz frutos e aumenta, por meio do poder vitorioso do Deus Todo-poderoso. Os que aceitam a semente destas boas novas, em conseqüência, cultivam no seu íntimo fé, esperança e amor, apesar de estarem num mundo afligido pela guerra. Apenas as verdadeiras “boas novas” podem produzir tais qualidades cristãs. Motivadas por estas qualidades, as testemunhas cristãs de Jeová continuarão a pregar as boas novas do reino messiânico de Deus em toda a criação debaixo do céu, até o fim desta sementeira frutífera.