-
BildadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
BILDADE
[filho da contenda, isto é, briguento; ou, Bel amou]. Um dos três companheiros de Jó, chamado o suíta; um descendente de Suá, um dos filhos de Abraão e Quetura. (Jó 2:11; Gên. 25:2; 1 Crô. 1:32) Assumindo seu segundo lugar nas três fases do debate, Bildade usualmente seguia o tema geral fixado por Elifaz; seus discursos eram mais curtos e mais cortantes, embora não chegando ao grau dos de Zofar. Bildade é o primeiro a acusar os filhos de Jó de praticarem o erro, e, por conseguinte, de merecerem a calamidade que lhes sobreveio. Com raciocínio torcido, teceu a seguinte ilustração: Como papiro e canas se secam e morrem sem água, o mesmo se dá com “todos os que se esquecem de Deus” — declaração verdadeira em si, mas totalmente errônea ao dar a entender que se aplicava a Jó, temente a Deus. (Jó, cap. 8) Assim como Elifaz, Bildade classificou falsamente as aflições de Jó como as que sobrevêm aos iníquos: ‘não haverá progênie nem posteridade’ para o pobre Jó, é o que Bildade insinuou. (Jó, cap. 18) Em seu terceiro discurso, um discurso curto, em que Bildade argumenta que o homem é “um gusano”, e “um verme”, e por isso impuro diante de Deus, as palavras ‘confortadoras’ dos três companheiros de Jó chegaram ao fim. (Jó, cap. 25) Por fim, Bildade, junto com os outros dois, é instruído divinamente a oferecer um sacrifício queimado e a pedir que Jó ore em seu favor. — Jó 42:7-9.
-
-
BitíniaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
BITÍNIA
Uma província romana da parte N da Ásia Menor. Localizava-se no que é agora o NO da Turquia, estendendo-se para o E, a partir de Istambul, junto da margem S do mar Negro. Na segunda viagem missionária de Paulo, depois que ele e Silas passaram a se fazer acompanhar de Timóteo, em Listra, esforçaram-se de viajar até Bitínia, mas “o espírito de Jesus não lhes permitiu isso”. (Atos 16:7) A área não é mencionada como sendo cenário da pregação apostólica, mas, obviamente, já havia cristãos ali quando Pedro escreveu sua primeira carta canônica, por volta de 62-64 E.C. (1 Ped. 1:1) Plínio, o Moço, escrevendo de Bitínia ao imperador romano, quando Plínio era comissário especial, faz menção de numerosos cristãos na província, declarando que, no início do segundo século, o cristianismo “não se confinara apenas às cidades, mas espalhara sua infecção entre as vilas e a região circunvizinhas”.
Nos tempos pré-cristãos, a área era governada por uma linhagem de reis independentes, o último dos quais, Nicomedes IV, legou-a à República Romana em 74 A.E.C. Nos dias dos apóstolos, limitava-se com a Propôntida e a Misia a O, com a Ásia e a Galácia ao S, com o Ponto a E, embora este último território tenha sido adicionado a ela pelos romanos, para tornarem-se a província do Ponto e Bitínia (65-63 A.E.C.). A Bitínia abrange uma região fértil, geralmente montanhosa, que se presta à viticultura. O maciço montanhoso do Olimpo, do sul da “Misia” possui densas florestas de carvalhos, faias, castanheiros e nogueiras.
-
-
BlasfemiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
BLASFEMIA
Esta é a forma aportuguesada da palavra grega blasphemía. O termo grego significa basicamente linguagem injuriosa, difamatória ou desaforada, e era usado com referência a tal linguagem, quer fosse dirigida contra Deus quer contra os humanos. A palavra portuguesa blasfêmia, contudo, restringe-se usualmente à linguagem irreverente ou desaforada contra Deus e as coisas sagradas. É, assim, a antítese das palavras de adoração dirigidas à Pessoa Divina.
BLASFÊMIA SOB O PACTO DA LEI
Os primeiros três mandamentos das “Dez Palavras” ou dez mandamentos expressavam a posição ímpar de Jeová Deus como Soberano Universal, e seu direito exclusivo à adoração, avisando também: “Não deves tomar o nome de Jeová, teu Deus, dum modo fútil, pois Jeová não deixará impune aquele que tomar seu nome dum modo fútil.” (Êxo. 20:1-7) Invocar o mal sobre Deus e amaldiçoar um maioral ou chefe tribal eram coisas condenadas. (Êxo. 22:28) Depois disso, o primeiro caso registrado de blasfêmia foi o dum filho de pais de nacionalidades mistas que, numa briga com um israelita, “começou a maldizer o Nome e a invocar o mal sobre ele”. Jeová decretou a pena de morte por apedrejamento para tal ofensor, e fixou isto como o devido castigo para qualquer pessoa que, no futuro, ‘maldissesse o nome de Jeová’, quer fosse um israelita natural, quer um residente forasteiro entre eles. — Lev. 24:10-16.
“BLASFÊMIA” NOS TEMPOS DAS ESCRITURAS GREGAS CRISTÃS
O apóstolo Paulo mostrou o significado básico de blasphemía por usar o verbo grego relacionado blaspheméo em Romanos 2:24, ao citar Isaías 52:5 e Ezequiel 36:20, 21.
A blasfêmia inclui o ato de pretender ter os atributos ou as prerrogativas de Deus, ou de atribuí-los a outra pessoa ou coisa. (Compare com Atos 12:21, 22.) Os líderes religiosos judaicos acusaram Cristo Jesus de blasfêmia por ele ter declarado o perdão de pecados para certas pessoas (Mat. 9:2, 3; Mar. 2:5-7; Luc. 5:20, 21), e tentaram apedrejá-lo como blasfemador, por se ter declarado Filho de Deus. (João 10:33-36) Quando julgado pelo Sinédrio, a declaração de Jesus sobre o propósito de Deus para ele, e a alta posição que lhe seria concedida, serviram de base para que o sumo sacerdote rasgasse suas roupas e acusasse Jesus de blasfêmia, pelo que Jesus foi condenado como sendo digno de morte. (Mat. 26:63-66; Mar. 14:61-64) Não tendo nenhuma autoridade da parte dos romanos para executar a sentença de morte, os líderes religiosos judeus alteraram astutamente sua acusação de blasfêmia para a de sedição, quando conduziram Jesus perante Pilatos. — João 18:29 a 19:16.
Visto que Jesus era o Filho de Deus e seu representante direto, as coisas proferidas contra
-