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DivórcioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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(Deut. 22:13-19) Também, se fosse descoberto que um homem investira contra uma virgem que não era noiva e tivera relações com ela, era estipulado: “O homem que se deitou com ela tem de dar cinqüenta siclos de prata ao pai da moça e ela se tornará sua esposa devido ao fato de que a humilhou. Não se lhe permitirá divorciar-se dela em todos os seus dias.” — Deut. 22:28, 29.
ÚNICA BASE PARA O DIVÓRCIO ENTRE OS CRISTÃOS
Em seu Sermão do Monte, Jesus disse que “todo aquele que se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de fornicação, expõe-na ao adultério, e quem se casar com uma mulher divorciada comete adultério”. (Mat. 5:32) Com isso Jesus mostrou que se um marido se divorcia de sua esposa por razões outras que não a de fornicação por parte dela, ele a expõe ao adultério no futuro. Isto se dá porque a esposa não adúltera não fica corretamente desligada de seu esposo por tal divórcio, e não fica livre para se casar com outro homem e ter relações sexuais com outro marido. Quando Cristo disse “quem se casar com uma mulher divorciada comete adultério”, ele se referia a uma mulher divorciada por motivos que não fossem “por causa de fornicação”. Tal mulher, embora legalmente divorciada, não estaria biblicamente divorciada.
Marcos, como Mateus (Mat. 19:3-9), registrou as declarações de Jesus aos fariseus a respeito do divórcio e citou Jesus como tendo dito: “Quem se divorciar de sua esposa e se casar com outra, comete adultério contra ela, e, se uma mulher, depois de divorciar-se de seu marido, se casar com outro, ela comete adultério.” (Mar. 10:11, 12) Declaração similar é feita em Lucas 16:18, que diz: “Todo aquele que se divorciar de sua esposa e se casar com outra, comete adultério, e quem se casar com uma mulher divorciada do marido, comete adultério.” Considerados isoladamente, esses versículos parecem proibir todo e qualquer divórcio para os seguidores de Cristo, ou pelo menos indicar que um indivíduo divorciado não teria o direito de se casar de novo, a não ser após a morte do cônjuge divorciado. Contudo, as palavras de Jesus, conforme registradas por Marcos e Lucas, devem ser entendidas à luz da declaração mais completa registrada por Mateus. Este incluiu a frase “exceto em razão de fornicação” (Mat. 19:9; veja também Mateus 5:32), mostrando que aquilo que Marcos e Lucas escreveram, ao citarem Jesus sobre o divórcio, se aplica caso o motivo para o divórcio não seja o adultério praticado pelo cônjuge infiel.
A pessoa, porém, não é biblicamente obrigada a se divorciar dum cônjuge adúltero arrependido. Em tal caso, o marido ou a esposa cristãos podem conceder misericórdia, assim como Oséias, que aparentemente retomou sua esposa adúltera Gômer, e como Jeová, que concedeu misericórdia à nação de Israel arrependida, que havia sido culpada de adultério espiritual. — Osé., cap. 3.
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DízimoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DÍZIMO
Décima parte ou 10 por cento entregues ou pagos como tributo, especialmente para fins religiosos.
A Bíblia fala de dois casos ocorridos antes de entrar em vigor o pacto da Lei, em que uma décima parte dos bens foram pagos a Deus ou ao seu representante. O primeiro deles foi quando Abraão deu a Melquisedeque um décimo dos despojos de sua vitória sobre Quedorlaomer e seus aliados. (Gên. 14:18-20) O apóstolo Paulo cita este episódio como prova de que o sacerdócio de Cristo, à maneira de Melquisedeque, é superior ao de Levi, visto que Levi, estando nos lombos de Abraão, na realidade pagou dízimos a Melquisedeque. (Heb. 7:4-10) O segundo caso diz respeito a Jacó, que fez um voto, em Betel, de dar a Deus um décimo de seus recursos. — Gên. 28:20-22.
Contudo, esses dois relatos são simples exemplos de se dar um décimo voluntariamente. Não há registro no sentido de que Abraão ou Jacó ordenassem a seus descendentes que seguissem tais exemplos, deste modo promulgando uma prática, um costume ou uma lei religiosos. Se Jacó já estivesse sob obrigação compulsória de pagar dízimos, o voto que fez quanto a isso teria sido algo supérfluo. Portanto, é evidente que o sistema do dízimo não era um costume ou uma lei entre os primitivos hebreus. Foi instituído com a implantação do pacto da Lei, não antes.
LEIS MOSAICAS SOBRE O DÍZIMO
Jeová deu a Israel leis sobre o dízimo para fins específicos, aparentemente envolvendo o uso de dois décimos de sua renda anual, exceto durante os anos sabáticos, quando nenhum dízimo era pago, visto que nenhuma renda era prevista. (Lev. 25:1-12) Todavia, alguns peritos crêem que existia apenas um dízimo. Tais dízimos eram adicionais às primícias que obrigatoriamente ofereciam a Jeová. — Êxo. 23:19; 34:26.
O primeiro dízimo, que consistia em um décimo dos produtos da terra e das árvores frutíferas, e (evidentemente do aumento) das manadas e dos rebanhos, era levado ao santuário e entregue aos levitas, visto que estes não tinham herança na terra, mas eram devotados ao serviço no santuário. (Lev. 27:30-32; Núm. 18:21, 24) Os levitas, por sua vez, davam um décimo do que recebiam, que era destinado ao sacerdócio arônico, para o sustento deste. — Núm. 18:25-29.
Evidentemente, antes de ser tirada a décima parte, o cereal era debulhado e o fruto da videira e da oliveira era convertido em vinho e em azeite. (Núm. 18:27, 30; Nee. 10:37) Se um israelita preferisse dar dinheiro em vez desses produtos, poderia fazer isso, sendo estipulado neste
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