O que o Reino de Deus tem feito desde 1914?
1. São o ano de 1914 e a seqüéncia de eventos desde então mera história de antes do tempo de todos os que vivem atualmente, e o que disse o maior de todos os profetas a respeito das Pessoas de nossa geração?
O ANO de 1914 acha-se agora há mais de cinqüenta anos no passado. Todavia, vive na memória de milhões de pessoas atualmente vivas. A primeira guerra mundial que começou então e a seqüência de eventos que se seguiram são parte da experiência pessoal daqueles milhões de pessoas vivas. O ano de 1914 e o que aconteceu então não é para elas simples história humana ocorrida antes dos seus tempos. Passaram por estas coisas, relembram-nas, ainda podem falar sobre elas às pessoas que nasceram depois disso. Tais milhões de pessoas são parte duma geração da humanidade destinada a ver coisas ainda mais maravilhosas, coisas que, sem nenhum perigo de serem erroneamente interpretadas, finalmente decifrarão de modo correto o verdadeiro significado do que tem acontecido e do que começou lá naquele ano inesquecível de 1914. Não foi com possibilidade alguma de falhar que o maior profeta de todos os tempos afiriuou, há dezenove séculos atrás: “Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram.” — Mat. 24:34.
2. De que modo a terra não tem sido a mesma desde 1914, e o que se pode dizer quanto à perspectiva futura?
2 A terra jamais continuou sendo a mesma desde o ano de 1914. Dizemos isto, não só por causa do número crescente de terremotos ocorridos desde então, e que mudaram conspicuamente a face da terra. Nem por causa da ampla poluição do ar, do mar e do solo. Dizemos isto por causa das condições mudadas entre as pessoas da terra, na estrutura política das coisas, na moral, no pensamento científico, na religião, na guerra, e, estranho como pareça, nas forças superhumanas invisíveis que agora operam sobre a humanidade. Historiadores atentos têm observado bem que 1913 foi o último ano normal do mundo moderno. Desde então, achamo-nos numa era de violência, distúrbios e inquietação sem parelelo em toda a história humana. Há contínuo acréscimo de circunstâncias ameaçadoras. Aqueles que não dispõem dum guia seguro para o futuro acham terrível imaginar qual será o resultado de tudo isso para esta geração. Por que será que justamente a nossa geração tem de ser aquela que prova toda esta calamidade, sendo que o pior ainda está para vir?
3, 4. (a) Além de nossa terra, o que mais sofreu Influéncla do que ocorreu em 1914? (b) Que anúncio de importãncia universal deveria ser feito no céu naquele ano?
3 No entanto, não fiquemos tão absortos em nós próprios e em nosso próprio motivo de preocupação a ponto de despercebermos outras coisas de importância no grande quadro geral das coisas. Não só a terra e seus habitantes sofreram profunda influência do que ocorreu em 1914, mas também os céus. Não falamos aqui dos céus visíveis, os planêtas no espaço sideral que os engenheiros cientistas atingem com foguetes disparados da terra. Falamos dos céus invisíveis, além do alcance e da penetração da ciência humana. Estes céus invisíveis, onde o Deus de toda a criação é visto pelas suas criaturas espirituais — até mesmo estes céus sofreram influência radical do que ocorreu em 1914. Não pode haver engano de que em 1914 chegou o tempo para ser feito e ser ouvido por todos os céus invisíveis um anúncio de importância universal, cujas reverberações foram por fim captadas aqui na terra, não por meio de radiotelescopios, mas por meio da invisível força ativa de Deus, que opera sobre o seu povo. Nenhum anúncio poderia ser maior do que o anúncio realmente ouvido e daí registrado nas seguintes palavras inspiradas:
4 “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.”
5. Que anúncio relacionado deveria ser feito mais tarde no céu?
5 Algum tempo depois, seguiu-se um anúncio relacionado: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador de nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!” — Rev. 11:15; 12:10.
6. (a) Quem registrou estes anúncios, e por que fez 1850? (b) Por que a nossa geração é a capaz de responder à pergunta: “O que o reino de Deus tem feito desde 1914?”
6 Estes anúncios foram primeiramente ouvidos, na terra, na ilha de Patmos, afastada da costa da Ásia Menor. Foram registrados pelo homem que os ouviu, o apóstolo cristão, João, que cumpria sentença naquela ilha penal, às mãos do Império Romano. Foi-lhe ordenado que escrevesse estes anúncios para que pudessem ser preservados para a nossa própria geração, que viveria agora, no tempo em que estes anúncios deveriam ser feitos em realidade para descrever os eventos que ocorrem, eventos de importância tanto para o céu como para a terra. Segundo os cálculos de tempo de aceitação bem geral, o apóstolo João registrou sua visão profética e as coisas que viu e ouviu no ano 96 E. C. Deus, que enviou a visão, disse a João que escrevesse estas coisas, visto predizerem “coisas que têm de ocorrer em breve”. (Rev. 1:1) E agora a nossa geração, que passou pelos eventos de 1914 e dos anos seguintes, tem vivido no tempo assombroso em que deveriam ocorrer estas coisas vistas por João numa visão miraculosa. O que, então, podemos afirmar em resposta à pergunta: “O que o reino de Deus tem feito desde 1914?”
NÃO É O PRIMEIRO REINO MESSIÂNICO DE DEUS
7. (a) Será que o reino de Deus e do seu Cristo, anunciado em 1914, era o primeiro de tais reinos com referéncia à terra? (b) A quem costumava ser aplicado o titulo “Messias” ou “Cristo”?
7 Durante dois mil quinhentos e vinte anos, este reino de Deus e de seu Cristo aguardava ser estabelecido. Como sabemos disso? Porque este não é o primeiro de tais reinos de Deus a existir com relação á terra. Tenha presente que o título “Cristo” significa “Ungido” e corresponde à palavra hebraica “Messias”. Assim como da palavra grega “Cristo” obtemos o adjetivo “cristão”, assim, da palavra hebraica “Messias” obtemos as palavras “messiânico” e “messianista”. Todo verdadeiro cristão é messianista. Há muito tempo atrás, a palavra “Cristo” ou “Messias” costumava ser aplicada aos reis que reinaram em Jerusalém até o ano 607 Antes de Nossa Era Comum. este foi o ano da derrubada do último rei da longa linhagem real que começou com o Rei Davi. Ao lamentar-se sobre ele, disse o profeta Jeremias: “O próprio sopro de nossas narinas, o ungido [o Messias] de Jeová, foi capturado em sua ampla cova, aquele a respeito de quem dissemos: ‘Em sua sombra viveremos entre as nações.’ — Lam. 4:20; texto hebraico.
8. (a) Assim, que titulo também era aplicado ao Rei Davi, e, nu trono de quem se sentava em Jerusalém? (b) A quem pertencia o reino, segundo reconheceu o Rei Davi?
8 Quanto ao próprio Rei Davi, começou a reinar em Jerusalém no ano 1070 A. E. C. Visto ter sido ungido, sob as ordens de Jeová Deus, para ser rei sobre seu povo, Davi era chamado o Ungido ou Messias, ou Cristo. Por. isso, a respeito de Jerusalém, onde Davi reinava, disse Deus: “Ali farei brotar a força de Davi: preparei uma lâmpada para o meu ungido [Messias].” (Sal. 132:17, Al) No princípio, o próprio Jeová Deus era o único Rei celestial e invisível sobre o povo de Davi, até mesmo desde os dias do profeta Moisés, que cantou: “Jeová dominará como rei por tempo indefinido, sim, para sempre.” (Êxo. 15:18) Por conseguinte. o Rei Davi se sentava no trono de Jerusalém qual representante humano visível de Jeová. A Bíblia sagrada diz que o Rei Davi se sentava no “trono de Jeová”, como também fez o sucessor de Davi, o Rei Salomão. (1 Crô. 29:23) Assim, quando o idoso Rei Davi abdicava do trono em favor de seu filho jovem, Salomão, orou plìblicamente a Deus e disse: “Tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu é o reino, ó Jeová.” (1 Crô. 29:11) Assim, aquele era um reino de Deus e de seu Ungido.
DE 607 A.E.C. A 1914 E.C.
9. (a) Quando foi levada à ruína a casa real de Davi, e por que, e por quem? (b) O que, que era baixo, foi então enaltecido?
9 Naquele primeiro reino de Deus e de seu Cristo ou Ungido em Jerusalém, os reis visíveis eram, naturalmente, criaturas humanas imperfeitas. Por causa do desgovêrno que se criou naquele reino terrestre, o próprio Deus o derrubou, usando o Rei Nabucodonosor de Babilônia para fazê-lo no ano 607 A. E. C. Ao anunciar sua vindoura derrubada, Deus falou pela boca de seu profeta Ezequiel e disse ao último rei de Jerusalém: “Remove o turbante e levanta a coroa. Esta não será a mesma. Ergue até o que é baixo, e rebaixa até o alto. Farei que se torne uma ruína, uma ruína, uma ruína. Quanto a esta também, certamente não será de ninguém até que venha aquele que tem o direito legal e a darei a ele.” (Eze. 21:25-27) Com a destruição da casa real do Rei Davi, no verão (hemisfério norte) de 607 A. E. C., a desprezada Potência Mundial Gentia de Babilônia foi enaltecida e por volta de 1.° de outubro daquele mesmo ano, o local de Jerusalém e toda a terra de Judá ficaram desolados, sem ter mesmo um governador local de entre o parentesco real do Rei Davi.
10. (a) Que período marcado de tempo começou naquele ano de 807 A. E. C.? (b) Até à vinda de quem deveria continuar tal período de tempo?
10 Até então, Jerusalém representava o reino de Jeová Deus por meio de seu Unido ou Cristo. Mas, então, de 607 A. E. C. em diante, Jerusalém nunca mais teve um rei da linhagem de Davi. O reino de Deus, por meio de seu Ungido ou Cristo, começou a ser pisado pelos gentios. Começou longo período de completo domínio gentio de toda a terra, sem a interferência de qualquer reino de Deus mediante Cristo. Segundo a profecia de Ezequiel, este período de domínio gentio deveria continuar até à vinda da pessoa que tinha o direito legal à coroa real, tempo em que Deus cumpriria sua promessa de a dar a tal pessoa. O império Persa, daí o Império Grego, e, a seguir, o Império Romano, assumiram controle da Jerusalém reconstruída, mas não permitiram que fosse estabelecido em Jerusalém nenhum reino de Deus mediante um Ungido da família de Davi.
11. (a) Como foi que Jesus se tornou o Cristo ou Ungido, e quando? (b) Será que Deus lhe deu o reino messiânico naquele tempo?
11 Bem na hora, durante o reinado de Tibério César de Roma, Jesus, descendente do Rei Davi, foi ungido no Rio Jordão, não por um sacerdote ou profeta judeu, mas por Jeová Deus, não com óleo de unção proveniente da oliveira, mas com espírito santo vindo do céu. João Batista, que batizou a Jesus em água, deu testemunho disto. Também declarou que Jesus era o Filho de Deus. (João 1:29-34) Ali, Jesus se tornou Jesus, o Ungido, ou Jesus Cristo. nle se tornou o Prometido, tendo o “direito legal” ao reino messiânico de Deus. Mas, Deus não o deu a ele lá no ano de seu batismo em água.
12. (a) Em relação com que evento mencionou Jesus os “tempos designados das nações” ou Tempos dos Gentios? (b) Depois de 70 E. C., o próprio solo de Jerusalém continuou a ser pisado por quem?
12 Três anos e meio depois, próximo da época da Páscoa do ano 33 de nossa Era Comum, Jesus Cristo predisse a então impendente destruição de Jerusalém por parte dos romanos, e disse: “Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela. . . . e cairão pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” (Luc. 21:20-24) Por meio destas palavras, Jesus Cristo indicou que os tempos designados do domínio gentio sobre toda a terra, sem interferência da parte do reino messiânico de Deus, iriam além do ano 70 E. C., quando os exércitos romanos destruíram a Jerusalém construída pelos judeus e seu santo templo. Sessenta e um anos depois, os romanos construíram nova cidade sobre as ruínas da antiga Jerusalém, mas não foi para que nenhum rei ungido da linhagem real de Davi dominasse em desafio ao César romano. Por conseguinte, até o ano de 1914 E. C., o próprio solo em que costumava estar a antiga cidade de Jerusalém, construída pelos judeus, foi pisado literalmente pelos gentios, pelos romanos, pelos muçulmanos, pelos cruzados católico-romanos e pelos turcos, conforme mostra a história.
13. (a) Por que parece que os Tempos dos Gentios de domínio mundial não findaram em 1914? (b) No entanto, por que tais assuntos relacionados à Jerusalém terrestre não provam que isto se dá?
13 Mas, não estão ainda em vigor os Tempos dos Gentios para o domínio mundial? Mesmo desde 1914, não continua a ser pisada pelos gentios ou nãojudeus a cidade murada de Jerusalém? Aparentemente sim, pois a antiga cidade murada de Jerusalém, construída pelos romanos, tem deveras sido pisada pelas nações não-judias desde 1914, e nenhum rei messiânico da linhagem real de Davi reinou ali desde 1914. Ademais, até mesmo a Jerusalém moderna, construída pelos judeus a oeste da antiga Jerusalém murada não tem nenhum rei messiânico da família de Davi reinando sobre ela. É, antes, a capital da República de Israel. Esta República judaica, ao invés de depositar suas esperanças nas profeeias messiânicas de Jeová Deus, fixa suas esperanças nas Nações Unidas gentias, das quais se tornou o qüinquagésimo nono membro em 11 de maio de 1949. Ainda assim, tudo isto não significa que os Tempos dos Gentios não tenham terminado em 1914, por volta de 1.° de outubro. Por que não? Porque uma Jerusalém terrestre jamais será a cidade do trono do Rei Messiânico de Deus e assim não foi necessário expulsar as nações gentias da Jerusalém terrestre em 1914 para que o reino de Deus, mediante seu Messias, começasse a reinar.
14. (a) O que, então, era o que contava, a antiga cidade murada de Jerusalém, ou o quê? (b) O que, então, foi que não interferiu com o domínio gentio da terra, e por quê?
14 Desde os dias de Jesus Cristo, a cidade terrestre de Jerusalém não é o que conta. Antes, o que conta é o que a cidade judaica de Jerusalém simbolizava na ocasião em que foi destruída pelos babilônios no ano 607 A. E. C., quando começaram os Tempos dos Gentios. Bem, então, o que simbolizava Jerusalém até aquele tempo? Simbolizava o reino de Deus mediante seu ungido da casa real de Davi. Na verdade, Jerusalém foi reconstruída setenta anos depois, mas, o que dizer do reino messiânico de Deus mediante um herdeiro de Davi? Éste continuou a ser pisado pelas nações gentias. Não existindo assim enquanto durassem os Tempos dos Gentios, o reino messiânico de Deus não ofereceu interferência às nações gentias que dominavam a terra toda. Pelo próprio decreto de Deus, ele impediu a si mesmo de interferir no domínio gentio de toda a terra até o ano de 1914 E. C.
15. (a) Quem causou o fim dos Tempos dos Gentios, e isto no tempo indicado por meio de que profeta? (b) Quem calculou de antemão a data em que terminariam tais Tempos, e como foram silenciados os críticos?
15 Entretanto, no tempo designado, Jeová Deus mesmo causou o fim do domínio ininterrupto dos Tempos dos Gentios. Pelo seu profeta Daniel, qual seu porta-voz, Jeová Deus filou o próprio tempo em que o Messias, o Príncipe ou Líder, deveria surgir na terra como homem, e o tempo fixado para isso aconteceu há mil e novecentos anos atrás, em nosso primeiro século da E. C. (Dan. 9:24-27) O batismo de Jesus e sua unção com espírito santo vindo de Deus marcaram o tempo exato para que surgisse o Messias, o Cristo, o Ungido. Pelo mesmo profeta Daniel, Jeová Deus tornou conhecida a duração dos Tempos dos Gentios como sendo de “sete tempos” ou de 2.520 anos desde seu começo em 607 A. E. C. (Dan. 4:16, 23, 25) Isto habilitou os cristãos estudantes da Bíblia a descobrir de antemão quando terminariam os Tempos dos Gentios. Mais de trinta e cinco anos antes, com a ajuda do espírito santo de Deus, dedicados estudantes da Bíblia calcularam que os Tempos dos Gentios deveriam expirar em princípios do outono (hemisfério norte) de 1914, mas o clero religioso da cristandade os criticou e zombou deles por publicarem tal tabela de tempo bíblica. Mas, os eventos de 1914 silenciaram os críticos, embora estes não se convertessem.
COMPROVANDO A DATA DE 1914
16. (a) Ao contrário do que aconteceu em 607 A. E. C., o que deveria acontecer no fim dos Tempos dos Gentios em 1914? (b) De 1914 em diante, o que teriam de levar em conta as nações gentias, jamais pisando nele de novo?
16 Visto que o outono (hemisfério norte) de 1914 deveria assinalar o fim dos Tempos dos Gentios, o que, segundo a vontade de Deus, deveria ocorrer então? Isto, a saber, o fim do pisamento das nações gentias sobre o que era simbolizado pela antiga cidade davídica de Jerusalém. O reino de Jeová Deus mediante seu ungido da linhagem real de Davi não mais seria pisado com desprezo pelas nações gentias. O começo de tais Tempos dos Gentios se deu em 607 A. E. C. e foi assinalado pela destruição do reino de Deus. De forma oposta, o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. deveria ser assinalado pelo reavivamento, o renascimento, do reino de Deus às mãos do seu ungido ou Messias, Cristo. Era o tempo marcado para a vinda do Ungido, com o “direito legal” à coroa e o tempo para que Jeová Deus a desse a ele. Este reino messiânico de Deus seria então um governo divino que as nações gentias teriam de levar em conta dali em diante. Jamais poderiam pisar vitoriosamente sobre ele, muito embora persistissem em seus esforços egoístas de apegar-se à soberania de todas as partes da terra. Por que isso se dava?
17, 18. (a) Por que as nações gentias não poderiam pisar sobre tal govérno depois de 1914? (b) Que espécie de reino pregaram Jesus e seus apóstolos, e em que cidade se havia de localizar?
17 Era porque o reino messiânico de Deus que deveria nascer em 1914 é um governo celeste. Está além do alcance dos governos gentios e de suas naves espaciais e seus foguetes. A Jerusalém terrestre nada tem a ver com ele. Desde que Jesus Cristo foi morto no Calvário, fora dos muros de Jerusalém, no ano 33 E. C., tal cidade não tem ligação alguma com o reino messiânico de Deus.
18 Cinco dias antes de sua morte, Jesus cavalgou a Jerusalém, acompanhado de grande multidão de pessoas elegres. Ofereceu-se a Jerusalém como o rei dela. (Zac. 9:9; Mat. 21:1-11) Mas, os agentes governamentais de Jerusalém o rejeitaram. Não lhe foi dado nenhum reino terrestre. No entanto, não havia pregado um reino terrestre. Pregara as boas novas do reino messiânico de Deus, e ele e seus discípulos bradavam: “O reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 4:17; 10:1-7) O reino messiânico, predito há muito, deveria ser um reino celeste, um governo cuja sede estaria no que a Bíblia Sagrada chama simbòlicamente de “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. (Heb. 12:22) Com vistas ao estabelecimento do reino messiânico celeste em 1914, Jeová Deus levantou a seu Filho, Jesus Cristo, de entre os mortos no terceiro dia e o fez ascender de volta para o céu, quarenta dias depois. — Atos 1:1-12.
19. (a) Será que os Tempos dos Gentios terminaram com a ascensão de Jesus para o céu, e seu reaparecimento diante de Deus? (b) O que indica Hebreus 10:12, 13 com respeito ao cumprimento do Salmo 110:1, 2?
19 No entanto, a ascensão de Jesus para o céu e seu reaparecimento na presença celeste de Jeová Deus não causaram o fim dos Tempos dos Gentios, mas Deus se apegou à Sua tabela de tempo, esperando 1914. Jesus Cristo teve de esperar, assim como o inspirado escritor bíblico de Hebreus 10:12, 13 nos conta, afirmando: “Este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpètuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos fossem postos por escabêlo dos seus pés.” Trata-se duma referência ao Salmo 110:1, 2, onde o Rei Davi disse profèticamente a respeito do vindouro Messias ou Cristo: “A declaração de Jeová ao meu Senhor é: ‘Senta-te à minha mão direita até que eu ponha os teus inimigos por escabêlo de teus pés.’ Jeová enviará de Sião a vara da tua força, dizendo: ‘Domina no meio dos teus inimigos.”‘
20. Naquele tempo designado, como é que se inverteriam as posições entre Jesus Cristo e as nações gentias?
20 O tempo designado de Deus para que o Senhor Jesus Cristo começasse a fazer isto seria no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, e foi até essa data momentosa que ele esperava, sentado à mão direita de Deus no trono celeste. Essa data, 1914, era o tempo para se inverterem as posições, o tempo para que ele, qual rei empossado, começasse a dominar no meio de seus inimigos, antes que deixar que os gentios continuassem a pisar sobre o reino messiânico de Deus.
21. (a) Será que as pessoas vivas na terra em 1914 ouviram o anúncio celeste a respeito do reino do mundo? (b) Mas, o que realmente viram aqui na terra, e também ouviram?
21 Poderá haver alguma dúvida de que o reino celeste de Deus, mediante seu ungido ou Messias, Cristo, nasceu e assumiu o poder no fim dos Tempos dos Gentios, no início do outono (hemisfério norte) de 1914? Não! É verdade que nós, que então vivíamos na terra, não ouvimos o anúncio ressoar pelos céus: “O reino de Deus tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo; e ele reinará para todo o sempre.” (Rev. 11:15) Mas, lembramo-nos, sim, de ver e ouvir algo aqui na terra. O quê? A declaração de guerra de uma nação contra a outra; o pisar de milhões de homens em marcha para a guerra; a mobilização total de nações para a guerra completa; o estrépito do equipamento de fogo, altamente mecanizado, ser conduzido à frente de batalha; as vozes pias dos sacerdotes e pregadores de todas as denominações, de ambos os lados das linhas de batalha, orando para pedir a bênção de Deus sobre os soldados de seu lado, frente a frente com os soldados da mesma fé religiosa do lado inimigo; os capelães religiosos agindo como chefes de torcida para os combatentes; o aumento do contágio da guerra, já tendo nove nações e impérios globais envolvidos na guerra por volta de 1.° de outubro de 1914. Ouvimos e vimos isto, desde 1914 em diante.
22, 23. (a) Será que Jesus Cristo, no céu, iniciou aquela guerra mundial, ou que relação teve ele com a mesma? (b) Tais eventos assinalaram 1914 como significando o quê, com respeito ao domínio?
22 Aquela primeira guerra mundial não foi iniciada por Jesus Cristo, o Rei recém-entronizado no céu. Todavia, não foi isto exatamente o que ele predissera três dias antes de sua morte, fora de Jerusalém, afirmando: “Nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas essas coisas são um princípio das dores da aflição”? Bem, qual foi a pergunta a que Jesus Cristo respondeu, dando esta profecia? Esta pergunta de seus apóstolos: “Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” (Mat. 24:3, 7, 8) Muito mais do que qualquer contagem de tempo, tais eventos de 1914 e dos anos subseqüentes marcaram aquele ano como o começo da “terminação do sistema de coisas”, visto que os Temps dos Gentios terminaram no outono (hemisfério norte) daquele ano. Tudo isto era evidência visível e audível de que Jesus Cristo viera ao seu reino celeste, que estava presente no seu reino messiânico, que se consumara nos céus a visão tida pelo profeta Daniel:
23 “Eis ali! junto com as nuvens dos céus alguém semelhante a um filho do homem, que acontecia estar vindo; e obteve acesso até o Ancião de Dias, e o trouxeram até mesmo perto Dele. E lhe foram dados o domínio, e a dignidade e o reino, para que os povos, grupos nacionais e línguas todos o servissem. Seu domínio é domínio de duração indefinida, que jamais passará, e seu reino tal que não será levado à ruína.” — Dan. 7:13, 14.
24. Para que data haviam apontado os inquiridores estudantes da Bíblia, e o que foram impelidos a dizer depois de ser confirmada pelos eventos a exatidiio da data?
24 Décadas antes, inquiridores estudantes da Bíblia apontaram para 1914 como a data biblicamente marcada. Mas, quando a exatidão do tempo foi confirmada pelos eventos mundiais, cumprindo a profecia bíblica, tornouse esmagadora a nossa convicção também do que ocorrera nos céus invisíveis, e fomos impelidos a unir-nos com os fiéis adoradores de Deus no céu em dizer “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas as nações ficaram furiosas, e veio teu próprio furor e o tempo designado para os mortos serem julgados, e para dar a recompensa aos teus escravos, os profetas, e aos santos e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e para arruinar os que arruinam a terra.” — Rev. 11:16-18.
25. Jeová Deus assumiu assim seu grande poder de reinar em que posição, e o que entregou àquele que tem o “direito legal”?
25 Sim, no fim dos Tempos dos Gentios para o domínio gentio da terra, Jeová Deus, o Todo-poderoso, assumiu seu grande poder para reinar mais uma vez como Rei de todo o domínio da criação, inclusive a nossa terra. Havendo permitido pacientemente o domínio gentio sobre a humanidade por 2.520 anos desde 607 A. E. C., Jeová Deus entronizou a seu Filho, o Herdeiro Messiânico do Rei Davi, e entregou o domínio de toda a terra a Éste que tinha o “direito legal”. Este Rei Messiânico, reinando da “Jerusalém celestial” arruinará todos os gentios que arruínam a terra, mas seu próprio reino dado por Deus jamais será levado à ruína.
AÇÃO CONTRA OS INIMIGOS
26. Por que perguntamos se o reino messiânico de Deus tem permanecido imóvel desde 1914, e, por conseguinte, que pergunta direta somos obrigados a fazer?
26 Reconheçamos então, como fato estabelecido, que o reino messiânico de Deus foi estabelecido, de forma invisível a nós, nos céus, em 1914. Bem, então, será que desde aquela data tem permanecido imóvel? Por certo o mundo da humanidade não permaneceu imóvel desde 1914. As nações gentias não permaneceram imóveis, e muitas novas nações vieram a existir desde então. No meio século desde aquele ano crítico de 1914, muitas coisas surpreendentes foram gravadas na história. Se a criação humana tem estado em movimento desde então, o que diremos do Criador, o Deus Todopoderoso? Ele tampouco fica estático! Seu reino, que é o governo mais poderoso que existe, jamais poderia ficar estático. Tem papel grande demais a cumprir desde seu nascimento. Assim, que coisas gravou na história para provar que existe e funcional Para ser direto, o que o reino de Deus tem feito desde 1914?
27, 28. (a) Contra quem entrou o Reino em ação, conforme se devia esperar segundo o Salmo 110:1, 2? (b) Será que foi contra alguém na terra ou alguém no céu que o Reino agiu primeiro?
27 Tem agido contra seus inimigos, que são os inimigos de Deus, os inimigos de Cristo, os inimigos do homem. Deveríamos esperar isto pois, segundo a profecia dirigida ao Messias pelo Rei Davi, ele deveria sentar-se à mão direita de Deus até o tempo em que Deus fizesse de seus inimigos o escabêlo dele, para ele pisar neles. Depois desse tempo, o que aconteceria? Então, segundo o Salmo 110:1, 2, “Jeová enviará de Sião a vara da tua força, dizendo: ‘Domina no meio dos teus inimigos.’”
28 Portanto, contra que inimigo do reino messiânico de Deus foi estendida primeiro a ‘vara de força’ do Messias? Contra as nações gentias na terra? Não; pois o Messias, o Rei, não iniciou a Primeira Guerra Mundial na terra, para enfraquecê-las de modo que pudessem ser mais fàcilmente subjugadas, por motivo de se destruírem umas às outras. Não; sua ‘vara de força’ foi primeiro estendida contra o deus daquelas nações gentias, ou seja, Satanás, o Diabo. As nações gentias são apenas humanas; seu deus, Satanás, o Diabo, é super-humano, super-natural, espiritual. Ele é o inimigo mais poderoso de todos. Sendo espiritual, este principal inimigo tinha acesso aos santos céus, muito além da vizinhança de nossa terra, durante milênios de tempo antes de 1914. A Bíblia mostra isto.
29. (a) Que espécie de tempo era aquele em que nasceu Jesus, há dezenove séculos atrás? (b) Segundo as profecias de Revelação, o que deveria introduzir o nascimento do reino de Deus?
29 Há dezenove séculos atrás, Satanás, o Diabo, tentou fazer que o bebê Jesus fosse destruído em Belém, mediante incitar o temeroso Rei Herodes, o Grande, a enviar soldados para lá, a fim de matarem todos os meninos de dois anos e de menos idade. (Mat. 2:1-18) O nascimento de Jesus ocorrera em Belém, conforme predito (Miq. 5:2), e durante um tempo de paz chamado de Pax Romana. O nascimento do reino messiânico de Deus em 1914, porém, não pretendia introduzir um tempo de paz quer para o céu quer para a terra! O capítulo onze do livro de Revelação predisse que, quando Deus assumisse seu grande poder para reinar universalmente e “o reino do mundo” se tornasse o reino de nosso Senhor Deus e de seu Cristo, as nações gentias ficariam iradas. Tais nações realmente ficaram iradas, tanto dentro como fora da cristandade. Profetizando ainda maior hostilidade, o capítulo doze de Revelação forneceu um quadro simbólico do nascimento do reino messiânico de Deus nos céus e descreveu a tentativa de Satanás, o Diabo, de devorar o reino na ocasião do seu nascimento, quando, aparentemente, seria mais fraco, como um bebê recém-nascido. Assim, este inimigo no céu precisava ser expulso! Isso exigla uma guerra!
30, 31. Segundo Revelação 12:5-12, que eventos no céu viu João ocorrerem, seguidos de que anúncio?
30 Em Revelação 12:5-12, lemos a respeito da organização celeste de Deus: “Ela deu à luz um filho, um varão, que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o filho dela foi arrebatado para Deus e para o seu trono. . . . E irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam, mas ele não preveleceu, nem se achou mais lugar para eles no céu. Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada: ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele. E [diz o apóstolo João] ouvi uma voz alta no céu dizer:
31 “‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo [Messias], porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!’”
32, O que deveriam sentir as pessoas da terra, que não viram tais eventos celestes, como resultado deles?
32 Alguém talvez diga, ceticamente: ‘Querem dizer que o reino de Deus expulsou a Satanás, o Diabo, e seus demônios do céu para a nossa terra? Que razão há para que eu creia nisso? Jamais o vi.’ Não, não o viu; isto é, não com os seus olhos naturais. Mas está iniludivelmente sentindo os efeitos disso, pois o apóstolo João ouviu uma voz celestial continuar dizendo: “Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.”
33. (a) O que constitui a diferença entre a atividade de Satanás na terra antes de sua expulsão do céu e sua atividade aqui desde então? (b) Como é que se comparam quanto ao tempo a Primeira Guerra Mundial e a guerra no céu para a expulsão de Satanás?
33 O Diabo e seus demônios teriam certamente que fazer sentir a sua presença invisível aqui na terra, se há de ser um ai para nós na terra e no mar o terem sido excluídos para sempre do céu e confinados aqui à vizinhança de nossa terra. Antes de sua expulsão do céu, a situação era como disse o apóstolo Pedro:“Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.” (1 Ped. 5:8) Ao mesmo tempo, estava “desencaminhando toda a terra habitada”. Mas, desde sua expulsão do céu, tem “grande ira”, porque sabe que só tem curto tempo de atividade aqui na terra antes que algo pior aconteça a ele e aos seus demônios. Visto que a Primeira Guerra Mundial já estava sendo travada na terra quando nasceu o reino messiânico de Deus por volta de 1.° de outubro de 1914, a guerra no céu para expulsar a Satanás e seus demônios deve ter decorrido durante algum tempo parelelamente ao conflito internacional aqui na terra. Aquelas pessoas, então, que argumentam que não houve expulsão de Satanás e seus demônios do céu, porque não viram isso e não vêem os demônios andando na terra, dizemos
34. Para indicar o efeito sóbre nós da expulsão de Satanás do céu, que perguntas propomos a respeito da cura e do melhoramento das condições mundiais?
34 Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, será que houve um tempo de cura para as nações gentias? Em cumprimento da propaganda do tempo da guerra, será que tal guerra provou que era a guerra que acabaria com todas as guerras, e será que tornou seguro o mundo para a democracia, isto é, a democracia do estilo ocidental? Cumpriu a Liga das Nações o propósito de sua carta e manteve a paz e a segurança do mundo? Será que aumentou a felicidade do mundo, com todas as consecuções da ciência e da medicina? Atingiu a moral do mundo um nível mais elevado ou mudou para melhor por parte dos psicólogos e sociólogos? Aprofundou-se e ampliou-se a piedade religiosa, o modo de vida piedoso e a fraternidade dos homens de todas as raças pela fusão das denominações religiosas, pelo estabelecimento de concílios nacionais de igrejas, pela instituição de um concílio mundial de igrejas do protestantismo, pela celebração do Ano Santo de 1933 e dos Jubileus religiosos, e, mais recentemente, pelas quatro sessões do Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano, em Roma?
35. (a) Que perguntas propomos, pelo contrârio, e, sendo possível apenas que resposta honesta? (b) Que explicação fornece a Bíblia a respeito da situação?
35 Ou, pelo contrário, será que tem sido, como predisse a voz vinda do céu, um tempo de “ai da terra e do mar”? Será que a perspectiva para o futuro promete pronta libertação de nossos ais? Será que aumenta a desorientação do povo, também a tapeação, a propaganda falsa, a confusão e a perplexidade religiosas Será que o espírito demoníaco, ao invés de o espírito do único Deus vivo e verdadeiro, se está espalhando, sim, espalhando até pela cristandade e obsedando as pessoas e conduzindo-as cegamente à franca oposição ao reino messiânico de Deus? Uma avaliação honesta das tendências e condições do mundo só nos permite responder de um modo a estas últimas perguntas, e a resposta é Sim! A Palavra profética de Deus nos dá a única explicação correta para isso, a saber, a expulsão de Satanás e seus demônios do céu, para serem confinados aqui à terra. O recém-nascido reino messiânico de Deus realizou isto mediante uma guerra vitoriosa no céu e, agora, mantém a Satanás e seus demônios confinados aqui até que tome ulterior ação contra eles, depois do “curto período de tempo”. É isso o que o reino de Deus tem feito desde 1914!
AUDÍVEL ANÚNCIO DO REINO
36. (a) Onde foi feito o anúncio do nascimento do reino de Deus? (b) Que padrões bíblicos seguiu tal anúncio?
36 Mas, há outra coisa! O anúncio do nascimento do reino de Deus no fim dos Tempos dos Gentios não se limitou aos céus invisíveis. O anúncio tem sido feito aqui na terra já por muitos anos, aos ouvidos das pessoas, e isso em escala sempre crescente. É costume que, ao surgir uma nova nação, seu governo anuncie a sua existência, depois do que começa a tratar com outras nações e a iniciar relações diplomáticas com elas. Como ilustração, no ano 1037 A. E. C., quando Salomão foi ungido para ser rei, em sucessão ao seu pai Davi, o elegre anúncio disto foi feito, e a multidão presente de Jerusalém bradou com júbilo: “Viva o Rei Salomão!” (1 Reis 1:38-41) Quando João Batista agiu como precursor de Jesus Cristo, trouxe à atenção a vinda terrestre do Messias, dizendo: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” E, quando Jesus Cristo voltou a João, depois de quarenta dias de jejum e tentação no deserto, João apontou para ele e bradou aos ouvidos de todos os presentes: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” — Mat. 3:1, 2; João 1:29, 36.
37. Por que tinha de haver um anúncio do novo governo do universo, aqui na terra?
37 Muito mais, então, quando o reino messiânico de Deus foi empossado no céu, deveria haver a proclamação mundial daquele novo governo do universo, pois deveria ser o governo que acabaria com todos os governos gentios imperfeitos da terra e que daria ao povo um governo perfeito. Isto tinha de acontecer, não só para se seguirem os exemplos históricos, mas porque Jesus, o Messias, há muito incumbira o reino messiânico de Deus a fazer tal proclamação mundial. Há dezenove séculos, depois de predizer que nação se levantaria contra nação, e reino contra reino, na Primeira Guerra Mundial, seguindo-se tempos difíceis, disse Jesus a seus discípulos: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:7-14) Será que o reino messiânico de Deus tem providenciado que isto seja feito na terra desde 1914? Têm as nações gentias recebido este testemunho do Reino? Sim!
38, 39. (a) Em prova, podemos apontar para o registro de quem, desde 1919? (b) Que artigo a respeito do Reino foi publicado no exemplar da Torre de Vigia de 15 de setembro de 1919, e como relembrou aos privilegiados da posição em que serviam?
38 Se qualquer nação for tão ignorante ou tão cega aos fatos históricos de modo a dizer Não!, então, podemos apontar para o registro das testemunhas cristãs de Jeová, desde o ano do após-guerra, de 1919, até o tempo atual. Em 1919, o principal porta-voz destas testemunhas cristãs do Deus Altíssimo saiu da prisão nacional em que haviam sido confinadas à base de acusações falsas durante a guerra mundial. Começaram uma obra, de revitalizar e reorganizar os Estudantes Internacionais da Bíblia que foram desmantelados pela perseguição religiosa durante a guerra. De forma clara, expuseram perante esta organização cristã mundial a sua obra do após-guerra. Logo depois de uma assembléia geral de milhares de Estudantes da Bíblia em Cedar Point, Ohio, EUA, a revista oficial da organização, A Torre de Vigia e o Arauto da Presença de Cristo (em inglês), em seu exemplar de 15 de setembro de 1919, publicou um artigo de duas páginas e meia sob o título “Anunciando o Reino”. Em seus parágrafos finais, na página 281, disse àqueles que estavam anunciando o Reino:
39 “Vós sois embaixadores do Rei dos reis e Senhor dos senhores, anunciando ao povo de modo dignificante a vinda da Idade de Ouro, o glorioso reino de nosso Senhor e Mestre, o qual os cristãos têm esperado e pelo qual oraram durante muitos séculos. Sois anjos de paz, trazendo a um mundo dilacerado pela guerra, afligido pelo pecado, triste e de coração despedaçado a elegre mensagem de salvação. Quão maravilhoso é o nosso privilégio! . . . Pedi ao Senhor a Sua orientação e direção, para que faça de vós verdadeiros, fiéis e eficientes embaixadores.”
EMBAIXADORES
40. Quão antigo é o costume de enviar embaixadores, e o que disse Paulo a respeito disso aos cristãos, muito antes de 1914?
40 O envio de embaixadores de um governo a outro é costume antigo. A Bíblia Sagrada faz menção de embaixadores há tanto tempo quanto o décimo quinto século Antes de Nossa Era Comum. (Jos. 9:3-15, Al; ALA; Tr; VB) Quando o apóstolo cristão, Paulo, foi encarcerado por pregar o reino de Deus, escreveu: “Atuo como embaixador em cadeias.” (Efé. 6:20) E, aos concristãos de Corinto, Grécia, escreveu: “Somos, portanto, embaixadores, substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio. Rogamos, como substitutos de Cristo: ‘Sede reconciliados com Deus.” (2 Cor. 5:19, 20) Paulo e seus concristãos foram enviados como embaixadores, no lugar de Cristo, a um mundo hostil, afastado de Deus e que precisava ser reconciliado. Isso se deu cerca de dezenove séculos antes de o reino messiânico de Deus nascer em 1914.
41. (a) Que atitude tomaram as nações para com o Reino, em 1914 e depois disso, e será que isto exigiu a mudança de tratos com elas? (b) Por que as pessoas precisam agora, mais do que antes, dos serviços de embaixadores, e quem tem servido como tais?
41 O que dizer da atualidade, desde o nascimento do Reino? As nações gentias ainda estão afastadas de Deus. Ficaram iradas em 1914, pois odeiam o reino de Deus e escolheram, ao invés, sua Liga das Nações e a sucessora desta, as Nações Unidas. Será que isso exigiu a mudança de tratos? Não! Corajosamente, o reino messiânico recém-nascido de Deus enviou seus embaixadores a estas nações gentias, muito embora alguns destes embaixadores se tornassem, como Paulo, ‘embaixadores em cadeias’. As pessoas das nações hostis careciam ser reconciliadas com Deus e seu reino para o governo de toda a terra. De outra forma, as pessoas que permanecerem hostis serão destruídas no Armagedom do mundo, que se aproxima. (Rev. 16:14-16) Em justo tratamento das pessoas de todas as nações terrestres, em misericórdia para com elas, o reino messiânico de Deus envia seus embaixadores ungidos a toda a terra habitada. Trata-se dos cristãos Estudantes da Bíblia que, especialmente desde 1919, têm cumprido a ordem profética de Jesus, delineada em Mateus 24:14, pregando estas boas novas do reino recém-nascido de Deus em toda a terra habitada, para testemunho a todas as nações, antes de vir o fim delas.
42, 43. (a) Ao que se atribui a perseguição contra os embaixadores ungidos? (b) Como isto se harmoniza com o que Jesus predisse, e o que o reino de Deus tem feito a respeito disso desde 1914?
42 Satanás, o Diabo, quando no céu, tentou devorar o reino de Deus por ocasião de seu nascimento. Agora que foi expulso do céu, odeia tal reino mais do que nunca antes. Também odeia os embaixadores ungidos daquele reino. Seu ódio é responsável pela perseguição mundial contra estes embaixadores. A fonte de tal perseguição é desvendada em Revelação 12:13-17, que reza: “Quando o dragão se viu lançado à terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão [símbolo do Reino]. . . . E o dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.”
43 Assim, em sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”, Jesus dissera corretamente a seus discípulos, a respeito de nossos tempos: “Então vos entregarão à tribulação e vos matarão e sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome.” (Mat. 24:9) Mas, o que tem feito sobre isso o reino messiânico de Deus desde 1914? Tem protegido seus embaixadores ungidos. Adolf Hitler tentou exterminálos em seu Grande Reich alemão. Benito Mussolini tentou suprimilos na então Itália fascista. José Stalin e Nikita Khrushchev tentaram pô-los fora de ação na Rússia comunista, e outros governantes e estados ditatoriais têm tentado fazer a mesma coisa em seus países. Mas, milhares destes embaixadores ungidos, que têm a cidadania celeste, sobrevivem até hoje e ainda estão ativos, trabalhando a favor da reconciliação das pessoas afastadas. O reino messiânico de Deus os tem preservado!
GRANJEANDO MUITOS SÚDITOS
44, 45. (a) Além dos embaixadores, o que mais possui um governo, e, desde quando tem o Rei ajuntado a estes na terra? (b) Que passo ativo têm dado estea, e o que mostra que tudo isto não é acidental?
44 Todo governo que realmente existe e funciona tem mais do que embaixadores. Tem também súditos. Seguindo o padrão, o reino messiânico de Deus já por anos, especialmente desde 1935, tem ajuntado súditos voluntários, que desejam viver para sempre na terra sob o reino celeste. Têm ouvido os embaixadores do Reino pregarem as boas novas. Pelas profecias bíblicas, aprenderam que o reino messiânico de Deus é o único governo legitimo a assumir controle de toda a terra, depois da vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todopoderoso”. Assim, têm dado os passos para se reconciliarem com Jeová Deus e seu reino messiânico. Por volta deste tempo, um milhão deles dedicaram-se a Deus e foram batizados em água, assim tomando sua posição do lado do reino de Deus. Em prova adicional disto, têm-se juntado aos embaixadores do Reino em pregar ativamente as boas novas do Reino em cerca de duzentos paises, em cento e sessenta e quatro idiomas. Este fenômeno moderno não é acidental, mas, por meio dele está sendo cumprida a visão profética que o apóstolo João teve e descreveu:
45 “Eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono [de Deus] e diante do Cordeiro [Jesus Cristo], trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’” — Rev. 7:9, 10.
46. (a) Em vista da evidência, o que deveríamos reconhecer como sendo a maior questão diante de toda a humanidade nestes dias de decisão? (b) Como é que as coisas realmente ocorrem segundo a parábola de Jesus sóbre as ovelhas e os cabritos?
46 Que ninguém se deixe cegar agora pelo inimigo do Reino, Satanás, o Diabo. Contemple a evidência de que existe o reino messiânico de Deus! Está em poder nos céus desde 1914. Desde então, tem feito coisas, não só nos céus invísíveis, mas também aqui na terra. O reino de Deus mediante seu Messias, Cristo, é agora a maior questão diante de toda a humanidade neste tempo de decisão. As pessoas de todas as nações estão sendo divididas à base desta questão, como ovelhas e cabritos. As coisas ocorrem exatamente como o Senhor Jesus Cristo disse em sua profecia a respeito da “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.” — Mat. 25:31, 32.
47. (a) O que significaria para a pessoa se ela se revelasse um “cabrito”? (b) O que o reino de Deus já tem feito desde 1914 é uma rigorosa garantia do que mais a respeito dele?
47 Ser-lhe-á desastroso se se revelar um “cabrito” simbólico que não demonstra nenhum favor aos embaixadores do Reino, os irmãos espirituais do Rei que já reina. Lembre-se: O reino messiânico de Deus já tem feito coisas desde 1914, e estas são rigorosa garantia de que fará todas as outras coisas preditas nas profecias da Bíblia Sagrada, a saber, destruir todas as pessoas semelhantes a cabritos da terra, levar à ruína eterna o império mundial da religião falsa, trazer um Armagedom de destruição sobre todas as nações gentias que continuam recusando ceder o domínio da terra ao legítimo governo de Deus, remover a Satanás, o Diabo, e seus demônios da vizinhança da terra, mediante lançá-los, completamente em cadeias, no abismo, e dar a toda a humanidade um governo mundial limpo, soerguedor e vitalizador, até mesmo ressuscitando os mortos resgatados e redimidos de seus túmulos, para que usufruam um paraíso terrestre junto com os sobreviventes semelhantes a ovelhas do Armagedom.
48. A que realidade devem todos ficar atentos, e, então, o que a pessoa deve provar que é, ficando o reino de Deus então comprometido a fazer o que em seu favor?
48 Que todos fiquem atentos à realidade do reino messiânico de Deus desde 1914! Sàbiamente, então, prove que é uma pessoa semelhante a ovelha. Reúna-se ao lado direito de favor e de preservação do Pastor-Rei. Então, no devido tempo, ouvirá as suas palavras de aprovação, acolhendo-o à bendita vida eterna numa terra paradísica sob o reino messiânico de Deus. (Mat. 25:32-46) Permita que o reino de Deus faça amorosamente isso em seu favor!