Quando todas as nações se unirem sob o Reino de Deus
Este discurso público, proferido pelo presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, foi ouvido por uma assistência que totalizou oitenta e um mil cento e noventa e cinco na América do Norte e Europa durante o verão passado.
1. (a) Que perguntas suscita no início o assunto deste discurso? (b) O que indica que o reino de Deus é um assunto de interesse para as nações, e para que nações?
Há muitas nações. Mas quem diz que a já tal coisa como o “reino de Deus” que Deus tenha um reino? Muitas pessoas talvez façam esta pergunta desafiadora, não apenas os ateus e os comunistas, mas também pessoas muito religiosas. Todos os povos vivem sob alguma forma de governo, quer este seja chamado de reino, república ou ditadura, ou de outra coisa. Mas hoje, como nunca antes, todos os povos se vêem confrontados pela proclamação mundial do “reino de Deus”. Deve ser um assunto que interessa a todas as nações, senão, não seria proclamado em toda a terra habitada, a todas as nações, não importa de que forma política. Interessa a todas as nações — à nação que se apega à religião hindu e adora Trimúrti como deus, à nação islâmica, que afirma que o único deus é Alá; também à nação que adora principalmente perante o santuário de Buda, como deus. Interessa às nações da cristandade que adoram um deus trino, um só deus em três pessoas. Interessa à nação judaica (representada pela República de Israel), que adora o deus tradicional dos seus antepassados. De fato, interessa às nações comunistas, que dizem que não adoram nenhum deus. O deus de nenhuma destas nações conseguiu até agora unir as pessoas de todas as nações da terra quer sob a sua adoração quer sob o seu governo. Existe um Deus que pode fazer isso?
2, 3. (a) Que fatos mostram se precisamos mais que as Nações Unidas para a unidade mundial? (b) O que se precisa dizer quanto a se as Nações Unidas se tornaram a expressão do reino de Deus desde 1945?
2 Mas, há também a seguinte pergunta: Necessita este mundo moderno de um Deus espiritual invisível para unir todas as nações sob o seu reino? Precisamos de mais do que as Nações Unidas da atualidade? Pôde a humanidade jamais ver tal coisa — cento e três nações unidas numa só associação? Não! Mas, ao mesmo tempo, viu o mundo jamais tal espetáculo como ela apresenta, tal fracasso quanto à unificação? Justifica ela o nome pretensioso que leva? São por acaso as nações fora das Nações Unidas que travam atualmente a “guerra fria” com tal crueldade, sem se importarem que todo o resto do mundo fique num estado de constante medo e ansiedade? Não; ela é travada pelas nações destacadas dentro das próprias Nações Unidas. Temos, então, alguma razão para esperar que as Nações Unidas provem ser um satisfatório substituto humano para o “reino de Deus”? Não nos esqueçamos que as Nações Unidas são sucessoras da Liga das Nações, e que durante a existência desta, antes da Segunda Guerra Mundial, ela foi chamada religiosamente de “expressão política do reino de Deus na terra”. Tornaram-se as Nações Unidas, então, tal expressão política do reino de Deus na terra desde 1945? Pergunte à Índia hindu! Pergunte à Rússia comunista! Pergunte aos países budistas do Japão, da Birmânia e da Tailândia! Pergunte aos países islâmicos da Turquia, da Indonésia e da República Árabe Unida!
3 Ingressaram estas e outras nações nas Nações Unidas porque queriam ficar sob o reino de Deus, e é esta a razão por que permanecem nelas? Foram movidas pelo amor a Deus a ingressar nelas? Não precisamos esperar pela resposta delas. O bom senso e a honestidade respondem que não!
4. Com referência ao reino de Deus, que perguntas fazemos em vista de tantos deuses serem representados, nas Nações Unidas, e tem todos estes deuses fortalecido aquele corpo?
4 No entanto, resta um grande fato: As cento e três nações que compõem as Nações Unidas não só representam muitos sistemas políticos, mas também muitos deuses. Portanto, se todas as nações ainda hão de ser unidas sob o reino de Deus, reunir-se-ão todos os deuses das muitas nações numa conferência, do modo como fazem os delegados nacionais na Assembléia Geral das Nações Unidas? Decidirão, então, qual deles será rei sobre todos os deuses? Ou decidirão estabelecer um secretariado de três membros, um corpo governante trinitário, cada membro dele representando certo grupo de deuses ou crenças religiosas? É assim que o Reino de Deus há de ser estabelecido, a saber, como que por consentimento comum de todos os deuses representados nas Nações Unidas? Haverá assim ação democrática entre todos os deuses, para se unificarem sob um só deus, como rei dos céus e da terra? Visto que os adoradores humanos destes deuses divergem e discordam entre si, dificilmente se poderia esperar que seus deuses se unissem e concordassem, exercendo uma influência unificadora. Certamente, a existência de tantos deuses atrás das Nações Unidas não tem fortalecido esse corpo.
5. (a) De onde recebemos a certeza de que todas as nações se unirão sob o reino de Deus? (b) Em harmonia com este Livro, o que provam as coisas observadas acerca de nosso universo?
5 Então, onde obtivemos a idéia, onde obtivemos a forte garantia de que todas as nações se hão de unir debaixo do reino de Deus? É dum Livro que obtemos esta maravilhosa visão de toda a família humana prosperamente em paz com si mesma e com seu Deus. É um Livro antigo. Sua sabedoria, sua compreensão, seu conhecimento e sua previsão fazem que seja o Livro dos livros. Este Livro não é refutado pelos fatos da atualidade, pela situação mundial da atualidade. Nem é refutado pela ciência realmente provada da atualidade. Esse Livro é apoiado pela unidade é estabilidade do universo conhecido. Quanto mais examinamos a unidade, a harmonia e a estabilidade do universo, tanto mais provam essas coisas impressionantes o que este Livro diz, a saber, que há um só Deus, que é sobre tudo, que é o Criador de tudo, que é o Legislador de tudo, que é o Governante central de tudo.
6, 7. (a) Como descreve a Deus a Enciclopédia Americana? (b) De que Livro é ele o Autor?
6 A fim de que possamos ter uma idéia expressa do que Deus é, citamos da Encyclopedia Americana, página 743, do Tomo 12, da edição de 1929, que diz, sob o cabeçalho “Deus”:
O Ser Supremo, a Prima Causa, e, como é considerado hoje em todo o mundo civilizado, um ser espiritual, existente por si mesmo, eterno e absolutamente livre e todo-poderoso, distinto da matéria que ele criou em muitas formas, e que ele conserva e controla. Não parece ter havido um período da história em que a humanidade tivesse estado sem crença num autor sobrenatural e governante do universo. As nações mais selvagens têm algumas idéias rudimentares sobre Deus. O homem é um animal religioso tanto quanto racional.
7 O chamado Livro da Natureza é o livro de Deus. O Livro escrito de que ele é o Autor é chamado de Bíblia Sagrada.
8. (a) O que torna a Bíblia especialmente diferente de outros livros religiosos? (b) Por que podemos confiar no cumprimento da profecia concernente à união de todas as nações?
8 Este Livro indestrutível predisse há muito a unificação de todas as nações sob o reino de Deus. Isto constitui, naturalmente, uma profecia. Mas, diferente de todos os outros livros religiosos, a Bíblia está cheia de profecias. Temos de admitir que, para fazer profecias, o Autor do Livro precisava estar seguro de si mesmo; tinha de ter previsão e presciência. O fracasso de suas profecias provaria que ele não é Deus. No entanto, as profecias da Bíblia suportaram a prova do tempo. Muitas profecias já se cumpriram. Outras têm agora o seu notável cumprimento. Certamente, pois, as profecias bíblicas que falam de coisas ainda futuras que são de importância para todos nós, cumprir-se-ão com a mesma certeza como as profecias que se aplicaram ao passado ou ao presente. E, quanto à profecia sobre a unificação de todas as nações sob o reino de Deus, Deus já tem um modelo na terra. Qual é? Isto é o que vamos ver.
9. (a) Que fatos acerca do homem argumentam que Deus é uma Pessoa e inteligente? (b) Onde aprendemos o seu nome, por que não nos devemos permitir preconceito nacionalista contra o Deus deste nome?
9 Este Deus é uma Pessoa, um Ser inteligente. Seu Livro nos diz que ele criou o homem à sua imagem e semelhança. Portanto, se o homem é uma pessoa, um indivíduo inteligente, e ele é semelhante a Deus, então Deus deve igualmente ser uma pessoa. Ele não é um Deus sem nome. Nem nos deixou ele em dúvida sobre o seu nome. Ele fez que fosse escrito muitas vezes, não no Livro da Natureza, mas na Bíblia Sagrada. Ele nos diz milhares de vezes na Bíblia que o nome do Altíssimo, Todo-poderoso, Todo-sábio, Todo-justo, Deus sempre-vivo e Criador é Jeová. A mera menção que fazemos deste nome pode fazer que surja preconceito no coração de muitos. Muitos associarão este nome com os judeus, com os israelitas, que recentemente estabeleceram a República de Israel no meio de nações árabes, no Oriente Médio. Tais pessoas com preconceito, por acreditarem que Jeová seja o Deus nacional dos judeus, não o querem por Deus. Mas, Jeová não é um Deus nacionalista. Não é um Deus só para os judeus. Como poderia ele ser o Deus nacional dos judeus e ao mesmo tempo admitir todas as nações na sua adoração e sob o seu reino de bênçãos?
10. (a) O que não significa adorar a Jeová como Deus com referência aos judeus naturais? (b) Qual deve ser a nossa atitude para com o povo que hoje adora Jeová como Deus, e por quê?
10 Jeová não começou a existir quando a nação judaica teve início, apenas há cerca de três mil e seiscentos anos, em 1712 A. C. (Gên. 49:28-33) Portanto, quando adora a Jeová como Deus, não está enaltecendo os judeus ou glorificando a República de Israel. Adorar a Jeová não significa que precisa juntar-se à República de Israel ou adorar nas sinagogas judaicas ou mesmo na moderna Jerusalém. Mas é verdade que qualquer povo que teve a Jeová por seu Deus tem sido honrado e abençoado por causa disso. Quando o General Dwight D. Eisenhower foi empossado pela segunda vez como presidente dos Estados Unidos, em 1957, prestando o juramento do cargo, ele estava com a mão sobre a Bíblia aberta (Versão Normal Americana), no Salmo 33:12, que reza: “Bendita é a nação cujo Deus é Jeová, o povo que ele escolheu para a sua própria herança.” Portanto, a coisa principal é termos respeito pelo próprio Deus, em vez de termos respeito pelo povo que o tem por Deus. A razão por que os judeus ou israelitas naturais de hoje evidentemente não têm a bênção divina é que não têm mais a Jeová por seu Deus. No entanto, há hoje um povo que adora a Jeová como Deus, com espírito e verdade. Este povo não deve ser desprezado, pois desprezar estes fiéis significa mostrar desrespeito e desonra para com Deus. — João 4:21-24.
O “REI DA ETERNIDADE”
11. Sob o reino de quem se unirão todas as nações, e que promessa disto contém o Salmo 86:8, 9?
11 É sob o reino de Jeová Deus que todas as nações se hão de unir para a sua bênção eterna. Uma das próprias promessas de Deus a respeito disso encontra-se na Bíblia, no Salmo 86:8, 9, que citamos: “Não há entre os deuses nenhum semelhante a ti, ó Jeová, nem há obras semelhantes às tuas. Todas as nações que fizeste virão e se curvarão diante de ti, ó Jeová, e darão glória ao teu nome.”
12. Como mostra Miquéias 4:3, 4 se é desejável a unidade sob o reino de Deus?
12 Uma das bênçãos desta união internacional sob o reino de Deus é a seguinte, conforme predita em Miquéias 4:3, 4: “E [Jeová] certamente fará julgamento entre muitos povos, e endireitará os assuntos com respeito a nações poderosas de muito longe. E terão de forjar suas espadas em relhas de arado e suas lanças em podadeiras. Não levantarão a espada, nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra. E sentar-se-ão realmente cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os faça tremer; pois a própria boca de Jeová dos exércitos o falou.” Em vista disso, é desejável o reino de Deus? Sim.
13. Como está a Bíblia dividida hoje, e mesmo assim o que a torna uma só?
13 A Bíblia, que apresenta estas profecias que inspiram esperança, acha-se hoje dividida em sessenta e seis livros inspirados. Não obstante, a Bíblia é uma unidade em si mesma, apenas um só livro como um todo. Está em plena harmonia com si mesma, nas suas muitas partes, desde o seu primeiro livro, Gênesis, até o seu último livro, o Apocalipse. Uma idéia, um assunto ou tema predominante, percorre a Bíblia inteira e a liga num conjunto. Qual é? O reino de Deus, o melhor governo em todo o universo, e o único que durará para sempre, para a bênção da humanidade.
14. (a) Quando foi que a humanidade não teve reis, impérios ou poderes coloniais humanos sobre ela? (b) Por que temos tais coisas hoje, e por que é isto oportuno para nós?
14 Desde a Primeira Guerra Mundial, de 1914-1918, os reis, ou os governantes que levam tal título, têm estado desaparecendo. Houve tempo em que não havia reis humanos, nem impérios humanos, nem potências coloniais na terra. Havia apenas um Rei celestial sobre a humanidade. Quem era ele? Jeová Deus. No último livro da Bíblia ele é chamado de, “Rei da eternidade”. (Apo. 15:3; Jer. 10:10) Por que, então, temos os reis humanos da atualidade, por que os impérios, por que as potências coloniais? Por que o comunismo internacional? Sim, por que temos as Nações Unidas? Por causa da rebelião original contra o “Rei da eternidade”. Não foi essa rebelião sufocada imediatamente? Não, não foi. Por que não foram todos os rebeldes executados imediatamente, para impedir o aumento da rebelião? Ora, se tivessem sido executados imediatamente, nós não estaríamos hoje aqui, nem teríamos a oportunidade de ser unidos sob o reino de Deus. Por que não? Porque os rebeldes incluíram os nossos primeiros pais humanos. Nós somos os descendentes mais recentes desses rebeldes contra Jeová Deus.
15, 16. (a) Como veio a existir um deus opositor, e como se chama? (b) Como ele se fez um deus, e como lhe chamaram Jesus e Paulo?
15 Não despercebamos um fato de dura realidade. Há um deus de oposição no universo. Esta criatura espiritual, invisível, chama-se em linguagem bíblica de Satanás, o Diabo, isto é, o Opositor, o Caluniador. Ele foi o chefe da rebelião. Acabou com a felicidade, paz e saúde originais da família humana. Foi ele quem começou a opor-se a Jeová Deus. Para fazer que os nossos primeiros pais se rebelassem contra Deus, ele caluniou a Jeová Deus, Criador deles, dizendo que Jeová era mentiroso, que era censor antidemocrático do conhecimento e da informação a que o povo tinha direito para se libertar e elevar o nível de vida. Satanás disse que o homem não precisava nada temer da rebelião contra Jeová Deus. “Positivamente não morrereis. Pois . . . forçosamente sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”, disse Satanás.
16 Primeiro a mulher, Eva, e depois o homem, Adão, juntaram-se a Satanás, o Diabo, na sua rebelião. Esta criatura espiritual, desleal, tornou-se assim deus, um deus oposto a Jeová Deus. Isto significava o início dum universo dividido. (Gên. 3:1-7) Milhares de anos depois, o Filho leal de Deus foi enviado a este mundo, e ele disse que Satanás, o Diabo, é o “dominador deste mundo” e aquele “que engana a inteira terra habitada”. (João 12:31; 14:30; Apo. 12:9) Paulo, o apóstolo cristão, chamou-o de “deus deste sistema de coisas”, “o dominador da autoridade do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência”. — 2 Cor. 4:4; Efé. 2:2.
17. O que tem significado para nós hoje aquela rebelião de outrora?
17 Hoje já se passaram quase seis mil anos desde aquela rebelião original contra o Rei da eternidade. No entanto sabemos, sentimos e vemos o que tem significado para nós. Tem significado a morte para nós. (Gên. 2:17; Rom. 5:12) Tem significado a perda do jardim do Éden, o paraíso de prazer, para nós. (Gên. 3:22-24) Tem significado virmos sob governos políticos humanos, não fundados nem apoiados pelo Rei da eternidade, mas inspirados, apoiados e dominados pelo “deus deste sistema de coisas”, pelo “dominador deste mundo”. Vemos a situação do modo como o apóstolo cristão João a descreveu: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” — 1 João 5:19.
18. Como sabemos que o domínio de Satanás está condenado ao fracasso?
18 Mas, que importa isso? Que importa que o deus de oposição, Satanás, o Diabo, seja o “dominador deste mundo”, “o deus deste sistema de coisas”? Sua rebelião está de antemão condenada ao fracasso; e ele e todos os que persistem com ele nesta rebelião sofrerão a pena do aniquilamento, sendo completamente extintos de toda a existência. Quando Jeová Deus realizou o julgamento e proferiu a sentença contra os três rebeldes originais, ele disse a Satanás, o Diabo, que desencaminhara a mulher Eva por meio duma serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente. Ele te ferirá na cabeça e tu o ferirás no calcanhar.” — Gên. 3:14, 15.
19, 20. (a) O que significa realmente Gênesis 3:15, e dali em diante, que tema percorre a Bíblia? (b) Como aponta Apocalipse 15:3, 4 a união de todas as nações?
19 Jeová Deus declarou nestas palavras que, no seu próprio tempo devido, ele esmagaria a rebelião por esmagar o chefe dela, junto com a semente ou os discípulos desse chefe. Ele reuniria assim o seu universo no céu e na terra sob o seu reino eterno. Para ganhar esta vitória universal para o reino de Deus, ele usaria sua própria Semente leal, seu próprio Filho, a quem produziria por meio de sua própria “mulher” leal. Encontramos esta notável promessa do Reino no capítulo três do primeiro livro da Bíblia. Daí, o tema desse Reino percorre todos os sessenta e seis livros inspirados da Bíblia, até o último livro, onde lemos esta emocionante profecia da unificação final de todas as nações sob o reino de Deus:
20 “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade. Quem realmente não te temerá, Jeová, e glorificará o teu nome, porque só tu és leal? Pois todas as nações virão e adorarão perante ti, porque teus justos decretos têm sido manifestos.” — Apo. 15:3, 4.
21. Que mensagem alarmou o império romano há dezenove séculos atrás, e quais as duas testemunhas que iniciaram a proclamação da mensagem?
21 Quando estas palavras foram escritas, há dezenove séculos, o Império Romano ainda dominava sobre a Europa, a África do Norte e o Oriente Médio. Várias décadas de anos antes de o apóstolo João escrever estas palavras, uma proclamação destemida espantou o Oriente Médio. Em pouco tempo foi noticiada em todo o mundo romano. Era a seguinte: “O reino de Deus tem-se aproximado.” Esta era a mensagem que os adoradores de Jeová Deus tinham aguardado por milhares de anos. No início havia dois proclamadores dessa mensagem, duas testemunhas da veracidade dessa mensagem, primeiro um adorador fiel, chamado João Batista, e, pouco depois dele, Jesus Cristo, de quem os discípulos seus confessavam ser ele o Filho de Deus. — Mat. 3:2; Mar. 1:14, 15; João 1:49.
22. (a) Como sofreram João e Jesus por lealdade ao reino de Deus? (b) Como foi curado o calcanhar ferido da Semente de Deus, e como se reverterão agora as coisas?
22 Cortaram a cabeça de João Batista por ser ele leal ao reino e à lei de Jeová Deus. Jesus Cristo foi pregado numa estaca, para morrer, por pregar e defender o reino de Deus, o reino dos céus. Satanás, o Diabo, “o deus deste sistema de coisas”, interpretou tal pregação como significando sedição e revolta contra o imperador romano. Usando esta falsa acusação, Satanás, o Diabo, como a Grande Serpente, foi capaz de ferir o calcanhar da Semente da “mulher” de Deus. Mas, o Deus Todo-poderoso sarou a ferida de sua Semente, seu Filho Jesus Cristo, por ressuscitá-lo dentre os mortos, no terceiro dia, e por fazê-lo voltar ao céu do qual tinha sido enviado. (1 Cor. 15:3-7, 24-28; Rom. 1:1-4; Atos 2:22-36) A situação havia de ser invertida então, e Satanás, a Serpente, o chefe diabólico da rebelião contra o Rei da eternidade, teria de ter a cabeça esmagada.
23. Como se provou Jesus ser digno do reino, e que proclamação em toda a terra predisse ele?
23 Jesus Cristo nasceu na terra na linhagem dos reis, sendo ele descendente direto do antigo Rei Davi de Jerusalém. (Mat. 1:1, 17) Ele foi ungido com o espírito de Deus para se tornar rei ativo no futuro reino de Deus.(Luc. 3:21-23, 38; 4:1-21) Ele provou seu merecimento do governo por pregar todo o tempo o reino de Deus. Ensinou aos seus discípulos a oração-modelo: “Pai nosso nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Faça-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:9, 10) Treinou e enviou seus discípulos a pregar o reino de Deus. (Mat. 10:5-7; Luc. 9:1, 2; 10:1-3, 8, 9) Visto que o reino de Deus é para a bênção e unificação de homens de todas as nacionalidades e raças, Jesus predisse que, no tempo devido, a mensagem do Reino seria proclamada em toda a parte. Ele disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim [do sistema de coisas de Satanás].” — Mat. 24:3, 14, NM.
24. Em vista de as pessoas esperarem o reino de Deus naquele tempo, que ilustração lhes fez Jesus para os corrigir?
24 Até ao fim da vida terrestre de Jesus, muitas pessoas a quem tinha pregado pensavam que o reino de Deus havia de ser estabelecido naquele tempo, há dezenove séculos. Em relação à última viagem de Jesus a Jerusalém, onde êle sofreu o martírio, lemos a respeito desta expectativa popular, nas seguintes palavras: “Enquanto ouviam estas coisas, ele contou, em adição, uma ilustração, porque se aproximava de Jerusalém e eles imaginavam que o reino de Deus havia de manifestar-se instantaneamente. Por isso, ele disse: ‘Certo homem de nobre ascendência viajou a uma terra distante para assumir poder régio e voltar. . . . Por fim, quando ele voltou, depois de ter assumido o poder régio, ordenou que lhe chamassem esses escravos a quem dera o dinheiro de prata, a fim de verificar o que tinham lucrado com a atividade comercial.’ Depois de lidar com estes escravos, com referência ao seu zelo e sua fidelidade aos interesses do reino, o rei voltou a sua atenção aos opositores do seu reino e disse: “Ademais, trazei aqui estes inimigos meus que não quiseram que eu me tornasse rei sobre êles, e matai-os perante mim.’” (Luc. 19:11-27) Então, ai daqueles que se negam a ser unidos sob o reino de Deus!
25, 26. (a) Como ilustrou assim Jesus que passaria um longo tempo até o reino de Deus ser posto em operação? (b) Que benefícios terrestres trará o governo de Jesus para a humanidade, e como deu ele certeza disto quando estava pendurado na estaca?
25 Ir a um país distante e depois voltar, com os meios de transporte de há dezenove séculos, não por avião a jato, exigiria muito tempo. Por meio deste ponto da ilustração, Jesus indicou que passaria muito tempo antes de o reino de Deus ser realmente empossado sobre a nossa terra. Jesus Cristo, ilustrado pelo “homem de nobre ascendência”, nesta ilustração, sendo Filho do Rei da eternidade bem como descendente do Rei Davi, teve de ir a um “país distante” para assegurar-se o poder régio. Teve de ir muito além do espaço sideral com seus planetas e galáxias, a saber, ao próprio céu, a Jeová Deus, que é a fonte de todo o poder governante. Conforme está escrito: “Não há autoridade exceto por Deus.” (Rom.13:1) Jesus Cristo receberia de Deus, como fonte da governança, o poder régio para o benefício da humanidade. É deveras um benefício, porque o estabelecimento do seu reino sobre a humanidade, em nome de Jeová Deus, significa o restabelecimento do Paraíso em nossa terra.
26 Mesmo enquanto Jesus estava pendurado na estaca, com um letreiro sobre a sua cabeça, que dizia “Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus”, ele declarou que seu reino traria de volta à terra o Paraíso do qual a humanidade tinha sido expulsa. (João 19:12-22) Um dos dois malfeitores que tinham sido pendurados em estacas, em ambos os lados de Jesus, disse com fé num dia futuro de juízo perante Deus: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.” Ele achava que Jesus seria declarado inocente perante o tribunal de Deus e receberia um reino. Jesus concordou com isso e disse a este malfeitor compassivo: “Em verdade te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (Luc. 23:39-43) Essa gloriosa promessa mostrou que Jesus Cristo acreditava na sua própria ressurreição dos mortos e que, sob o seu reino, haveria uma ressurreição de todos os mortos nos túmulos, dos justos e dos injustos. Assim, este malfeitor de disposição favorável voltaria a viver na terra e usufruiria o Paraíso sob o reinado de Jesus Cristo. — Atos 24:15; João 5:25, 28, 29.
27. (a) Como foi Jesus revivificado, e como ele provou isto aos seus discípulos? (b) Quando foi ele para uma “terra distante”, e quando se deu evidência de sua chegada ali?
27 No terceiro dia depois de morrer por pregar o reino de Deus, Jesus foi ressuscitado, “sendo morto na carne, mas vivificado no espírito”. (1 Ped. 3:18) Durante os quarenta dias que ele permaneceu ainda na terra, para aparecer aos seus discípulos, houve ‘mais de quinhentas’ testemunhas da realidade de ele estar novamente vivo, como pessoa espiritual, que podia aparecer e desaparecer assim como os santos anjos de Deus tinham feito em várias ocasiões. (1 Cor. 15:3-8; Luc. 24:15-36; João 20:19-26) No quadragésimo dia depois da sua ressurreição dos mortos ele começou a viajar para um “país distante”, e fez isso perante os próprios olhos de seus fiéis apóstolos, no Monte das Oliveiras. Apareceram dois anjos e lhes disseram: “Por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido no céu, virá assim do mesmo modo como o vistes ir para o céu.” (Atos 1:1-11) Dez dias depois, no dia festivo de Pentecostes, forneceu-se evidência milagrosa de que Jesus Cristo tinha chegado, que ele estava na presença de Jeová Deus e estava assentado à destra de Deus nos céus.
28. Naquele dia, o que disse Pedro para confirmar a chegada de Jesus ali?
28 Naquele dia, o apóstolo Pedro disse sob inspiração do espírito de Deus a três mil ou mais ouvintes: “A este Jesus, Deus ressuscitou, fato de que somos todos testemunhas. Por conseguinte, porque ele foi exaltado à destra de Deus e recebeu do Pai o espírito santo prometido, ele tem derramado isto [espírito] o que vedes e ouvis. Realmente, [o Rei] Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: ‘Disse Jeová a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um escabelo para teus pés.”’ Por conseguinte, que toda a casa de Israel saiba com certeza que, a este Jesus que vós pendurastes na estaca, Deus fê-lo não só Senhor, mas também Cristo.” — Atos 2:1-36.
O TEMPO DA VOLTA COM PODER RÉGIO
29, 30. (a) Onde está o reino de Deus estabelecido apropriadamente, e por quê? (b) Como voltará Cristo com poder régio e como se evidenciará isto?
29 Isto foi há dezenove séculos. Assim houve um longo intervalo entre então e agora. Mas, onde está o reino de Deus? Onde está a volta do Filho de Deus com poder régio? Ora, onde é que o reino de Deus devia estar senão no céu? “O céu é meu trono”, diz Jeová Deus. (Atos 7:49) Portanto, para que o Filho de Deus volte para esta terra com poder régio, não é necessário que se torne novamente homem na terra. Ele não se torna mais homem, visto que sacrificou a sua natureza humana para sempre, a fim de que pudesse oferecer a Deus, no céu, o valor deste sacrifício humano a favor de nós, a humanidade morredoura. Sobre este ponto notável se acha escrito: “Quando Cristo veio como sumo sacerdote das coisas boas que se realizaram . . . ele entrôu no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o seu próprio sangue, uma vez para sempre, e obteve para nós livramento eterno. Pois Cristo entrou . . . no próprio céu, para aparecer perante a pessoa de Deus, a favor de nós.” (Heb. 9:11, 12, 24) Por esta razão, o estabelecimento do reino de Deus, por meio de Cristo, significa tirar-se da humanidade obediente a condenação e dar-se-lhe a vida eterna.
30 Pouco antes de sua morte, Cristo disse aos seus discípulos: “Ainda um pouco e o mundo não me verá mais.” (João 14:19) Portanto, ele realizará a sua volta com poder régio de maneira invisível, por estender seu poder régio do céu para a terra e causar mudanças aqui na terra, em cumprimento das profecias de Deus.
31. (a) Quando queria Deus que seu Filho assumisse o cargo como rei? (b) Por que é o período de tempo envolvido chamado de “tempos designados das nações”?
31 Surge agora a seguinte pergunta: Quando desejaria Deus que seu Filho assumisse o cargo e começasse a reinar, para matar os seus inimigos e abençoar as pessoas que se unem sob este reino de Deus? Trata-se dum evento de importância universal. Deus fixou um tempo para ele. Jesus, quando profetizou sobre a “conclusão do sistema de coisas”, predisse que tudo isso ocorreria ao fim dos “tempos designados das nações”. (Luc. 21:24) Estes tempos foram os tempos que o Deus Todo-poderoso designou às nações mundanas, para governarem a terra inteira sem interrupção ou interferência da parte do reino de Deus.
32. (a) Quando começaram os “tempos designados”, e quando terminaram? (b) Por que podemos estar gratos que aqueles “tempos” não eram para continuar para sempre?
32 Temos de lembrar-nos de que, há mais de vinte e cinco séculos, Jeová Deus teve um reino de Deus em miniatura, aqui na terra, com a sua capital em Jerusalém. Foi por isso que Jesus Cristo chamou a Jerusalém dos seus dias de “cidade do grande Rei”. (Mat. 5:35) Mas, no ano 607 A. C., Jeová Deus permitiu que o império de Babilônia destruísse Jerusalém pela primeira vez. Permitiu, assim, que as nações mundanas assumissem o controle visível sobre a terra inteira. Foi então que começaram os “tempos designados das nações”. Nós, hoje, confrontados com a pior situação mundial em toda a história humana, podemos compreender melhor o que os “tempos designados das nações” têm significado para a humanidade. Graças a Deus, estes “tempos designados das nações” não haviam de continuar para sempre, isto é, até que as nações se destruíssem. Deus designou um fim para eles, a ser seguido pelo restabelecimento do reino de Deus. Segundo a própria designação de Deus, o fim destes tempos veio naquele ano marcado de 1914.
33. (a) Por que não foi por acidente ou por erro de cálculos que a Primeira Guerra Mundial começou em 1914? (b) Como podemos calcular esta data, mas, como a podemos provar de outra maneira?
33 Não foi incidentalmente, não foi por um mero erro de cálculo da parte de algum maníaco que a Primeira Guerra Mundial irrompeu em 1914 e que o mundo jamais tenha sido o mesmo desde então. Foi porque os “tempos designados das nações” terminaram em 1914. Este ano foi o próprio tempo escolhido de Deus renovar o seu reino sobre a terra e colocar o Filho que se sacrificou, Jesus Cristo, no trono celestial para governar a humanidade e para destruir os inimigos de Deus e do homem. Por meio da tabela bíblica de tempo, junto com a cronologia histórica, podemos calcular a data de 1914 exatamente como sendo 2.520 anos desde a destruição de Jerusalém em 607 A. C. Mas mesmo se não tivéssemos os meios para calcular a data, teríamos as evidências visíveis preditas na profecia divina para prová-la.
34. Que evidências predisse Jesus Cristo para provar a sua volta invisível, e quando começaram estas evidências?
34 Poucos dias antes de ser morto, Jesus Cristo foi inquirido sobre as evidências que marcariam a sua volta invisível e o fim deste sistema de coisas. As evidências que ele predisse estão na Bíblia para que as leiamos, em Mateus, capítulo 24, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21. Verifique por si mesmo estes capítulos. Então, não se surpreenderá de ter sido em 1914 que iniciou a Primeira Guerra Mundial, seguida de fome, de falta de víveres, de pestilências, mais destrutivas do que a guerra, de terremotos num lugar após outro, de perseguição dos verdadeiros seguidores de Cristo, do estabelecimento da Liga das Nações, de crescente insubordinação e esfriamento do amor humano, de crescente tribulação das nações em perplexidade, os políticos sem saber a saída, sim, da pregação das boas novas do reino de Deus em toda a terra habitada, a todas as nações, cuja pregação, como mostram os fatos, sendo feita pelas testemunhas cristãs de Jeová. Jesus Cristo predisse toda esta combinação de coisas como inconfundível evidência visível e palpável de que ele teria voltado invisivelmente com poder régio para dominar no meio de seus inimigos, as nações do mundo.
35, 36. (a) De que se constitui a cristandade, e como e onde respondeu Jesus à pergunta quanto a ela querer a sua volta? (b) Em resposta à pergunta, o que mostra Apocalipse 11:15-18?
35 Voltemos agora para o último livro da Bíblia como se diz ser “a revelação por Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus escravos as coisas que devem acontecer brevemente”. (Apo. 1:1) Este livro, Apocalipse, foi escrito no ano 96. Isto significa que Jesus Cristo já estava de volta aos céus por sessenta e três anos quando ele deu esta revelação profética ao apóstolo João, que estava exilado na ilha penal de Patmos. Neste livro Jesus responde à pergunta quanto a se a cristandade, que é composta de nações chamadas cristãs, queria realmente que ele voltasse e dominasse sobre elas. A sua resposta está nestas palavras em Apocalipse 11:15-18:
36 “Houve grandes vozes no céu, dizendo: ‘O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele dominará como rei para todo o sempre.’ E as vinte e quatro pessoas de idade avançada, que estavam sentadas sobre seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os rostos e adoraram a Deus, dizendo: ‘Graças te damos, Jeová Deus, o Todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a dominar como rei. Mas as nações se iraram, e veio a tua ira, e o tempo designado para serem julgados os mortos, e para se dar o galardão aos teus escravos, os profetas, e aos santos e aos que temem o teu nome, os pequenos e os grandes, e para arruinar os que arruínam a terra.’”
37. O que, portanto, demarcou o ano de 1914, e o que significará o trato de Deus com os arruinadores da terra?
37 De acordo com isto, deveria haver ira nas nações quando o reino do mundo passasse a ser de Jeová Deus e de Cristo Jesus e quando Deus, mediante Cristo, começasse a dominar para todo o sempre. O ano de 1914 marcou a explosão de ira das nações, começando na própria cristandade, e desde 1914 têm estado a arruinar a terra para a humanidade como nunca antes. Elas próprias precisam ser arruinadas, e o Deus Altíssimo fará isto por meio do seu rei, Jesus Cristo. Quando Deus assim fizer, significará o fim deste sistema de coisas, seguido pelo sistema de coisas do Novo Mundo de Deus.
A UNIÃO EM PROGRESSO
38. (a) Quem crê no estabelecimento do reino de Deus naquele ano, e o que fazem eles? (b) Que temores não deverão existir quanto ao futuro domínio da terra, e o que fazem as testemunhas de Jeová de acordo com isto?
38 Aceita estas evidências do estabelecimento do reino de Deus nos céus em 1914? Muitas pessoas, de todas as nações, as aceitam. Sob este reino, em cujo estabelecimento crêem, elas agora se unem. Sim, as testemunhas de Jeová que presentemente se acham em 185 países e grupos de ilhas através da terra, se unem sob o reino de Deus. Sabem pela Palavra de Deus que o seu reino, mediante Cristo, tomará conta de toda a terra. Não há necessidade de o bloco ocidental democrático de nações temer que o bloco comunista tome o controle universal da terra. Não há necessidade de o bloco comunista socialista se preocupar com medo de que o bloco ocidental democrático de nações assuma o domínio do mundo. Não há necessidade de o bloco neutro de nações tentar manter-se no meio, não tomando o lado de nenhum deles, com medo de que um dos blocos lutadores da “guerra fria” ganhe a vitória final, e então o que farão se tiverem tomado o lado, do bloco perdedor? Nenhum destes blocos nacionais ganhará a dominação do mundo, não importa que bloco domina atualmente o espaço sideral. O domínio universal, inclusive o domínio da terra inteira, já foi outorgado, não pela escolha dos democráticos, nem dos comunistas, nem dos neutros, nem de nenhum homem, mas pela escolha de Deus, o Salvador da humanidade, Jesus Cristo. No fim dos “tempos designados das nações” em 1914, Jeová Deus tomou o seu poder e entronizou Jesus Cristo nos céus. Assim, em lealdade ao “Rei da eternidade”, as testemunhas de Jeová se unem sob o reino de Deus, não importa em que país se encontrem. Elas pregam-no em toda a parte.
39. (a) De acordo com a ilustração de Jesus sobre o homem de nobre nascimento, que evento se aproxima rapidamente, e o que significará isto para as nações? (b) Dessemelhante dos ditadores humanos, que regulamentos aplicará Cristo na terra, e o que significará isto para os que o escolhem?
39 De acordo com a ilustração de Jesus sobre o homem de nascimento nobre que foi a uma terra distante para receber o poder régio e voltar para julgar os seus servos e os seus inimigos, o tempo está-se aproximando rapidamente para Cristo destruir os seus inimigos na guerra de todas as guerras. Apocalipse 16:14 a chama de “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Isto significa o desastre do Armagedon para todas as nações hostis ao reino de Deus, inclusive as nações da cristandade. Devemo-nos submeter ou ao domínio de Cristo ou a sermos mortos. A norma seguida pelos ditadores humanos através das eras tem sido: Dominar ou arruinar! Mas o regulamento a ser aplicado agora em toda a terra pelo Rei entronizado de Deus, Jesus Cristo, é: Seja dominado ou arruinado. Isto não arruinará ou estragará as coisas para nenhum dos que escolhem ser dominados, pois serão dominados do modo amoroso de Deus. Isto significará vida eterna, paz e felicidade para eles.
40. (a) Que oração têm orado bilhões por séculos, e que prova está sobre os que hoje a oram? (b) Que pergunta se fazem quanto ao panorama apresentado pelos que escolhem o reino de Deus?
40 Bilhões de pessoas têm tido por séculos nos lábios a oração ensinada por Jesus: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mat. 6:9, 10, ARA) Agora, neste dia de decisão, quando a vasta maioria da humanidade vai de encontro à vontade e ao reino de Deus, está sendo provada a honestidade e sinceridade de cada um que faz esta oração. Leva-a realmente a sério? Há os que a levam. Embora o mundo inteiro lhes seja contra, escolhem ser governados do modo de Deus, pelo seu reino sob Cristo. Qual tem sido o resultado da escolha deles? Que espécie de panorama apresentam estes ao resto da humanidade? Apresentam um panorama de desunião, de suspeitas internacionais, de rivalidades e de ciúmes mútuos, de preconceitos raciais, tais como demonstra a organização das Nações Unidas? Uma investigação cândida responderá, Não!
41. Que obra modelar fazem estes que escolhem o reino de Deus, e para descobrir o segredo de que devemos nos dirigir a eles?
41 Estes que escolhem o reino de Deus apresentam um modelo realmente vivo, que demonstra como pessoas de todas as nações se podem unir agora e se unirão sob o reino de Deus depois de este ter trazido a ruína aos que arruínam a terra e depois de ter amarrado o principal responsável pelo curso ruinoso das nações, Satanás, o Diabo. Hoje, no meio do tumulto mundial, estes reunidos de todas as nações são um exemplo de unidade em escala global, e isto apesar da sua própria herança das imperfeições e fraquezas humanas. Não às Nações Unidas, mas a este povo exemplar nos devemos voltar e perguntar: Qual é o segredo desta pacífica e amorosa unidade? Como a obtêm?
COMO FAZEM ISTO
42. (a) Como têm obtido tal unidade pacifica e amorosa? (b) Por que não há política no reino de Deus?
42 Eles obtêm isto porque não aceitaram as Nações Unidas, mas o reino de Deus como a única esperança da humanidade. Aceitaram o reino de Deus mediante Cristo, como o dominador correto do mundo inteiro não apenas de parte do mundo. Não há política no reino de Deus. O Dominador no trono celestial do reino de Deus não foi por escolha eleitoral dos democráticos, nem dos republicanos, nem dos comunistas, nem dos neutros, nem de qualquer outro grupo ou partido nacional. Cristo foi escolhido pelo Deus Altíssimo. Como, então, poderia haver política sob o reino de Deus, que é um governo teocrático, governado do Cume para baixo e não do povo para cima? Assim, os que têm-se unido na pregação de “estas boas novas do reino” em toda a parte, não só saíram de 185 países e divisões políticas, mas também deixaram a sua política para trás. Não trouxeram sua política nacional ou local para dentro da sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová.
43. (a) O que disse Jesus quanto aos discípulos e o mundo em oração? (b) Que curso de ação tomam hoje para com o mundo?
43 Quando Jesus ofereceu a sua oração a favor dos seus discípulos, ele disse a Deus: “Não são parte do mundo, assim como eu não sou parte do mundo. Eu em união com eles e tu em união comigo, de modo que sejam aperfeiçoados em um.” (João 17:14, 23) Assim, embora sejam atualmente cidadãos ordeiros das 185 divisões políticas, deixam que o mundo se governe. Mas eles próprios se deixam ser governados por Deus em harmonia com a Bíblia Sagrada. Nas palavras de Atos 5:29, dizem a todos os opositores: “Precisamos obedecer a Deus como dominador, antes que aos homens.”
44. Que mais abandonaram para se unirem, assim, que paternidade e irmandade desfrutam?
44 Não só deixaram todos os partidos políticos e polêmicas deste mundo, mas também abandonaram toda a variedade de deuses que uma vez adoravam. Saíram de mil ou mais seitas religiosas desunidas da cristandade. Uniram-se na adoração de um Deus, o Deus Altíssimo e Todo-poderoso, o Criador de todas as boas coisas. Certamente, só tal Deus, o único “Deus vivo e verdadeiro”, seria capaz de unir os seus sinceros adoradores. Somente no caso de tais adoradores podemos falar de Paternidade de Deus e de irmandade do homem. Em harmonia com o fato de ser “um Deus vivo e verdadeiro”, ele possui um nome que não é possuído por nenhuma outra personalidade no universo. Este nome é Jeová. — Sal. 83:18; Isa. 42:8.
45. (a) Qual o livro de religião deles, e como é ele um fator poderoso para uni-los? (b) Ao aprenderem dele a vontade de Deus, o que é que fazem?
45 Apenas um Livro revela e denomina este Deus Altíssimo e Todo-poderoso. É o Livro cujos escritores ele inspirou, do qual, portanto, é o Autor, este livro é a Bíblia. Para os que estão unidos sob o reino de Deus, a Bíblia é o seu livro de religião. Este livro é um poderoso fator para uni-los, pois, deste Livro único eles obtêm a única crença ou fé, a única esperança, a única norma de vida. Aprendem deste Livro único qual é a vontade de Deus e se dedicam a Deus, mediante o sacrifício de resgate do seu Filho, Jesus Cristo, a fim de fazer esta vontade. Estes adoradores unidos simbolizam a dedicação deles mesmos a Deus pelo batismo em água, o mesmo e único batismo que o seu Senhor, Jesus Cristo, estabeleceu como exemplo para eles.
46. (a) O que mais é uma potente força para uni-los? (b) O que tornou esta potente força possível eles realizarem agora em cumprimento de profecia?
46 Há também outra poderosa força para unir estes crentes batizados na Palavra de Deus, a Bíblia. É algo que as Nações Unidas e todo o resto do mundo não têm. De sua parte, as Nações Unidas, que representam este mundo, têm o espírito deste mundo. Estamos todos familiarizados com o que é o espírito deste mundo, porque os frutos dele são vistos abundantemente por toda a parte. Mas, o apóstolo diz aos aderentes dedicados e batizados da Palavra de Deus: “Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o espírito que é de Deus, a fim de que pudéssemos conhecer as coisas que nos foram dadas bondosamente por Deus. Estas coisas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as ensinadas pelo espírito.” (1 Cor. 2:12, 13) O fruto deste espírito é o amor, amor a Deus, amor a Cristo, amor à irmandade de adoradores cristãos de Jeová Deus. (Gál. 5:22) Nada mais mantém as pessoas unidas como o faz o amor. Por isso a Palavra de Deus diz: “Revesti-vos do amor, pois é o perfeito vínculo de união.” (Col. 3:14) este espírito do amor foi o que tornou possível agora, antes do Armagedon, se realizar o cumprimento da profecia de Isaías, na sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová: “Eles terão de forjar as suas espadas em relhas de arado e as suas lanças em podadeiras. Uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” — Isa. 2:4.
47. Que poderosa disposição de coisas enumera Paulo para mantê-los unidos, e por quanto tempo durará, esta amorosa unidade?
47 O apóstolo Paulo indicou o segredo desta unidade inquebrantável das modernas testemunhas cristãs de Jeová Deus, quando escreveu este mandamento: “Que andeis dignamente da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade da mente e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente observar a unidade do espírito no laço unificador da paz. Há um só corpo, e um só espírito, como também fostes chamados em uma só esperança à qual fostes chamados; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todas as pessoas, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.” (Efé. 4:1-6) Que poderosa disposição de coisas a serem apreciadas em comum, mantendo-se juntos os que hoje se unem sob o reino de Deus, a despeito de nacionalidade ou raça a que agora pertençam! Esta unidade amorosa será mantida a despeito da crescente desunião deste mundo egoísta, sem amor, mesmo quando o inteiro sistema de coisas do mundo se fragmentar em desunião no Armagedon, a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”.
PROTEÇÃO E SOBREVIVÊNCIA
48. (a) Quem na terra pretende ser os principais protetores do povo? Contra o que não podem proteger o povo? (b) Que decisão precisamos fazer com referência a estes pretensos protetores?
48 Os que agora estão unidos sob o reino de Deus têm o maior governo do universo para os proteger. Nestes dias de temor mundial de uma terceira guerra mundial com armas e projéteis nucleares, os vários governos estabelecidos pelos homens insignificantes se consideram os principais e mais poderosos protetores do povo. Pela sua própria tolice monumental eles criam uma situação mundial que ameaça varrer a civilização moderna, sim, varrer a família humana. Ao mesmo tempo pretendem ser os maiores e os melhores protetores contra tais coisas. Mas se não podem proteger a si mesmos contra os seus próprios conflitos internacionais, não poderão proteger-se da guerra universal de Deus contra Satanás, o Diabo, e seu mundo. Não avaliam que por estarem reunidos nas Nações Unidas, estão unidos contra Deus e seu reino por Cristo. Não crêem que os “tempos designados das nações” terminaram em 1914 e que é tempo para se dar lugar para o reino de Deus tomar inteiro, indisputável, indivisível controle de toda a terra. Não discernem que, pela sua própria oposição ao reino de Deus, estão sendo forçados por ele a uma unidade na qual serão mortos na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Então, o que NÓS devemos fazer? Unirmo-nos sob o reino de Deus para a nossa salvação ou unirmo-nos com eles para morrermos juntos?
49. Como nos avisa Sofonias 3:8, 9, e depois nos mostra o curso correto a seguir?
49 A profecia de Sofonias 3:8, 9, VB, nos avisa:
“Portanto espera-me, diz Jehovah, até o dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu intento é congregar as nações, para que reuna os reinos, afim de derramar sobre elles a minha indignação, todo o furor da minha Ira; pois toda a terra será devorada pelo fogo do meu zelo.”
E então, para mostrar-nos o curso correto a seguir, Jeová diz:
“Nesse tempo darei aos povos uma língua pura, para que todos invoquem o nome de Jehovah, afim de o servirem de um só acordo.”
50. Em vista deste texto, o que fazem as testemunhas de Jeová, e sob que governo obtém proteção?
50 Servir de um só acordo significa união. É desta maneira que a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová determinou servi-lo. Deu-se-lhes uma mudança de linguagem, da linguagem deste mundo condenado. Por isso invocam unissonamente o nome de Jeová, mediante o seu Rei reinante, Jesus Cristo. Eles se unem ombro a ombro sob o reino de Deus porque a sua objurgatória e o fogo do seu zelo são contra todos os outros reinos ou governos que existem. O reino de Deus é o único governo para proteção, o único governo que pode e irá preservar-nos. No teste vindouro do poder dos governos, o reino de Deus pelo seu Cristo se provará mais forte e vencerá.
51. Para quem predisse Daniel 2:44 a vitória, e como?
51 A profecia de Daniel 2:44 nos assegura disto, dizendo: “Nos dias desses reis, o Deus do céu estabelecerá um reino que nunca será reduzido a ruínas. E este reino não passará a nenhum outro povo. Esmagará e porá fim a todos estes reinos, e ele mesmo permanecerá por tempo indefinido.”
52. A quem devemos buscar, com que qualidades, e com que probabilidade?
52 O Deus do céu que estabelece este reino é O que a Bíblia nos manda buscar em justiça e mansidão, não por nos levantarmos violentamente contra qualquer domínio humano. Autoritativamente Deus nos diz que se assim buscarmos a ele, em justiça e mansidão, poderemos ser “escondidos no dia da ira de Jehovah”. A sua ira, a sua operação de guerra, é a principal coisa da qual ser escondido pois ele pode destruir e nenhum dos seus inimigos pode escapar da destruição total por tentar em vão esconder-se dele. — Sof. 2:3, VB.
53. De que modo devemos servi-lo e invocar o seu nome?
53 Vamos, portanto, agir de acordo com a sabedoria da Bíblia, que é sabedoria celestial. Satanás, o Diabo, “o deus deste sistema de coisas”, continua a dividir este mundo por toda a sorte de egoísmo e materialismo, apesar das suas Nações Unidas. Continuar a servir a Satanás, o Diabo, como deus, significa a nossa ruína. O único “Deus vivo e verdadeiro”, Jeová, é o Deus para escolhermos e servirmos. Vamos todos juntos buscá-lo. Vamos cerrar fileiras hoje sob o reino de Deus. Vamos invocar o nome de Jeová com a linguagem do amor, da fé, da esperança e da verdade, como súditos do seu reino todo vitorioso. Portanto, vamos servi-lo e os interesses do seu reino “de um só acordo”.
54. Como devemos atravessar o Armagedon; e como também serviremos depois dele?
54 Para sermos escondidos e preservados misericordiosamente através da guerra universal do Armagedon, precisamos atravessar esta guerra unidos na adoração de Jeová Deus. Depois disto, começaremos a vida no Novo Mundo, todos nós unidos no perfeito vínculo de união do amor, sob o reino triunfante de Deus. Unida e pacificamente nos dedicaremos à recuperação da terra que tem sido tão arruinada por exploradores egoístas e fomentadores de guerra. Unidamente juntaremos as nossas energias para transformar esta terra num paraíso semelhante ao jardim do Éden. Unidamente faremos provisão para os mortos que saírem dos túmulos memoriais pelo poder ressuscitador de Deus. Unidamente nos prepararemos para instruir a estes ressuscitados na verdade da única religião pura de Deus e nas leis do seu reino. Assim estes serão ajudados a ganhar a vida eterna conosco em perfeição corporal e mental no justo novo mundo de Deus.
55. (a) Quando devemos começar a buscar a unidade, e como se tornou isto possível para nós? (b) O que fazemos em apreciação, e que resultado mostraremos?
55 A despeito de quais tenham sido os nossos bastidores raciais e nacionais hoje, neste mundo dividido, a perfeita paz e a amorosa unidade demarcarão para sempre o novo mundo sob o reino de Deus. Mas agora é o tempo de se buscar esta unidade. Simplesmente temos de fazer isto. E Jeová Deus tem tornado possível fazermos isto agora, mediante seu Filho, Jesus Cristo, e por meio da congregação de suas testemunhas do Reino. A oportunidade é nossa hoje a despeito de qual seja a nossa raça ou nacionalidade no presente momento. Em apreciação para com a bondade de Jeová Deus, juntos abraçaremos a sua adoração, o seu serviço e a sua mensagem, e pelo seu espírito mostraremos o que acontecerá quando todas as nações se unirem sob o reino de Deus.