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Dádivas (Dons) De DeusAjuda ao Entendimento da Bíblia
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à congregação a fim de que seus membros individuais fossem edificados e atingissem a madureza. (Efé. 4:8, 11, 12) Para cumprir fielmente suas responsabilidades, para a bênção de outros, aquele que recebeu o dom deve continuar a cultivá-lo, nunca o negligenciando. (1 Tim. 4:14; 2 Tim. 1:6) Com a ajuda de Jeová, qualquer pessoa que fizer um esforço resoluto de usar plenamente sua capacidade e de sobrepujar os obstáculos que possam surgir, poderá cultivar a habilidade de executar qualquer tarefa divinamente designada. — Fil. 4:13.
DONS DO ESPÍRITO
No primeiro século da E.C., os dons miraculosos acompanhavam o batismo com espírito santo. Estes serviam quais sinais e portentos de que Deus não mais usava a congregação judaica em seu serviço, mas que sua aprovação pousava agora sobre a congregação cristã, estabelecida por seu Filho. (Heb. 2:2-4) No dia de Pentecostes, o derramamento do espírito santo veio acompanhado de dons miraculosos e, em cada caso mencionado mais adiante nas Escrituras, em que os dons miraculosos foram transmitidos, um ou mais dos apóstolos escolhidos diretamente por Jesus estavam presentes. (Atos 2:1, 4, 14; 8:9-20; 10:44-46; 19:6) Evidentemente, com a morte dos apóstolos, a transmissão dos dons do espírito findou, e os dons miraculosos do espírito cessaram por completo à medida que os que haviam recebido tais dons deixaram o cenário terrestre.
Realizar obras aparentemente miraculosas não seria em si mesmo uma evidência de autorização divina, tampouco a incapacidade de os servos de Deus fazerem milagres com a ajuda do espírito de Deus lançaria dúvida sobre estarem eles sendo usados por Ele. (Mat. 7:21-23) Nem todo cristão do primeiro século podia realizar obras poderosas, curar, falar em línguas e traduzir. Paulo, e sem dúvida outros, pela benignidade imerecida de Deus, receberam muitos de tais dons do espírito. Contudo, foi predito que esses dons miraculosos findariam. De fato, até mesmo Jesus indicou que seus seguidores seriam identificados, não por realizarem obras poderosas, mas por seu amor mútuo. — 1 Cor. 12:29, 30; 13:2, 8-13; João 13:35.
Paulo enumera 9 diferentes manifestações ou operações do espírito: (1) palavra de sabedoria, (2) palavra de conhecimento, (3) fé, (4) dons de curar, (5) obras poderosas, (6) profetizar, (7) discernimento de pronunciações inspiradas, (8) línguas diferentes e (9) interpretação de línguas. Todos estes dons do espírito serviam a um propósito benéfico, contribuindo não apenas para o crescimento numérico da congregação, mas resultando também em sua edificação espiritual. — 1 Cor. 12:7-11; 14:24-26; veja LÍNGUA.
OUTRAS OPERAÇÕES DO ESPÍRITO
Ao mencionar algumas das operações do espírito em conjunto com a colocação dos membros individuais do corpo de Cristo, Paulo declara: “Deus tem colocado os respectivos na congregação, primeiro apóstolos; segundo profetas; terceiro instrutores; depois obras poderosas; depois dons de curar; serviços prestimosos, capacidade de dirigir, línguas diferentes.” (1 Cor. 12:27, 28) “Serviços prestimosos” talvez incluíssem as providências tomadas para ajudar materialmente os irmãos necessitados, tais como a distribuição de alimento às viúvas necessitadas, para o que foram designados sete homens “cheios de espírito e de sabedoria”, na congregação de Jerusalém. (Atos 6:1-6) “Capacidades de dirigir” eram necessárias para cumprir a comissão de fazer discípulos, esboçada por Jesus. (Mat. 28:19, 20) A obra missionária, bem como o estabelecimento de novas congregações, e, daí, dirigir as atividades dessas congregações, exigia direção perita. Neste respeito, é digno de nota que Paulo, com referência à sua parte no programa de edificação, de Deus, fale de si mesmo como “diretor sábio de obras”. — 1 Cor. 3:10.
CONTROLE DOS DONS DO ESPÍRITO
Numa reunião da congregação, certo profeta poderia receber uma revelação enquanto outro profeta estivesse falando. Além disso, os que possuíam os dons do espírito tinham controle sobre estes quando o espírito de Deus os envolvia, isto é, eram capazes de se refrearem de falar até que surgisse uma oportunidade. Deste modo, o profetizar, o falar em línguas e o traduzir podiam ser feitos dum modo ordeiro na congregação, para a edificação de todos. — 1 Cor. 14:26-33.
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Dádivas De MisericórdiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DÁDIVAS DE MISERICÓRDIA
Trata-se de coisas dadas a um necessitado, para aliviar sua situação. Ao passo que as “dádivas de misericórdia” não são mencionadas diretamente como tais nas Escrituras Hebraicas, a Lei dava instruções específicas aos israelitas a respeito de suas obrigações para com os pobres. Ao lidarem com seus irmãos necessitados, não deviam ser mesquinhos, mas generosos. — Deut. 15:7-10.
Jesus destacou como importante o dar “como dádivas de misericórdia as coisas que estão no íntimo”. Talvez tenha desse modo se referido às qualidades do coração, em vista de seu destaque à justiça e ao amor, dado logo em seguida. (Luc. 11:39-42) Os do “pequeno rebanho” de Jesus foram incentivados a ‘vender as coisas que lhes pertenciam e a fazer dádivas de misericórdia’. (Luc. 12:32, 33) Ao jovem governante rico, Jesus deu conselho semelhante, acrescentando: “E vem, sê meu seguidor.“ — Mat. 19:16-22; Luc. 18:18-23; veja também João 13:29.
Medidas de socorro organizadas
Em resultado do acréscimo de uns 3.000 judeus e prosélitos à congregação cristã no dia de Pentecostes, e do contínuo aumento numérico pouco depois, surgiu entre os cristãos uma
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