O poder enganoso da riqueza
“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei.” — Heb. 13:5, 6, ALA.
1. Qual é o resultado da falta de fé?
MUITAS pessoas hoje em dia fazem da riqueza material o seu principal objetivo na vida, parcialmente porque não têm fé que Deus supra as suas necessidades diárias. Certo homem mostrou um dólar a um amigo e disse: “Este é o meu deus.” Pessoas assim gastam o seu tempo e energia para adquirir maior segurança neste sistema de coisas em vez de demonstrar fé no Dador da vida, Jeová Deus.
2. O que muitas pessoas desejam na vida, mostrando falta de quê?
2 A vida se tem tornado uma luta, não só pela sobrevivência, mas também para progredir materialmente e melhorar na vida. A maioria das pessoas tentam manter-se pelo menos no nível dos seus vizinhos nesta luta. Se um pinta a sua casa, o outro também pintará a dele. Se um compra um carro nôvo, o outro também precisa comprar um. Os grandes propagandistas do comércio os engodam com uma vívida descrição das coisas materiais. Certa gravura mostrava um homem cambaleando sob o peso dos débitos de televisão, carro, roupas, equipamentos esportivos, jóias e ainda procurando mais; a legenda dizia: “100 anos para pagar.” Tais pessoas não têm autodomínio quanto às coisas que este sistema de coisas oferece, mas, semelhantes a um peixe mordendo a isca, continuam mordendo cada vez mais até que são fisgadas por débitos que não podem pagar.
3. Mencione algumas das coisas de grande valor. O que deve ocupar o lugar mais importante?
3 Considere quão menos importante é tal ostentação de riqueza, quando comparada com a felicidade de sua família, com a boa saúde, com a paz, com os bons amigos e com as bênçãos da vida sob o favor divino. Tudo isto é muito mais importante e, além do mais, todos o podem possuir, quer rico quer pobre, quer velho quer moço. De fato, o próprio Jeová estende o convite: “Ali! todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde,, comprai, e comei; sim, vinde e comprar, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão: e o vosso suor naquilo que não satisfaz?” Sim, o importante pão espiritual está disponível a todos, sem preço. Portanto, conservemos a busca das coisas materiais no seu devido lugar, mantendo o equilíbrio que a fé provê, a fim de que a adoração e o serviço de Jeová, que são mais importantes, não ocupem lugar mais insignificante em nossa vida. — Isa. 55:1, 2, ALA.
4. Como se aplica agora o conselho de Paulo?
4 O apóstolo Paulo aconselhou o jovem Timóteo a seguir a “piedade com o contentamento”. “Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” Paulo disse que este proceder nos conduzirá à “grande fonte de lucro” em sentido espiritual e, também, ao prazer e à satisfação da vida. — 1 Tim. 6:6-8, ALA.
5. Por que foi sábio o conselho de João?
5 Por que acumular riqueza para um tempo que nunca virá; acumular tesouro num mundo que está passando? O então idoso apóstolo João escreveu: “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, não está nele o amor do Pai; porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a exibição ostentosa dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas se origina do mundo. Além disso, o mundo está passando e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Vivemos no tempo do qual João escreveu. Observe que este texto bíblico fala de nossos desejos, o desejo da carne, o desejo dos olhos, a exibição ostentosa dos meios de vida. Estas coisas não são necessidades, são coisas extraordinárias, coisas desejadas. Jeová provê as coisas que necessitamos, mas somos informados de que o que vai além destas coisas não se origina do Pai, mas do mundo. Como assim? Porque estas são coisas que nos afastam do Pai e da nossa adoração e serviço a ele, consumindo todo o nosso tempo e energia. — 1 João 2:15-17.
RAIZ DE TODOS OS MALES
6. A que conduz o amor do dinheiro?
6 O desejo das coisas materiais leva a pessoa a um círculo vicioso. Quanto mais dinheiro ela tem tanto mais ela compra e quanto mais compra tanto mais precisa manter-se em dia com o que tem, continuando assim indefinidamente. Por conseguinte, os entendidos na ciência social que fizeram um estudo de pessoas de diferentes níveis de vida, mostraram que os que ganham Cr$ 20.000,00 querem Cr$ 40.000,00 e os que ganham Cr$ 40.000,00 querem Cr$ 80.000,00. Até os que têm milhões querem outros milhões. Geralmente, quanto mais a pessoa tem mais ela quer e em alguns casos o amor do dinheiro se torna tão forte que chega a conduzir ao suborno, ao crime, à violência e até ao assassinato. (Pro. 28:20) De fato, as coisas estão tão desequilibradas que se gasta mais dinheiro no jogo, por causa do desejo de ganhar dinheiro fácil, do que se gasta em escolas públicas.
7. Como se prova veraz Mateus 4:4?
7 Até mesmo um milionário só pode vestir um terno de cada vez. Só pode comer um certo tanto em cada refeição. Eclesiastes 5:11 (ALA) diz: “Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que deles comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos!” No registro em Lucas 12:16-21 (ALA) Jesus falou de certo homem rico que tinha terra que produzia bem. Por fim ele decidiu derrubar os seus celeiros e construir outros maiores, para que tivesse em depósito para os muitos anos que ele tinha resolvido descansar, beber, comer e se divertir. “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será” Jesus frisou assim que toda a riqueza material deste homem não seria desfrutada por ele; outros colheriam os frutos do seu labor. Explicou Jesus: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” O que preferiria o leitor, celeiros cheios de mantimentos ou uma vida rica para com Deus? — Mat. 4:4.
8. Por que é enganoso o valor da riqueza?
8 Jesus frisou que a riqueza tem apenas poder temporário e enganoso e não é eterna como as riquezas espirituais. Isto tem sido veraz muitas vezes, mesmo nesta geração. Quando o governo nacionalista se retirava da China, as pessoas tinham que levar malas ou carrinhos de mão cheios de dinheiro, se quisessem comprar um pão. Na Alemanha, depois da Primeira Guerra Mundial, em 1923, um trilhão de marcos em papel-moeda diminuíram ao valor de marco em moeda. Na Coréia, bem recentemente, a moeda corrente era tão instável que se cobravam altos juros para qualquer empréstimo. Por fim o governo tomou uma ação drástica, embargando todos os empréstimos de mais de 20 por cento de juros. Nos Estados Unidos se tem feito e perdido fortunas durante as flutuações financeiras, tais como as baixas nos mercados. Tem garção que trabalha perto da Wall Street, disse: “Você nem faz uma idéia de como é isto. Entram homens que possuem bens no valor de um milhão de dólares num dia e no outro pulam pela janela.” As fortunas foram perdidas durante a noite. Para outros, a inflação dos anos recentes tem reduzido as economias de toda uma vida a poucos valores.
9. Como é que a riqueza pode tornar-se maldição?
9 As riquezas materiais são enganosas. Elas não possuem valores duradouros e podem ser levadas por ladrões, fogo, guerra ou inflação. Além disso, se tais coisas não podem comprar a vida nem a saúde, tampouco fazer verdadeiros amigos, então, que valor real têm elas? Um homem moribundo pode oferecer bilhões ao médico, mas este não o pode impedir de morrer. É interessante notar que se tem descoberto que os índios do noroeste brasileiro sofrem menos doenças do coração e câncer do que o povo nas áreas industriais, com maior pressão econômica. Portanto, pode muito bem acontecer que a ansiosa busca de coisas materiais se torne mui prejudicial à saúde. Por isso Jesus deu o seguinte conselho ao homem que o queria constituir juiz numa demanda sobre herança entre o homem e o seu irmão: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” Sim, em vez de ser uma bênção, a riqueza pode tornar-se maldição. — Luc. 12:15, ALA.
10. Contra o que devemos vigiar?
10 Paulo disse ao jovem Timóteo, que na ocasião tinha abandonado os empenhos materialistas do seu dia, para empenhar-se no ministério de tempo integral: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1 Tim. 6:9, 10, ALA) Note que Paulo explicou que é o amor ou a cobiça de riquezas que deve ser evitado. A determinação agressiva de ficar rico é o que pode tomar o lugar das coisas espirituais mais importantes na vida da pessoa e, assim, fazê-la desviar-se da fé, cauterizando a sua consciência mediante alguma prática comercial fraudulenta ou ilegal, ou consumindo todo o seu tempo e energia até que se torne materialmente próspero, mas espiritualmente fraco.
EQUILÍBRIO ESPIRITUAL CORRETO
11. Qual é o conceito correto sobre as necessidades materiais?
11 Todavia, talvez assuma a atitude de que simplesmente tenta prover para as necessidades de sua família e não se tornando materialista por causa de falta de fé; sendo isto perfeitamente correto. Deveras, o homem que pretende servir a Deus e não provê para a sua família tem renegado a fé e é pior do que uma pessoa sem fé. (1 Tim. 5:8) Outrossim, depositando fé ao orarmos a Deus para prover o nosso pão diário, poderemos descobrir que é possível empregar menos tempo nos empenhos seculares e mais no ministério. Nos países em que as pessoas levam uma vida mais modesta, elas não gastam longas horas assistindo à televisão, nem gastam as tardes de sábado lustrando o carro nem em consertos para a manutenção da casa e, assim, podem realmente colocar os interesses do Reino em primeiro lugar nas suas vidas. Jesus nos aconselhou a orar pelo “pão nosso de cada dia” e não pelas necessidades daqui a dez anos. — Mat. 6:11, ALA.
12. Que bom conselho deu Jesus em Mateus 6:24-34?
12 Jesus prosseguiu, dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores . . . Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir.” Só porque as nações se empenham àvidamente, buscando atingir alvos materialistas na vida, devemos nós demonstrar tão insignificante fé? “Buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados.” — Mat. 6:24-34, ALA.
13. Como é que o Salmo 37 incentiva o serviço de tempo integral?
13 Isto não significa que devemos ficar de boca aberta esperando que Deus a encha. Até os pássaros e os animais procuram o que precisam. Mas, se fizermos a nossa parte, poderemos ter fé que Deus supra às nossas necessidades. (Sal. 37:25, 26) Jeová é o melhor provedor que se pode ter; portanto, por que não colocar o seu serviço em primeiro lugar em nossas vidas? Precisa ser um serviço prestado de todo o coração, colocando-se as coisas mais importantes primeiro; e, certamente, o privilégio de servir o nosso Criador, Aquele que nos pode dar vida, deve receber a nossa primeira consideração.
14. Por que foi que Jesus disse que seria, difícil um rico entrar no Reino?
14 Certa ocasião um jovem perguntou a Jesus: “Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?” Jesus o aconselhou que a primeira coisa que devia fazer era harmonizar a sua vida com os mandamentos de Deus, obedecendo à sua lei. O jovem assegurou-lhe de que os havia guardado todos. Então Jesus lhe disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me.” Todavia, quando o jovem ouviu isto, ficou triste, porque tinha mais interesse nas muitas posses materiais que desfrutava do que no serviço do seu Criador. Assim como neste caso, muitos que possuem grande riqueza material dão ouvido ao que lhes fala o dinheiro. Deveras, o dinheiro deles também pensa por eles, pois lhe dão consideração em primeiro lugar na vida em vez de a um equilíbrio espiritual correto. Por isso Jesus disse aos seus discípulos: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.” — Mat. 19:16-26, ALA.
15. Se tivermos fé fraca, como a podemos fortalecer?
15 Todos nós precisamos lutar constantemente para manter um bom equilíbrio espiritual. Se descobrirmos que estamos permitindo as ansiedades materiais sufocar nosso serviço a Deus, talvez seja porque não estejamos exercendo fé. Qual é o remédio? Fortalecer a fé. Estudar a Palavra de Deus; freqüentar as reuniões, onde se pode reavivar a fé mediante a boa associação e mediante o recebimento de uma generosa porção do espírito de Deus. Estabeleça uma reserva espiritual mediante um estudo bíblico com a sua família e mediante ensinar a outros as verdades que conhece, demonstrando fé por este meio. Jamais permita que o seu emprego secular o impeça de freqüentar as reuniões congregacionais para estudar a Bíblia, nem de assistir às assembléias para se devotar à adoração pura. Há outros empregos para os homens de fé e “vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas” estas coisas. Quanto mais riquezas materiais tem um homem tanto mais difícil é para ele aceitar e aplicar as verdades bíblicas. Tal homem tem uma grande cruz neste velho mundo; e quanto maior é a cruz tanto mais difícil é de carregar. Jesus ilustrou isto, dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.” Só por meio da fé pode entrar uma pessoa assim. — Mat. 19:24, ALA.
HOMENS DE FÉ
16. Por que dizemos que é possível vivermos sem o amor do dinheiro?
16 Talvez diga, tudo isto parece bom, mas certamente não é praticável. Entretanto, fazer as coisas do modo que Jeová orienta e segundo aconselha a sua Palavra sempre é mais sábio e mais prático. Há muitos exemplos notáveis de homens proeminentes no mundo, que encontraram o seu maior tesouro nas coisas espirituais. Um deles foi um homem que tinha o mais alto grau de instrução que o mundo pode oferecer. Ele se tornou o que podemos chamar de primeiro-ministro de uma nova nação, Israel. Ele foi conhecido especialmente como legislador e juiz. Serviu como embaixador especial de Jeová a uma nação hostil, o Egito, e, finalmente, veio a prefigurar a Jesus Cristo. Trata-se de Moisés. A sua opinião sobre o poder enganoso da riqueza é expressa em Hebreus 11:24-26 (ALA): Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, . . . porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.” Sim, Moisés fez dos interesses de Jeová os seus próprios interesses e não do materialismo. Ele tinha fé.
17. Por que foi Jó sábio, não colocando a sua confiança no ouro?
17 Outro exemplo disto é o caso do bem conhecido homem de posses. Este era um homem de família numerosa, tendo muitos servos e muito gado e animais domésticos, num total de mais de 11.000 cabeças. Possuindo tanta coisa, ele foi chamado o maior de todos os do Oriente. Quem era ele? Jó. Depositava ele fé nas coisas materiais? Leia Jó 31:24-28 (ALA): “Se no ouro pus a minha esperança, ou disse ao ouro fino: Em ti confio; se me alegrei por serem grandes os meus bens, e por ter a minha mão alcançado muito; . . . Também isto seria delito à punição de juízes; pois assim negaria eu ao Deus lá de cima.” Jó não negou ao seu Criador e, a despeito de todas as dificuldades que passou por depositar fé primeiramente em Deus, os seus dias posteriores foram mais ricos e mais abençoados do que na sua juventude.
18. O que foi que Paulo considerou ser a maior de todas as riquezas?
18 Outro homem que testemunhou fortemente a favor da espiritualidade e contra o poder enganoso da riqueza foi um que foi instruído por um dos maiores eruditos dos seus dias. Este se tornou um líder da primitiva congregação cristã e um dos “doze apóstolos do Cordeiro”. Trata-se de Paulo. Em 2 Coríntios 6:10 (ALA) ele descreveu a sua própria situação: “Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.” Quando Paulo começou o ministério, ele não perguntou quanto seria o seu salário nem o que iria ganhar com isto: ele tinha fé nas provisões de Jeová e se alegrava com o privilégio de dar a muitos tantas riquezas espirituais.
19. Incentivou Jesus o materialismo?
19 Finalmente, temos as palavras do maior homem de todos os tempos, de Jesus Cristo, que influenciou a vida de milhões de pessoas e cujas palavras são citadas mais vezes do que as de qualquer homem vivente. Disse ele: “As raposas têm seus covis e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Obviamente, o materialismo não era o seu sistema de vida. Ele instruiu os seus discípulos: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias.” Sabia que o trabalhador é digno do seu salário e que Jeová faria provisões para os que o serviam. (Luc. 9:58; 10:4, 7, ALA) Estes homens se classificaram entre os mais bem sucedidos dos seus dias. Reconheciam o valor efêmero das posses materiais e, por isso, escolheram o caminho que conduz às riquezas espirituais e ao favor de Deus.
20. Que exemplos hodiernos temos sobre homens de fé?
20 O que ajudou estes homens de então também nos ajudará hoje. Pergunte a qualquer um no ministério de tempo integral como missionário, servo de circuito ou de distrito: Supre Jeová às suas necessidades? Qual será a resposta? Claro que sim! Pergunte-lhes: Quais foram os anos mais compensadores e agradáveis de sua vida? e eles lhe dirão: Os anos que devotamos no ministério de tempo integral. Há quase 30.000 pessoas ativas no serviço de tempo integral, homens e mulheres que confiam que o Criador os suprirá de alimento e abrigo de que precisam cada dia e que têm grande felicidade em colocar os interesses do Reino em primeiro lugar nas suas vidas. Tais trabalhadores de tempo integral podem não ter riqueza material, mas têm uma segurança que só Jeová pode dar, uma verdadeira segurança na vida.
AS MAIORES RIQUEZAS
21. Que perguntas deve considerar cada um?
21 É-lhe possível isto? Pode ser que tenha obrigações familiares que o impeçam. Se assim for, anima a sua família a dar valor às riquezas espirituais? Anima os seus filhos a considerar o serviço de pioneiro de tempo integral? Arranja tempo para um estudo bíblico regular e para freqüentar as reuniões, a fim de aumentar o seu conhecimento espiritual? Os que colocam os interesses do Reino em primeiro lugar nunca ficarão desapontados. Recentemente, uma das testemunhas de Jeová que está no serviço de tempo integral foi convidada à Escola do Ministério do Reino, a fim de receber um mês de instrução especial sobre a superintendência congregacional. Ele morava a diversos milhares de quilômetros de distância e precisava sustentar a família, tinha dois filhos. Chegou o tempo de sua partida, mas os cálculos cuidadosos revelaram que tinha um pouco a menos do suficiente para fazer a viagem e sustentar a sua família durante a sua ausência. Nesta mesma ocasião, uma pessoa com quem ele estuda passou pela sua casa e deixou-lhe 20 dólares para ajudar nas despesas — exatamente o que precisava. O dinheiro não pode comprar amigos como este, mas o participar as riquezas espirituais com outros muitas vezes pode redundar em tais bênçãos. — 1 Cor. 9:14.
22. O que é mais valioso do que a prata e o ouro? Por quê?
22 O grande valor das riquezas espirituais é bem descrito em Provérbios 3:13-18 (ALA): “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. O alongar-se da vida está na sua mão direita, na sua esquerda riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas paz. É árvore de vida para os que a alcançam e felizes são todos os que a retêm.”
23. Que bom conselho nos dá Paulo?
23 Se desejar estar entre os felizes nos caminhos deliciosos e nas veredas da paz, com a perspectiva de vida eterna, então, mantenha um bom equilíbrio entre as necessidades materiais e as espirituais tanto para si mesmo como para sua família. Lembre-se do aviso que Paulo deu a Timóteo, contra o amor do dinheiro: “Foge destas cousas; antes segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, . . . Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento, que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos, em dar e prontos a repartir, que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.” Este é um bom conselho, pois certamente o dinheiro não pode comprar o favor de Deus nem as bênçãos da vida eterna. — 1 Tim. 6:11, 12, 17-19, ALA.
24. Que aviso deu Ezequiel?
24 Não se deixe iludir pelas aparentes vantagens da riqueza hoje em dia, pois não demorará muito para se cumprir a profecia de Ezequiel 7:19, 27 (ALA): “A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro lhes será como sujeira; nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do SENHOR [Jeová]; . . . e saberão que eu sou o SENHOR [Jeová].” Dinheiro algum pode comprar a proteção de Deus na vindoura catástrofe do Armagedon.
25. Como podemos ajuntar tesouro no céu?
25 Demonstremos que colocamos as riquezas espirituais em primeiro lugar, mediante as nossas palavras e ações, desfrutando plenamente as muitas provisões feitas por Jeová, as reuniões, o serviço e a boa associação fraternal. Se fizermos estas coisas, acumulando para nós “tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam”, poderemos desfrutar estas coisas de grande valor, as perspectivas de vida eterna com saúde no novo mundo, a paz, o serviço junto com nossos irmãos e o favor de Jeová. Coloque os interesses do Reino em primeiro lugar na sua vida e não as riquezas temporárias deste velho mundo que em breve passará. Encontre a verdadeira riqueza espiritual, que se baseia no conhecimento acurado da Bíblia e que pode transformar e dar propósito a sua vida. Não aja pelo amor do dinheiro, mas pelo amor de Jeová, o nosso Criador. “Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” — Mat. 6:19-21, ALA.