Capítulo 5
O primeiro que foi ungido com espírito santo e poder
1, 2. (a) Por quem e com que devia ser ungido o prometido Messias? (b) Que profecia de Isaías citaria e aplicaria a si mesmo?
REIS e sumos sacerdotes do antigo Israel eram ungidos para o cargo pelo derramamento de óleo oficial sobre a sua cabeça. Seria o prometido Messias ungido assim? Não! O genuíno Messias seria aquele a quem Deus ungiria “com espírito santo e poder”. (Atos 10:38) Seria aquele que foi autorizado a citar e a aplicar a si mesmo as palavras proféticas de Isaías 61:1-3:
2 “O espírito do [Soberano] Senhor Jeová está sobre mim, visto que Jeová me ungiu para anunciar boas novas aos mansos. Enviou-me para pensar os quebrantados de coração, para proclamar liberdade aos que foram levados cativos e ampla abertura dos olhos aos próprios presos; para proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová e o dia de vingança da parte de nosso Deus; para consolar a todos os que pranteiam; para designar aos que pranteiam por Sião, para dar-lhes uma cobertura para a cabeça em lugar de cinzas, o óleo de exultação em vez de luto, o manto de louvor em vez de um espírito desanimado; e terão de ser chamados de grandes árvores de justiça, plantação de Jeová, para ele ser embelezado.”
3. Por que não eram homens dos tempos antigos, para com os quais o espírito de Deus se tornou ativo, aquele prometido Messias.
3 Os homens da antiguidade foram envolvidos pelo espírito de Deus, ou ele operou neles ou ficaram cheios dele. Mas nunca foram ungidos com ele. Por isso, não mostraram ser o muito ansiado Messias. Isto se deu assim até mesmo com João Batista, a respeito de quem o anjo Gabriel dissera ao seu pai, o sacerdote Zacarias: “Será cheio de espírito santo desde a madre de sua mãe.” — Lucas 1:15.
4. O que confessou João Batista a respeito do Cristo, embora estivesse cheio de espírito santo desde o ventre de sua mãe?
4 Sacerdotes e levitas foram enviados de Jerusalém para que o próprio João lhes dissesse oficialmente quem ele era, por causa da obra que fazia. Como reagiu João? “Ele confessou e não negou, mas confessou: ‘Eu não sou o Cristo.’ E perguntaram-lhe: ‘O que, então? És tu Elias?’ E ele disse: ‘Não sou’. ‘És tu O Profeta?’ E ele respondeu: ‘Não!’ Disseram-lhe, portanto: ‘Quem és? para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes a respeito de ti mesmo?’ Ele disse: ‘Eu sou a voz de alguém clamando no ermo: “Fazei reto o caminho de Jeová”, assim como disse Isaías, o profeta.”’ — João 1:19-23; Isaías 40:3; Malaquias 4:5, 6; Deuteronômio 18:15-19.
5, 6. (a) Deus enviou João para fazer o que, com relação ao Cristo? (b) Como se contrastou João com o verdadeiro Messias ou Cristo?
5 Assim, João, embora cheio de espírito santo, negou que fosse o Prometido, ungido com espírito de Deus. Não tentou ser um falso Cristo, mas confessou ser apenas o precursor do verdadeiro Cristo ou Messias. De fato, Deus o enviara para batizar o verdadeiro Cristo ou Messias em água. — João 1:29-34.
6 Atestando ainda mais a honestidade de João neste assunto, temos o registro de Lucas 3:15-17: “Ora, visto que o povo estava em expectativa e todos raciocinavam nos seus corações a respeito de João: ‘Será este o Cristo?’ João deu a resposta, dizendo a todos: ‘Eu, da minha parte, batizo-vos com água; mas vem aquele que é mais forte do que eu, não sendo eu nem apto para desatar-lhe o cordão de suas sandálias. Ele vos batizará com espírito santo e com fogo. Tem na mão a sua pá de joeirar para limpar completamente a sua eira e para ajuntar o trigo no seu celeiro, mas a palha ele queimará em fogo inextinguível.’”
7. Por que seria menos desejável alguém ser batizado com fogo do que ser batizado com espírito?
7 As palavras de João tornavam claro que o Messias não só seria batizado ou ungido com o espírito de Deus, mas também poderia batizar outros com espírito santo. Seria muito melhor ser batizado com espírito santo, do que ser batizado com fogo, que destruiria a pessoa igual a palha sem valor, consumida por fogo que não se extingue até que toda a palha seja consumida. — Mateus 3:7-12.
8. Por que esperava o povo, naquele tempo, o aparecimento do Messias, e por que era o assunto urgente para eles?
8 Não é de estranhar que ‘o povo estivesse em expectativa’. É provável que eles tivessem calculado à base das Escrituras que havia chegado o tempo para o aparecimento do Messias. De modo que as pessoas começaram a cogitar se João Batista era o prometido Messias. (Daniel 9:24-27) A questão do Messias ou Cristo era urgente. Deus, Aquele que enviaria o Messias, não iria postergar indefinidamente o tempo. Ele havia decidido enviar o Messias e havia marcado o tempo para a execução de sua decisão. Não é procrastinador, mas apega-se ao tempo marcado, conforme indicado na sua Palavra.
9. Como mostra Gálatas 4:4, 5, que Deus não é procrastinador?
9 Gálatas 4:4, 5, diz: “Quando chegou o pleno limite do tempo, Deus enviou o seu Filho, que veio a proceder duma mulher e que veio a estar debaixo de lei, para livrar por meio duma compra os debaixo de lei, para que nós, da nossa parte, recebêssemos a adoção como filhos.”
10. Donde enviou Deus seu Filho no tempo certo e para proceder duma mulher de que nacionalidade?
10 O apóstolo Paulo, escritor dessas palavras, tinha muito a dizer sobre tempos e épocas nos arranjos de Deus. Ele disse que o Filho de Deus seria libertador dos judeus por meio duma compra. Por este motivo, havia de ser o Messias ou Cristo deles. Donde o enviou Deus? Ora, do céu, onde este “Filho unigênito” havia estado desde que Deus o criou, há muitíssimo tempo atrás. Sua vinda “debaixo de lei” significava que nasceu como judeu, israelita, membro da nação que estava no pacto da Lei com Jeová, da qual Moisés havia sido mediador. Portanto, a mulher da qual procedeu o Filho de Deus tinha de ser judia, também debaixo da lei mosaica. — Gálatas 3:19-25.
11. Em vista da diferença dos lugares, onde se encontravam o Filho de Deus e a mulher, o que era necessário, a fim de que o Filho se tornasse o Messias?
11 Tinha de ocorrer um milagre, que só Deus, o Todo-poderoso, podia realizar. Seu Filho “primogênito”, a Palavra ou Logos, estava lá no céu como poderosa pessoa espiritual, ao passo que a mulher, da qual tinha de proceder, se ele havia de ser o Messias, estava aqui na terra. O Filho não podia, na condição em que se encontrava, entrar no ventre desta moça judia. O que se devia dar, então? Bem, o Filho tinha de despojar-se de tudo o que era, enquanto estava “em forma de Deus”. Era preciso que sua vida fosse transferida dos céus invisíveis para o ventre da moça. Assim iria nascer “na semelhança dos homens”. Isto exigiu que o Filho de Deus se humilhasse muito. (Filipenses 2:5-8) Mas o Filho estava disposto a fazer isso por amor ao seu Pai e com o fim de servir aos objetivos de seu Pai celestial.
12. Quem era a “mulher” escolhida por Deus e por que tinha de ser o Messias o “primogênito” dela?
12 Como realizou o Pai celestial esse milagre? De que modo? Envolvia uma “mulher”. Muitas mulheres israelitas, especialmente as da tribo de Judá, talvez quisessem ser a mãe do prometido Messias. Mas não era da prerrogativa delas escolher ser a mãe do Messias. O Pai celestial do Messias era o Único que podia fazer a escolha neste caso. E ele a fez. A mulher que ele escolheu era uma “donzela”. (Isaías 7:14) Se ela já fosse casada e tivesse filhos, poderiam surgir dúvidas sobre a paternidade, a herança e os direitos. De modo que a “donzela” que Deus escolheu era “virgem”. (Mateus 1:22, 23) O nascimento do “primogênito” de Deus, como homem perfeito de sangue e carne, correspondentemente, precisava ser também o do “primogênito” da mulher. — Colossenses 1:15; João 3:16, 17.
13. A quem foi Gabriel enviado por Deus numa segunda missão e como se fez Gabriel visível para ela?
13 A moça escolhida precisava também ser descendente do Rei Davi, filho de Jessé. Por causa de tal relação com o Rei Davi, a moça poderia transmitir ao seu primogênito um direito natural com respeito ao reino de Davi sobre as doze tribos da “casa de Jacó” (Israel). Apropriadamente, a moça escolhida tinha de ter nascido na “cidade de Davi”, a cidade de Belém, na província de Judá. (Lucas 2:11) Mas, na ocasião em que Deus deixou a moça saber que ele iria favorecê-la altamente, ela vivia na cidade galiléia de Nazaré. Cerca de seis meses antes disso, Deus enviara o anjo Gabriel para anunciar ao sacerdote Zacarias o vindouro nascimento dum filho, a ser chamado João, e Deus enviou, então, apropriadamente, Gabriel à futura mãe do Messias, o qual seria apresentado por João. A moça era uma virgem judaica, de nome Maria, filha de Eli, da linhagem real de Davi. Gabriel materializou-se em forma humana para aparecer a Maria. A saudação dele surpreendeu Maria. Por que dizia este repentino visitante que Jeová estava com ela? Por que com ela?
14. O que disse Gabriel, em explicação a Maria, sobre por que Deus estava com ela?
14 Porque Jeová a havia escolhido para se tornar mãe do glorioso rei messiânico. Gabriel disse, pois: “Não temas, Maria, pois achaste favor diante de Deus; e eis que conceberás na tua madre e darás à luz um filho, e deves dar-lhe o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” — Lucas 1:26-33.
15. O que disse o anjo a respeito do que iria operar sobre Maria e com que efeito?
15 Como podia acontecer isso a uma “donzela”, uma “virgem”, solteira? Esta foi a pergunta de Maria, e também teria sido a nossa. Portanto, vejamos o que havia de entrar em operação para com Maria. “O anjo disse-lhe, em resposta: ‘Espírito santo virá sobre ti e poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus.”’ — Lucas 1:34, 35.
16. (a) Por que seria “santo” aquele que nasceria de Maria? (b) Como poderia Maria ter respondido a Gabriel, mas como respondeu?
16 “Espírito santo” havia de entrar em ação, e isto resultaria no nascimento de alguém “santo”. Seria um nascimento virginal. Para Deus; não era um milagre impossível de realizar, pois o anjo Gabriel concluiu, dizendo a Maria: “Para Deus nenhuma declaração será uma impossibilidade.” (Lucas 1:37) Como reagiu Maria a tudo isso? Ela poderia ter dito: ‘Mas, acontece que eu já sou noiva do carpinteiro José, filho de Jacó, da casa real de Davi. Tenho a obrigação de tornar-me mãe de seus filhos. Não posso romper meu noivado com José. Terás de desculpar-me!’ De modo que parecia haver realmente complicações, mas Deus também sabia disso. Maria, pois, com fé, respondeu a Gabriel: “Eis a escrava de Jeová! Ocorra comigo segundo a tua declaração.” — Lucas 1:38.
17. O que aconteceu então ao Filho “primogênito” de Deus no céu e o que se disse ao noivo de Maria, José, quanto ao que devia fazer?
17 Era então próprio que Maria concebesse por um milagre do Deus Todo-poderoso. De repente, sem que Maria, na terra, o soubesse, o Filho “primogênito” de Deus desapareceu do céu. Sua força de vida foi transferida para o corpo virgem de Maria. Assim, “durante o tempo em que a sua mãe Maria estava prometida em casamento a José, ela foi achada grávida por espírito santo, antes de se unirem. No entanto, José, seu marido, porque era justo e não queria fazer dela um espetáculo público, pretendeu divorciar-se dela secretamente. Mas, depois de ter cogitado estas coisas, eis que lhe apareceu em sonho um anjo de Jeová, dizendo: ‘José, filho de Davi, não tenhas medo de levar para casa Maria, tua esposa, pois aquilo que tem sido gerado nela é por espírito santo. Ela dará à luz um filho, e terás de dar-lhe o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.”’ — Mateus 1:1-21.
18. Na realidade, Jesus era filho de quem, e de que modo era profético seu nome?
18 O nome Jesus era profético. É a forma abreviada de Jeosué, significando “Jeová É Salvação”. O portador deste nome, apropriadamente, havia de ‘salvar o seu povo dos pecados deles’. Não seria filho de José, mas “Filho de Deus”, conforme disse Gabriel.
19. Por que não era o filho de Maria, Jesus, um novo Filho de Deus, e por que não era “Deus encarnado”, nem “Deus-homem”?
19 O primogênito milagroso de Maria não seria um novo Filho de Deus, mas, de fato, era o já por muito tempo existente Filho de Deus, cuja vida foi transferida do céu para a terra, por intermédio de Maria, como mãe humana. Logicamente, não podia ser chamado aquilo que muitos religiosos da cristandade o chamam: “Deus encarnado”, expressão que não se encontra na Bíblia inspirada. No céu, o Filho “primogênito” de Deus levara o título de Palavra (ou: Logos). Por isso, lemos em João 1:14: “De modo que a Palavra se tornou carne e residiu entre nós, e observamos a sua glória, uma glória tal como a de um filho unigênito dum pai.” Os clérigos da cristandade erram em chamá-lo de “Deus-homem”, pois, em 1 Timóteo 2:5, 6, ele é chamado de “homem, Cristo Jesus”. Nunca afirmou ser, nem podia afirmar ser o Deus Altíssimo. — João 20:31; Lucas 1:32.
UNGIDO POR QUEM E COM QUÊ?
20. Onde nasceu o primogênito de Maria, e por que?
20 Durante o reinado do César Augusto, imperador do Império Romano, pagão, Jesus nasceu em Belém-Judá, para cumprir a profecia de Miquéias 5:2. Isto ocorreu no começo do outono setentrional do ano 2 antes de nossa Era Comum. Enquanto José e Maria estavam em Belém, a fim de serem registrados, “ela deu à luz o seu filho, o primogênito, e o enfaixou e deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles no alojamento”. — Lucas 2:7.
21. Quem se tornou testemunha ocular na noite do nascimento de Jesus, e como?
21 Havia chegado aquele que seria o Messias! Esta foi a notícia emocionante que um glorioso anjo de Deus anunciou a pastores, que vigiavam seus rebanhos à noite, nos campos perto de Belém. “O anjo disse-lhes: ‘Não temais, pois, eis que vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá, porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, o Senhor.’” Embora o recém-nascido Jesus, na manjedoura em Belém, não se apercebesse disso, “repentinamente houve com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: ‘Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.’” Daí, os pastores informados foram à procura do menino na manjedoura, e encontraram-no, e assim foram recompensados por se tornarem testemunhas oculares do nascimento de Jesus, naquela noite momentosa. — Lucas 2:8-20.
22. Quando se tornou Jesus aquilo que o anjo o chamou: “Cristo o Senhor”, e como?
22 Quando se tornou Jesus realmente “Cristo, o Senhor”? Não no oitavo dia após o seu nascimento, quando foi circuncidado. Ele não foi ungido naquele dia. Isto aconteceu quando tinha trinta anos de idade. Ele foi a João Batista, que então fazia batismos no rio Jordão. Não pediu que João o ungisse com algum óleo oficial, para ser rei messiânico sobre todas as doze tribos de Israel Pediu que fosse batizado em água, assim como muitos outros judeus haviam feito durante os meses da atividade pública de João “Então, quando todo o povo fora batizado, Jesus também foi batizado, e, enquanto orava, abriu-se o céu e desceu sobre ele o espírito santo, em forma corpórea, semelhante a uma pomba, e uma vez saiu do céu: ‘Tu és meu Filho, o amado; eu te tenho aprovado.’” — Lucas 3:21-23.
23. Como foi que João Batista deu testemunho sobre a maneira em que Jesus foi constituído em Cristo?
23 Posteriormente, o profeta João deu testemunho disso a discípulos seus, aos quais ele disse: “Até eu não o conhecia, mas o Mesmo que me enviou a batizar em água disse-me: ‘Sobre quem for que vires descer o espírito e permanecer, este é quem batiza em espírito santo.’ E eu o vi e dei testemunho de que este é o Filho de Deus”. — João 1:33, 34.
24. O que disse André a seu irmão quanto a quem ele havia achado, e o que reconheceu Natanael a respeito de Jesus?
24 Uns quarenta dias depois do batismo de Jesus no rio Jordão, João trouxe Jesus à atenção de dois discípulos seus. Estes seguiram Jesus e aceitaram dele instrução bíblica. Cheio de alegria, por causa de seu achado maravilhoso, um deles, André, foi em busca de seu irmão, chamado Pedro, e disse-lhe: “‘Achamos o Messias’ (que, traduzido quer dizer: Cristo).” Pouco depois, um homem chamado Natanael foi trazido a Jesus. Depois de escutar Jesus, Natanael disse-lhe: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.” Na realidade, esta era uma confirmação, por Natanael, de que o ungido Jesus era o Messias, o Cristo. — João 1:35-49.
MESSIAS OU CRISTO ESPIRITUAL
25. Apesar de o batismo de João ser para pecadores, por que foi Jesus batizado por ele?
25 Visto que Jesus, enquanto na terra, era puramente Filho humano de Deus e não tinha pecados dos quais se devesse arrepender, por que foi imerso por um homem que pregava o batismo de arrependimento e do perdão de pecados? Fez isso para cumprir a profecia de Salmo 40:6-8. Seu batismo em água simbolizou sua plena apresentação “para fazer a tua vontade, ó Deus”, conforme tal vontade lhe fosse revelada daí em diante. (Hebreus 10:5-10) Esta vontade divina o orientaria sobre como devia agir qual Messias ou Cristo.
26. Aquilo que se ouviu a voz de Deus dizer, desde o céu, assinalou que mudança na vida de Jesus, e por que era isso necessário para ele?
26 Quando Jesus subiu das águas batismais, ouviu-se a voz de Deus, do céu, dizendo: “Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.” (Mateus 3:17) Isto assinalou uma mudança na vida de Jesus. Em que sentido? A declaração de Deus significava que ele havia então ungido a Jesus, de trinta anos de idade, para ser Filho espiritual de Deus. Abriu-se assim o caminho para este Filho de Deus voltar ao céu. Isso era necessário, até mesmo para Jesus. Foi como ele, mais tarde, explicou ao governante judaico Nicodemos, dizendo: “A menos que alguém nasça de novo, não pode ver o reino de Deus. . .. A menos que alguém nasça de água e espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que tem nascido da carne é carne, e o que tem nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes por eu te dizer: Vós tendes de nascer de novo.” — João 3:3-7.
27. O anúncio de Deus, desde o céu, a respeito de seu Filho indicou o que, referente a Jesus, e que mudança houve então na relação de Jesus com Maria?
27 Com a declaração feita desde o céu, Jeová Deus anunciou que ele havia produzido um Filho espiritual, que tinha a perspectiva de entrar no reino celestial de Deus. Maria, mãe daquele que era carne, não era a mãe deste Filho espiritual de Deus, e nunca se relata depois que Jesus a tivesse chamado de “mãe”. Por conseguinte, fala-se de Jesus como sendo “o Nascido de Deus”, que vigia sobre os seus discípulos, seus seguidores. Por exemplo, em 1 João 5:18 lemos: “O Filho gerado de Deus protege-o e o Maligno não toca nele.” (The Jerusalem Bible) “O Filho de Deus os guarda, e o Diabo não pode tocar neles.” (A Bíblia na Linguagem de Hoje) De modo que a relação de Jesus com sua mãe terrestre, Maria, mudou. Daí em diante, ele se devotou a coisas espirituais, não à carpintaria na cidade de Maria, Nazaré.
28. Jesus foi assim ungido para ser que espécie de Messias e para reinar onde?
28 O espírito santo de Deus desceu sobre o Filho espiritual de Deus, que acabava de ser produzido, a fim de ungi-lo como o Messias ou Cristo. Ele seria mais poderoso do que um mero Messias humano, de carne e sangue. Seria um Messias espiritual, que por fim reinaria no reino celestial de Deus. Quando este Messias ascendesse ao céu, o “trono de Davi, seu pai” seria enaltecido ao céu. Portanto, é dum trono celestial que “ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre”. — Lucas 1:32, 33.
29. Que título poderia ter Jesus, como Ungido, ligado ao seu nome, e com que foi ele ungido?
29 Depois de ser ungido com espírito santo de Deus, junto ao rio Jordão, Jesus poderia ter adicionado ao seu nome o título de Messias ou Cristo, e ele veio a ser chamado corretamente de Jesus, o Messias, ou Jesus Cristo. Meses depois, quando Jesus estava retornando para a Galiléia, uma mulher samaritana disse-lhe: “Eu sei que vem o Messias, que é chamado Cristo. Quando este chegar, ele nos declarará abertamente todas as coisas.” Jesus disse-lhe então quietamente: “Eu, que falo contigo, sou ele.” (João 4:25, 26) Jesus não foi ungido como Messias ou Cristo com óleo oficial derramado sobre a sua cabeça, mas com algo que somente Deus podia derramar sobre ele, como sendo Filho espiritual. Com que foi? O apóstolo Pedro responde: “Deus o ungiu com espírito santo e poder, e ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo.” — Atos 10:38.
30. Como no caso de Davi, que efeito imediato teve a unção de Jesus sobre ele, e por que não perdeu ele o espírito santo?
30 Lembramo-nos aqui de que a força ativa de Deus tornou-se operante no pastor Davi, depois que ele foi ungido com óleo pelo profeta Samuel, habilitando-o a fazer coisas notáveis. O mesmo aconteceu quando Jesus foi ungido por Deus, desde o céu. Lucas 4:1, 2, atesta: “Ora, Jesus, cheio de espírito santo, afastou-se do Jordão e foi conduzido pelo espírito, lá no ermo, por quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo.” Marcos 1:12 diz: “O espírito impeliu-o imediatamente a ir para o ermo.” Felizmente, por causa da fidelidade de Jesus, no ermo, quando provado pelo Diabo, ele não perdeu o espírito santo; não deixou de ser o Messias ou Cristo. Mostrou-se fiel ao que seu batismo em água simbolizou.
31. Após o encarceramento de João, Jesus voltou à Galiléia sob que poder, e o que fez ele ali?
31 No ano 30 E.C., João Batista, precursor de Jesus, foi encarcerado por Herodes Ântipas, tetrarca da Galiléia. Por isso, Jesus deixou a Judéia e atravessou a Samaria, voltando para a Galiléia. Jesus aplicou ali a si mesmo as Escrituras pelas quais podia ser identificado como o Messias ou Cristo. (Mateus 4:12-17) “Jesus voltou então no poder do espírito para a Galiléia. E a boa fama dele espalhou-se por toda a região circunvizinha. Começou também a ensinar nas sinagogas deles, sendo tido em honra por todos.” (Lucas 4:14, 15) A unção que Deus lhe dera ajudou-o, ao passo que ensinava às pessoas as Escrituras Sagradas.
32. Na sinagoga de Nazaré, que profecia de Isaías leu Jesus em voz alta, fazendo que comentário sobre ela?
32 Na sinagoga de sua própria cidade, Nazaré, Jesus trouxe à atenção o fato de que ele havia sido ungido por Deus em cumprimento da profecia de Isaías 61:1-3, referente ao Messias. Lemos sobre isso o seguinte, em Lucas 4:16-21:
“E ele chegou a Nazaré, onde tinha sido criado; e, segundo o seu costume no dia de sábado, entrou na sinagoga e levantou-se para ler. Foi-lhe assim entregue o rolo do profeta Isaías, e ele abriu o rolo e achou o lugar onde estava escrito: ‘O espírito de Jeová está sobre mim, porque me ungiu para declarar boas novas aos pobres, enviou-me para pregar livramento aos cativos e recuperação da vista aos cegos, para mandar embora os esmagados, com livramento, para pregar o ano aceitável de Jeová.’ Com isto enrolou o rolo, entregou-o de volta ao assistente e se assentou; e os olhos de todos na sinagoga estavam atentamente fixos nele. Principiou então a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.’ ”
33. De que tratavam as “boas novas” que Jesus foi comissionado a declarar, e ele foi enviado para declará-las até que ponto?
33 Que belo proceder a profecia de Isaías predisse para o Ungido de Jeová! Quão bondosamente a força ativa de Jeová, com que fora ungido, devia operar por meio dele! Durante todos os três anos restantes de seu serviço messiânico na terra, ele cumpriu amorosamente esta comissão profética de Deus. As “boas novas” que ele declarou aos pobres eram a mensagem do reino messiânico de Deus. Ele disse a uma multidão espiritualmente faminta, que queria detê-lo: “Tenho de declarar as boas novas do reino de Deus também a outras cidades, porque fui enviado para isso.” — Lucas 4:43.
34. Quem acompanhou Jesus quando foi pregar de lugar em lugar?
34 O registro posterior nos informa: “Pouco depois, ele viajava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do reino de Deus. E os doze [apóstolos] estavam com ele, bem como certas mulheres que tinham sido curadas de espíritos iníquos e de doenças, Maria, a chamada Madalena, da qual saíram sete demônios, e Joana, esposa de Cuza, encarregado de Herodes, e Susana, e muitas outras mulheres, que lhe ministravam de seus bens.” — Lucas 8:1-3.
35. Como ampliou Jesus a atividade evangelizador?
35 Não só o próprio Jesus proclamava as boas novas do reino de Deus, mas ele enviou também seus discípulos, para fazer pregação similar. Depois de mais de um ano de treinamento com ele, seus doze discípulos foram enviados a proclamar sozinhos o reino. Lucas 9:1, 2, nos diz: “Ele convocou então os doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar doenças. E assim os enviou a pregar o reino de Deus e a curar.” No ano seguinte, Jesus acrescentou mais setenta à força evangelizadora: “Depois destas coisas, o Senhor indicou outros setenta e os enviou, aos dois, na sua frente, a cada cidade e lugar aonde ele mesmo estava para ir. Começou então a dizer-lhes: ‘. . . Também, onde quer que entrardes numa cidade e eles vos receberem, comei as coisas postas diante de vós, e curai os doentes nela e continuai a dizer-lhes: “O reino de Deus se tem chegado a vós.”’” — Lucas 10:1-9.
36. O que haveria por detrás daqueles evangelizadores quando testificassem perante autoridades governantes, e, assim, por que mostrou a pregação do Reino, em nosso tempo, que ela é irresistível?
36 A força ativa de Deus estava por detrás do ungido Jesus, ao passo que fazia a sua pregação. Estava também por detrás daqueles evangelizadores que Jesus enviou. Não lhes falharia quando fossem convocados perante autoridades governantes. Jesus disse: “Não fiqueis ansiosos quanto a como ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de falar; pois, quem fala não sois apenas vós, mas é o espírito de vosso Pai, que fala por meio de vós.” (Mateus 10:18-20; Lucas 12:11, 12) Isto também se aplicaria aos pregadores das boas novas do reino de Deus mesmo durante a atual “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3, 9-14) Deve-se a que o espírito de Deus está por detrás da pregação do reino messiânico, agora estabelecido nos céus, nas mãos do Messias Jesus, que a pregação se mostrou irreprimível pelos homens. — Marcos 13:10-13.
37. Que caso relatado em Lucas 5:17-26 mostra que o poder curativo de Jesus não foi enfraquecido pela oposição religiosa?
37 Visto que a unção de Jesus não procedia de homens, mas de seu Pai celestial, “ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo; porque Deus estava com ele”. (Atos 10:38) A oposição maliciosa dos líderes religiosos não enfraqueceu a força que operava milagres. A respeito de um caso notável, está escrito: “No decorrer de um desses dias, ele estava ensinando, e havia ali sentados fariseus e instrutores da lei, que haviam chegado de toda aldeia da Galiléia e da Judéia, e de Jerusalém; e o poder de Jeová estava presente para ele fazer curas.” Apesar da atitude hostil daqueles religiosos, Jesus curou um paralítico incapacitado, e o povo, profundamente impressionado, disse: “Vimos hoje coisas estranhas!” — Lucas 5:17-26.
38. A quem atribuiu Jesus o crédito pelos seus milagres, e contra que pecado advertiu ele os que o acusavam falsamente?
38 Jesus atribuiu as suas curas milagrosas Aquele que realmente era responsável por elas. Por isso, Jesus disse aos que o acusavam de estar mancomunado com Satanás, o Diabo, a quem chamavam de “Belzebu, o governante dos demônios”: “É por meio do espírito de Deus que eu expulso os demônios.” Por conseguinte, advertiu os opositores de que “a blasfêmia contra o espírito não será perdoada. . . . quem falar contra o espírito santo, não lhe será perdoado, não, nem neste sistema de coisas, nem no que há de vir”. Os opositores haviam cometido este pecado imperdoável por atribuírem maliciosamente ao Diabo aquilo que claramente era uma operação milagrosa do espírito santo de Deus. — Mateus 12:2-32.
CHAMADO “FILHO DE DEUS, SEGUNDO O ESPÍRITO”
39. Contrário às idéias judaicas em comum, o que haviam anunciado de antemão suas Escrituras Hebraicas a respeito do que aconteceria com o Messias?
39 Lá, nos dias de Jesus, havia conceitos errados sobre que espécie de pessoa o Messias seria e que proceder havia sido demarcado para ele. Os opositores de Jesus não viram que estava escrito nas suas próprias Escrituras Hebraicas que o Messias primeiro tinha de sofrer, segundo a vontade de Deus, mesmo até a morte. Visto que era o principal que constituía o “descendente” da “mulher” de Deus, seu “calcanhar” tinha de ser ‘machucado’. (Gênesis 3:15) Depois de as profecias hebraicas terem sido cumpridas neste respeito, o apóstolo Pedro salientou este fato a uma multidão de judeus no templo de Jerusalém: “Deste modo Deus tem cumprido as coisas que ele anunciou de antemão por intermédio da boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de sofrer.” — Atos 3:18.
40. Por meio de que observações, que fez aos seus apóstolos, mostrou Jesus que ele sabia que o Messias tinha de sofrer e morrer?
40 À base das Escrituras Hebraicas, Jesus sabia que o Messias tinha de sofrer e morrer. Embora seus apóstolos o reconhecessem como o Messias, causou-lhes surpresa quando lhes disse que ele havia de sofrer uma morte vergonhosa. Quando o apóstolo Pedro objetou a tal idéia, Jesus disse-lhe: “Para trás de mim, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não tens os pensamentos de Deus, mas os de homens.” O precursor de Jesus, João Batista, sofreu às mãos dos inimigos aquilo que estes quiseram infligir-lhe, e, Jesus disse, “do mesmo modo também o Filho do homem está destinado a sofrer às mãos deles”. — Mateus 16:21-23; 17:12, 13.
41. No primeiro século E. C., que conceito se fazia da congregação dos discípulos de Cristo, por causa do modo em que este havia morrido?
41 Por fim, Jesus foi morto igual a um blasfemador contra Deus e sedicioso contra o Império Romano. Isto mostrou ser a maior pedra de tropeço tanto para judeus como para gentios, no que se referia a eles aceitarem Jesus como o prometido Messias. Mais de vinte e cinco anos depois, judeus em Roma expressaram sua atitude para com a congregação dos discípulos de Jesus, dizendo ao encarcerado apóstolo Paulo: “Deveras, quanto a esta seita, é sabido por nós que em toda a parte se fala contra ela.” — Atos 28:22.
42. Conforme ilustrado pelo caso do apóstolo Paulo, o que era necessário que os cristãos provassem com as Escrituras a respeito do Messias?
42 Conseqüentemente, tornou-se necessário que os cristãos provassem que a morte de Jesus, numa estaca de tortura, fora de Jerusalém, em vez de desacreditá-lo como o prometido Messias das Escrituras Sagradas, na realidade provava que ele era o verdadeiro Messias, o Cristo de Deus. Por exemplo, tomemos o caso do apóstolo Paulo, na sinagoga de Tessalônica, na Macedônia: “Segundo o costume de Paulo, ele entrou, indo ter com eles, e por três sábados raciocinou com eles à base das Escrituras, explicando e provando com referências que era necessário que o Cristo sofresse e fosse levantado dentre os mortos, e dizendo: ‘Este é o Cristo, este Jesus, que eu vos publico.”’ (Atos 17:1-3) Anos depois, o apóstolo Paulo compareceu como prisioneiro perante o governador romano Festo e o Rei Agripa, visitante, para explicar o seu caso. No auge de sua defesa, ele disse:
“Visto que obtive a ajuda que vem de Deus, continuo até o dia de hoje a dar testemunho tanto a pequenos como a grandes, mas, sem dizer nada exceto as coisas que os Profetas, bem como Moisés, declararam que iam ocorrer, que o Cristo havia de sofrer e que, como primeiro a ser ressuscitado dentre os mortos, ele ia publicar luz tanto a este povo como às nações.” — Atos 26:22, 23.
43. De que milagre por Deus tornou-se Paulo testemunha, e como mostrou Pedro por que este foi o maior milagre de Deus?
43 Paulo tornara-se testemunha da ressurreição, como ele declarou denodadamente perante Festo e Agripa. (Atos 26:12-18) Também, em 1 Coríntios 15:3-8, Paulo atesta que, antes de sua própria conversão, houve “mais de quinhentos irmãos” que foram testemunhas oculares de que Jesus havia sido ressuscitado dentre os mortos. Esta ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, no terceiro dia após a sua morte, mostrou ser o maior milagre de Deus. Mas Deus possuía a energia dinâmica para realizá-lo. Por que era assim? O apóstolo Pedro indica a razão, ao escrever: “Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito. Neste estado, também, ele foi e pregou aos espíritos em prisão.” — 1 Pedro 3:18, 19.
44. Segundo disse Pedro, Jesus foi vivificado como o quê?
44 O que queria Pedro dizer com isso? O seguinte: Que o Deus Todo-poderoso não ressuscitou a Jesus como pessoa humana, mas o ressuscitou como pessoa espiritual, como pessoa espiritual incorruptível, à prova de morte ou imortal.
45, 46. (a) Depois de o espírito de Deus descer sobre Jesus junto ao rio Jordão, ele foi declarado como sendo o quê? (b) Pela ressurreição de Jesus dentre os mortos, ele foi declarado ser Filho de Deus segundo o quê?
45 O corpo físico de Jesus havia sido semeado na morte, como sacrifício, para ser eliminado por Deus. Por isso, Jesus foi ressuscitado para a vida celestial com um “corpo espiritual”, glorioso, revestido de imortalidade, para nunca mais morrer. (1 Coríntios 15:42-54) Anteriormente, no dia do batismo de Jesus em água, Jeová Deus o havia gerado por meio de Seu espírito santo, para daí em diante ser Filho espiritual de Deus, com vistas a uma herança celestial. A fim de dar testemunho de que Jesus fora gerado assim, Deus falou desde o céu, anunciando que o ungido Jesus era Seu Filho espiritual, amado e aprovado. (Mateus 3:13-17) Mas, no dia da ressurreição de Jesus, da morte, Deus declarou que ele era plenamente nascido Filho espiritual de Deus. Foi por isso que Paulo escreveu:
46 “As boas novas de Deus, que ele prometeu outrora por intermédio de seus profetas, nas sagradas Escrituras, a respeito de seu Filho, o qual procedeu do descendente de Davi segundo a carne, mas que, com poder, foi declarado Filho de Deus, segundo o espírito de santidade, [como?] por meio da ressurreição dentre os mortos — sim, Jesus Cristo, nosso Senhor.” — Romanos 1:1-4.
47. Como falou Paulo, em Efésios 1:19-21, sobre quão estupendo era o milagre de Deus em ressuscitar Jesus?
47 O apóstolo Paulo escreveu adicionalmente, atestando quão estupendo foi o milagre de Jeová em ressuscitar a Jesus Cristo como espírito imortal: “É segundo a operação da potência de sua força, com que ele tem operado no caso do Cristo, quando o levantou dentre os mortos e o assentou à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir.” — Efésios 1:19-21; Filipenses 2:5-11; 1 Pedro 3:21, 22.
48. Quem é a “mulher” mencionada em Gênesis 3:15, e que ferida sarou Deus ao ressuscitar Jesus?
48 Realizando esta ressurreição maravilhosa de Jesus Cristo, o Médico celestial, Jeová, sarou a ferida que a Grande Serpente, Satanás, o Diabo, havia infligido ao “calcanhar” do “descendente” da “mulher”, por meio de sua iníqua organização terrestre. (Gênesis 3:15) A “mulher” deste mistério de Deus não era a pecadora Eva, nem a virgem judaica Maria, mas a organização celestial de Deus, semelhante a uma mulher, que se compõe de santas criaturas espirituais. Essa organização proveu o Filho unigênito de Deus para serviço aqui na terra, como o prometido Messias. — Veja Gálatas 4:25, 26.
49, 50. O Principal constituinte do “descendente” da “mulher” de Deus está agora em condições de fazer o quê, e que coisas aclamamos como vindas por intermédio dele?
49 O Principal constituinte do “descendente” da “mulher” de Deus está agora em condições de machucar a cabeça da Grande Serpente, Satanás, o Diabo, esmagando-o junto com todos os que constituem o “descendente” dele. Nós, quer sejamos judeus, quer gentios, não precisamos mais aguardar a vinda do verdadeiro Messias em carne, à nossa terra. Ele já veio e cumpriu seu papel na terra, no primeiro século de nossa Era Comum. (1 João 4:2; 2 João 7) Agora já foi recompensado com glória no céu. Ele é Messias ou Cristo espiritual, capaz de fazer muito mais do que um Messias ou Cristo humano, terreno.
50 Toda a glória cabe a Jeová Deus, que ungiu seu Filho Jesus “com espírito santo e poder”, para ser o precioso Messias! Toda a aclamação é devida às bênçãos eternas, prometidas a toda a humanidade por meio do glorificado Messias espiritual, o Cristo de Deus! — Atos 10:38; Gênesis 22:18.