Capítulo 16
Avizinha-se a terminação do “sinal” predito
1. Por que podemos ser gratos de que os apóstolos de Jesus lhe fizeram a pergunta registrada em Mateus 24:3?
PODEMOS hoje ser gratos de que os apóstolos de Jesus Cristo lhe fizeram a pergunta: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) Sua pergunta levou a que ele proferisse uma profecia extensa e pormenorizada, cuja exatidão nos deixa espantados, ao vermos o progresso de seu cumprimento neste momentoso século vinte. Ajuda-nos a determinar com certeza onde estamos na realização do propósito de Deus para com a humanidade sofredora. Somos fortalecidos na nossa crença de que realmente vivemos durante a “presença” invisível de Cristo, em espírito, e na “terminação do sistema de coisas”, pois vemos o “sinal” que ele predisse.
2. Onde se descreve o “sinal” em todos os seus pormenores e que parte da narrativa consideraremos agora?
2 O “sinal”, em todos os seus pormenores, avizinha-se de sua fase de completa clareza, sem qualquer margem de erro por parte de observadores atentos. O “sinal” tem muitas particularidades, conforme apresentadas na narrativa de Mateus, capítulos vinte e quatro e vinte e cinco, na narrativa de Marcos, capítulo treze, e na narrativa de Lucas, capítulo vinte e um; e levou quase a duração da vida de uma geração da humanidade para se evidenciarem plenamente todas as particularidades do “sinal”. Nos capítulos precedentes, consideramos estas particularidades do sinal, conforme descritas na narrativa de Mateus, capítulo vinte e cinco. Agora consideraremos estas particularidades apresentadas no capítulo vinte e quatro, junto com as narrativas comparativas fornecidas por Marcos e Lucas.
3, 4. Ao perguntarem a Jesus: “Quando sucederão estas coisas?” a que se referiram os discípulos?
3 Quando os apóstolos de Cristo iniciaram sua pergunta por dizer: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas?”, eles se referiram às coisas que Jesus havia dito profeticamente naquele mesmo dia de terça-feira, 11 de nisã do ano 33 E.C. No templo de Jerusalém, depois de denunciar os escribas e fariseus religiosos, hipócritas, Jesus prosseguira, dizendo: “Eu vos estou enviando profetas, e sábios, e instrutores públicos. A alguns deles matareis e pendurareis em estacas, e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que venha sobre vós todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem assassinastes entre o santuário e o altar. Deveras, eu vos digo: Todas essas coisas virão sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas! Mas vós não o quisestes. Eis que a vossa casa vos fica abandonada. Pois eu vos digo: De modo algum me vereis doravante, até que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome de Jeová!’”
4 Antes de Jesus sair do templo ou da casa de adoração, acrescentou mais palavras duma profecia solene, a respeito da qual lemos: “Afastando-se então, Jesus ia sair do templo, mas os seus discípulos aproximaram-se para mostrar-lhe os edifícios do templo. Ele, porém, disse-lhes: ‘Não observais todas estas coisas? Deveras, eu vos digo: De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.’” — Mateus 23:34 a 24:2.
5. Na sua viagem triunfal para Jerusalém, o que disse Jesus a respeito dela?
5 Apenas dois dias antes, no domingo, 9 de nisã, ele havia interrompido sua viagem triunfal em direção a Jerusalém e chorado sobre ela, por causa de sua vindoura destruição. Predizendo a destruição terrível dela pelos romanos, em 70 E.C., ele disse: “Porque virão sobre ti os dias em que os teus inimigos construirão em volta de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão, e te afligirão de todos os lados, e despedaçarão contra o chão a ti e a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.” — Lucas 19:41-44.
6. Que espécie de predições eram estas para os discípulos judaicos naturais, circuncisos, e que problemas se suscitaram na mente deles?
6 Para os judeus naturais e circuncisos, tais como eram os apóstolos de Cristo, estas eram predições perturbadoras. À geração de que faziam parte sobreviria o sangue inocente derramado no decorrer da história judaica e antes. Exatamente quando se cumpririam tais coisas? Eles queriam saber isso. Criam em Jesus e professavam que ele era o Messias ou Ungido, o Cristo. Mas a predita destruição de Jerusalém indicava que ele não estabeleceria seu reino messiânico naquela cidade condenada. Falou de ele não ser visto “doravante”, mas também de sua vinda “em nome de Jeová”. Quando estaria novamente presente, para desempenhar seu papel messiânico? A vindoura destruição de Jerusalém e de seu templo certamente tinha de significar o fim do sistema judaico de coisas. Sem cidade santa e sem templo santo, o sacerdócio judaico da família de Arão, o levita, podia estar entre “filhos” de Jerusalém que seriam despedaçados “contra o chão” ou pelo menos seriam postos fora do seu serviço no templo. Não é de se admirar que os apóstolos perguntassem não só sobre a destruição de Jerusalém e de seu templo, mas também: “Qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?”
7. Por que foi correta a pergunta dos apóstolos a respeito da “terminação do sistema de coisas”?
7 Suas perguntas referiam-se a pontos corretos de indagação, pois Jesus veio na “terminação” do sistema judaico de coisas. Outros textos falam da situação no mesmo sentido. Hebreus 9:26-28 mostra que Jesus não precisava fazer sacrifícios repetidos de si mesmo e diz: “Senão teria de sofrer muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas agora ele se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas de coisas, para remover o pecado por intermédio do sacrifício de si mesmo. . . . assim também foi oferecido o Cristo uma vez para sempre, para levar os pecados de muitos.” Também 1 Coríntios 10:11 diz: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” Contado desde o ano da profecia de Jesus sobre o assunto, o sistema judaico de coisas ainda tinha trinta e sete anos de existência, menos de uma geração com a duração de quarenta anos. Jerusalém foi tomaria e destruída pelos romanos em 7 de elul (ou: 30 de agosto de 70 E.C., segundo o calendário gregoriano). O registro bíblico não diz quantos dos apóstolos de Cristo escaparam do martírio e sobreviveram até aquele acontecimento horrível.
TEMPO DE PROVA E DE DESASTRES
8. Na resposta aos apóstolos, que coisas descreveu Jesus primeiro?
8 Em resposta à pergunta de seus apóstolos, Jesus descreveu primeiro os acontecimentos que levariam à destruição de Jerusalém dentro daquela geração. “E Jesus, em resposta, disse-lhes: ‘Olhai para que ninguém vos desencaminhe; pois muitos virão à base do meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e desencaminharão a muitos. Ouvireis falar de guerras e relatos de guerras; vede que não fiqueis apavorados. Pois estas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim.’” — Mateus 24:4-6.
9. Levantarem-se judeus afirmando ser o Messias não seria sinal de que e não levaria a que acontecimento desejado?
9 Levantar-se-iam judeus, não afirmando ser Jesus retornado na carne, mas serem o prometido Messias ou Cristo. Mas nem os apóstolos, nem seus condiscípulos deviam deixar-se desencaminhar por tais pretensos messias ou cristos, porque a sua atuação não assinalaria a “presença” ou parusia de Jesus Cristo, nem traria a libertação da nação judaica. A revolta judaica contra os romanos, no ano 66 E.C., foi tal esforço messiânico, mas levou à destruição de Jerusalém e à dispersão da nação judaica. As esperanças messiânicas daquelas pessoas desencaminhadas foram amargamente desapontadas.
10. Que dizer de guerras, e por que não deviam os discípulos ficar apavorados por causa delas?
10 Durante este período de trinta e sete anos, houve várias guerras, aos ouvidos dos discípulos ou meramente relatadas a eles como notícias. Mas estas guerras, embora afetassem a situação da nação judaica, não eram as que diretamente trariam o fim do sistema judaico de coisas. Por isso, os discípulos não deviam ficar apavorados ao ponto de tomar qualquer ação prematura. “Ainda não é o fim.”
11. O que predisse Jesus sobre qual seria “um princípio das dores de aflição”?
11 “Porque”, disse Jesus, ampliando o que dissera sobre guerras e relatos de guerras, “nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas essas coisas são um princípio das dores de aflição.” — Mateus 24:7, 8. Também Marcos 13:8.
12, 13. (a) Sobreviriam as coisas que constituíssem “um princípio das dores de aflição” a um povo determinado? (b) O que sobreviria aos discípulos por anunciarem o Messias e por serem seus seguidores?
12 Visto que tais calamidades eram apenas um “princípio das dores de aflição”, “ainda não” era o fim. Aquelas calamidades apenas eram indícios, não a agonia final da morte. Tais coisas afetariam as pessoas em geral, mas havia coisas que viriam especificamente sobre os discípulos de Jesus, porque anunciavam o verdadeiro Messias ou Cristo e seguiam nas suas pisadas. Por isso, Jesus prosseguiu:
13 “Então vos entregarão a tribulação e vos matarão, e sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome. Então, também, muitos tropeçarão e trairão uns aos outros, e se odiarão uns aos outros. E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará. Mas, quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo. E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:9-14. Veja Marcos 13:9-13.
14. (a) O que confirma que tais coisas aconteceram dentro da geraçã que então vivia? (b) O fim não viria sobre Jerusalém e o sistema judaico antes da realização de quê?
14 O livro bíblico intitulado “Atos dos Apóstolos” atesta o cumprimento destas palavras proféticas de Jesus Cristo mesmo dentro daquela geração, porque este livro foi escrito pelo médico Lucas por volta do ano 61 E.C. Outros livros bíblicos, cartas inspiradas escritas por apóstolos e por outros discípulos antes da destruição de Jerusalém em 70 E.C., confirmam a narrativa de Atos dos Apóstolos e fazem acréscimos ao registro do sofrimento dos cristãos, sob perseguição e ódio internacionais para com o cristianismo. As boas novas do reino de Deus haviam penetrado além do Oriente Médio, na Ásia Menor, na Ásia continental, na África, na Europa e nas ilhas do Mar Mediterrâneo. A pregação da mensagem do Reino foi realizada em toda a terra habitada. Embora não resultasse numa conversão mundial ao cristianismo, o que nunca se destinava a realizar, resultou num testemunho a todas as nações. (Colossenses 1:6, 23) Antes de esta façanha louvável ser realizada por testemunhas cristãs denodadas, não podia vir o fim calamitoso de Jerusalém e do sistema judaico de coisas.
A SEGUNDA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM INDICADA COMO PRÓXIMA
15. O que disse Jesus sobre o que indicaria a proximidade da destruição de Jerusalém e do sistema judaico, e o que disse ele que se devia fazer então?
15 Tendo mostrado em consideráveis pormenores os preliminares que antecederiam ao “fim”, Jesus especificou então a coisa especial que indicaria a proximidade do fim iminente de Jerusalém e do sistema de coisas que se centralizava nela e no seu templo. Ele disse: “Portanto, quando avistardes a coisa repugnante que causa desolação, conforme falado por intermédio de Daniel, o profeta, estar em pé num lugar santo, (que o leitor use de discernimento,) então, os que estiverem na Judéia comecem a fugir para os montes. O homem que estiver no alto da casa não desça para tirar de sua casa os bens; e o homem que estiver no campo não volte para casa para apanhar a sua roupa exterior. Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Persisti em orar que a vossa fuga não ocorra no tempo do inverno, nem no dia de sábado.”
16. Por que deviam os judeus e prosélitos cristãos abandonar Jerusalém e a Judéia tão depressa, conforme Jesus avisou?
16 Por que a grande necessidade de os judeus e prosélitos cristãos, na província romana da Judéia, saírem dela a toda velocidade, sem fardos desnecessários, em linha reta, na ocasião oportuna, refugiando-se nas montanhas fora da província mencionada? “Pois então”, prosseguiu Jesus, “haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” — Mateus 24:15-22.
17. (a) Por que não deviam os apóstolos e seus concristãos desconsiderar este conselho de Jesus? (b) Portanto, que pergunta vital surge assim?
17 Os apóstolos e outros discípulos não deviam esquecer nem desconsiderar este conselho de Jesus. Se alguns deles demorassem na sua fuga da Judéia, depois de verem a coisa repugnante em pé no lugar santo, poderia custar-lhes a vida; talvez não estivessem entre os comparativamente poucos, mencionados como “carne” que é salva só porque os dias da tribulação são abreviados. Mas qual é a “coisa repugnante”, cuja vista em pé no lagar santo atestaria que não sobrava mais muito tempo antes de estar iminente a devastadora “grande tribulação”?
18, 19. (a) Por quem já fora predita esta coisa repugnante que causa desolação, e onde? (b) Como mostrou Jesus, segundo a narrativa que Lucas faz sobre a sua profecia, qual seria a coisa repugnante?
18 Jesus não deixou dúvida sobre de que se tratava. Ele disse que era a coisa repugnante “conforme falado por intermédio de Daniel, o profeta”. (Mateus 24:15) A “coisa repugnante” predita pelo profeta Daniel, relacionada com a segunda destruição de Jerusalém, é a descrita em Daniel 9:26, 27 (especialmente segundo a Versão dos Setenta grega do texto hebraico da Bíblia).a A história secular revela que a “coisa repugnante” foram os exércitos romanos, pagãos, sob o seu “líder”. Que esta é a explicação correta da profecia é corroborado pela comparação da narrativa de Mateus, da profecia de Jesus neste ponto, com a narrativa de Lucas, no ponto correspondente da profecia de Jesus. Lucas 21:20-24 diz:
19 “Outrossim, quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela. Então, comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que estiverem no meio dela, e não entrem nela os que estiverem nos campos; porque estes são dias para se executar a justiça [ou: dias de vingança], para que se cumpram todas as coisas escritas [inclusive Daniel 9:26, 27]. Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande necessidade na terra e furor sobre este povo; e cairão pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” — Compare isso também com Marcos 13:14-20.
20, 21. (a) Quando viram os judeus cristãos na Judéia a coisa repugnante estar em pé num “lugar santo”? (b) Quanto tempo ficou esta coisa repugnante assim em pé?
20 Foi no ano 66 E.C. que os judeus cristãos em Jerusalém e na Judéia começaram a ver a “coisa repugnante que causa desolação, conforme falado por intermédio de Daniel, o profeta”, em pé no “lugar santo”, a saber, em Jerusalém e nas cercanias dela. Foi naquele ano que os judeus não cristianizados se revoltaram com aspirações messiânicas contra a continuação do domínio por parte do Império Romano. Em reação a isso, o general romano Céstio Galo desceu da Síria e cercou Jerusalém com “exércitos acampados”. Foi na época em que os judeus celebravam a Festividade das Barracas (ou: dos Tabernáculos), de 15 a 21 de tisri, que naquele ano deve ter durado sete dias, de 22 a 28 de outubro (calendário gregoriano). O General Céstio Galo levou seus exércitos até uns dez quilômetros da cidade em celebração. Os judeus, bem armados, fizeram uma surtida e infligiram alguns danos aos romanos.
21 Seguiu-se então uma “espera de três dias”. Daí, o General Galo, obrigando os judeus a voltar a Jerusalém, levou suas tropas para perto da cidade. Mas foi só no último dia do mês de tisri (por volta de 5 de novembro) que conseguiu fazer suas tropas penetrar na cidade de Jerusalém. Ele estava então deveras num lugar considerado “santo” pelos judeus. Durante cinco dias, os romanos atacaram a muralha do templo, e no sexto dia minaram a muralha. Este certamente foi um ataque contra o que os judeus consideravam mais sagrado. Os romanos poderiam ter facilmente capturado então a cidade inteira, mas, de repente, sem qualquer motivo válido para isso, o General Galo retirou-se da cidade e recuou. Os judeus eufóricos foram em perseguição dele e hostilizaram os romanos retrocedentes, inflingindo-lhes consideráveis danos, de modo que o recuo se transformou numa debandada.b Este foi um golpe doloroso no orgulho dos romanos conquistadores do mundo. Jerusalém fora liberta! E os judeus, em comemoração, cunharam alguns siclos novos de prata que levavam num lado a inscrição “Jerusalém, a Santa”.
22. Por que não se deixaram enganar os judeus cristianizados pelo restabelecimento da independência de Jerusalém, e como se protegeram?
22 Foram os judeus cristianizados, em Jerusalém e na província da Judéia, enganados por este restabelecimento da independência desta terra dos judeus? Não os que tomaram a peito a profecia e o conselho de Jesus Haviam visto realmente a cidade santa de Jerusalém cercada por exércitos acampados, haviam visto a “coisa repugnante que causa desolação”, com seus estandartes militares, idolatrados como deuses pelos soldados, em pé “num lugar santo” “onde não devia”. (Marcos 13:14) Isto os devia fazer saber “que se tem aproximado a desolação dela”, de Jerusalém. (Lucas 21:20) Era então urgente sair de Jerusalém ou não entrar nela, mas fugir de toda a província da Judéia para os montes fora dela, por exemplo, para o leste, do outro lado do rio Jordão, para a província da Peréia. Ali, fora do território condenado, estes judeus cristianizados podiam continuar sua pregação das boas novas do verdadeiro reino messiânico de Deus, em vez de perecer junto com os judeus descrentes, condenados.
23, 24. (a) Por que não durou muito a independência da Judéia? (b) Quão sério e ameaçador se tornou o sítio de Jerusalém?
23 A independência dos judeus na Judéia mostrou ser de curta duração. O general romano Vespasiano sucedeu ao General Galo e chegou à Palestina logo cedo no ano seguinte, 67 E.C. Seu empenho, de dominar o restante do país, deu aos judeus a oportunidade de fortalecerem suas defesas. Após a morte do Imperador Nero, em 68 E.C., Vespasiano foi elevado ao poder imperial. Partindo da Palestina, chegou a Roma por volta dos meados de 70 E.C. Deixou seu filho, o General Tito, encarregado das forças militares romanas na Síria. Aproximava-se a Páscoa judaica do ano 70, e os judeus não-cristãos afluíram à cidade de Jerusalém, para a celebração. Foi então que o General Tito chegou com quatro legiões e encurralou os judeus celebrantes dentro da cidade. Para subjugar os judeus rebeldes pela fome, ele fez o que Jesus predisse, construindo uma paliçada, “uma fortificação de estacas pontiagudas”, de cerca de oito quilômetros de extensão em volta da cidade, a fim de impedir que quaisquer judeus escapassem.
24 Os apuros dos judeus encurralados dentro de Jerusalém tornaram-se desesperadores. O historiador judaico do primeiro século, Flávio Josefo, nos seus escritos, descreve vividamente os horrores resultantes do sítio romano. A perda de vidas judaicas aumentava cada vez mais. Parecia que, se o sítio durasse tempo demais, “nenhuma carne” dentro da cidade sitiada sobreviveria. Foi como Jesus havia predito a respeito desta “grande tribulação” sobre Jerusalém e a Judéia: “De fato, se Jeová não tivesse abreviado os dias, nenhuma carne se salvaria. Mas, por causa dos escolhidos, que ele escolheu, abreviou os dias.” — Marcos 13:19, 20.
25. (a) Como foram abreviados os dias daquela tribulação sobre Jerusalém? (b) Foram os judeus sobreviventes aqueles “escolhidos” de que Jesus falou na sua profecia?
25 Providencialmente, os dias do sítio foram relativamente curtos, apenas 142 dias, contando de 14 de nisã a 7 de elul, ou partes de seis meses lunares. Isto quer dizer que, segundo o calendário gregoriano, tudo já acabara em 30 de agosto de 70 E.C. Permitiu-se que alguma carne judaica sobrevivesse, 97.000 judeus, segundo cálculo de Josefo, ao passo que ele relata que 1.100.000 pereceram no sítio. Foram aqueles 97.000 sobreviventes os “escolhidos”, por causa dos quais Jeová havia abreviado os dias? Só se fossem chamados escolhidos para o cativeiro e a escravidão. Pois foi assim como Jesus dissera: “Haverá grande necessidade na terra e furor sobre este povo; e cairão pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” — Lucas 21:23, 24.
26. (a) Então, quem foram os “escolhidos” de que Jesus falou na profecia? (b) Em que sentido foi abreviado por causa deles o número dos dias da tribulação de Jerusalém?
26 Não! Os “escolhidos”, por causa dos quais o número dos dias da “grande tribulação” de Jerusalém foi abreviado não foram aqueles 97.000 lastimáveis cativos judaicos, sobre os quais descansava o grande “furor” de Jeová, naqueles “dias para se executar a justiça”. Os “escolhidos” de Jeová eram os judeus cristianizados, aos quais dera o sinal de fugir, sem demora, de toda a Judéia, inclusive de sua capital Jerusalém. Desejava que todos saíssem a salvo da zona de perigo por agirem com fé segundo o conselho de Jesus, de fugir prontamente após ver “a coisa repugnante que causa desolação, conforme falado por intermédio de Daniel, o profeta, estar em pé num lugar santo”. Depois de Jeová fazer com que todos estes discípulos “escolhidos” de seu Filho Jesus Cristo saíssem do lugar sobre o qual se havia de executar a justiça, ele pôde deixar a execução de sua vingança nos judeus rebeldes ser de pouca duração. Conforme está escrito: “Jeová fará uma prestação de contas na terra, concluindo-a e abreviando-a.” (Romanos 9:28; Isaías 10:23) Corretamente, pois, aqueles dias de grande tribulação para Jerusalém foram abreviados “por causa dos escolhidos”.
27. (a) Terminou Jesus sua profecia com a descrição da destruição de Jerusalém ou olhou ele para mais além? (b) Por que dizemos que Jerusalém deixou de ser pisada pelas nações gentias em 1914?
27 A história secular registra a exatidão da profecia de Jesus. Mas a profecia de Jesus não termina com esta narrativa da destruição da Jerusalém terrestre, pois há mais envolvido no “sinal” de sua presença e da “terminação do sistema de coisas”. Ele olhava para além da destruição de Jerusalém em 70 E.C., porque disse, em Lucas 21:24: “E Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” Jesus olhava para o “fim” cumprido daqueles tempos designados das nações, usualmente chamados Tempos dos Gentios. Isto significa que ele olhava para o ano 1914 E.C., porque foi naquele ano que o direito de Jerusalém, de ter um reino messiânico nas mãos do Herdeiro Permanente do Rei Davi, deixou de ser pisado pelas nações. Por que dizemos isso, visto que no ano 1914 a cidade reconstruída de Jerusalém, no Oriente Médio, ainda estava sob o domínio dos turcos muçulmanos? É porque naquele ano, no fim dos Tempos dos Gentios, Jeová Deus entronizou o Herdeiro Permanente do Rei Davi, não na Jerusalém terrestre, dominada pelos turcos, mas na Jerusalém celestial. — Hebreus 12:22.
CUMPRIMENTO NA ANTITÍPICA JERUSALÉM INFIEL
28. Ao dizer que a destruição de Jerusalém seria tão terrível, em que sentido deve Jesus ter-se referido a Jerusalém?
28 Torna-se claro que Jesus, na sua profecia, usava a cidade de Jerusalém não só em sentido literal, mas também em sentido típico, como prefigurando algo de proporções maiores. Senão, não teria dito a respeito da destruição dela em 70 E.C. que “então haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. (Mateus 24:21; Marcos 13:19) Todas as pessoas informadas sabem que a destruição de Jerusalém em 70 E.C. não foi a pior catástrofe desde o princípio do mundo, pois, que dizer do dilúvio global dos dias de Noé? E quanto a nunca ocorrer, depois de 70 E.C., uma destruição igual à de Jerusalém pelos romanos, que dizer da Primeira e da Segunda Guerra Mundial neste século vinte? A linguagem de Jesus não era exagerada, mas evidentemente pensava em Jerusalém como tipo profético, como exemplo de aviso de algo que envolveria todo o mundo numa destruição similar. Ele estava pensando na antitípica Jerusalém infiel, a saber, a dos tempos modernos. E qual é esta? É a cristandade com suas centenas de seitas religiosas divergentes. — 1 Coríntios 10:11.
29. (a) A que mais se aplica a profecia de Jesus, além de à destruição da cristandade? (b) Assim, a que corresponde o tempo desde a profecia de Jesus até a destruição de Jerusalém?
29 Esta aplicação da profecia de Jesus é correta, não só quanto à iminente destruição da cristandade, com todos os seus amantes políticos, comerciais, militares e judiciais, mas também quanto aos acontecimentos mundiais que antecedem ao aniquilamento dela. A cristandade vive agora num período que, nas suas peripécias neste século vinte, se assemelha ao período desde que Jesus deu a profecia no Monte das Oliveiras até que os romanos destruíram Jerusalém e seu templo em 70 E.C. Este período específico, correspondente, começou para a cristandade no fim dos “tempos designados das nações”, no ano 1914. Considere os acontecimentos mundiais desde então.
30. Desde 1914, sofreu a cristandade o que Jesus chamou de “princípio das dores de aflição”?
30 O que disse Jesus sobre as coisas que seriam um “princípio das dores de aflição”? Não seriam guerras, escassez de víveres, terremotos e pestilências? (Mateus 24:7, 8; Marcos 13:8; Lucas 21:10, 11) Que “guerras” nos dias dos apóstolos de Cristo, no primeiro século, podem comparar-se com a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, sem se falar de todas as outras guerras desde o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 E.C.? Será que as fomes, os terremotos e as pestilências dos anos 33 a 70 E.C. ultrapassaram a escassez de víveres, os terremotos e as pestilências que ocorreram na cristandade e em todo o restante do mundo desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914?
31. (a) O que disse Jesus que aconteceria aos seus discípulos antes da destruição de Jerusalém? (b) Os sofrimentos de quem correspondem hoje aos dos discípulos naquele período de tempo?
31 Jesus disse também aos seus apóstolos que seus discípulos seriam severamente perseguidos, entregues a tribulações e mortos, sim, que se tornariam pessoas odiadas por todas as nações; também falou sobre o surgimento de falsos profetas, falsos messias, e do aumento do que é contra a lei, para com Deus, com o esfriamento conseqüente da qualidade do amor da parte da grande maioria dos religiosos professos; também, a respeito da necessidade da perseverança cristã durante um tempo tal como este. (Mateus 24:9-13; Marcos 13:9-13; Lucas 21:12-19) Tais acontecimentos assinalaram os tempos apostólicos do primeiro século. E que dizer dos acontecimentos mundiais desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914? Converteu-se o mundo tanto ao cristianismo, que a perseguição dos verdadeiros discípulos de Cristo cessou? Existe uma minoria religiosa que seja mais alvo do ‘ódio de todas as nações por causa do nome de Cristo’ do que as testemunhas cristãs de Jeová? Existem perseguições religiosas maiores do que as movidas contra estas testemunhas cristãs de Jeová, desde 1914 até o tempo atual? Há um registro que todos podem consultar.
32. Que outra particularidade havia de distinguir aquele período apostólico até 70 E.C., e por meio de quem se cumpriu então aquela particularidade?
32 Havia outra particularidade distintiva do período apostólico do primeiro século, antes de 70 E.C. Jesus disse aos seus opositores judaicos em Jerusalém: “O reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza os seus frutos.” (Mateus 21:43) Mesmo com os seus falsos messias, os judeus não produziram os frutos do reino de Deus pela proclamação dele aos gentios. Antes da destruição de Jerusalém, não adotaram a mensagem de João Batista, proclamando que o reino dos céus se havia aproximado Não, pois, durante a última visita de Jesus ao templo de Jerusalém, ele disse aos escribas e fariseus religiosos: “Fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós mesmos não entrais, nem deixais entrar os que estão em caminho para entrar.” (Mateus 23:13) Então, a quem se deve atribuir o cumprimento, antes do ano 70 E.C., das palavras dinâmicas de Jesus: “E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim”? (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Deve ser atribuído aos que eram “pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome” — aos seus próprios discípulos.
33. Desde 1914, quem tem correspondentemente pregado as boas novas do reino de Deus em escala internacional, e em que difere este reino pregado daquele que é proclamado pela cristandade?
33 De modo similar, neste período correspondente desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E.C., são os que se destacam como “pessoas odiadas por todas as nações, por causa do . . . nome” de Cristo, que produzem o cumprimento hodierno da profecia de Jesus a respeito das boas novas do reino de Deus. São os que, apesar do ódio e da perseguição, têm enchido a terra habitada com a pregação das boas novas do reino messiânico de Deus, em testemunho a todas as nações. Esta não é a mensagem do reino de Deus que a cristandade tem pregado desde o começo de sua existência, nos dias do Imperador Constantino, no quarto século — um reino dentro de seus centenas de milhões de membros das igrejas, dentro do coração deles, um reino que finalmente é alcançado pela conversão mundial às igrejas da cristandade. Em nítido contraste, o reino pregado pelas testemunhas cristãs de Jeová, desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914, é um governo real, que nasceu nos céus, naquele ano. É o reino estabelecido de Deus, nas mãos do Herdeiro Permanente do Rei Davi, e acabará com todos os governos políticos desta terra, abençoando os habitantes da terra com vida, paz e felicidade eternas.
34. (a) Esta pregação internacional do Reino havia de ser parte do “sinal” de quê? (b) Que desastre seria precedido pela realização desta pregação do Reino?
34 Esta realização notável, a pregação de tais boas novas em toda a terra habitada, em testemunho internacional, pelas testemunhas cristãs de Jeová, é significativa. É uma particularidade brilhante do “sinal” que havia de assinalar a “presença” ou parusia, em espírito, do Rei reinante Jesus Cristo Desde o ano de sua entronização nos céus, à mão direita de Deus, esta pregação de porta em porta e por todos os outros meios de comunicação moderna tem sido efetuada pelas testemunhas cristãs de Jeová já por mais de meio século, apesar de guerras mundiais e outras calamidades em grande escala. Evidentemente, deve estar bem próxima a terminação do testemunho a todas as nações, a respeito do reino messiânico de Deus que há de tomar conta de todos os assuntos da humanidade. Esta pregação mundial do Reino havia de preceder ao “fim”. Toda a terra habitada já tem ouvido a pregação do Reino. Não mais permanecem “todas as nações” sem testemunho para elas. “E então virá o fim” deste sistema de coisas, disse Jesus!
“A COISA REPUGNANTE QUE CAUSA DESOLAÇÃO”
35. (a) Que particularidade do “sinal” provou que a desolação de Jerusalém estava realmente muito próxima? (b) Visto que não existe mais aquela potência mundial do primeiro século, que pergunta fazemos?
35 Outra particularidade do “sinal” assegura que está perto o há muito aguardado “fim”. Embora possam ocorrer outras coisas surpreendentes dentro do período crítico, sem que já chegue o fim, Jesus predisse uma coisa ominosa que prova que a hora da calamidade está prestes a se dar, que o fim desolador está prestes a apanhar a todos os que demoram em fugir para a segurança. No caso dos habitantes da província romana da Judéia, no primeiro século, foi o cerco de Jerusalém com exércitos acampados, a “coisa repugnante que causa desolação” estar em pé no lugar onde não devia estar, no “lugar santo”. Era então a ocasião em que os judeus que criam em Jesus como sendo o Messias deviam fugir de toda a Judéia. Mas, vemos hoje algo similar àquela “coisa repugnante” que é desoladora? Seu aparecimento não pressagia nada de bom para a cristandade religiosa, porque ela é o equivalente hodierno da Jerusalém infiel do primeiro século. Aquela capital santa da adoração judaica foi desolada pelas forças armadas da Sexta Potência Mundial da história bíblica, o Império Romano pagão. Mas aquela potência mundial imperial já desapareceu!
36. Por que é que a Sétima Potência Mundial da atualidade está prestes a sentir os efeitos produzidos pelo desolador repugnante?
36 Atualmente, desde 1914, o cenário mundial ainda é dominado pela Sétima Potência Mundial, a dupla Potência Mundial Britânico-Americana. Visto que o rei ou a rainha da Grã-Bretanha afirma ser chefe da Igreja Anglicana, a Igreja da Inglaterra, e visto que os Estados Unidos da América foram declarados pelo seu Supremo Tribunal como sendo uma “nação cristã”, esta Sétima Potência Mundial é parte destacada da cristandade e grande paladino dela. De modo que, no seu aspecto religioso, está prestes a sentir parte dos efeitos produzidos por aquele desolador repugnante.
37. O que nos diz Revelação 17:9-11 quanto a se a sétima era a última das potências mundiais?
37 No entanto, o último livro da Bíblia Sagrada revela uma OITAVA POTÊNCIA MUNDIAL. De modo interessante, Revelação 17:9-11 nos informa o que se disse ao apóstolo João, na sua visão, sobre uma fera, cor de escarlate, com sete cabeças e dez chifres, montada pela meretriz religiosa “Babilônia, a Grande”. Os versículos dizem: “Aqui é que está a inteligência que tem sabedoria: As sete cabeças significam sete montes, onde a mulher está sentada no cume. E há sete reis: cinco já caíram, um é, o outro ainda não chegou, mas, quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo. E a fera que era, mas não é, é ela mesma também um oitavo rei, mas procede dos sete, e vai para a destruição.”
38. Nos dias do apóstolo João, quais as potências mundiais que já haviam caído, qual existia então e qual havia de vir, para continuar por quanto tempo?
38 Nos dias do apóstolo João, no primeiro século, a Sexta Potência Mundial o manteve prisioneiro na ilha penal de Patmos. A Sétima Potência Mundial ainda não havia chegado, porque a história mostra que só chegou no século dezoito, quando a Grã-Bretanha se tornou dona comercial e naval dos mares. De modo que esta Sétima Potência Mundial hoje tem apenas um pouco mais de dois séculos de idade e este é “pouco tempo” em comparação com os quase dezoito séculos de domínio da Sexta Potência Mundial. De modo que a sétima cabeça da fera cor de escarlate representa esta Sétima Potência Mundial; as outras cabeças representam as seis potências mundiais precedentes: a egípcia, a assíria, a babilônica, a medo-persa, a grega e a romana. Todas estas sete potências mundiais tiveram relações com a meretriz religiosa, “Babilônia, a Grande”, que é o império mundial da religião falsa. — Revelação 17:1-6, 18.
39. Por que não é a Oitava Potência Mundial constituída pela Rússia comunista, nem pelo bloco de nações comunistas?
39 Visto que a fera “é ela mesma também um oitavo rei”, representa uma oitava potência mundial. Isto não se refere à Rússia comunista ou ao bloco comunista de nações, porque a Rússia e o b}oco comunista não ‘precederam dos sete’, quer dizer, das sete potências mundiais precedentes. Não se pode dizer a respeito do bloco comunista de nações que a “fera era, mas não é, contudo estará presente”. — Revelação 17:8.
40. (a)Então, o que é a Oitava Potência Mundial? (b) Quando foi que esta potência mundial não existia e quando ficou presente outra vez?
40 Portanto, qual é a Oitava Potência Mundial, que o império mundial babilônico, da religião falsa, tem montado até agora, assim como a meretriz Babilônia, a Grande, montou a fera cor de escarlate vista na visão do apóstolo João? É a organização internacional de paz e segurança mundiais. Antes da Segunda Guerra Mundial, foi chamada de Liga das Nações, e desde a Segunda Guerra Mundial, é chamada de Nações Unidas. Esta agência de “paz e segurança mundiais” foi organizada no primeiro ano do após-guerra de 1919, mas foi ao abismo de inatividade e incompetência ao irromper a Segunda Guerra Mundial, em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela ‘não era’ em todos os sentidos práticos, quanto a ser guardiã da paz mundial. Depois de acabar a Segunda Guerra Mundial, em 1945, saiu do abismo, esta vez sob um novo nome: Nações Unidas. Tem estado “presente” desde então. Hoje tem um rol de membros de 135 nações. Estas todas estão militarmente armadas, sendo que cinco destas nações já estão armadas com bombas nucleares
41. Por que não são as Nações Unidas uma organização cristã e o que as torna repugnantes para Deus?
41 Então, por que se identifica a fera simbólica, a Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas da atualidade, com a “coisa repugnante que causa desolação”? Ser ela comparada a uma fera de sete cabeças, montada por uma meretriz, mostra que é impura aos olhos de Deus, ‘repugnante’ para Ele. Visto que “procede dos sete” poderes mundiais não-cristãos, não é uma organização cristã. Metade das nações-membros das Nações Unidas nem mesmo professam ser cristãs, mas encontramos nelas nações da cristandade em união política com nações não-cristãs ou pagãs. As Nações Unidas fazem parte deste mundo e são ‘amigas do mundo’, e, por conseguinte, ‘inimigas de Deus’. (Tiago 4:4; João 8:23; 18:36) Os que as idolatram atribuem-lhes esperanças messiânicas, e elas são aceitas pela cristandade como substituto do estabelecido reino messiânico de Deus. Quão repugnante!
42. Comparáveis com que forças armadas serão as Nações Unidas ao se tornarem a ‘coisa que causa desolação’?
42 Atribui-se às Nações Unidas a realização de muitas coisas boas. Então, como é que podem ser chamadas de desoladoras, de ‘coisa que causa desolação’? Ora, a Sexta Potência Mundial, o Império Romano, procurava preservar a Pax Romana em toda a terra e procurava manter a paz no Oriente Médio; mas, por fim, suas forças armadas vieram a tornar-se o desolador da cidade santa, religiosa, de Jerusalém. Do mesmo modo, a Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, ainda não terminou seu predito papel mundial, antes de ir “para a destruição”. (Revelação 17:11) Ainda será uma ‘coisa que causa desolação’. A quem? Revelação 17:15-18 nos revela a quem. Lemos ali:
43. Como é a obra desoladora descrita simbolicamente em Revelação 17:15-18?
43 “As águas que viste, onde a meretriz está sentada, significam povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo. Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus. E a mulher que viste significa a grande cidade que tem um reino sobre os reis da terra.”
44. Então, para quem se tornarão desoladoras as Nações Unidas, e o que é sensato fazer agora quanto àquilo que há de ser desolado, para se fazer parte do povo de Deus?
44 Portanto, a Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, transformar-se-á numa ‘coisa que causa desolação’ ao causar a desolação da simbólica meretriz internacional, Babilônia, a Grande. A antiga Babilônia, no rio Eufrates, foi uma cidade, e Babilônia, a Grande, portanto, e comparada a uma “grande cidade”. E visto que ela “tem um reino sobre os reis da terra”, Babilônia, a Grande, significa o império mundial da religião falsa. A coisa que as pessoas sensatas devem fazer agora é sair do babilônico império mundial da religião falsa antes que lhe sobrevenha a destruição, para que não sejam destruídas junto com ele. É isto o que a brado inspirado, desde o céu, diz aos que desejam ser o povo de Deus, declarando: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” — Revelação 18:1-4.
45. (a) O que se precisa dizer quanto a se as pessoas que pertencem às igrejas da cristandade já saíram de Babilônia, e por quê? (b) Portanto, por que precisa a cristandade ser destruída junto com Babilônia, a Grande?
45 Não é hora para sermos enganados. Visto que a cristandade afirma ser cristã, as pessoas de suas igrejas, pertencentes às suas centenas de seitas religiosas, não devem pensar que já saíram de Babilônia, a Grande. Enquanto permanecerem parte da cristandade, permanecem com Babilônia, a Grande, e compartilham dos pecados dela. Por quê? Porque a própria cristandade faz parte de Babilônia, a Grande, sendo, de fato, a parte mais dominante daquele império mundial de religião falsa. Além disso, a cristandade culpada de guerras e manchada de sangue é a antitípica e hodierna Jerusalém infiel, da qual todos os verdadeiros discípulos de Jesus têm de fugir para salvar a vida. Pois, quando a Oitava Potência Mundial (as Nações Unidas) desolar Babilônia, a Grande, destruirá também a parte mais repreensível de Babilônia, a Grande, a saber, a cristandade. Os amantes da vida em harmonia com o verdadeiro Deus têm de fugir da cristandade sem demora, assim como os discípulos judaicos de Jesus Cristo fugiram da Judéia e de Jerusalém depois de verem a “coisa repugnante que causa desolação . . . em pé” no lugar considerado muito sagrado pelos judeus.
46. Como se deu no ano de 1917 um aviso antecipado ao povo temente a Deus para sair de Babilônia, a Grande’?
46 Durante esta “presença” ou parusia do Rei reinante Jesus Cristo, desde 1914 E.C., as pessoas tementes a Deus foram avisadas para saírem de Babilônia, a Grande, a fim de não serem apanhadas pela destruição dela. Um aviso adiantado foi dado pela publicação do livro intitulado “O Mistério Consumado”, pela Associação do Púlpito do Povo, em julho de 1917, depois de os Estados Unidos da América terem entrado na Primeira Guerra Mundial. Este livro apresentou um comentário de versículo por versículo de todo o livro de Revelação ou Apocalipse, inclusive os capítulos dezessete e dezoito. Este é o livro que foi proscrito pelo governo no início do ano seguinte. Antes disso, porém, tal aviso antecipado foi dado extensamente no domingo, 30 de dezembro de 1917. Isto foi feito na manhã daquele dia, por uma distribuição coordenada, em todo aquele país, do tratado Mensário dos Estudantes da Bíblia, de quatro páginas, Volume 9, N.º 9, intitulado “A Queda de Babilônia”. Esta distribuição simultânea deste tratado de fraseologia forte, de costa a costa, naquele país, foi acompanhada por discursos públicos sobre o assunto de Babilônia, naquela tarde de domingo. — Veja The Watch Tower and Herald of Christ’s Presence, de 15 de dezembro de 1917, página 370, sob o título “Dia dos Voluntários — 30 de Dezembro”.
47. (a) Após a Primeira Guerra Mundial, as cogitações dos estudantes da Bíblia no início do após-guerra ocupavam-se com a identificação de quê? (b) O que disse sobre isso a Torre de Vigia de 1 de janeiro de 1921?
47 Visto que a hodierna Babilônia, a Grande (inclusive a cristandade), há de ser destruída pela “coisa repugnante que causa desolação”, as cogitações dos estudantes da Bíblia no início do após-guerra ocupavam-se com a identificação do que seria a coisa repugnante ou abominação nos acontecimentos do século vinte. Após o estabelecimento da Liga das Nações e se dar ao Império Britânico um mandato sobre a Palestina, A Torre de Vigia, de 1.º de janeiro de 1921, página 12, em inglês, sob o título “Falado por Daniel”, dizia:
. . . visto que a terra pertence a Jeová, segue-se que as feras em questão [de Revelação, capítulo 13] não têm autoridade para exercer um poder controlador sobre a terra da Palestina; e sua coisa feita pelo homem, a Liga das Nações (sob cuja autoridade o Império Britânico tem o mandato sobre a Palestina), é uma abominação para o Senhor. Esta abominação, portanto, está em pé onde não devia estar. . . .
Note, então, a evidência corroboradora adicional, de que chegamos ao fim do mundo; i. e., a abominação da desolação estar em pé onde não devia estar — “estar no lugar santo”, a Terra Santa, a própria terra de Deus, e ver Jerusalém “cercada por exércitos” — os exércitos de outra fera, e entenda aquele que souber ler e saiba que chegamos ao fim do mundo. . . .
48. No ano de 1926, identificou-se a organização internacional em prol de paz e segurança mundiais como sendo o quê, e em que ocasião?
48 Embora baseada na aplicação literal de Mateus 24:15 e Marcos 13:14 (Versão Autorizada, em inglês), a conclusão mostrou ser correta, de que a “abominação da desolação” (ou: “a coisa repugnante que causa desolação”) era naquele tempo a Liga das Nações. Anos depois, esta organização internacional em prol de paz e segurança mundiais foi identificada como sendo a Oitava Potência Mundial da profecia bíblica. Esta identificação veio na noite de domingo, 30 de maio de 1926, no discurso público proferido no Royal Albert Hall, em Londres, na Inglaterra, e intitulado “Por Que as Potências do Mundo Cambaleiam — O Remédio”. Ao tratar do tema “Predita a Liga”, o orador, o Presidente J. F Rutherford, da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E U. A ), disse:
Deus predisse as sete potências mundiais, a saber Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia Grécia, Roma e o Império Britânico, e também predisse que das sete surgiria a oitava. Esta última é também simbolizada por uma “fera”, porque seu objetivo é governar e controlar os povos da terra. O Senhor predisse seu nascimento, sua breve existência e seu fim eterno. — Revelação 17:10, 11; Isaías 8:9, 10. — Veja The Watch Tower de 15 de julho de 1926, página 215.
49. Por que não demoraram os do restante dos “escolhidos” em sair de Babilônia, a Grande, até a virem cercada por exércitos acampados?
49 Assim, depois de terminar a Primeira Guerra Mundial em 1918, os sobreviventes do restante ungido dos “escolhidos” de Jeová começaram a avistar a “coisa repugnante que causa desolação” e a obter um entendimento dela, bem como do que significava seu aparecimento na cena mundial. Haviam ficado em escravidão à Babilônia, a Grande, e seus amantes políticos e militares, durante a Primeira Guerra Mundial, e passaram então a acatar a chamada celestial, de sair dela. Aqueles tementes a Deus, que depois foram acrescentados ao Seu restante de “escolhidos” também obedeceram à ordem divina e saíram de Babilônia, a Grande (inclusive da cristandade). Visto que a antitípica Jerusalém infiel, a saber, a cristandade, não se restringe à Jerusalém terrestre e à terra da Palestina, mas é mundial, os que fugiam dela não precisavam esperar até verem a cristandade cercada pelas forças armadas da Oitava Potência Mundial (a organização internacional de paz e segurança mundiais). A ordem angélica: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas”, não esperou até aquele acontecimento.
50. (a) Aquela fuga cedo, dos “escolhidos” de Jeová, foi indício de quê, e um bom exemplo para quem? (b) Depois de acontecer o quê com a “coisa repugnante” é destruída Babilônia, a Grande?
50 No entanto, a fuga dos “escolhidos” ungidos de Jeová, antes deste acontecimento, foi um indício digno de nota de que a desolação da cristandade infiel e do restante de Babilônia, a Grande, se aproximava e devia acontecer durante esta geração, durante a vida da Oitava Potência Mundial, que é curta como se fosse apenas “uma hora”. A pronta fuga, logo cedo, dos “escolhidos” de Jeová foi um exemplo fidedigno para ser seguido pela “grande multidão” das “outras ovelhas” de Cristo, a partir do ano de 1935 E.C. e até agora. A desolação da antitípica Jerusalém infiel, a cristandade, e do remanescente de Babilônia, a Grande, pelas forças armadas da “coisa repugnante” não pode agora estar muito longe no futuro. Note-se que a “coisa repugnante” faz a sua desolação de Babilônia, a Grande, depois de subir do “abismo” como a Oitava Potência Mundial. A Oitava Potência Mundial, sob a forma da Liga das Nações, caiu no “abismo” de impotência semelhante à morte ao irromper a Segunda Guerra Mundial em 1939, e subiu do “abismo” em 1945, mas sob a forma das Nações Unidas. (Revelação 17:8, 11, 12) Isto foi há uns trinta anos atrás. Não é seguro de morar mais em fugir!
POR QUE HAVERÁ UMA “GRANDE TRIBULAÇÃO” SEM IGUAL
51. (a) Por que será deveras “grande” a tribulação sofrida pela antitípica Jerusalém infiel? (b) O que acontecerá aos que demorarem na sua fuga para fora de Babilônia, a Grande?
51 A desolação da hodierna antitípica Jerusalém infiel, a cristandade, deveras fará parte duma “grande tribulação tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. (Mateus 24:21) O domínio da cristandade é mundial, muito maior do que a terra de Israel, na qual se situa a cidade terrena de Jerusalém qual capital. O domínio de Babilônia, a Grande, que “tem um reino sobre os reis da terra”, é ainda maior do que o da mera cristandade. Por conseguinte, quando os “dez chifres” simbólicos e o restante da “fera” cor de escarlate começarem a odiar a meretrícia e religiosa Babilônia, a Grande, e a desolá-la, será uma calamidade religiosa sem igual, abrangendo todo nosso planeta. A cristandade não receberá a proteção de Deus, assim como tampouco o restante de Babilônia, a Grande, imoral e culpada de sangue. Se a destruição de Jerusalém em 70 E.C. já foi horrível, e foi quadro profético, então esta calamidade religiosa, mundial, também será horrível. Os religiosos que então não tiverem acatado a chamada divina para sair dela, mas que egoistamente tiverem ficado em Babilônia, a Grande, serão contados como partícipes dos pecados dela e provarão merecidamente parte das pragas dela.
52. (a) Por que não é a destruição de Babilônia, a Grande, a única parte da “grande tribulação”? (b) Depois de a Oitava Potência Mundial agir como desoladora, o que fará então?
52 A destruição de Babilônia, a Grande, não é tudo o que há na vindoura “grande tribulação”. Essa é apenas a primeira parte dela. Os elementos políticos, comerciais e sociais do mundo mantiveram relações impuras, de prazeres e materialmente lucrativas, com a religiosa Babilônia, a Grande. Compartilharam com ela na sua culpa de sangue e na sua oposição a Jeová Deus, bem como em perseguir os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo e em obstruir sua pregação destas “boas novas do reino”, em testemunho. Por isso terão de prestar contas a Deus. Os elementos políticos também dão seu apoio à Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, e suas nações constituem os membros dela. Esta Oitava Potência Mundial não-cristã ergue-se em resistência desafiadora contra o reino messiânico de Jeová. Com a aprovação dos clérigos da cristandade, ocupa na terra o lugar do legítimo reino de Deus, de seu Cristo Depois de desolar sua antiga amante, Babilônia, a Grande, lutará irreligiosamente, com pleno poder militante, contra o Rei reinante de Jeová, o Cordeiro Jesus Cristo.
53. Por que será o descrito em Revelação 17:12-14 o clímax da “grande tribulação”?
53 O apóstolo João descreve esta lata decisiva na seguinte linguagem simbólica: “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais ainda não receberam um reino, mas eles [por se tornarem membros da Oitava Potência Mundial] recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera. . . . Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” (Revelação 17:12-14) Isto significará o clímax da “grande tribulação”, a saber, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Uma descrição mais ampla desta guerra universal é fornecida em Revelação 19:11-21.
54. Quantos inimigos terrestres enfrentará Jeová então em combate e que comparação haverá entre esta matança e qualquer anterior?
54 Isto envolverá os mais de três bilhões de habitantes de nosso globo terrestre. Mesmo o dilúvio dos dias do patriarca Noé, embora global, não envolveu tantos humanos, apenas 1.656 anos depois da criação do homem. Deus, o Todo-poderoso, na sua “guerra do grande dia”, pode superar todo o poderio de bombas nucleares de todas as nações terrestres, e pode travar combate com todos os seus inimigos terrestres combinados. (Revelação 16:13-16) Pressagia uma matança tal qual este planeta nunca antes presenciou, nem jamais ocorrerá de novo. Pouco é de surpreender, então, que Jesus, olhando muito para além da desolação da antiga Jerusalém em 70 E.C., observasse: “De fato, se Jeová não tivesse abreviado os dias, nenhuma carne se salvaria. Mas, por causa dos escolhidos, que ele escolheu, abreviou os dias.” — Marcos 13:20.
55. (a) De que modo se dará a abreviação dos dias da tribulação “por causa dos escolhidos”? (b) Quem se aproveitará deste arranjo?
55 Embora tenha de ser milagroso, alguma carne ‘se salvará’. Isto se dará por Jeová abreviar o número dos dias da “grande tribulação”, fazendo-o “por causa dos escolhidos, que ele escolheu”. Jeová acha bom abreviar o número dos dias da tribulação não por tirar seus “escolhidos” da face da terra, mas por tirá-los de toda associação com este sistema condenado de coisas e por fazer isso antes de começar o tempo programado para a “grande tribulação”. Não somente tirará seus “escolhidos” ungidos para uma condição de segurança, sob a sua proteção, mas também tirará a “grande multidão” de “justos” semelhantes a ovelhas, que fazem o bem até mesmo aos mínimos dos irmãos espirituais de Cristo. (Mateus 25:31-40) Tendo separado dos caprinos tanto os seus “escolhidos” como os da “grande multidão”, Jeová Deus, mediante seu Cordeiro Jesus Cristo, poderá liquidar rapidamente a execução da vingança divina em todos os seus inimigos que restam como parte do sistema mundial de coisas. — Romanos 9:28.
56. Na destruição de Jerusalém em 70 E.C. quem constituiu a “carne” que foi salva, e apesar de que coisa que havia em seu desfavor?
56 Isto garantirá que alguma “carne” se salve aqui mesmo na terra. Jeová Deus, o Criador, não vai deixar que a raça humana seja eliminada da terra, nem por bombas nucleares feitas pelo homem, nem por suas forças executoras, celestiais. Salvou-se “carne” na forma de 97.000 judeus, na destruição de Jerusalém, em 70 E.C. Estes 97.000 haviam visto Jerusalém cercada por exércitos romanos, acampados, no ano 66 E.C. Mas aquele breve sítio e estar a “coisa repugnante” onde não devia estar em pé, no lugar santo, não fazia parte de sua “grande tribulação”. A “tribulação” não tinha duas partes. Aquele sítio pelo General Céstio Galo foi inesperadamente levantado, e o recuo dos exércitos romanos transformou-se em debandada, com uma vitória alegre para os judeus. Mas quando a “grande tribulação” começou na primavera de 70 E.C., então aqueles 97.000 conseguiram sobreviver apenas porque o número dos dias da tribulação foi abreviado. Aqueles 97.000 foram poupados com vida apesar de não serem dos “escolhidos” de Jeová. Mas a sua vida só foi poupada para a escravidão durante o resto de seus dias, em todo o Império Romano.
57. Quem constituirá a “carne” que será salva na vindoura “grande tribulação”, e o que se dirá a respeito deles?
57 A abreviação do número dos dias da iminente “grande tribulação” é uma garantia de que novamente se salvará alguma “carne”. Esta vez, porém, a “carne” salva não será a de quaisquer de seus inimigos, assim como se deu com aqueles judeus rebeldes, não-cristãos, encurralados na antiga Jerusalém. Esta vez, todos os seus inimigos são sentenciados à destruição. A “carne”, além dos seus “escolhidos”, será a “grande multidão” de pessoas obedientes, semelhantes a ovelhas, que obedeceram aos seus mandamentos e abandonaram o sistema condenado de coisas (inclusive a cristandade), tomando sua posição do lado Dele. Salvos com vida para a nova ordem de Deus, sob o reinado milenar de Cristo, dir-se-á dos desta “grande multidão” de “carne”: “Estes são os que saem da grande tribulação.” (Revelação 7:14) Quão feliz será então esta “grande multidão” de sobreviventes! Quão clemente, também, da parte de Jeová, é abreviar a tribulação!
ADVERTÊNCIA DO MESSIAS CONTRA OS FALSOS MESSIAS
58, 59. (a) Como se mostraram desapontadores os falsos cristos preditos por Jesus, e eles fizeram com que os judeus olhassem para quem, após a destruição de Jerusalém? (b) O que mais disse Jesus a respeito das táticas usadas com relação aos falsos cristos?
58 Na profecia de Jesus sobre o “sinal” de sua “presença” (parusia) e a “terminação do sistema de coisas”, Jesus indicou que surgiriam falsos cristos antes da desolação de Jerusalém em 70 E.C. Ele iniciou sua profecia neste tom, dizendo aos seus apóstolos indagadores: “Olhai para que ninguém vos desencaminhe; pois muitos virão à base do meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo’, e desencaminharão a muitos.” (Mateus 24:4, 5) Mas, eles mostraram ser falsos, impostores; porque não produziram a libertação de Jerusalém, nem qualquer libertação. Após a destruição de Jerusalém, os judeus que não cressem em Jesus como sendo o Messias teriam de continuar a aguardar um Messias na carne. Por outro lado, os cristãos judaicos e não-judaicos teriam de continuar a aguardar a prometida “presença” (parusia) do verdadeiro Messias, Jesus, o Filho de Deus. A tática que os enganadores empregariam para induzir os interessados a ir após pretensos messias foi descrita por Jesus após predizer a desolação literal de Jerusalém pelas legiões romanas. Ele continuou a dizer:
59 “Então, se alguém vos disser: ‘Eis aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali!’, não o acrediteis. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios, a fim de desencaminhar, se possível, até mesmo os escolhidos. Eis que eu vos avisei de antemão. Portanto, se vos disserem: ‘Eis que ele está no deserto!’, não saiais; ‘eis que ele está nos aposentos interiores!’, não o acrediteis. Pois, assim como o relâmpago sai das regiões orientais e brilha sobre as regiões ocidentais, assim será a presença [parousia] do Filho do homem. Onde estiver o cadáver, ali se ajuntarão as águias.” — Mateus 24:23-28.
60. Qual seria o motivo de um falso cristo estar “no deserto” ou “nos aposentos interiores”?
60 Melhor do que qualquer outro na terra, Jesus, “o Filho do homem”, sabia como realizaria sua vinda e presença. Ele não se situaria nem “aqui”, nem “ali”, nem em qualquer lugar específico da terra. Não apareceria em algum lugar isolado, “no deserto”, de modo que os que buscam o Messias possam recorrer a ele lá longe da observação por parte das autoridades governamentais do país, para poderem treinar sob a liderança dele lá fora e preparar-se para dar um golpe político, um golpe de estado, empossando-o como governante messiânico do mundo. (Atos 5:36, 37; veja 1 Samuel 22:1, 2.) Nem se esconderia em “aposentos interiores”, cujo lugar fosse conhecido apenas a uns poucos escolhidos, para que pudesse ali conspirar sem ser observado e descoberto e traçar planos secretos com os cúmplices, para derrubar o governo mundial e fazer-se ungir como o Messias prometido. (Veja 2 Reis 9:4-14.) Ao contrário, não haveria nada para esconder a respeito de Jesus se ter tornado Rei e começado sua presença régia.
61, 62. (a) De que modo havia de ser a parusia de Cristo semelhante ao relâmpago? (b) Que palavras de Jesus a respeito do que devia ser divulgado pelos seus apóstolos aplicam-se aos seus discípulos hoje em dia?
61 Sua presença ou parusia havia de ser igual ao relâmpago quanto ao seu efeito. Sua parusia havia de ser semelhante ao relâmpago, não em lampejar de repente, inesperadamente e numa fração de segundo. A ênfase dada ali não é em o relâmpago brilhar instantaneamente, sem ser anunciado, mas em brilhar sobre uma vasta região, das partes orientais às partes ocidentais. (Lucas 17:24) O poder iluminador do relâmpago é igual ao descrito no Salmo 97:4: “Seus relâmpagos iluminaram o solo produtivo; a terra viu e ficou em severas dores.” Também, os habitantes da terra não haviam de ficar em escuridão a respeito da parusia do Filho do homem. Todas as pessoas haviam de ser iluminadas, de horizonte a horizonte, a respeito da parusia régia dele. Esta se havia de tornar tão pública como o lampejo do relâmpago, pelo seu poder iluminador, seu brilho extenso. As palavras de Cristo aos seus apóstolos há dezenove séculos atrás aplicam-se hoje aos discípulos dele, que conhecem sua parusia invisível:
62 “Portanto, não os temais; pois não há nada encoberto que não venha a ser descoberto e não há nada secreto que não venha a ser conhecido. O que eu vos digo na escuridão, dizei na luz; e o que ouvis sussurrado, pregai dos altos das casas.” — Mateus 10:26, 27.
63. (a) Qual é a finalidade do surgimento destes preditos falsos cristos e falsos profetas? (b) De que modo são os fiéis “escolhidos” iguais as águias que se ajuntam onde há um cadáver?
63 A finalidade do surgimento de falsos cristos e falsos profetas é “desencaminhar, se possível, até mesmo os escolhidos”. (Mateus 24:23-25; Marcos 13:21-23) Mas os fiéis “escolhidos” não se deixarão induzir a uma busca inútil. Não se deixarão levar em diversas direções, em busca de algum pretendente visível na carne. Não se deixarão atrair a algum homem visível, na carne, que afirme ser o Cristo, fazendo grandes demonstrações para provar sua identidade como tal. (Lucas 17:22, 23) Sabem das Escrituras para onde devem olhar. São como as águias, cuja vista aguda aumenta coisas microscópicas longe embaixo na terra, sem erro. (Jó 39:27-29) Portanto, não se ajuntam a um falso cristo, só para acabar espiritualmente desnutridos. Iguais às águias que podem enxergar o cadáver comestível desde longe e que se ajuntam ali para uma refeição em comum, os “escolhidos” discernem onde se encontra o verdadeiro alimento espiritual, a saber, junto ao verdadeiro Cristo, na sua parusia invisível, e ali é que se ajuntam e encontram nutrição espiritual. — Lucas 17:37.
64. (a) Onde apenas podem apresentar-se os falsos cristos, e por quê? (b) Conforme Jesus disse então, onde apareceria o sinal dele após a tribulação daqueles dias?
64 De modo algum fará o Rei Jesus Cristo, na sua parusia, um aparecimento visível na carne, em qualquer lugar da superfície da terra. Isto é tudo o que os falsos cristos podem fazer, sendo meros homens de sangue e carne. Mas é diferente com o ressuscitado, glorificado e reinante Senhor Jesus Cristo. (1 Timóteo 6:14-16) É para isto que ele chamou a atenção de seus apóstolos, ao prosseguir ainda mais com a sua profecia, dizendo: “Imediatamente depois da tribulação daqueles dias, o sol ficará escurecido, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se baterão então em lamentação, e verão o Filho do homem vir nas nuvens do céu, com poder e grande glória. E enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e eles ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra extremidade deles.” — Mateus 24:29-31; Marcos 13:24-27.
FENÔMENOS CELESTES “IMEDIATAMENTE DEPOIS”
65. A que “tribulação daqueles dias” referia-se Jesus ali, e ocorreu o que ele predisse “imediatamente depois”, sem intervalo, após essa “tribulação”?
65 Pela sua expressão, “imediatamente depois da tribulação daqueles dias”, Jesus evidentemente se referia aos dias da “grande tribulação”, que sobrevieram à Jerusalém do Oriente Médio das mãos dos romanos, em 70 E.C. No entanto, poderemos pesquisar quanto quisermos os registros históricos, não acharemos coisas tais como Jesus descreveu ocorrendo “imediatamente depois”, no sentido de logo em seguida, sem interrupção, numa seqüência ininterrupta qual cadeia de acontecimentos. Logo após a “grande tribulação” que terminou na destruição de Jerusalém, não ‘apareceu no céu’ o “sinal do Filho do homem” e os sitiadores romanos, bem como outras “tribos da terra”, não ‘bateram em si mesmos em lamentação’ diante da vista observável do Filho do homem vindo em nuvens e com “poder e grande glória”. A história autêntica registra que, depois de as legiões romanas destruírem a cidade santa de Jerusalém, sitiaram a última fortaleza judaica, o forte no cume do monte Massada, na margem ocidental do Mar Morto, capturando-a no ano 73 E.C., completando assim a subjugação de toda a província da Judéia. Pois bem, estava Jesus errado quanto a este ponto?
66. Portanto, foi Jesus um falso profeta? Ou o que há evidentemente de errado, neste ponto, com respeito a palavra “imediatamente”?
66 Não, Jesus não era ali falso profeta. Não podia errar sob a inspiração do espírito santo de Deus. Então, o que há de errado nisso? Evidentemente, o entendimento que se costuma ter da expressão “imediatamente depois”. Parece evidente que aqui o significado de “imediatamente” é similar ao daquele em João 6:21 (Pontifício Instituto Bíblico) onde diz, depois de Jesus ter andado sobre as águas do Mar da Galiléia e subido a bordo do barco em que estavam seus discípulos: “E imediatamente o barco chegou à terra para onde se dirigiam.” Certamente, decorreu mais do que um momento antes de chegarem à terra. É similar à expressão “em breve”, em Revelação 1:1, onde lemos: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus escravos as coisas que têm de ocorrer em breve.” Esta expressão “em breve” estende-se no tempo desde que o apóstolo João obteve a Revelação, por volta de 96 E.C., até os cumprimentos de Revelação em nosso século vinte. (Compare a extensão do tempo abrangida pela expressão “em breve” em Romanos 16:20.)
67. Então, como devemos entender as palavras de Jesus “imediatamente depois”?
67 Para harmonizar a profecia de Jesus em Mateus 24:29 com os fatos disponíveis, temos de entender que a expressão de Jesus “imediatamente depois” pula séculos de tempo até o nosso século vinte.c Neste tempo atual, durante a parusia do Filho do homem, desde o ano 1914 E.C., temos coisas e acontecimentos que correspondem com o que Jesus predisse naquele versículo.
68, 69. (a) De que modo foi a situação mundial desde 1914 igual aos efeitos que Jesus predisse a respeito dos corpos celestes? (b) Por causa da incapacidade própria, como têm sido os homens semelhantes aos descritos em Isaías 59:9, 10 e Sofonias 1:17, 18?
68 Os historiadores concordam que desde 1914 E.C. a humanidade entrou no período mais negro de sua existência. É como se o sol tivesse sido “escurecido” durante as horas do dia, como se a lua ‘não desse a sua luz’ de noite e como se, durante o mesmo período noturno sem lua, as estrelas tivessem caído do céu e desaparecido no negrume da noite Para o sistema condenado de coisas, inclusive a cristandade, não há nenhum brilho na perspectiva futura, quer durante o dia, quer durante a noite. A incapacidade dos homens, mesmo na cristandade, de verem uma saída da situação mundial pelos seus próprios meios humanos é bem retratada nas antigas profecias bíblicas, nas seguintes palavras:
69 “Continuamos a esperar a luz, mas eis a escuridão; a claridade, mas estávamos andando em contínuas trevas. Continuamos a tatear pelo muro assim como os cegos e prosseguimos tateando como os que não têm olhos. Tropeçamos ao meio-dia como no crepúsculo vespertino; entre os robustos somos como mortos.” (Isaías 59:9, 10) “E [eu, Jeová] vou causar aflição à humanidade, e hão de andar como cegos; porque foi contra Jeová que eles pecaram. E seu sangue será realmente derramado como pó e suas vísceras como fezes. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da fúria de Jeová; mas toda a terra será devorada pelo fogo do seu zelo, porque ele fará uma exterminação, sim, uma terrível, de todos os habitantes da terra.” — Sofonias 1:17, 18.
70. (a) À luz das observações científicas, como perderam os céus sua aparência benigna? (b) De que modo foram abalados os poderes dos céus?
70 Os céus parecem ter perdido sua aparência benigna. A ciência moderna informa-nos de grandes protuberâncias de energia atômica que se lançam por milhares de quilômetros no espaço e que aparecem como manchas solares, mas que enviam enormes correntes de partículas que atingem e afetam nossa terra. Nossa terra está sendo bombardeada continuamente por raios invisíveis de energia nuclear procedentes de regiões desconhecidas do espaço sideral. Nossos telescópios de radar captam sinais de radar de estrelas invisíveis ao olho do mais poderoso telescópio, mas que assim mesmo dão evidência de sua existência no espaço. Houve seis alunissagens de astronautas na lua, a qual alguns militaristas gostariam de transformar numa base militar para dirigir a guerra contra inimigos na terra. E quando pensamos nos aviões de guerra supersônicos e nos mísseis balísticos intercontinentais com ogivas atômicas e nucleares de horrível destrutividade, reconhecemos tanto mais o significado solene das palavras de Jesus: “E os poderes dos céus serão abalados.” (Mateus 24:29) Os homens invadiram os céus e o espaço sideral e perturbaram o equilíbrio normal das coisas.
71. (a) Como se tornaram ameaçadores os mares e foi afetada mal a atmosfera? (b) Que aviso foi publicado em 1970 no Medical News-Tribune de Londres?
71 Até mesmo o mar, que antes era um universo oculto, tornou-se agora uma região ameaçadora. Está cheio de submarinos de invenção humana, modernizados com os mais recentes dispositivos de disparo de mísseis para enviar desde as profundezas a trovejante destruição sobre os habitantes indefesos da terra seca. Além disso, o mar está ficando poluído por causa do lançamento de resíduos destruidores da vida na profundidade salgada. O mar está sob a ameaça de ficar tão morto como o lugar mais baixo da terra, o Mar Morto do Oriente Médio. Ao mesmo tempo, a atmosfera acima do mar, bem como a terra seca, estão ficando poluídas pelas crescentes descargas de fumaça mortífera de fábricas, veículos a motor, e aviões continentais e transatlânticos. Não foi sem boa previsão das conseqüências que o jornal Medical News-Tribune de Londres, Inglaterra, de 27 de março de 1970, encabeçou a advertência: “Até 1984, a Terra já Pode Estar Morta.”
“NO CÉU O SINAL DO FILHO DO HOMEM”
72, 73. (a) Se não é o próprio planeta terrestre, então o que há de ser destruído, e como? (b) Que espécie de sinal a respeito do Messias foi dada há dezenove séculos atrás, mas que espécie será dada durante a sua parusia, conforme ele disse?
72 Contudo, este planeta terra nunca será destruído por uma guerra nuclear dos homens. Nunca chegará a ser chamado de “O Extinto Grande Planeta Terra”. Nunca permitirá seu Criador que a terra se torne despida de toda a vida de criaturas, inclusive da vida humana. O que será destruído é o sistema internacional de coisas que prevalece agora na terra. Sua destruição virá da parte de Deus, por meio de seu Rei messiânico, Jesus Cristo, com todos os seus santos anjos. Quando Jesus esteve na terra, na carne, e foi chamado Filho do homem, os judeus céticos pediram “que lhes mostrasse um sinal do céu”, em prova de que ele era deveras o Messias prometido. Mas ele lhes disse que só lhes seria dado um sinal terreno, “o sinal de Jonas”. Este sinal foi dado quando Jesus esteve morto durante partes de três dias, no coração da terra, e então foi ressuscitado dentre os mortos, no terceiro dia. (Mateus 16:1-4; 12:39, 40) Mas agora, durante a sua parusia invisível em espírito, os habitantes da terra receberão um “sinal” “no céu”. Depois de falar sobre como os poderes dos céus seriam abalados, Jesus prosseguiu:
73 “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se baterão então em lamentação, e verão o Filho do homem vir nas nuvens do céu, com poder e grande glória.” — Mateus 24:30.
74, 75. (a) A que se refere a palavra “vir”, de Jesus, em Mateus 24:30, e como se dá esta ‘vinda’? (b) Esta profecia sobre o “sinal do céu” está relacionada com que profecia de Daniel?
74 Isto não se refere ao começo de sua parusia ou à sua chegada em espírito, mas a ele “vir” (em grego: erkhómenon) na “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo”. Descrever-se sua ‘vinda’ como sendo “nas nuvens do céu” torna claro que se trata duma vinda invisível, por focalizar sua atenção de longo alcance nesta terra e por projetar seu poder sobre ela com força destrutiva. Faz-se com que as pessoas se apercebam que ela não procede dos homens, mas do céu, do glorificado Filho do homem, que age como Representante de Deus. Isto se relaciona com o sinal no céu visto pelo profeta Daniel e descrito por ele, dizendo:
75 “Continuei observando nas visões da noite e eis que aconteceu que chegou com as nuvens dos céus alguém semelhante a um filho de homem; e ele obteve acesso ao Antigo de Dias, e fizeram-no chegar perto perante Este. E foi-lhe dado domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem. Seu domínio é um domínio de duração indefinida, que não passará, e seu reino é um que não será arruinado.” — Daniel 7:13, 14.
76. (a) Quando começou o cumprimento desta visão de Daniel? (b) Como é que todas as tribos verão ‘vir” o Filho do homem, e quem não se Juntara a elas em lamento egoísta?
76 O cumprimento desta visão de Daniel ficou invisível, nos céus espirituais, a partir de 1914 E.C. Portanto, no tempo designado de Deus, o glorificado Filho do homem passa a agir com sua autoridade e seu poder contra Babilônia, a Grande (inclusive a cristandade), e as nações hostis desta terra. A evidência de sua atuação contra elas, que poderão ver e sentir, será como um “sinal” “no céu” para elas. Em face de seu iminente aniquilamento, “todas as tribos da terra se baterão então em lamentação”. No entanto, os do restante dos “escolhidos” de Deus e da “grande multidão” dos semelhantes a ovelhas, todos os quais se separaram de Babilônia, a Grande, e dos amantes dela, não se juntarão a estas tribos aterrorizadas da terra no seu lamento egoísta. Terão sido todos ajuntados ao lado direito do Rei reinante, Jesus Cristo. — Revelação 7:9-17; Mateus 25:31-40.
O AJUNTAMENTO ANGÉLICO DOS “ESCOLHIDOS”
77. (a) Até então, que ajuntamento se terá completado, e desde quando? (b) Como se tem realizado este ajuntamento como que com grande som de trombeta”?
77 Até então se terá completado o que Jesus descreveu a seguir, a saber: “E enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e eles ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra extremidade deles.” (Mateus 24:31) Este ajuntamento angélico dos “escolhidos” tem prosseguido durante a sua parusia. Foi no ano de após-guerra de 1919 que os “escolhidos” começaram a sair de sua escravidão em Babilônia, a Grande, e retornar ao seu domínio espiritual dado por Deus, na terra, similar ao retorno do restante judaico de Babilônia para a sua pátria, no ano 537 A. E. C. A proclamação saiu desde então semelhante a um “grande som de trombeta”, de que o reino messiânico de Deus foi estabelecido nos céus e que deviam tomar posição firme do lado do reino celestial e pregar “estas boas novas do reino” em todo o mundo. Esta proclamação das boas novas foi feita como que por uma trombeta na direção dos “quatro ventos”. Foi ouvida de uma extremidade dos céus à outra.
78. (a) Este ajuntamento angélico dos “escolhidos” tem sido evidente a todos os homens especialmente em que ocasiões? (b) Especialmente quem tem estado cônscio de tal ajuntamento e como têm agido?
78 Em harmonia com os tons convidativos do “grande som de trombeta”, os anjos celestiais que acompanham o Filho do homem na sua parusia têm ajuntado seus “escolhidos” de todos os quadrantes do globo. Este ajuntamento tem sido aparente para todos os homens, especialmente nas séries de assembléias em grande escala, realizadas a partir do congresso geral da A. I. E. B. em 1.º a 8 de setembro de 1919, até às assembléias internacionais sobre o tema “Vitória Divina”, realizadas pelas testemunhas, em todo o globo, durante o ano de 1973. (Veja o anúncio das assembléias em todo o mundo, nas páginas 94 e 95 do número de 1.º de fevereiro de 1973 da Sentinela em inglês.) Especialmente os da “grande multidão” estão cônscios do ajuntamento angélico dos “escolhidos” durante a parusia de Cristo, e eles também tomam sua posição do lado do reino messiânico de Deus, reunindo-se e trabalhando com os “escolhidos” ajuntados.
79. Em vista do cumprimento da profecia de Jesus até agora, é evidente que está próxima que expressão de emoção pelas tribos terrestres?
79 Em vista do cumprimento até agora da profecia de Jesus a respeito da “terminação do sistema de coisas”, seus discípulos sabem que está muito próximo o tempo de “todas as tribos da terra” se ‘baterem em lamentação’ em vista do que vêem ameaçá-las das mãos do glorificado Filho do homem.
UMA ILUSTRAÇÃO PARA SE DETERMINAR A SUA PROXIMIDADE
80. A fim de sabermos que a “grande tribulação” está perigosamente próxima, temos de dar ouvidos a que observação de Jesus, neste ponto crítico de sua profecia?
80 Não é necessário sabermos o dia e a hora do ano exato em que irromperá a “grande tribulação” contra todo este “sistema de coisas”. Para sabermos que agora está perigosamente próxima, tudo o que temos de fazer é dar ouvidos ao que Jesus disse neste ponto crítico de sua profecia: “Aprendei, pois, da figueira o seguinte ponto, como ilustração: Assim que os seus ramos novos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que o verão está próximo. Do mesmo modo, também, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo às portas. Deveras, eu vos digo que esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram. Céu e terra passarão, mas as minhas palavras de modo algum passarão.” — Mateus 24:32-35.
81. Em vista de que evidência podemos nós, desta geração, saber que o “sinal” predito por Jesus está prestes a completar-se?
81 Quanto mais precisamos ver nós, os desta geração que presenciou o irrompimento da Primeira Guerra Mundial em 1914, a respeito do cumprimento da profecia de Jesus, para saber que “ele está próximo às portas”? O que mais poderíamos desejar como evidência? Não somos deixados em ignorância inquietante a respeito do significado das coisas que têm ocorrido na terra desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Como estudiosos da Bíblia, inteligentes e entendidos; ficamos convencidos de que está próxima a conclusão do “sinal da . . . presença [de Cristo] e da terminação do sistema do coisas”. — Mateus 24:3.
82. Como disse Jesus que devemos reagir diante dos acontecimentos mundiais durante a sua parusia?
82 Deprime-nos isso? Tira-nos agora toda a alegria de viver? Não deve fazer isso e não o faz. Porque Jesus disse aos seus discípulos como deviam reagir para com os acontecimentos mundiais durante a sua parusia invisível, dizendo: “Também, haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e na terra angústia de nações, não sabendo o que fazer por causa do rugido do mar e da sua agitação, os homens ficando desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada; porque os poderes dos céus serão abalados. E então verão o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Mas, quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” — Lucas 21:25-28.
83. Portanto, para que não é tempo, para os “escolhidos” e os da “grande multidão”, e o que significará para eles a libertação?
83 Vimos nós, os desta geração, “estas coisas principiarem a ocorrer”? Vimos “estas coisas” ocorrendo durante as décadas desde 1914 E.C.? Uma vez que as vimos, não há motivo para nós nos dobrarmos em “angústia” internacional. Não há motivo para dobrarmos mais as costas sob a escravização religiosa imposta por Babilônia, a Grande, inclusive pela cristandade. É tempo de nos pormos eretos, quais adoradores livres do Deus Altíssimo, Soberano Senhor Jeová. Não é mais o tempo próprio para olharmos desesperados para o chão. É o tempo de erguermos a cabeça para o céu e vermos à luz brilhante das Escrituras Sagradas, que contêm a profecia de Jesus, as evidências do futuro mais reconfortante para a humanidade. O significado destas evidências é inconfundível: Está próxima a libertação! Isto significa para os “escolhidos” de Deus e os da “grande multidão” de seus companheiros de adoração a sobrevivência à “grande tribulação” que é iminente. Quando sairmos desta “grande tribulação” sob a preservação divina, deixaremos atrás as ruínas irreparáveis deste atual sistema mortífero de coisas. O novo sistema de coisas de Deus se abrirá gloriosamente diante de nós!
[Nota(s) de rodapé]
a Daniel 9:26, 27, reza: “E depois de sessenta e duas semanas, o Messias será decepado, embora por nenhum crime dele; e ele, junto com o governante que virá, destruirá a cidade e o santuário. Serão destruídos com um dilúvio, e até mesmo até o fim da guerra determinada no rumo, com desolações. Então, uma semana confirmará um pacto para muitos e na metade da semana serão tirados meu sacrifício e libação. E sobre o templo haverá uma abominação das desolações, e no fim dum tempo, acabar-se-á com aquela desolação.” — The Septuagint Bible, de Charles Thomson.
b Veja Wars of the Jews de Josefo, Livro II, Capítulo XIX, seções 1-7.
c Compare isso com A Sentinela de 1.º de julho de 1971, página 406, parágrafos 30, 31. Visto que Jesus disse na mesma profecia em Mateus 24:36 que nenhuma criatura sabia “daquele dia e daquela hora” quando ele viria para destruir este sistema de coisas, ninguém podia dizer quão cedo após a destruição de Jerusalém se aplicaria a expressão “imediatamente depois”. Nós, os que vivemos dezenove séculos mais tarde, podemos reconhecer que esta expressão breve abrangeu um período tão extenso de tempo. Observamos que o versículo paralelo na narrativa de Marcos não usa o advérbio “imediatamente” antes do advérbio “depois”. — Mar. 13:24.