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gar-se às suas desenfreadas orgias sexuais, abriram a porta para que os romanos, tanto de baixa como de alta categoria, relegassem por inteiro a virtude moral e a justiça. Entre os dessa última categoria, Messalina, a esposa adúltera e assassina do imperador Cláudio, é um exemplo. — Anais de Tácito, Livro XI, par. 1-34, Clãs. Jackson.
Entre as religiões de Roma, destacava-se a adoração do imperador. O governante romano era deificado. A adoração do imperador era reconhecida especialmente nas províncias, sendo construídos templos em que as pessoas ofereciam sacrifícios a ele como se fora um deus. De acordo com George Willis Botsford, em A History of Rome (História de Roma; ed. 1905, pp. 214, 215): “Efetivamente, a adoração do imperador deveria ser a força mais vital da religião do mundo romano, até a adoção do Cristianismo.” Uma inscrição encontrada na Ásia Menor diz a respeito do imperador: “Ele é o paternal Zeus, e o salvador da inteira raça humana, quem responde a todas as orações, muito mais do que pedimos. Pois a terra e o mar usufruem a paz; as cidades florescem; em toda a parte existe harmonia, prosperidade e felicidade.” Este culto resultou ser um dos principais instrumentos da perseguição contra os cristãos, a respeito dos quais este escritor afirma: “A recusa deles de adorar o Genius, ou espírito-guardião, do imperador, era naturalmente interpretada como impiedade e alta- traição.” — P. 263.
O CRISTIANISMO CHEGA A ROMA
No dia de Pentecostes de 33 EC, havia “residentes temporários de Roma, tanto judeus como prosélitos”, presentes para testemunhar os resultados do derramamento do espírito santo, e alguns deles, sem dúvida, achavam-se entre os 3.000 batizados naquela oportunidade. (Atos 2:1, 10, 41) Ao voltarem a Roma, sem dúvida pregaram, resultando na formação de uma congregação cristã muito forte e ativa, cuja fé o apóstolo Paulo mencionou como sendo algo de ‘que se falava em todo o mundo’. (Rom. 1:7, 8) Tanto Tácito (Anais, Livro XV, par. 44) como Suetônio (Nero, XVI) referiram-se aos cristãos em Roma.
Paulo escreveu à congregação cristã em Roma por volta de 56 EC, e, cerca de três anos mais tarde, chegou a Roma como prisioneiro; no entanto, nutrira desejos de os visitar ali mais cedo, e sob diferentes circunstâncias. (Atos 19:21; Rom. 1:15; 15:22-24) Agora, porém, mesmo sendo um prisioneiro, conseguiu dar um testemunho cabal por pedir às pessoas que viessem à sua casa. Durante dois anos, sob tais condições, continuou “pregando-lhes o reino de Deus e ensinando com a maior franqueza no falar as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento”. (Atos 28:14-31) Até mesmo a Guarda Pretoriana do imperador ficou familiarizada com a mensagem do Reino. (Fil. 1:12, 13) Assim, como havia sido predito a seu respeito, Paulo ‘deu testemunho cabal até mesmo em Roma’. — Atos 23:11.
Durante sua detenção de dois anos em Roma, Paulo achou tempo de escrever cartas para os efésios, filipenses, colossenses e para Filêmon. Evidentemente foi por volta dessa mesma época que Marcos escreveu seu relato evangélico, e Lucas escreveu os Atos dos Apóstolos, ambos provavelmente de Roma. Pouco antes, ou logo depois da libertação de Paulo, ele escreveu sua carta aos hebreus, em 61 EC. (Heb. 13:23, 24) Foi durante seu segundo encarceramento em Roma, por volta de 65 EC, que Onesíforo o visitou e que Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo. — 2 Tim. 1:15-17.
Embora Paulo, Lucas, Marcos, Timóteo e outros cristãos do primeiro século visitassem Roma (Fil. 1:1; Col. 4:10, 14), não há evidência de que Pedro tenha estado alguma vez em Roma, como algumas tradições afirmam que ocorreu. As histórias sobre o martírio de Pedro em Roma são estritamente tradicionais, sem terem nenhum respaldo histórico. — Veja Pedro, as Cartas de.
A cidade de Roma criou uma reputação péssima devido a perseguir os cristãos, em especial durante os reinados de Nero e de Domiciano. Tais perseguições foram atribuídas a duas causas: (1) o grande zelo evangelizador dos cristãos de converter outros, e (2) sua posição intransigente em dar a Deus as coisas que são de Deus, em vez de as dar a César. — Mar. 12:17.
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ROMANO
Originalmente, e no sentido restrito, alguém que vivia na cidade de Roma, Itália. (Atos 2:10; Rom. 1:7) Com a expansão do império, o nome assumiu significados mais amplos. Às vezes, “os romanos” se referia à autoridade imperial que governava; “procedimento romano” significava os métodos de governar daquela autoridade. (João 11:48; Atos 25:16; 28:17) Outras vezes, um “romano” significava simplesmente qualquer pessoa que possuía a cidadania romana, não importando qual sua nacionalidade ou seu lugar de nascimento. — Atos 16:21.
Neste último caso, alguém podia tornar-se romano por comprar a cidadania, como se deu no caso do comandante militar Cláudio Lísias. Ou alguém talvez nascesse romano, isto é, já sendo cidadão romano desde que nasceu. O apóstolo Paulo era uma de tais pessoas, pois, embora fosse de nacionalidade judaica, e tivesse nascido na cidade cilícia de Tarso, a centenas de quilômetros da Itália, todavia, era romano de nascença. — Atos 21:39; 22:3, 25- 28; 23:26, 27; veja Cidadão, Cidadania.
Ser um cidadão romano envolvia muitos privilégios e medidas protetivas. Depois de a Macedônia ser conquistada, em 167 AEC, os cidadãos romanos, na maior parte, foram isentos do pagamento de impostos. Tais dispositivos da Lei Romana, conhecidos como Lex
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