Capítulo 13
Ajuste de contas com os escravos atuais
1, 2. (a) O que deu aos do restante dos “escravos” de Cristo levarem o nome divino, e quem era a fonte disso? (b) Que menção se faz desta alegria na parábola dos “talentos”?
LEVAREM o nome divino a partir do ano de 1931 deu nova alegria aos do restante dos “escravos” do Senhor Jesus Cristo ainda na terra. Sua alegria procedeu da mesma fonte da qual seu Senhor e Dono obteve a alegria dele, a saber, de Jeová Deus. O Senhor Jesus Cristo referiu-se a esta alegria sua quando ajustou as contas com seus escravos, no cumprimento da parábola dos “talentos”. Observamos isso em Mateus 25:20-23, onde lemos:
2 “Apresentou-se então o que recebera cinco talentos e trouxe cinco talentos adicionais, dizendo: ‘Amo, confiaste-me cinco talentos; eis que ganhei mais cinco talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’ A seguir, apresentou-se aquele que recebera dois talentos e disse: ‘Amo, confiaste-me dois talentos; eis que ganhei mais dois talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’”
3, 4. (a) São os três “escravos” representativos de pessoas, ou de que? (b) Como argumenta o ajuste de contas com o que é representado pelos “escravos” no cumprimento da parábola, a favor do significado correto de parusia?
3 Este ajuste de contas com os escravos certamente exigiu tempo e atenção. Por isso, representa um período de presença ou parusia da parte do Amo celestial, Jesus Cristo, em cumprimento da parábola, nos seus aspectos finais. (Mateus 24:3) Não nos esqueçamos de que os três escravos na parábola representavam classes e que estas classes são compostas de pessoas. Requer mais tempo e atenção lidar com uma classe ou um grupo do que com uma única pessoa. No caso duma classe ou dum grupo, é preciso tratar com cada membro dele. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 14:9, 10:
4 “Pois, para este fim morreu Cristo e passou a vive novamente, para que fosse Senhor tanto sobre morto’ como sobre viventes. . . . Porque nós todos ficaremos postados diante da cadeira de juiz de Deus.”
5. (a) Em lugar de quem julga Jesus Cristo ao julgar os vivos e os mortos? (b) O que precisavam fazer com respeito a recompensa os das classes representadas pelos “escravos” que morreram antes da parusia de Cristo?
5 No cumprimento da parábola dos “talentos”, o Senhor Jesus Cristo julga em lugar de Jeová Deus. Nem todos os seus “escravos” aos quais confiou “talentos” estão vivos na carne aqui na terra, neste século vinte. Por exemplo, os do primeiro século, durante os dias dos doze apóstolos, até João, quem recebeu a Revelação (Apocalipse), morreram há muito tempo atrás, adormecendo na morte e aguardando a parusia de seu Senhor e Dono celestial quando receberiam a recompensa dele, como justo Juiz. Assim como o apóstolo Paulo, pouco antes de seu martírio, escreveu a Timóteo, seu companheiro missionário: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” (2 Timóteo 4:7, 8) Sim, de fato, o apóstolo Paulo aguardava ‘aquele dia’, o dia da parusia do Senhor, para ter a ressurreição dentre os mortos e receber o prêmio da vida celestial, imortal. Todos os que morreram antes de sua parusia tinham de esperar.
6. Quando foram ressuscitados os “escravos” que dormiam na morte e a quem têm estes precedência quando à ressurreição?
6 Durante a parusia invisível dele no espírito, todos aqueles “escravos” fiéis que dormiam na morte foram acordados, no tempo em que começou o julgamento, para a vida celestial no domínio espiritual. De modo que a recompensa dos “escravos” vivos não teve precedência à recompensa dos “escravos” fiéis, adormecidos. Isto não é mera imaginação nossa; pois o apóstolo Paulo escreveu à congregação cristã em Tessalônica e disse: “Pois, se a nossa fé é que Jesus morreu e foi levantado de novo, então, também Deus trará com ele os que adormeceram [na morte] por intermédio de Jesus. Pois, nós vos dizemos pela palavra de Jeová o seguinte: que nós, os viventes, que sobrevivermos até a presença do Senhor, de modo algum precederemos os que adormeceram [na morte]; porque o próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. Depois nós, os viventes, que sobrevivermos, seremos juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar; e assim estaremos sempre com o Senhor.” — 1 Tessalonicenses 4:14-17.
7. Que espécie de ressurreição receberam os que dormiam?
7 Isto significa que, durante a parusia do Senhor, na ocasião de começar o julgamento, houve uma ressurreição invisível dos fiéis “escravos” adormecidos para a vida celestial no espírito. Naturalmente, isto não foi visível aos olhos carnais dos “escravos” sobreviventes ainda na terra, assim como foi também invisível para as pessoas mundanas que não eram “escravos” do Senhor Jesus, invisivelmente presente.
8, 9. (a) O que mostra a evidência quanto a se o encontro dos “escravos” do Senhor no ar significa a elevação de corpos físicos na atmosfera? (b) O que influi neste assunto, conforme salientado em 1 Coríntios 15:50-54?
8 O encontro dos “escravos” ressuscitados com o “Senhor no ar” também foi invisível a todos os olhos carnais na terra, de modo que os homens na terra não sabiam de sua ocorrência, exceto pela fé na Palavra de Deus e pelos indícios dos tempos. Os “escravos” que dormiam na morte foram todos ressuscitados juntos, ao mesmo tempo, “para encontrar o Senhor no ar”. No entanto, os “escravos” na terra, que sobreviveram até o tempo do julgamento ou do ajuste de contas começar, não foram arrebatados literalmente nos seus corpos físicos, visíveis, para a atmosfera da terra, a fim de se encontrar com um Senhor visível no ar, porque a história moderna não registra tal acontecimento. Membros deste grupo sobrevivente de “escravos” têm morrido de vez em quando durante os já mais de cinqüenta anos que decorreram desde então, mas, segundo a promessa bíblica, tiveram uma ressurreição instantânea à vida no espírito, nos céus invisíveis. Visto que a parusia do Senhor já havia começado, não precisavam dormir na morte à espera de sua chegada. A eles se aplica o que Paulo disse:
9 “Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrução herdar a incorrução. Eis que eu vos digo um segredo sagrado: Nem todos adormeceremos [na morte], mas todos seremos mudados, num momento, num piscar de olhos, durante a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão levanta dos incorrutíveis, e nós seremos mudados. Pois isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrução e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas quando [isto que é corrutível se revestir de incorrução] isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre.’” — 1 Coríntios 15:50-54; Isaías 25:8.
10. De que modo são estes “escravos” chamados de “felizes” em Revelação 14:13?
10 Aos escravos ungidos que sobreviveram na terra até e durante a parusia ou presença do Senhor, e que morreram depois em união fiel com o Senhor, aplica-se a promessa de Revelação 14:13: “Felizes os mortos que morrem em união com o Senhor, deste tempo em diante. Sim, diz o espírito, descansem eles dos seus labores, porque as coisas que fizeram os acompanham.” São “felizes” porque ao morrerem na carne passam por uma transformação instantânea de corrução para incorrução, de mortalidade para imortalidade, de humano para espírito, de modo que, sem dormirem na morte cessam seus labores terrenos e entram logo na obra celestial com seu Senhor, de quem são co-herdeiros.
11. Quem foi este R. J. Martin, usado como exemplo para o precedente?
11 Por exemplo, tome o caso de Robert J. Martin. Ele foi um dos oito homens cristãos, consagrados, que incluíam o presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, os quais sofreram cerca de nove meses de encarceramento injusto na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A., de 5 de julho de 1918 a 25 de março de 1919. Quando este “escravo” foi liberto sob fiança, em Brooklyn, Nova Iorque, na quarta-feira, 26 de março de 1919, praticamente não tinha nada no que se referia a “talentos” de seu Senhor celestial. A Primeira Guerra Mundial com sua perseguição dos “escravos” do Senhor já havia passado mais de quatro meses antes, e R. J. Martin praticamente tinha de começar de novo. Ainda estava em união fiel com o Senhor Jesus e tinha prazer em aceitar “talentos”, com os quais podia ‘fazer negócios’ para seu Senhor celestial, a fim de ampliar o campo que seria fértil na produção de discípulos do Senhor Jesus Cristo. No ano que se seguiu à sua libertação da prisão ele foi feito gerente da gráfica recém-estabelecida em Brooklyn para a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Em 1.º de novembro de 1926, foi constituído um dos diretores desta Sociedade, cargo que ocupou até o seu fim terrestre.
12. Quando faleceu Martin e que comentário fez sobre isso A Torre de Vigia?
12 Passaram-se assim os anos, durante os quais R. J. Martin fielmente fez negócios para aumentar os “talentos” que lhe foram confiados no campo de fazer discípulos. Morreu no seu cargo em 23 de setembro de 1932, à idade de cinqüenta e quatro anos. (Nasceu em 30 de março de 1878.) Seu falecimento, “em união com a Senhor”, foi anunciado no número inglês de 1.º de outubro de 1932 da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, página 304, onde se dizia em parte:
Foi pouco depois da meia-noite ou do começo da manhã de 23 de setembro de 1932, que Robert J. Martin, soldado na organização de Jeová, desarmou sua tenda terrena e partiu pacificamente. Esta testemunha boa e fiel terminou sua carreira na terra. Há todo motivo para se crer que passou imediatamente para o reino e está agora para sempre com o Senhor, na organização capital de Jeová.
. . . Os companheiros fiéis do irmão Martin tem a esperança de que eles também vejam o Senhor em toda a sua glória e beleza, e que participem depois para sempre no cumprimento dos propósitos de Jeová. A devoção do irmão Martin à causa de Jeová é uma inspiração para os do restante que continuam a levar a batalha até o portão. . . .
13. Quando faleceu o co-prisioneiro de Martin, Rutherford, e o que assinalou historicamente o seu falecimento?
13 Seu companheiro de prisão, J. F. Rutherford, terminou a sua carreira terrestre à idade de setenta e dois anos, enquanto ainda presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), na quinta-feira, 8 de janeiro de 1942. Seu falecimento foi anunciado sob o título “Testemunha Fiel”, na página 45 do número inglês de 1.º de fevereiro de 1942 da Sentinela Anunciando o Reino de Jeová. A história de mais de trinta anos desde então mostra que sua morte assinalou o fim duma época nas atividades modernas das testemunhas cristãs de Jeová.
14. (a) O que se pode biblicamente crer a respeito destes dois “escravos” quanto à sua recompensa por negociarem com os “talentos” de Cristo? (b) Será que os “escravos” ainda vivos na terra entraram numa “alegria”? E que dizer do assunto da regência?
14 Certamente, a carreira dos “escravos” cristãos, tais como os dois mencionados, indica que ‘fizeram negócios’ com os “talentos” do Senhor que lhes foram confiados, e que assim aumentaram o campo terreno de operação para a produção de mais discípulos de Cristo. Há motivos bíblicos para se crer que, ao comparecerem perante a cadeira de juiz de seu Senhor Jesus Cristo, ouviram as suas palavras de elogio: “Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.” (Mateus 25:21, 23) Mas agora, muitos anos depois, ainda há um pequeno restante destes “escravos” cristãos, leais, na terra, que procuram amorosamente aumentar os “talentos” de seu Amo celestial. Esperam no tempo devido terminar sua carreira terrestre e comparecer perante a cadeira celestial de julgamento de Jesus Cristo e felizes ouvir estas mesmas palavras de elogio. Mesmo agora, ainda na terra, porém, ao ponto em que aumentam os “talentos” de seu Dono celestial, já entraram em boa medida na alegria de seu Amo. Entretanto, não entraram na posse de alguma regência, mas apenas aguardam participar no seu reinado milenar no céu.
O “ESCRAVO INÍQUO E INDOLENTE”
15, 16. (a) De que modo deixou de usar sua “capacidade” o escravo com um talento, e com que conseqüências? (b) Que desculpa apresentou por devolver apenas aquilo que recebeu?
15 Estamos agora interessados em saber o que aconteceu ao escravo da parábola de Jesus, que recebeu apenas um talento e a respeito de quem se disse: “Mas aquele que recebera apenas um foi e cavou no chão, e escondeu o dinheiro de prata de seu amo.” (Mateus 25:15, 18) Não se esforçando, nem mostrando coragem para ‘fazer negócios’, assim como fizeram o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos não se podia esperar que este terceiro escravo aumentasse o talento de prata de seu amo. Possuía a “capacidade” proporcional para manejar aquele um talento de prata e produzir um aumento com ele, mas ele deixou de mostrar sua capacidade. Na vinda e durante a presença ou parusia de seu amo, não teria nenhum aumento para mostrar, ao se ajustarem as contas. Portanto, que desculpa teria para não apresentar nenhum aumento ao seu amo? Na parábola, Jesus nos diz:
16 “Por fim, apresentou-se aquele que recebera um talento e disse: ‘Amo, eu sabia que és homem exigente, ceifando onde não semeaste e ajuntando onde não joeiraste. Por isso fiquei com medo, e fui e escondi no chão o teu talento. Aqui tens o que é teu.’” — Mateus 25:24, 25.
17. (a) Aprovava este escravo que seu amo fosse semelhante ao fazendeiro que descreveu? (b) Por que achava o escravo que seu amo não tinha direito de se queixar por não receber aumento?
17 Este escravo sabia que se esperava dele um aumento. Mas faltou-lhe a coragem de assumir o risco por ‘fazer negócios’ com o talento de prata de seu amo. Não tinha amor ao seu amo, para agir apesar de seus temores, e assumir o risco e fazer o empenho de aumentar os “bens” de seu amo. Comparou o seu amo a um fazendeiro, que não só obtém safras de sua própria terra, mas também colhe produtos de terras que não são suas e que não cultivou, colhendo cereais que não havia joeirado. O escravo não aprovava que seu amo produzisse aumentos desta maneira. Pelo menos, acusou seu amo de produzir aumento de tal maneira. Assim coerente com a sua crença e atitude professa, devolveu apenas o único talento de prata que seu amo lhe confiara. Assim, conforme ele pensava, visto que seu amo não sofrera nenhuma perda, por que se devia queixar? Recebia de volta o que era seu. O escravo não reconhecia que o dinheiro era para circular e para ser usado de modo lucrativo.
18. O amo respondeu ao escravo segundo que raciocínio, e por isso, por que apelidou ele o escravo desta maneira?
18 O amo do escravo respondeu-lhe segundo o seu próprio argumento, pois lemos: “Em resposta, seu amo disse-lhe: ‘Escravo iníquo e indolente, sabias, não é verdade, que ceifo onde não semeei e ajunto onde não joeirei? Pois bem, devias ter depositado meu dinheiro de prata junto aos banqueiros, e, na minha chegada [literalmente: e tendo chegado], eu estaria recebendo o meu com juros.’” — Mateus 25:26, 27.
19. Por que merecia o escravo ser chamado de “iníquo”, e de que “maneira fácil” poderia ter satisfeito os requisitos de seu amo?
19 Este escravo inútil era “iníquo”, visto que deixar ele de produzir aumento para seu amo era deliberado e proposital. Não estava interessado no aumento dos bens de seu amo. Não que não soubesse que seu amo exigia um aumento. Sabia disso e podia ter adotado o modo fácil de depositar o talento de prata junto aos banqueiros, para que estes fizessem investimentos com ele e produzissem lucros, pagando assim juros sobre o dinheiro depositado junto a eles. Assim, o amo do escravo, ao voltar, não só teria recebido de volta o talento de prata, mas também os juros pagos sobre o depósito de dinheiro junto aos banqueiros. Ele não só não imitou o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos, mas tampouco cooperou com eles. Embora devolvesse o talento de prata original que se lhe confiou, realmente causou uma perda ao seu amo. Causar ele deliberadamente tal perda ao seu amo o tornou “iníquo”
20. Em que sentido era “indolente” aquele escravo, com que resultado para ele?
20 O escravo inútil era também “indolente”. Era preguiçoso, não querendo ‘fazer negócios’ com prontidão, assim como os outros escravos fizeram. Tinha a capacidade de trabalhar proveitosamente, senão o seu amo não lhe teria confiado pelo menos um talento. Receber ele um talento o tornou o menos responsável de todos os três escravos, mas esta quantia menor de dinheiro não estava acima de “sua própria capacidade” de cuidar. Contudo, em vez de aplicar sua capacidade de modo proveitoso, cavou no chão, escondeu o talento do amo e o tornou improdutivo. Era tão indolente, que até mesmo avaliar ele seu amo como “homem exigente” não impeliu a trabalhar com o talento precioso durante longa ausência de seu amo. O escravo tinha bastantes oportunidades. Deixar de produzir aumento resultou em desastre para ele.
21. Qual é o equivalente do escravo no clímax hodierno do cumprimento da parábola?
21 Este “escravo iníquo e indolente” tem um equivalente moderno no cumprimento da parábola, no seu clímax nos nossos dias. Assim como no caso dos dois co-escravos, o escravo improdutivo também representa uma classe ou um grupo de escravos cristãos que realmente estão no serviço do Amo celestial, o Senhor Jesus Cristo, ou que estão comprometidos a estar no serviço dele. Esta classe inútil apareceu após o ajuste de contas ter começado naquele primeiro ano do após-guerra de 1919 E.C.
22. Quem mais afirmava estar no serviço do Amo celestial, mas como negligenciaram os “bens” dele depois do fim da Primeira Guerra Mundial?
22 Naturalmente, os membros sectários das igrejas da cristandade professavam estar no serviço do Senhor celestial, Jesus Cristo. Pois bem, foram cultivar o campo aberto diante deles no fim da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918, e passaram a produzir discípulos para o Rei reinante Jesus Cristo então na sua parusia? Não; adotaram um proceder transigente com os políticos e militaristas deste mundo. Negligenciaram os “bens” do Reino, do Rei, cujo domínio principesco deve aumentar sem fim. Voltaram seu interesse e sua atenção para a proposta Liga das Nações, que o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América chamou de “expressão política do Reino de Deus na terra”. (Isaías 9:6, 7) Tentaram aumentar o número dos apoiadores e adoradores daquela organização internacional em prol de paz e segurança mundiais, feita pelo homem. Atualmente, as seitas e denominações religiosas da cristandade advogam a organização sucessora dela, as Nações Unidas.
23. Qual foi o resultado de não cultivarem o campo do mundo em benefício do reino messiânico de Deus?
23 No ajuste de contas durante este tempo de exame por parte do Senhor Jesus Cristo, tais professos “escravos” na cristandade não lhe podem apresentar nenhum aumento de seus bens. Não cultivaram o campo mundial em benefício do reino messiânico de Deus, porque lhe voltaram as costas e deixaram o povo na ignorância a respeito do reino messiânico estabelecido de Jeová.
24. Como se ajustam os descritos no parágrafo três da resolução “Novo Nome” ao quadro do “escravo . . . indolente”?
24 No entanto, mesmo entre os que estavam em contato com os “escravos” fiéis do retornado e reinante Rei Jesus Cristo apareceu uma classe de cristãos ungidos que se enquadrava na representação do “escravo iníquo e indolente”. Evidentemente, esta é a classe mencionada no terceiro parágrafo da Resolução intitulada “Um Novo Nome”, adotada na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A., sob os auspícios da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Citamos aqui este parágrafo:
CONSIDERANDO que pouco depois da morte de Charles T. Russell surgiu uma divisão entre os associados com ele em tal obra, resultando em que certo número de tais se retirassem da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados [dos E. U. A.], os quais, desde então, têm recusado cooperar com dita Sociedade e sua obra e se têm negado a concordar com a verdade conforme publicada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados na Torre de Vigia e em outras publicações recentes das ditas sociedades acima mencionadas, tendo-se oposto e agora se opondo à obra de dita Sociedade na proclamação da mensagem atual do reino de Deus e do dia da vingança de nosso Deus contra todas as partes da organização de Satanás, e estes opositores se têm agrupado em diversas e numerosas associações e têm adotado e agora levam nomes tais como, a saber: “Estudantes da Bíblia”, “Estudantes Associados da Bíblia”, “Russelitas ensinando a verdade conforme exposta pelo Pastor Russell”, “Resistentes” e outros nomes similares, todos os quais tendem a causar confusão e mal-entendidos . . .”
25. Por conseguinte, os que se acabam de mencionar não compartilharam em que experiência e realizações dos que levam o “novo nome”?
25 Efetivamente, estes não-cooperativos e até mesmo opositores, mencionados acima, não adotaram este “novo nome”, testemunhas de Jeová, nem se tornaram conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová. Tampouco compartilharam dos terríveis sofrimentos que os portadores do “novo nome” tiveram de suportar desde então, nem na obra de anunciar o reino estabelecido de Jeová nas mãos de seu Messias, em todas as partes da terra. Por estes motivos, não compartilharam na expansão maravilhosa do campo para se cultivar e produzir discípulos de Cristo, incluindo atualmente 207 terras e ilhas ou grupos de ilhas, e exigindo a publicação da mensagem do Reino em mais de 160 idiomas. Apesar da ferrenha perseguição em vários países, este cultivo do campo (que é o mundo da humanidade) para se produzir discípulos adicionais de Cristo prossegue até o seu cúlmino! Atualmente é realizado sob a supervisão das noventa e seis organizações filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia.
26. Que evidência há de que os do restante dos “escravos” ungidos tiveram a bênção do Céu no uso dos “talentos” do Amo no cultivo do campo do mundo?
26 É evidente, pois, que este aumento dos “bens” da Rei messiânico, de seus “talentos”, tem a aprovação e a bênção do Deus Altíssimo Jeová e de seu Filho Jesus Cristo. Os “escravos” ungidos, empenhados em usar os “talentos” do Rei, acham esta responsabilidade alegre e esforçam-se a se habilitar como “escravo bom e fiel”, do ponto de vista de seu Amo celestial. Não querem que alguém da classe do “escravo iníquo e indolente” se associe com eles. Antes, procuram ajudar a todos os que satisfazem as especificações bíblicas a se associarem com eles, para se tornarem ministros produtivos da Palavra de Deus. Em evidência da bênção divina sobre os seus empenhos amorosos, durante o ano de serviço de 1973, houve 193.990 dos ensinados que foram batizados em água como discípulos do Senhor Jesus Cristo. Durante os últimos cinco anos de serviço 1969-1973, mais de três quartos de um milhão, realmente 792.019, foram assim batizados em países em todo o globo. De modo que os do restante dos “escravos” ungidos, que aumentam os “bens” do Senhor, não acreditam que ele esteja colhendo indevidamente a que ele mesmo não tenha semeado, quando estava na terra.
TIRADO O “UM TALENTO” NÃO USADO
27. Qual foi a decisão do amo a respeito do escravo inútil?
27 Na parábola, o que decidiu o amo a respeito do escravo que deixou de apresentar “com juros” a este amo o que lhe pertencia? “Portanto”, disse o amo indignado a respeito do “escravo iníquo e indolente”, que se mostrou inútil, “tirai-lhe o talento e dai-o àquele que tem dez talentos. Pois a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E lançai o escravo imprestável na escuridão lá fora. Ali é onde haverá o [seu] choro e o ranger de [seus] dentes”. — Mateus 25:28-30.
28. Que considerações mostradas para com os escravos proveitosos foram negadas a este escravo, e o que significava para ele ser lançado na escuridão lá fora?
28 Este escravo não é convidado a entrar na alegria de seu amo. Não é designado para governar muitas coisas por ter sido achado fiel sobre poucas. Ele não é chamado “escravo bom e fiel”, mas é chamado “escravo imprestável.” Não é retido no serviço e na casa do amo como escravo, mas é lançado fora da casa, “na escuridão lá fora”. Evidentemente, o retomado amo ajustou as contas com seus escravos à noite, e por isso havia “escuridão lá fora”, na qual o escravo podia ser lançado. Em vez de encontrar lá fora a alegria de seu amo, ele choraria e rangeria os dentes por causa das condições nas quais é lançado.
29. Por que fornece isso uma lição solene para os “escravos” ungidos, atualmente fiéis, na situação tenebrosa do mundo?
29 Isto apresenta uma lição solene para o restante dos “escravos” ungidos da atualidade. Eles precisam continuar a trabalhar pelo aumento dos “bens” de seu Amo celestial. Senão, a série de valores que lhes foi confiada pelo seu amo lhes será tirada. Também, serão lançados na “escuridão lá fora”, para se juntar ali à classe do “escravo iníquo e indolente”. Desde o fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, tem sido noite para o mundo da humanidade fora da casa iluminada do Amo celestial, Jesus Cristo, estando até mesmo a cristandade envolvida em tal escuridão noturna. Mas esta escuridão enegrecerá intensamente ao chegar o tempo, segundo a cronometria de Deus, para irromper repentinamente a “grande tribulação” nesta geração da humanidade. (Mateus 24:21, 22; Lucas 21:34-36) A classe do “escravo iníquo e indolente” será lançada nesta escuridão mortífera, para ali chorar e ranger os dentes com os hipócritas religiosos, até perecerem.
30. Como se tira aquele “um talento” da classe do ‘escravo indolente’, a quem é dado e por quê?
30 Neste tempo da parusia do Amo, quando ele ajusta as contas com seus “escravos”, quer com os que morrem individualmente, quer com as respectivas classe’ de escravos ainda na terra, uma coisa se torna evidente. Os da classe do “escravo iníquo e indolente” não fazem negócios com seu “um talento” e não lhe produzem juros sobre seu “dinheiro” Por conseguinte, ele já tirou aquele “um talento” desta classe infiel, que sobrevive até agora como classe. Não os deixa ter qualquer designação da parte dele quanto a território a ser cultivado e tornado produtivo de discípulos adicionais de Cristo. Não são mais tratados como escravos Dele; não os reconhece nem aceita suas atividades religiosas. Não os deixa compartilhar a luz alegre de sua casa Seu “um talento” lhes é tirado e seu campo designado de potencial para fazer discípulos é dado aos da classe do “escravo bom e fiel”, que aumentou ou está aumentando os “bens” do Rei a “dez talentos”, usando da maior capacidade no campo de fazer discípulos. — Mateus 28:19, 20; Salmo 2:8.
31. (a) Que regra de proceder, da parte do Amo, é assim exemplificada? (b) O que não possuía adicionalmente a classe do ‘escravo indolente’, além da “capacidade”, e, por isso, o que se lhe fez?
31 Assim se exemplifica hoje o princípio divino ou a regra de procedimento de que “a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado”. (Mateus 25:29) Na parábola, o “escravo iníquo e indolente” tinha “um talento”, mas não tinha o que devia ser estimulado e manifestado pela posse deste “um talento”. Este algo a mais devia ser o zelo leal pelo seu amo, o apreço do que se lhe confiou a crença de que seu amo merece ter um aumento do “um talento”, que tinha poder operacional, poder de lucrar. Deixar ele de apresentar um aumento ao se ajustarem as contas atesta de modo eloqüente, em adição às suas próprias desculpas, que ele não tinha aquele algo a mais da sua parte. Portanto, o “um talento” lhe foi tirado por ser “escravo imprestável”. Havia desapontado a confiança que seu amo depositara nele. Foi despedido do serviço de seu amo e afastado de sua casa.
32. O que é aquele adicional que os da classe do ‘escravo indolente’ não têm desde 1919, e, assim, o que lhes é tirado?
32 O mesmo princípio é aplicado à hodierna classe do “escravo iníquo e indolente”. Aos desta classe foi confiado o que corresponde a “um talento”. Este procedia de seu Amo celestial, especialmente a partir do primeiro ano de após-guerra de 1919. Mas, tinham de ter algo da sua própria parte para complementar ou para acompanhar apropriadamente aquele “um talento”. Esta coisa complementar que sua posse do “um talento” devia ter estimulado neles era o zelo e a devoção para com o reino messiânico de Jeová, a crença em que seu Amo celestial merecia receber um aumento no campo da produção de discípulos, o motivo corajoso e amoroso de ter a maior participação possível na proclamação do estabelecido reino messiânico de Deus e em fazer discípulos de pessoas de todas as nações, não apenas da nação judaica, à qual Jesus Cristo, na terra, restringiu seu ministério público e particular. Visto que não possuem o que eles mesmos deviam aplicar no uso do “um talento” do Amo, este “talento” lhes é tirado, conforme indicam os fatos atuais.
33. (a) Portanto, as custas de quem recebem os da classe do “escravo bom e fiel” uma “abundância”? (b) Que alegria têm e que regência aguardam?
33 Por outro lado, as classes do “escravo bom e fiel” têm aquilo que deve complementar confiarem-se-lhes os “talentos” de seu Amo celestial. Fiel ao quadro da parábola, dá-se-lhes mais, às custas da classe do “escravo iníquo e indolente”, e acrescentam-se-lhes oportunidades e privilégios, como “escravos” responsáveis, fidedignos e rendosos. Em conseqüência, tem deveras uma “abundância” no campo aumentado de fazer discípulos. Ao alegrarem o coração de seu Amo, sua própria alegria transborda e eles tem um antegosto da alegria que seu Amo sente no seu já estabelecido reino. Esta alegria fortalece-os a prosseguirem no serviço dele até o fim de sua carreira terrestre. E quando isto acontecer, esperam, pela ressurreição dentre os mortos, entrar na plenitude de sua alegria e serem feitos governantes sobre muitas coisas no seu reino milenar. Conhecerão então plenamente a felicidade dos “escravos” que tem parte na “primeira ressurreição”. — Revelação 20:6.
34. O cumprimento observável destas partes culminantes da parábola de Jesus prova que esta em progresso o que? E por quê?
34 É desta maneira já mencionada que a parte culminante da parábola dos “talentos” se tem desenrolado desde o ano de 1919 E.C. Isto pôde ser observado por pessoas e nações em toda a terra habitada. Especial. mente os da classe do “escravo bom e fiel” se apercebem disso. Tudo isso prova que a parusia ou presença invisível do Rei Jesus Cristo já está em andamento desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Portanto, faz parte do grande “sinal” da “presença” de Cristo e da “terminação do sistema de coisas”, sendo a parábola dos “talentos” uma parte da profecia pormenorizada dele a respeito deste “sinal”. — Mateus 24:3.
35. Por que desejamos prosseguir na consideração da profecia de Cristo, a fim de provar que fato?
35 No entanto, o “sinal” da presença invisível de Cristo em espírito envolve mais do que as parábolas das “dez virgens” e dos “talentos” já consideradas. Mais uma parábola constitui uma parte importante de sua profecia sobre o “sinal”, e o cumprimento dela em nosso tempo espantoso aumenta a prova de que a presença, ou parusia, do Senhor Jesus Cristo prossegue ainda para outras coisas maravilhosas. Vamos continuar a considerar a grande profecia de nosso Senhor?
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R. J. Martin
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J. F. Rutherford