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ArábiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Ântipas casou-se com a filha de Aretas IV, mas divorciou-se dela afim de casar-se com Herodias. — Mar. 6:17; veja ARETAS.
Paulo, depois de sua conversão, afirma que ‘partiu para a Arábia e voltou novamente a Damasco’. (Gál. 1:17) Tal viagem talvez fosse feita na vizinhança do deserto da Síria, embora o termo também permita que seja em qualquer parte da península arábica.
No primeiro século A.E.C., Palmira, ao NE de Damasco, começou a desenvolver-se como centro árabe e, com o tempo, ultrapassou Petra como centro comercial. Em 270 E.C., sob a rainha Zenóbia, o exército palmireno ocupou o Egito e se tornou sério rival de Roma, até ser derrotado em 272 E.C.
LÍNGUA
A língua dos povos da Arábia é membro do grupo semítico sul e tem permanecido mais estável do que as outras línguas semíticas. Portanto, tem-se provado útil em aprimorar o entendimento de muitas expressões e palavras do hebraico antigo da Bíblia. Foram também descobertos muitos milhares de inscrições da escrita do sul da Arábia, provendo informações especialmente quanto à atividade política e religiosa desse povo.
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Arã-maacáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ARÃ-MAACÁ
Veja ARÃ.
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AramaicoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ARAMAICO
Antiga língua semítica, aparentada de perto ao hebraico e originalmente falada pelos arameus. Com o passar do tempo, contudo, veio a abranger vários dialetos (alguns deles tidos como línguas separadas) e gozou de amplo uso, em especial na Ásia do sudoeste. Usava-se o aramaico especialmente desde o segundo milênio A.E.C. até por volta de 500 E.C. É mencionado em Esdras 4:7 e Daniel 2:4, e é uma das três línguas em que a Bíblia foi originalmente escrita.
Os trechos em aramaico das Escrituras incluem Esdras 4:8 a 6:18, e 7:12-26; Jeremias 10:11 e Daniel 2:4b a 7:28. Palavras aramaicas também aparecem em Gênesis, Ester, Jó, certos Salmos, O Cântico de Salomão, Jonas, e nas partes hebraicas de Daniel. O livro hebraico de Jó é fortemente aramaico, e Ezequiel mostra influências aramaicas. Um bom número de substantivos próprios e comuns, aramaicos, são encontrados nas Escrituras Gregas Cristãs, e expressões aramaicas aparecem especialmente nos relatos dos Evangelhos escritos por Marcos e Mateus.
Tudo isso não deve constituir surpresa, pois os hebreus tinham íntimo contato com os arameus e com a língua aramaica no decurso de toda a sua história biblicamente registrada. Efetivamente, o progenitor da nação de Israel, Jacó (ou Israel), era mencionado como “sírio em vias de perecer”, ou “arameu”. (Deut. 26:5) Jacó tinha peregrinado por vinte anos em Arã, junto a Labão, seu sogro arameu, e podia, por conseguinte, ser chamado de sírio ou arameu. Ademais, a mãe dele era araméia, sendo trazida dum distrito arameu para casar-se com seu pai, Isaque. (Gên. 24:1-4, 10) Entre as mais primitivas versões das Escrituras Hebraicas em outras línguas acham-se os Targuns aramaicos, embora não fossem assentados por escrito senão vários séculos depois de começar a produção da Versão Septuaginta, grega, por volta de 280 A.E.C.
A LÍNGUA
O aramaico, o hebraico e o fenício constituem a divisão setentrional da família de línguas semíticas, que parecem ter sido as únicas escritas com um alfabeto nos tempos primitivos. Embora o aramaico difira consideravelmente do hebraico, é uma língua cognata, que possui as mesmas letras em seu alfabeto, com os mesmos nomes que o hebraico. Como o hebraico, é escrito da direita para a esquerda, e, originalmente, o estilo de escrita aramaico era consonantal. No entanto, o aramaico empregado na Bíblia recebeu pontos vocálicos mais tarde, por parte dos massoretas, assim como colocaram pontos vocálicos no hebraico. Um bom número de palavras aramaicas penetraram na língua hebraica, e até mesmo a forma moderna das letras hebraicas, chamada “quadrada”, talvez se derive do aramaico. Por outro lado, o aramaico foi influenciado por seu contato com outras línguas. Não só se encontram, no aramaico bíblico, vários nomes próprios hebraicos, acadianos e persas de localidades e de pessoas, mas o aramaico demonstra influência hebraica nos termos religiosos, a influência acadiana, especialmente em termos políticos e financeiros, e a influência persa, em termos relacionados com assuntos políticos e jurídicos.
O aramaico, além de ter a mesma forma de escrita que o hebraico, possui similaridade com ele em suas flexões verbais, nominais e pronominais. Os verbos possuem dois aspectos (ou estados) de tempos, o imperfeito (indicando ação incompleta) e o perfeito (significando ação completada). O aramaico emprega substantivos singulares, duplos e plurais, e possui dois gêneros, o masculino e o feminino. Difere das outras línguas semíticas por demonstrar preferência pelo som vocálico a, e por, de outros modos, incluir certas preferências consonantais, tais como d para z, e t para s(sh).
Divisões básicas
O aramaico se divide geralmente em grupos ocidentais e orientais. No entanto, do ponto de vista histórico, tem-se reconhecido os seguintes quatros grupos: aramaico antigo, aramaico oficial, aramaico levantino e aramaico oriental. Tem-se sugerido que, provavelmente, falavam-se vários dialetos aramaicos no Crescente Fértil e na Mesopotâmia, e ao redor deles, durante o segundo milênio A.E.C. Uma diferença entre as formas primitivas do aramaico e do hebraico pode ser observada em Gênesis 31:47. Depois de Jacó e Labão se terem reconciliado, ergueu-se um monte de pedras como testemunha entre
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