Aguarde o futuro com confiança na justiça e na eqüidade de Deus
1, 2. Por que talvez não seja convidado por conhecidos a participar em alguma atividade imprópria?
SUPONHAMOS que um grupo de pessoas, lá onde trabalha, na sua escola ou na sua vizinhança, decida ir ao cinema para ver um filme imoral. Daí, alguém menciona você, leitor, curioso de saber se você acompanharia o grupo. Como acha que reagiriam os que o conhecem? Responderiam: ‘Ora, não adianta convidá-lo. Ele não está interessado em tais coisas; isso não é do feitio dele’? Certamente, esta deveria ser a avaliação dos interesses e empenhos do cristão. — 2 Tim. 2:19.
2 No entanto, o que levaria tais conhecidos a reagir assim? Conhecendo os princípios a que você se apega e tendo-o observado agir no passado, poderiam ter a certeza de como você reagiria em tal situação.
3. Que base temos para ter certeza de que o proceder de Deus sempre será justo e eqüitativo?
3 Se homens observadores saberiam qual o proceder que o cristão adotaria, quanto mais podemos nós ter a certeza do proceder que Jeová Deus adotará em certas situações. No Éden foi suscitada uma questão de moral quanto à soberania universal de Jeová e à justiça dos seus tratos com a humanidade. Esta questão precisa ser resolvida. As páginas da história bíblica registram as medidas progressivas nos tratos de Jeová, para a solução final da questão. E este mesmo registro nos fornece amplos motivos para termos confiança em que Ele sempre fará aquilo que é justo e eqüitativo. O registro nos assegura também que o proceder adotado por Jeová sempre será nos melhores interesses duradouros dos homens, bem como justo e eqüitativo.
4. É falta de justiça e eqüidade da parte de Jeová que ele permita que a humanidade sofra?
4 O apóstolo Paulo escreveu: “Porque a criação [a humanidade descendente de Adão e Eva] estava sujeita à futilidade [por nascer em pecado e enfrentar a morte], não de sua própria vontade [nós, humanos, não pudemos controlar que o pecado de Adão nos trouxe o pecado e a imperfeição], mas por intermédio daquele [Deus] que a sujeitou [por permitir que Adão tivesse descendentes], à base da esperança de que a própria criação será também liberta da escravização à corrução e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.” (Rom. 8:20, 21) Sim, permitir Deus que os humanos nascessem, embora sofressem dores e problemas na vida, de modo algum era injusto ou contrário à eqüidade. Pois, no tempo devido, Deus lhes apresentou também a oportunidade de ter vida perfeita para sempre, num paraíso.
5. Por que somos hoje especialmente favorecidos quanto à “escravização à corrução” da humanidade?
5 Nós somos hoje especialmente favorecidos, porque estamos no limiar da nova ordem de Deus, na qual a humanidade obediente será “liberta da escravização à corrução”. O cumprimento da profecia bíblica prova que desde 1914 estamos na “geração” que verá Deus exterminar a iniqüidade na terra e estabelecer um paraíso global. Por isso, as Testemunhas de Jeová estão atarefadíssimas em proclamar as “boas novas do reino”, o qual trará aos homens leais a Jeová a “liberdade gloriosa dos filhos de Deus”. — Mat. 24:3-14, 21, 34.
COMO SE FAZ A PREGAÇÃO A TODOS OS POVOS?
6. Que perguntas podem surgir a respeito das palavras de Jesus em Marcos 13:10?
6 Jesus disse: “Em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas novas.” (Mar. 13:10) Apesar dos esforços estrênuos das Testemunhas de Jeová, parece haver ainda centenas de milhões de pessoas que não receberam um testemunho pessoal. Mesmo nos países em que as Testemunhas são ativas, há pessoas com as quais ainda não se entrou em contato. E há outros milhões que moram onde há poucas Testemunhas ou nenhumas. Poderá a mensagem do Reino chegar em tempo a todas estas pessoas? Em caso afirmativo, como? Devemos ‘simplesmente deixá-lo entregue a Deus’ ou estamos de algum modo envolvidos nisso? Qual será o julgamento de Deus?
7. Por que podemos ter confiança no cumprimento de Marcos 13:10?
7 Se a obra de pregação fosse dos homens, poderia haver motivos de preocupação. A tarefa pareceria grande demais, em vista das barreiras políticas que agora retardam a pregação em alguns países, bem como em vista da “explosão demográfica”, que resulta em haver cada ano outros milhões de pessoas que não ouviram a mensagem. Mas, felizmente, Quem decide até que ponto se deve dar testemunho às nações não é homem ou grupo de homens; é Jeová Deus! O que ele fará estará em plena harmonia com o que ele é — Deus sábio, justo, amoroso e compassivo. Por que podemos ter certeza disso?
8. Qual é o conceito de Jeová sobre os homens obterem a vida eterna?
8 Jeová enviou seu Filho à terra como “resgate correspondente por todos”. (1 Tim. 2:6; João 3:16) Deus assegura-nos que não deseja que alguém perca a vida pela desobediência. Conforme diz 2 Pedro 3:9: “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, . . . mas ele é paciente convosco, porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” Visto que Ele “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”, o Criador concedeu às pessoas tempo para saberem da salvação e se arrependerem. (1 Tim. 2:4, Matos Soares) Que Jeová fez com que suas Testemunhas proclamassem as “boas novas” em mais de 200 terras e ilhas dos mares é evidência de que ele se importa; Jeová quer que as pessoas se tornem obedientes e obtenham a bênção da vida eterna. — Rom. 6:23; Heb. 5:9; veja Isaías 55:6, 7; Malaquias 3:7.
9. (a) Como é possível que a obra de pregação atinja uma escala ainda maior? (b) Que exemplos corroboram isso?
9 Simplesmente não sabemos quanto maior será ainda a escala da obra de testemunho. Não devemos desperceber que Jeová é responsável por esta obra e que ele está usando anjos no céu para supervisioná-la. (Rev. 14:6, 7) Veja o que aconteceu num único dia do ano de 33 E. C.! (Atos 2:37-42) Nos tempos modernos, pense no que aconteceu na União Soviética. Não faz muitos anos atrás, talvez parecesse impossível imaginar que as “boas novas” fossem pregadas em todo aquele país comunista. Mas agora estão sendo pregadas até mesmo na remota Sibéria. No livro O Dilema Humano do Cremlim (em inglês), Maurice Hindus escreveu sobre as Testemunhas de Jeová:
“Não se consegue impedi-las. Suprimidas em um lugar, reaparecem em outro ora na Rússia Européia, ora na Sibéria. . . . Parecem tão indestrutíveis como a polícia soviética que está decidida a eliminá-las do cenário soviético.” — P. 304.
Também, em muitos países os Salões do Reino ficam lotados dum modo que é espantoso para os que participaram na obra de pregação antes dos meados dos 1960. Sim, Jeová faz com que sua mensagem seja pregada.
10. No que se refere a esta pregação, em que devemos nós concentrar-nos?
10 Visto que se nos garante que nosso Deus todo-poderoso e justo decidirá quando a pregação já foi feita ao ponto que ele determinou, podemos concentrar-nos inteiramente no que nós temos de fazer. Ele não disse que nós devemos decidir quando já se fez pregação suficiente, mas mandou que continuássemos a proclamar as boas novas. Há vidas em jogo. Reconhecermos isso, junto com a percepção de que Deus nos comissionou que pregássemos, deve induzir-nos à ação!
11. (a) Que lição podemos aprender das palavras de Jeová em Ezequiel 33:7-9? (b) Assim como Paulo, que preocupação devemos ter com a pregação?
11 Podemos tirar uma lição daquilo que Jeová Deus disse a Ezequiel, sobre a responsabilidade deste para com a iminente destruição:
“Constituí-te vigia para a casa de Israel, e da minha boca terás de ouvir a palavra e dar-lhes aviso da minha parte. Quando eu disser ao iníquo: ‘Ó iníquo, positivamente morrerás!’ mas tu realmente não falares para avisar o iníquo do seu caminho, ele mesmo morrerá como iníquo no seu próprio erro, mas o sangue dele requererei de volta da tua própria mão. Mas, no que se refere a ti, se realmente avisares o iníquo do seu caminho, para que recue dele, mas ele realmente não recuar do seu caminho, ele mesmo morrerá no seu próprio erro, ao passo que tu mesmo certamente livrarás a tua própria alma.” — Eze. 33:7-9.
Jeová falou estas palavras antes da destruição de Jerusalém em 607 A. E. C. Mas, elas também têm significado para os cristãos atuais, que têm uma mensagem que serve tanto de aviso como de convite, para que as pessoas ‘recuem de seus pecados e pratiquem o juízo e a justiça’. (Eze. 33:14) Nossa preocupação deve ser igual à do apóstolo Paulo:
“Paulo começou a ocupar-se intensamente com a palavra, testemunhando aos judeus para provar que Jesus é o Cristo. Mas, quando persistiam em opor-se e em falar de modo ultrajante, sacudiu a sua roupa e disse-lhes: ‘O vosso sangue caia sobre as vossas cabeças. Eu estou limpo.’” — Atos 18:5, 6.
Com tanta evidência disponível a respeito da iminência da terminação deste sistema iníquo de coisas, nós também devíamos ‘ocupar-nos intensamente com a palavra, testemunhando’. Procedendo assim podemos estar ‘limpos do sangue de todos os homens’ e podemos aguardar a decisão de Deus sobre quando a obra de pregação estará feita para a sua satisfação. — Atos 20:26.
QUAL SERÁ O JULGAMENTO DELE?
12, 13. (a) Há motivo de preocupação com o julgamento de Jeová na terminação do sistema de coisas? (b) Como é isso corroborado por aquilo que lemos em Ezequiel 33:17?
12 Relacionado com a questão de até que ponto as boas novas do Reino ainda serão pregadas há certo desassossego da parte de alguns quanto a qual será o julgamento de Jeová na terminação do sistema de coisas. Preocupam-se, de certo modo, em saber se o julgamento de Jeová será eqüitativo e justo, ou não.
13 Na realidade, porém, será que há qualquer motivo para se preocupar, visto que Jeová será responsável pelo resultado? Há muito tempo atrás, o profeta Isaías escreveu sobre Jeová Deus: “Com quem se consultou ele para que o faça compreender ou quem o ensina na vereda da justiça, ou lhe ensina conhecimento, ou lhe faz saber o próprio caminho do verdadeiro entendimento?” (Isa. 40:14) Não é verdade que nenhum homem jamais precisou ensinar a Deus eqüidade e justiça? Quando alguns israelitas disseram: “O caminho de Jeová não é acertado”, quem é que estava em falta? Não Jeová, mas aqueles homens imperfeitos, com seu conceito imperfeito do que era certo. Conforme Ezequiel registrou: “No que se refere a eles, é o caminho deles que não é acertado.” (Eze. 33:17) Podemos ter absoluta confiança em que o julgamento de Jeová, na terminação do sistema de coisas, será justo, eqüitativo, amoroso e misericordioso.
14. Quando se cumpre a ilustração das ovelhas e dos cabritos?
14 Uma ilustração que Jesus contou fornece alguma informação sobre este julgamento. Os apóstolos haviam perguntado a Cristo sobre o ‘sinal da sua presença e da terminação do sistema de coisas’. (Mat. 24:3) A parte final da resposta dele foi a parábola das ovelhas e dos cabritos. (Mat. 25:31-46) Esta ilustração tem cumprimento agora, pois, em 1914 E. C., começou a sua “presença” no poder do Reino; foi então que ‘o Filho do homem chegou na sua glória e se assentou no seu trono glorioso’. (Mat. 25:31; Dan. 7:13, 14) A sua aplicação a este período, entre o começo de sua “presença” e a destruição do sistema de coisas, é também confirmado por Jesus falar a respeito de seus irmãos espirituais, os remanescentes dos 144.000, como sendo maltratados e encarcerados; isto é algo que lhes acontece agora, não algo que ocorrerá na Nova Ordem. — Rev. 12:17.
15. Por que podemos concluir que estamos num tempo de julgamento?
15 Nesta ilustração, Jesus disse que, durante este período, “diante dele [como Rei entronizado] serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”. (Mat. 25:32) Não se trata ali de mera solução temporária do assunto, mas envolve julgamentos decisivos feitos por aquele que foi designado por Jeová para julgar os vivos e os mortos”. (2 Tim. 4:1; João 5:26, 27) Pois bem, podemos concluir disso que, no período atual, a atitude e as ações de alguns resultarão em merecerem a destruição eterna? Embora alguns talvez hesitem em chegar a uma conclusão tão decisiva, note o que Jesus disse sobre os que agora mostram ser “cabritos”: “Afastai-vos de mim, vós os que tendes sido amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos.” (Mat. 25:41, 46; 2 Tes. 1:6-9) Portanto, o tempo atual é quando a vida eterna de tais pessoas está em jogo; é um tempo de julgamento.
16, 17. (a) Por que não estão os homens em condições de fazer um julgamento a respeito dos “cabritos”? (b) O que devemos fazer a respeito disso?
16 Note, porém, que Jesus não deixou entregue aos homens a decisão de quem é “ovelha” e quem é “cabrito”. E isso é muito bom! Pois, se nós, humanos, fôssemos responsáveis pelo julgamento, como poderíamos avaliar devidamente fatores tais como: Quanta oportunidade teve a pessoa para ouvir e aceitar as boas novas? Foi a reação dela condicionada pela sua formação genética, familiar ou religiosa? Qual é a condição de seu coração — ama ela a justiça? Se for criança ou tiver nascido com retardamento mental, que influência teria nisso a responsabilidade familiar ou comunal? — 1 Cor. 7:14; Deu. 30:19.
17 Sem dúvida, nenhum de nós está habilitado para pesar esses fatores e princípios vitais, e talvez também muitos outros. Não poderíamos fazer julgamentos ‘perfeitos, justos e retos’. (Deu. 32:4) Então, por que devíamos ficar desnecessariamente envolvidos em tentar decidir quem sobreviverá e quem não? Se disséssemos: ‘Acho que essas pessoas, nesta determinada situação, são “cabritos” e perecerão eternamente, mas aquelas outras, naquela categoria, viverão’, não nos constituiríamos em juízes? (Tia. 4:12) Em vez de tentarmos decidir se certa pessoa, família ou grupo de pessoas se enquadra na descrição dos “cabritos”, ou não, podemos contentar-nos em deixar o assunto entregue ao “Juiz de toda a terra”. — Gên. 18:25.
18. (a) Segue Deus apenas uma justiça estrita? (b) Por que podemos ter certeza de que seus julgamentos serão justos e eqüitativos?
18 Os julgamentos de Deus não são mera aplicação da justiça estrita e insensível. Sua misericórdia, compaixão e amor também estão envolvidos. Conforme o expressou o salmista Davi: “Ele nem mesmo fez a nós segundo os nossos pecados; nem trouxe sobre nós o que merecemos segundo os nossos erros.” (Sal. 103:10) Na realidade, o único salário que os homens imperfeitos e pecadores merecem é a morte. (Rom. 6:23) Contudo, Jeová, na sua misericórdia e compaixão, determinou que a mensagem de salvação fosse divulgada amplamente, para que os homens pudessem obter a vida. Ele quer que a obtenham. (Eze. 33:11; Isa. 55:6, 7) Se a misericórdia, o amor e a compaixão foram demonstrados de modo tão coerente até o tempo atual, e nós fomos beneficiados com isso, então, não podemos ter absoluta certeza de que também entrarão em jogo no julgamento na terminação do sistema de coisas? Sim, os sobreviventes estarão absolutamente certos ao proclamarem: “Jeová Deus, o Todo-poderoso, verdadeiras e justas são as tuas decisões judiciais.” — Rev. 16:5-7; 19:1, 2.
RESSURREIÇÃO — DE QUEM?
19, 20. O que ensina a Bíblia sobre uma ressurreição futura?
19 Vimos que há bons motivos para termos confiança na eqüidade e justiça de Deus, no que se refere à pregação das “boas novas do reino” e seu julgamento na terminação do sistema de coisas. Temos igual motivo de confiança quanto ao que Jeová fará na ressurreição de pessoas.
20 Ele nos assegura na Sua Palavra que “há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos”. (Atos 24:15) O testemunho bíblico indica que todos os que morreram e que foram ao Seol ou Hades, a sepultura comum da humanidade falecida, serão ressuscitados. (Rev. 20:13) Portanto, muitos milhões de pessoas que morreram no passado terão a oportunidade de seguir os caminhos justos de Jeová, na Nova Ordem, e obter a vida eterna. Mas, a Bíblia mostra também que nem todos serão ressuscitados. Conforme vimos, isto se dará porque alguns pecaram contra o espírito santo e foram julgados por Jeová como merecendo a destruição eterna, sendo entregues à Geena. — Mar. 3:28, 29; Heb. 6:4-6; Mat. 23:33.
21. Estamos em condições de saber quem será ressuscitado dentre os mortos? Por quê?
21 Alguns se perguntaram: ‘Será que este parente meu será ressuscitado? Ou que dizer daquele conhecido ou daquele determinado governante, que perseguiu os verdadeiros cristãos?’ É possível que surjam tais perguntas. Contudo, será que alguém de nós está em condições de chegar a conclusões definitivas? Quando a própria Bíblia não diz especificamente que determinada pessoa foi para o Hades, ao morrer, ou que foi entregue à destruição eterna, simplesmente não podemos ser dogmáticos quanto ao que vai acontecer. Não sabemos todos os fatos a respeito da vida da pessoa. Além disso, quem pode ler o coração da pessoa? Nós não. Mas Jeová possui todos os fatos e pode ler o coração. Lemos: “Eu, Jeová, esquadrinho o coração, . . . para dar a cada um segundo os seus caminhos, segundo os frutos das suas ações.” (Jer. 17:9, 10; 1 Sam. 16:7) Portanto, em vez de tentarmos decidir quem será ressuscitado e quem não, temos bons motivos de ter confiança em que Jeová e Jesus farão o que for justo e eqüitativo. — João 5:30; Rom. 9:14.
CONFIANÇA NO QUE ELE PROVER
22. Fornece a Bíblia todos os pormenores sobre o que Deus proverá aos ressuscitados?
22 A Bíblia não fornece todos os pormenores sobre a ressurreição. Por exemplo, ela não diz com quem os ressuscitados viverão, nem onde. Por isso, será sabedoria da nossa parte não especular sobre tais assuntos e talvez perturbar a nós mesmos e a outros. Antes, com confiança em Deus, podemos simplesmente esperar para ver.
23. (a) Que pergunta fizeram líderes religiosos judaicos a Jesus sobre a ressurreição? (b) A quem se aplica a resposta de Jesus?
23 A Bíblia, porém, faz alguns comentários sobre a questão do casamento. Certa vez, alguns líderes religiosos, judaicos, que não sabiam nada sobre uma ressurreição à vida no céu, fizeram uma pergunta a respeito duma mulher judaica, sob a lei de Moisés, que tivera sete maridos. Perguntaram sobre a esposa de quem ela seria na ressurreição. Jesus respondeu:
“Os filhos deste sistema de coisas casam-se e são dados em casamento, mas os que têm sido contados dignos de ganhar aquele sistema de coisas e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem são dados em casamento. De fato, tampouco podem mais morrer, porque são como os anjos, e são filhos de Deus por serem filhos da ressurreição. Mas, que os mortos são levantados, até mesmo Moisés expôs, no relato sobre o espinheiro, quando ele chamou Jeová ‘o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó’. Ele é Deus, não de mortos, mas de viventes, pois, para ele, todos estes vivem.” — Luc. 20:34-38; Mat. 22:29-32.
Estava Jesus falando sobre uma ressurreição celestial? Não, Jesus não deixou sem resposta a sua pergunta sobre a ressurreição terrestre; respondeu a ela. Falou sobre a ressurreição para a vida na terra, tal como Abraão, Isaque e Jacó terão. Esses fiéis não receberão a imortalidade, mas serão semelhantes aos anjos. Como? Em que os anjos são mortais, mas por permanecerem leais a Jeová, nunca morrerão. Recompensados com o direito à vida eterna, ninguém lhes poderá tirar a vida sem autorização de Deus. A vida infindável na terra é uma bênção que só Jeová pode prover, e ele a proverá e preservará!
24. Por que motivo se incluiu na Bíblia a informação quanto ao efeito da morte sobre o vínculo marital?
24 Ao dar a resposta, Jesus indicou que a morte dissolve os vínculos maritais, fato que mais tarde foi confirmado por Paulo. (Rom. 7:3; 1 Cor. 7:39) Portanto, caso o marido duma mulher morra, precisa ela sentir-se obrigada a ficar sem marido ou pai para seus filhos? Não. E por que sabemos isso? Porque Jeová incluiu bondosamente esta informação na Bíblia. Embora não tentasse fornecer-nos todos os pormenores sobre os arranjos familiares na Nova Ordem, ajudou-nos assim a eliminar um possível problema para os cristãos que ainda estão no atual sistema de coisas. Não aumenta nossa confiança em que quaisquer arranjos que Ele fizer para nós na Nova Ordem também refletirão amor, compaixão e sabedoria, visto que mostrou tanta compreensão e compaixão assim?
25. Por que temos prazer em servir a Jeová?
25 Satanás afirmou que os homens servem a Jeová apenas pelo que podem egoistamente conseguir com isso. Mas os verdadeiros cristãos não servem a Deus primariamente pelas bênçãos que recebem agora ou por causa daquilo que esperam receber na Nova Ordem. Servem a Ele por genuíno amor e por causa do privilégio que têm, de santificar o nome dele, e têm prazer em servir a Jeová tanto agora como para sempre, por causa daquilo que ele é. Ele é nosso Criador, a quem agradecemos a vida. (Sal. 100:3-5) Ele é também um Deus que merece nossa adoração por causa das suas próprias qualidades e seu proceder: “Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é ele.” — Deu. 32:4.
26. Nosso conhecimento de Jeová e de Jesus nos fornece que conceito sobre o futuro?
26 Jeová nunca nos desapontará. Seus atos justos nos induzem a ser sempre gratos que Ele é nosso Deus. E o governo milenar de seu Filho, que “é o reflexo da sua glória e a representação exata do seu próprio ser”, ficará assinalado pela mesma justiça e eqüidade. (Heb. 1:3) A Bíblia descreve este governo do seguinte modo: “Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.” (Isa. 9:7; 11:2-5) Podemos aguardar com plena confiança essas bênçãos de Jeová Deus e seu Filho.