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IlíricoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ser entendido como significando que Paulo realmente pregou na Ilíria ou apenas até lá.
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IlustraçõesAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ILUSTRAÇÕES
[Gr., parabolé, colocar ao lado ou junto].
A expressão grega possui maior amplitude de significado do que nossas palavras portuguesas “provérbio” e “parábola”. Por conseguinte, parabolé pode bem ser traduzida “ilustração”, uma palavra portuguesa que, semelhantemente, abrange ampla gama de significados que pode incluir “parábola”, e, em muitos casos, “provérbio”. Um “provérbio” engloba uma verdade em linguagem expressiva, não raro metafórica, e uma “parábola” é uma comparação ou similitude, uma narrativa breve, geralmente alegórica, da qual se tira uma verdade moral ou espiritual.
Que as Escrituras empregam o termo parabolé com significado mais amplo do que o português “parábola” é mostrado em Mateus 13:34, 35, onde Mateus indica que havia sido predito, a respeito de Jesus Cristo, que ele falaria com “ilustrações” (NM), “parábolas” (Al; BJ). O Salmo 78:2, citado por Mateus neste respeito, refere-se a uma “expressão proverbial” (Heb., mashál), e, para este termo, o escritor do Evangelho utilizou a palavra grega parabolé. Como subentende o significado literal do termo grego, a parabolé servia como meio de ensino ou de comunicação de uma idéia, como método de explicar uma coisa por ‘colocá-la ao lado’ de outra coisa similar. (Compare com Marcos 4:30.) A maioria das traduções em português simplesmente usam a forma aportuguesada “parábola” para traduzir este termo grego. No entanto, esta tradução não serve para transmitir o pleno significado dele, em cada caso.
À guisa de exemplo, em Hebreus 9:9 e 11:19, a maioria das traduções acham necessário recorrer a expressões diferentes de “parábola”. No primeiro destes textos, o tabernáculo ou tenda usado por Israel no deserto é chamado pelo apóstolo Paulo de “uma ilustração [pararbolé, “alegoria”, Al; “figura”, CBC; CT; LR; MH; “símbolo”, BJ; PIB] para o tempo designado”. No segundo texto, o apóstolo descreve Abraão como tendo recebido Isaque de volta dentre os mortos “em sentido ilustrativo” (NM) (parabolé; “e isso tem sentido figurativo”, CT; “em figura”, MH; “numa espécie de prefiguração”, LR; “na qualidade de figura”, PIB). A expressão: “Médico, cura-te a ti mesmo”, também é chamada de parabolé. (Luc. 4:23) Em vista disto, um termo mais básico como “ilustração” (NM) serve como tradução coerente de parabolé, em todos os casos.
Outro termo relacionado é “alegoria” (Gr., allegoría), que é uma metáfora prolongada em que uma série de ações simbolizam outras ações, ao passo que os personagens amiúde são tipos ou personificações. Paulo usa a palavra grega para “alegorizar”, em Gálatas 4:24, a respeito de Abraão, Sara e Agar. Ela é traduzida “alegoria” (Al; BJ; CBC; LR; MH), virtual transliteração da palavra, mas é também traduzida “drama simbólico” (NM).
O apóstolo João também empregou um termo distinto (paroimía) como indicando “comparação” (João 10:6; 16:25, 29); ela é traduzida de forma variada “termos figurados”, “parábolas”, “comparações” e “ilustração” (Al; AV; CBC; NM; NTV). Pedro utilizou o mesmo termo com respeito ao “provérbio” do cão retornar ao seu vômito, e da porca a revolver-se no lamaçal. — 2 Ped. 2:22.
EFICÁCIA
As ilustrações ou parábolas constituem poderoso instrumento de ensino, sendo eficazes em pelo menos cinco modos: (1) Captam e detêm a atenção; poucas coisas suscitam o interesse como uma experiência ou uma história. Quem não está a par das ilustrações do filho pródigo e da ovelha perdida? (2) Estimulam a faculdade de raciocínio; um dos melhores exercícios mentais é procurar o significado duma comparação, captar as verdades abstratas que são assim apresentadas. (3) Suscitam emoções, e, pela sua aplicação prática — geralmente evidente — das verdades ao ouvinte, atingem a consciência e o coração. (4) Ajudam a memória; a pessoa pode mais tarde reconstituir a história e fazer uma aplicação dela. (5) Preservam a verdade, pois são sempre aplicáveis e entendíveis, em qualquer tempo e época. Isto se dá porque tratam da vida e das coisas naturais, ao passo que meras palavras podem alterar seu significado. Esta é uma das razões pelas quais as verdades bíblicas permanecem sendo plenamente claras hoje em dia, assim como eram na época em que foram proferidas ou escritas.
OBJETIVOS
O objetivo primário de todas as ilustrações é, conforme mostrado acima, ensinar. Mas as ilustrações da Bíblia também cumprem outros objetivos: (1) Ter uma pessoa às vezes de pesquisar para captar o seu significado pleno, profundo e que toca o coração, tende a repelir os que não amam a Deus, mas que têm apenas interesse superficial, e, assim sendo, não desejam de coração as verdades. (Mat. 13:13-15) Deus não está ajuntando tais pessoas. As ilustrações moviam os humildes a pedir mais explicações; os orgulhosos se recusavam a fazê-lo. Jesus disse: “Escute aquele que tem ouvidos”, e, embora a maioria dentre as multidões que ouviam Jesus fosse embora, os discípulos voltavam e solicitavam explicações. — Mat. 13:9, 36.
(2) As ilustrações ocultam verdades daqueles que as utilizariam mal e que desejam enlaçar os servos de Deus. Jesus respondeu à pergunta capciosa dos fariseus com a ilustração da moeda dos impostos, concluindo: “Portanto, pagai de volta a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.” A seus inimigos coube fazer sua própria aplicação; os discípulos de Jesus, porém, entenderam
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