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VingançaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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fim receberiam a plena justiça por suas ações erradas na morte eterna. — Heb. 10:29, 30.
Governantes
Os regentes governamentais, cujo dever é certificar-se de que se faça justiça, talvez sejam aqueles que executem a vingança contra os malfeitores, incluindo quaisquer cristãos que violarem as leis do país que estejam em harmonia com o que é justo e coerente com a autoridade concedida por Deus a tais governantes. Nesse caso, tais governantes estão, indiretamente, executando a vingança de Deus, como escreve o apóstolo Paulo: “Os que governam são objeto de temor, não para as boas ações, mas para as más. . . . é ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau.” — Rom. 13:3, 4; 1 Ped. 2:13, 14; compare com Gênesis 9:6.
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Vinho E Bebida ForteAjuda ao Entendimento da Bíblia
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VINHO E BEBIDA FORTE
Há diversos termos das línguas originais que geralmente designam alguma espécie de vinho (Heb., tiróhsh [Gên. 27:28, 37; Osé. 2:8, 9, 22]; heb., hhémer [Deut. 32:14; Isa. 27:2], e o correspondente termo aramaico, hhamár [Dan. 5:1, 2, 4, 23]; gr., gleúkos [Atos 2:13, 15]). Mas o vocábulo hebraico yáyin é encontrado com mais freqüência nas Escrituras. Sua primeira ocorrência se dá em Gênesis 9:20-24, onde a referência é a Noé plantar um vinhedo depois do Dilúvio e então ficar embriagado com seu vinho. A palavra grega oínos (que corresponde basicamente ao termo hebraico yáyin) ocorre pela primeira vez nos comentários de Jesus sobre não ser aconselhável empregar-se velhos odres para vinho novo, parcialmente fermentado, uma vez que a pressão acumulada por meio da fermentação faria com que se rompessem os velhos odres de vinho. — Mat. 9:17; Mar. 2:22; Luc. 5:37, 38.
Diversas bebidas alcoólicas fortes, pelo visto derivadas de romãs, tâmaras, figos, e outros frutos semelhantes, eram geralmente designadas pelo termo hebraico shekhár. (Núm. 28:7; Deut. 14:26; Sal. 69:12) O vocábulo hebraico ‘asís, em O Cântico de Salomão 8:2, refere-se ao “suco fresco de romãs”, mas, em outros trechos, o contexto aponta para o vinho. (Isa. 49:26; Joel 1:5) A cerveja pode ter sido designada pela palavra hebraica sóve’. — Isa. 1:22; Naum 1:10.
VINHATARIA
Na Palestina, as uvas eram colhidas durante agosto e setembro, dependendo do tipo de uvas e do clima da região. A vindima já tinha praticamente terminado na ocasião em que se celebrava a “festividade das barracas”, no início do outono setentrional. (Deut. 16:13) Depois de colhidas, as uvas eram colocadas em cubas ou tinas de pedra calcária, em que os homens geralmente as esmagavam com pés descalços, entoando melodias ao pisarem no lagar. (Isa. 16:10; Jer. 25:30; 48:33) Com tais métodos comparativamente brandos de pisoteamento, os raminhos e as sementes não se quebravam, pouco do ácido tânico das cascas era espremido, e isto, por sua vez, contribuía para um vinho de alta qualidade, vinho que era suave e macio ao paladar. (Cân. 7:9) Às vezes, empregavam-se pedras pesadas, em vez de os pés. — Isa. 63:3; veja Lagar.
O primeiro “mosto” ou sumo fresco que flui das cascas rompidas das uvas, se mantido à parte do volume maior do sumo extraído sob pressão, resulta nos vinhos mais ricos e melhores. A fermentação se inicia dentro de seis horas após a maceração, enquanto o sumo ainda se acha nas tinas, e lentamente se processa por um período de vários meses. O teor alcoólico dos vinhos naturais varia de 8 a 14 por cento por volume, mas pode ser aumentado pela adição de açúcar ao mosto ou pelo acréscimo posterior de álcool vínico. Se as uvas tiverem pouco teor de açúcar, e a fermentação continuar por muito tempo, ou se o vinho não for devidamente protegido da oxidação, transforma-se em ácido acético ou vinagre. — Rute 2:14.
No período de envelhecimento, o vinho era conservado em jarras ou odres. (Jer. 13:12) Estes recipientes dispunham provavelmente de aeração de modo a permitir a saída do dióxido de carbono (subproduto da conversão dos açúcares em álcool através da fermentação), sem que entrasse oxigênio do ar em contato com o vinho, contaminando-o. (Jó 32:19) À medida que se deixava os vinhos descansarem, eles gradualmente se clarificavam, as borras precipitavam-se no fundo, havendo o melhoramento do buquê e do sabor. (Luc. 5:39) Depois disso, os vinhos eram geralmente transferidos para outros receptáculos. — Isa. 25:6; Jer. 48:11; veja Borra.
EMPREGOS
Desde priscas eras o vinho tem sido empregado como bebida às refeições. (Gên. 27:25; Ecl. 9:7) O vinho, o pão e outros alimentos são amiúde associados. (1 Sam. 16:20; Cân. 5:1; Isa. 22:13; 55:1) Melquisedeque colocou “pão e vinho” diante de Abraão. (Gên. 14:18-20) Jesus bebia vinho às refeições, quando estava disponível. (Mat. 11:19; Luc. 7:34) O vinho era parte integrante de banquetes (Ester 1:7; 5:6; 7:2, 7, 8), de festas de casamento (João 2:2, 3, 9, 10; 4:46), e de outras ocasiões festivas. (1 Crô. 12:39, 40; Jó 1:13, 18) Os celeiros reais eram estocados com vinho (1 Crô. 27:27; 2 Crô. 11:11); era a bebida costumeira de reis e de governadores. (Nee. 2:1; 5:15, 18; Dan. 1:5, 8, 16) Os viajantes amiúde o incluíam em suas provisões para viagem. — Jos. 9:4, 13; Juí. 19:19.
Seu amplo emprego tornava o vinho um item de intercâmbio comercial (Nee. 13:15), o “vinho de Helbom” (preferido pelos reis da Pérsia) e o “vinho do Líbano” sendo especialmente famosos. (Eze. 27:18; Osé. 14:7) O vinho era um meio de se pagar os operários que trabalhavam em fornecer madeira para a edificação do templo. (2 Crô. 2:8-10, 15) Era con-
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