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MiguelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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o arcanjo. Este texto o apresenta como descendo do céu com uma “chamada dominante”. Por conseguinte, é apenas lógico que a voz que expresse esta chamada dominante ou de comando fosse descrita por uma palavra que não diminuísse nem depreciasse a grande autoridade de que se acha agora investido Cristo Jesus, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. (Mat. 28:18; Rev. 17:14) Caso a designação “arcanjo” se aplicasse, não a Jesus Cristo, mas a outros anjos, então a referência à “voz de arcanjo” não seria apropriada. Nesse caso, estaria descrevendo uma voz de menor autoridade do que a do Filho de Deus.
Há também outras correspondências que estabelecem que Miguel é realmente o Filho de Deus. Daniel, depois de fazer sua primeira referência a Miguel (10:13), registrou uma profecia de longo alcance, que chegaria até o “tempo do fim” (11:40), e então declarou: “E durante esse tempo pôr-se-á de pé Miguel” (12:1), isto é, assumirá o poder ou começará a reinar. (Compare com Daniel 8:22, 23; 11:2, 3, 7, 20, 21.) Isto subentende que um período de espera, sentado, antecederia o pôr-se ele de pé como rei. Em concordância com isso, Hebreus 10:12, 13 afirma, a respeito de Cristo Jesus: “Este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” Ficar Miguel de pé devia levar a um “tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo”. — Dan. 12:1.
O livro de Revelação (12:7, 10, 12) menciona Miguel em relação com o estabelecimento do reino de Deus, e liga este evento às dificuldades para a terra: “E irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam. E ouvi uma voz alta no céu dizer: ‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar.’ ” Jesus Cristo é posteriormente representado como liderando os exércitos angélicos em guerra contra as nações da terra. (Rev. 19:11-16) Isto significaria um período de aflição para elas, o qual logicamente estaria incluído no “tempo de aflição” que se seguiria a Miguel pôr-se de pé. (Dan. 12:1) Visto que o Filho de Deus deve combater as nações, é somente razoável que tivesse sido ele quem, junto com seus anjos, anteriormente batalhara contra o super-humano dragão, Satanás, o Diabo, e seus anjos.
Em sua existência pré-humana, Jesus foi chamado de “a Palavra”. (João 1:1) Ele também tinha o nome pessoal de Miguel. Por reter o nome Jesus, após sua ressurreição (Atos 9:5), a “Palavra” mostra que é idêntico ao Filho de Deus na terra. Reassumir ele seu nome celeste, Miguel, e seu título (ou, nome) “A Palavra de Deus” (Rev. 19: 13) vincula-o com sua existência pré-humana. O próprio nome Miguel, perguntando, como o faz: “Quem é semelhante a Deus?”, aponta para o fato de que Jeová Deus não tem semelhante ou igual, e que Miguel, seu arcanjo, é seu grande Paladino ou Vindicador.
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MILAGRES
A palavra portuguesa “milagre” pode ser definida como “algo que provoca admiração ou espanto, uma coisa maravilhosa, uma maravilha; um efeito, no mundo físico, que ultrapassa todos os poderes humanos ou naturais conhecidos, e, por conseguinte, é atribuído a um agente sobrenatural”. Nas Escrituras Hebraicas, a palavra mohphéth, às vezes traduzida “milagre”, significa “um grande e esplêndido feito”, ou “um esplêndido e conspícuo feito”. Nas Escrituras Gregas, a palavra dy’namis, “poder”, é traduzida ‘obra poderosa’, “capacidade”, “virtude”, ‘milagre’. — Mat. 25:15; Luc. 6:19; 1 Cor. 12:10, AV; LR; NM; PIB.
Um milagre, surpreendente à vista do observador, é algo além da sua capacidade de realização, ou mesmo de sua plena compreensão. É também uma obra poderosa, exigindo poder ou conhecimento maior do que a pessoa possui. Mas, do ponto de vista da pessoa que é a fonte de tal poder, não é um milagre. Ela o entende e tem a capacidade de realizá-lo. Assim, muitos atos que Deus realiza são surpreendentes para os humanos que os contemplam, mas são mero exercício de Seu poder. Caso a pessoa creia numa deidade, especialmente no Deus da criação, ela não pode coerentemente negar o poder de Deus de realizar coisas que são assombrosas aos olhos dos homens. — Rom. 1:20.
MILAGRES E LEIS NATURAIS
Por meio do estudo e da observação, os pesquisadores têm identificado várias operações uniformes das coisas no universo, e têm reconhecido leis que abrangem tal uniformidade nos fenômenos naturais. É por isso que os cépticos questionam os milagres bíblicos. Estes questionadores asseveram, com efeito, que estão a par de todas as condições e de todos os processos que já ocorreram. Insistem que as operações realizadas pelo Criador têm de limitar-se aos estreitos âmbitos de seu entendimento das leis que governam as coisas físicas.
Esta debilidade da parte dos cientistas é reconhecida por um professor sueco de física dos plasmas, que indicou: “Ninguém questiona a obediência da atmosfera da terra às leis da mecânica e da física atômica.
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