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LegiãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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a estar possesso de muitos demônios. É possível que o principal destes demônios fizesse com que este homem dissesse que seu nome era “Legião”. O fato de que, no primeiro século EC, as legiões romanas geralmente se compunham de 6.000 homens pode fornecer algum indício do grande número de demônios envolvidos. Tal homem possesso de demônios, bem como seu companheiro, eram tão ferozes que ninguém ousava passar pela área em que eles habitavam, no meio dos túmulos. Sob a influência demoníaca, o homem que disse que seu nome era “Legião” andava nu, dum lado para o outro, e dia e noite clamava em alta voz, e se cortava com pedras. Malograram todos os esforços de amarrá-lo, até mesmo com cadeias e grilhões. Cristo Jesus, contudo, libertou este homem e seu companheiro do poder dos demônios. Depois disso, os demônios expulsos se apoderaram duma vara de porcos e fizeram com que estes se lançassem dum precipício, morrendo no mar da Galiléia. — Mat. 8:28-34; Mar. 5:1-20; Luc. 8:26-39.
Quanto a pormenores sobre as legiões romanas, veja EXÉRCITO (Romano) .
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LegisladorAjuda ao Entendimento da Bíblia
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LEGISLADOR
Um formulador de leis; alguém que legisla. Há incontáveis humanos que têm servido numa capacidade legislativa, fazendo leis para nações e comunidades. No entanto, a Bíblia centraliza a atenção em Jeová como o Legislador fundamental do universo.
JEOVÁ COMO O LEGISLADOR
Jeová é, em realidade, o único Legislador verdadeiro do universo. São-lhe atribuídas as leis físicas que governam a criação material, as coisas inanimadas (Jó 38:4-38; Sal. 104:5-19) e os animais. (Jó 39:1-30) O homem também, como criação de Jeová, está sujeito às leis físicas de Jeová e, sendo uma criatura dotada de senso moral, racional, capaz de arrazoar e de possuir espiritualidade, está igualmente sujeito às Suas leis morais. (Rom. 12:1; 1 Cor. 2:14-16) Ademais, sua lei governa as criaturas espirituais, os anjos. — Sal. 103:20; 2 Ped. 2:4, 11.
As leis físicas de Jeová são invioláveis. (Jer. 33:20, 21) Por todo o universo visível conhecido, suas leis são tão estáveis e fidedignas que, em áreas em que os cientistas têm conhecimento destas leis, podem calcular os movimentos da lua, dos planetas, etc., com exatidão de segundos. Alguém que aja de forma contrária às leis físicas sente a aplicação imediata de suas sanções. Semelhantemente, as leis morais de Deus são irrevogáveis e não podem ser postas de lado nem violadas com impunidade. São tão certas de vigorarem como o são Suas leis naturais, embora a punição talvez não seja imposta tão de imediato. “De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” — Gál. 6:7; 1 Tim. 5:24.
Ao passo que, desde a rebelião de Adão até o Dilúvio, a maldade aumentou entre a maioria de seus descendentes, alguns homens fiéis ‘prosseguiram andando com o verdadeiro Deus’. (Gên. 5:22-24; 6:9; Heb. 11:4-7) As únicas ordens específicas que estão registradas como tendo sido fornecidas a tais homens por Deus são as instruções supridas a Noé em relação com a arca. Noé obedeceu implicitamente a estas. (Gên. 6:13-22) Não obstante, havia princípios e precedentes para guiá-los em seu ‘andar com o verdadeiro Deus’.
Eles estavam a par da generosidade abundante de Deus em prover as coisas para o homem no Éden, em evidência do altruísmo e do amoroso interesse divinos. Sabiam que o princípio de chefia vigorava desde o início — Deus como cabeça do homem, e o homem como cabeça da mulher. Sabiam da designação de trabalho dada por Deus ao homem, de Seu interesse no cuidado correto das coisas concedidas ao homem para seu uso e usufruto. Sabiam que as uniões sexuais deveriam existir apenas entre o homem e a mulher, e que as pessoas assim unidas deviam fazê-lo, não como algo momentâneo (como se dá na fornicação), mas como parte dum relacionamento familiar, ‘deixando pai e mãe’ para formar tal união duradoura. Podiam avaliar o princípio dos direitos de propriedade, e o devido respeito por eles, contido na ordem de Deus sobre o usufruto das árvores do jardim do Éden e da árvore do conhecimento do bem e do mal, em especial. Compreendiam os maus resultados advindos da primeira mentira. Estavam a par da aprovação de Deus quanto ao proceder de adoração de Abel, de Deus desaprovar a inveja e o ódio de Caim para com seu irmão, e da punição de Deus para com o assassínio de Abel por Caim. — Gên. 1:26 a 4:16.
Assim, mesmo sem dispor de declarações específicas, de decretos ou de estatutos adicionais da parte de Deus, podiam basear-se nestes princípios e precedentes para guiá-los em outras situações diferentes, mas relacionadas, que talvez surgissem. Séculos mais tarde, Jesus e seus apóstolos consideraram deste modo os assuntos pré-diluvianos. (Mat. 19:3-9; João 8:43-47; 1 Tim. 2:11-14; 1 João 3:11, 12) Lei significa uma regra de ação. Através das palavras e das ações de Deus, eles dispunham dos meios para saber algo sobre Seus modos de agir, seus padrões, e isto deveria ser a regra de ação ou lei que deveriam seguir. Por fazer isso, poderiam ‘prosseguir andando com o verdadeiro Deus’. Aqueles que deixassem de fazê-lo estavam pecando, ‘errando o alvo’, muito embora não houvesse nenhum código jurídico que os condenasse.
Após o Dilúvio, Deus expressou a Noé a lei, válida para toda a humanidade, que permitia que se comesse carne, mas proibia a ingestão de sangue, e declarava o princípio da pena capital para o assassínio. (Gên. 9:1-6) No período pós-diluviano inicial, homens tais como Abraão, Isaque, Jacó e José mostraram genuíno interesse pelos modos de agir de Deus, por Sua
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