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VotoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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nha concluído o período de seu voto em Cencréia, perto de Corinto, quando mandou aparar rente o cabelo (Atos 18:18), ou, como alguns crêem, quando se dirigiu ao templo, em Jerusalém, junto com outros quatro homens que estavam concluindo seus votos. Não obstante, Paulo tomou esta última medida por conselho do Corpo Governante cristão, a fim de demonstrar que ele, Paulo, andava ordeiramente e não ensinava a desobediência à Lei, conforme corria o rumor aos ouvidos de alguns dos cristãos judeus. Era comum a prática de alguém pagar para os outros as despesas envolvidas na purificação cerimonial, ao se expirar o período dum voto, como Paulo fez aqui. — Atos 21:20-24.
Quanto a razão pela qual o apóstolo Paulo e seus associados no Corpo Governante cristão aprovaram o cumprimento de certas modalidades da Lei, embora a Lei tivesse sido removida do caminho pelo sacrifício de Jesus Cristo, talvez se possam considerar as seguintes coisas:
A Lei fora dada por Jeová Deus a seu povo, Israel, e, por conseguinte, como disse o apóstolo Paulo: “A Lei é espiritual”, e, a respeito dos seus regulamentos: “A Lei, da sua parte, é santa, e o mandamento é santo, e justo, e bom.” (Rom. 7:12, 14) Por conseguinte, o templo e os serviços ali executados não eram desprezados pelos cristãos, ou encarados como errados. Não eram idólatras. Além disso, muitos procedimentos tinham ficado arraigados como costumes entre os judeus, e, ademais, visto que a Lei não era simplesmente religiosa, mas também era a lei do país, era preciso que todos os que morassem naquela terra observassem algumas coisas, tais como as restrições ao trabalho aos sábados, etc.
Mas, ao considerar este assunto, o ponto principal é que os cristãos não se voltavam para estas coisas em busca de salvação. O apóstolo explicou que coisas tais como comer carne ou hortaliças, a guarda de certos dias como sendo superiores a outros, até mesmo o comer carne que tinha sido oferecida a ídolos antes de ser colocada nos mercados, eram questões de consciência — Rom. 14:5, 6, 17, 22, 23; 1 Cor. 10:25-30.
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VOZ
Sons emitidos por pessoas ao falar ou cantar, e os sons semelhantes, bem dos animais, são indicados na Escritura pela palavra hebraica qohl, o seu equivalente aramaico, qal, e o vocábulo grego phoné. (Gên. 3:8, 10; 21:17; Jó 4:10; Dan. 4:31; Mat. 27:46) Além de “voz”, o termo qohl pode também indicar “trovão”, “som”, etc. (Gên. 45:16; Êxo. 20:18; 28:35) Similarmente, phoné pode ter significados tais como “som” e “voz falada” (ou, ‘som da fala’), bem como “voz”. — João 3:8; 1 Cor. 14:10, 11; Heb. 12:26.
PESSOAS ESPIRITUAIS
O apóstolo Paulo menciona as “línguas de homens e de anjos”, indicando que as pessoas espirituais possuem linguagem e fala. (1 Cor. 13:1) Os anjos, e o próprio Jeová Deus, já foram ouvidos expressar-se com sons de vozes e em línguas audíveis e compreensíveis aos homens. Mas, não se deve supor que tais seriam a voz com que eles se comunicam uns com os outros nos céus, pois a atmosfera de constituintes apropriados, tal como existe em torno da terra, é necessária para a propagação das ondas sonoras da voz que são audíveis e compreensíveis ao ouvido humano.
Os casos em que Deus, ou anjos, falaram numa voz ao alcance dos ouvidos de homens, por conseguinte, seriam uma manifestação de sua fala transformada em ondas sonoras, assim como o aparecimento de anjos ao alcance da visão do homem exigia, quer a materialização, quer a transmissão, para a mente humana, de uma imagem pictórica. Atualmente, até mesmo cientistas humanos podem utilizar o padrão das ondas sonoras da voz dum indivíduo e convertê-lo em impulsos elétricos, de modo que possa sair dum amplificador e sonofletor em forma duma voz audível que se assemelha bem de perto à da pessoa.
A “voz” de Jeová
Em três casos, no registro da Bíblia, relata-se que Jeová falou audivelmente a humanos. Estes eram: (1) Na ocasião do batismo de Jesus (29 EC), Jeová dizendo: “Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.” Tanto Jesus como João, o Batizador, sem dúvida ouviram esta voz. (Mat. 3:17; Mar. 1:11; Luc. 3:22) (2) Na transfiguração de Jesus (32 EC), presentes os apóstolos Pedro, Tiago e João, sendo virtualmente proferidas as mesmas palavras. (Mat. 17:5; Mar. 9:7; Luc. 9:36) (3) Em 33 EC, pouco antes da última Páscoa de Jesus, quando, em resposta à solicitação de Jesus de que Deus glorificasse Seu nome, uma voz do céu disse: “Eu tanto o glorifiquei como o glorificarei de novo.” A multidão julgou que havia trovejado, ou que um anjo tinha falado com Jesus. — João 12:28, 29.
Falando a um grupo de judeus descrentes, por volta da época da Páscoa de 31 EC, Jesus lhes disse: “Também, o próprio Pai que me enviou tem dado testemunho de mim. Vós nem ouvistes jamais a sua voz, nem vistes a sua figura; e não tendes a sua palavra remanescente em vós, porque não acreditais naquele mesmo a quem ele mandou.” (João 5:37, 38) Esta multidão descrente jamais tinha ouvido a voz de Deus, nem mesmo obedecido à Sua palavra ou ao testemunho óbvio que recebera por meio do apoio de Deus às obras de Jesus. Aliás, pelo visto, apenas Jesus e João, o Batizador, tinham ouvido a voz audível de Jeová, pois os dois últimos casos mencionados de Jeová falar ainda não tinham ocorrido naquele tempo.
A menção bíblica da “voz” de Jeová às vezes se refere ao peso de Sua ordem como a “voz do Deus todo-poderoso”. — Eze. 10:5, PIB.
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