Por que necessitamos do Reino de Jesus Cristo?
1. Jesus nasceu como filho de que “deus” e por que não foi isso acidental?
HÁ UMA coisa importante que notamos a respeito do Filho de Deus, que esteve na terra, como homem, durante o primeiro século de nossa Era Comum. Ele não nasceu numa família hindu, na Índia. Não nasceu em alguma família budista no Tibete, nem na família real da antiga China, nem na família do César imperial de Roma. (Est. 1:1; Luc. 2:1, 2) Antes, “procedeu do descendente de Davi segundo a carne”. (Rom. 1:3) Isto não foi acidental. Foi preciso que este Filho de Deus nascesse como “descendente de Davi”. Este foi o motivo pelo qual Deus escolheu uma virgem judia da linhagem carnal de Davi de Belém, para tornar-se mãe de Jesus Cristo. (Luc. 1:26-32) Esta Maria era adoradora do Deus que a tornou milagrosamente fecunda, e, por isso, seu filho não nasceu como filho de algum deus hindu ou duma deidade budista, nem do Júpiter romano ou do Zeus grego. — Luc. 1:34-55; Atos 14:12, 13.
2. Por que não precisou Jesus nascer na tribo de Levi nem da família de Arão, para ser Cordeiro sacrificial e em que dia morreu ele?
2 No antigo Israel, a tribo do Rei Davi era a de Judá, da qual não se tiravam sacerdotes para ofertar sacrifícios. Não obstante, Jesus Cristo podia nascer como ‘descendente de Davi”, da tribo de Judá, e ainda assim tornar-se “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29) Não precisava ser da tribo de Levi e da família sacerdotal de Arão, família da qual se tiravam os sacerdotes de Israel. Ele podia nascer na tribo de Davi, Judá, e ainda assim ser homem perfeito, sem pecado, apto para ser sacrifício aceitável a Deus, por ser perfeito e não maculado pelo pecado. A perfeição e sua qualidade sem pecado, que mantivera como Filho de Deus no céu, continuaram com ele quando foi enviado à terra para se tornar homem absolutamente igual ao Adão perfeito e sem pecado no dia em que este foi criado no Jardim do Éden. Jesus Cristo precisava ser assim para ‘se entregar como resgate correspondente por todos’. (1 Tim. 2:5, 6; Mat. 20:28) Derramou seu sangue como sacrifício expiatório de pecados, no Dia da Páscoa de 33 E. C., dia em que os judeus sacrificavam o cordeiro pascoal e comiam sua carne assada em celebração da libertação de sua nação do antigo Egito.
3. O que diz Levítico 17:11, 12, sobre o sangue, e, assim, que benefício obtemos do sangue de Jesus? Como?
3 No pacto que Deus fez com o antigo Israel, ele disse as seguintes palavras, encontradas em Levítico 17:11, 12: “A alma [ou: vida] da carne está no sangue, e eu mesmo o pus para vós sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma [vida] nele. . . . ‘Nenhuma alma vossa deve comer sangue e nenhum residente forasteiro que reside no vosso meio deve comer sangue.’” Portanto, ao derramar seu sangue em sacrifício a Deus, Jesus Cristo derramou sua vida como sacrifício expiatório para todos nós, descendentes do pecador Adão. Ele apresentou o sangue vital de seu perfeito sacrifício humano a Deus no céu, e por isso não podemos nem comer, nem beber o sangue de Jesus, para obter os benefícios dele. Temos de ter fé nele, como plenamente expiando nossos pecados mortais, para tirar proveito do sangue vital de Jesus. — Heb. 9:11-14, 24.
4. Por que as palavras de Simão Pedro, a respeito do sangue de Cristo, tornam apropriado que Revelação o apresente como Cordeiro?
4 Um dos judeus do primeiro século, que creu no valor expiatório do sangue de Jesus, foi Simão Pedro, ex-pescador do Mar da Galiléia. Escrevendo a concrentes, Simão Pedro disse: “Não foi com coisas corrutíveis, com prata ou ouro, que fostes livrados da vossa forma infrutífera de conduta, recebida por tradição de vossos antepassados. Mas foi com sangue precioso, como o de um cordeiro sem mácula nem mancha, sim, o de Cristo.” (1 Ped. 1:18, 19) Podemos agora apreciar a propriedade de o livro de Revelação continuamente apresentar Jesus Cristo como “o cordeiro”, aquele que foi “morto”. (Rev. 5:6) Todos nós, os da humanidade, certamente necessitamos de tal Cordeiro expiatório que, com seu sangue, pode purificar-nos de nossos pecados e tirar de nós a condenação à morte. Sem a vida por meio do sacrifício deste Cordeiro, nenhum de nós poderia usufruir coisa alguma no futuro com consciência limpa perante Deus. Deveras, pois, não podemos passar sem este Cordeiro!
5. Por se oferecer como sacrifício, Jesus Cristo serviu como antítipo de quem, no Dia da Expiação de Israel?
5 Oferecendo-se como Cordeiro sacrificial, Jesus Cristo serviu qual Sumo Sacerdote de Deus, prefigurado pelo primeiro sumo sacerdote de Israel, a saber, Arão da tribo de Levi. Todos os outros sumos sacerdotes oficiantes do antigo Israel descenderam deste Arão, irmão de Moisés. Este é outro motivo pelo qual toda a humanidade necessita de Jesus Cristo, de ele servir qual antítipo dos sumos sacerdotes de Israel, ao levarem o sangue dos sacrifícios para dentro do Santíssimo do templo, no anual Dia da Expiação, Iom Quipur.
6. Os judeus cristianizados foram mandados a olhar para quem, em busca da expiação de pecados, e por quê?
6 O ressuscitado Jesus Cristo cumpriu este quadro do Dia da Expiação quando ascendeu da terra de volta para o céu, a fim de comparecer na presença de Deus e oferecer o mérito ou valor de seu perfeito sacrifício humano em expiação pelos pecados de toda a humanidade. Este era o motivo pelo qual se disse aos judeus cristianizados que não olhassem mais para os sumos sacerdotes arônicos, mas sim para seu antítipo, nas seguintes palavras registradas em Hebreus 3:1, 2: “Por conseguinte, santos irmãos, participantes da chamada celestial, considerai o apóstolo e sumo sacerdote que confessamos — Jesus. Ele foi fiel Aquele que o fez tal, assim como também Moisés o foi em toda a casa Daquele.”
É NECESSÁRIO MAIS DO QUE UM SUMO SACERDOTE
7. De que modo é Jesus Cristo para nós um sumo sacerdote apropriado, e onde diz o capítulo um de Revelação que ele serve como tal?
7 Explicando adicionalmente aos judeus cristianizados de que maneira Jesus Cristo, qual Sumo Sacerdote, serve com mais eficácia do que fizeram Arão e seus sucessores, o livro de Hebreus prossegue, no Heb capítulo sete, versículo vinte e seis: “Para nós era apropriado tal sumo sacerdote, leal, cândido, imaculado, separado dos pecadores e que chegou a ser mais alto do que os céus.” O livro de Revelação, capítulo um, versículos doze a dezoito, retrata o glorificado Jesus Cristo como servindo qual Sumo Sacerdote a favor das congregações cristãs. Todavia, o capítulo cinco o representa como sendo mais do que Sumo Sacerdote de Deus. Isto salienta que todos nós necessitamos de Jesus Cristo por outro motivo adicional, além de ele ser Cordeiro sacrificial e nosso Sumo Sacerdote.
8. Que títulos são aplicados ao Cordeiro, em Revelação 5:9, 10, e a que mais, além de ao sacerdócio, refere-se tudo isso?
8 Revelação 5:5, 6, identifica o Cordeiro que foi morto como sendo “o Leão que é da tribo de Judá, a raiz de Davi”. Esses títulos indicam alguma coisa a respeito do Cordeiro Jesus Cristo. Os Re 5 versículos nove e dez dão ênfase adicional a isso. Nesses versículos diz-se ao Cordeiro: “Digno és de tomar o rolo e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre a terra.” A que se refere então tudo isso, além do sacerdócio? Ora, naturalmente a um governo, a um reino. Sim, todos necessitamos dum governo perfeito e justo sobre toda a terra.
9. Segundo Gênesis 49:9, 10, o que havia de ter o ‘Leão que é da tribo do Judá’, e, neste respeito o que tornou necessário que Jesus fosse a “raiz do Davi”?
9 Segundo a profecia em Gênesis 49:9, 10, o Leão que é da tribo de Judá havia de ter um cetro e um bastão de comandante, e a ele havia de pertencer legitimamente a obediência de todos os povos Isto significava um governo para o Leão da tribo de Judá. Davi era da tribo de Judá, e durante quarenta anos reinou sobre os israelitas. Jesus Cristo tinha de ser “raiz de Davi”, porque Deus havia prometido ao Rei Davi, de Jerusalém, uma dinastia de sucessores na sua família, que teria um reino para sempre.
10. Segundo as palavras de Gabriel a Maria, o trono de quem receberia seu filho, e por quanto tempo?
10 Isto significava que, como recompensa para o Rei Davi, por sua inabalável adoração exclusiva de Jeová, como único Deus vivente e verdadeiro, Jeová fez um pacto com Davi, para um reino eterno na linhagem de sua família. (2 Sam. 7:1-17) Foi por isso que o anjo Gabriel disse, ao anunciar o vindouro nascimento de Jesus a Maria, que era da tribo de Judá: “Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó [Israel] para sempre, e não haverá fim do seu reino.” — Luc. 1:26-33.
11. Quando oramos as palavras de Mateus 6:9, 10, admitimos a Deus que necessitamos de quê?
11 O que se dá, então, quando oramos a Jeová Deus, assim como Jesus instruiu seus discípulos a orarem: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra”? Bem, com isso admitimos a Deus, que necessitamos do reino de seu Filho Jesus Cristo. — Mat. 6:9, 10.
12. Em que esforço fracassou a cristandade, e, por isso, o que terá de ser feito aos reinos deste mundo pelo reino de Deus por Cristo?
12 A chamada cristandade nunca foi o reino de Deus por Cristo. A cristandade fracassou na sua tentativa de converter os governos do mundo para serem governos realmente cristãos. Então, como havemos de ter o reino de Cristo sobre a terra, quando todos estes governos políticos ainda existem e administram os assuntos da terral? Não podemos, em tais circunstâncias. É por isso que é preciso que esses governos humanos imperfeitos, falhos, desapareçam, sejam eliminados da terra. Isto não pode ser feito com poder humano. Por este motivo necessitamos do reino de Jesus Cristo para tal trabalho. Esse executará o trabalho, segundo a profecia de Deus em Daniel 2:44, que diz: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.”
13. Quando e onde ocorrera a eliminação violenta destes governos mundanos, porém, de que mais necessitarão os sobreviventes terrestres?
13 Esta remoção violenta dos governos políticos da atualidade será realizada no auge da vindoura “grande tribulação”, no que Revelação 16:14, 16, chama de Har-Magedon. Haverá sobreviventes humanos desta “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Estes precisarão ter mais do que apenas uma terra livre de governos corrutos e incapazes, de homens pecaminosos e moribundos. De que mais precisarão? De nada menos do que a eliminação de todas as iníquas inteligências sobre-humanas, invisíveis, que têm dominado esses governos políticos. Mas, quem são essas invisíveis inteligências sobre-humanas? A ciência moderna não nos acreditará quando respondermos: Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos. Mas, seja o próprio Jesus Cristo achado verdadeiro, e não a ciência moderna. Ele disse que Satanás, o Diabo, é “o governante deste mundo”. Jesus Cristo certamente o devia saber, sendo que foi enviado por Deus desde o céu. — João 12:31; 14:30.
14. Que governo será bastante poderoso para desalojar a Satanás e seus demônios da posição deles sobre os habitantes da terra, e como?
14 Também, na visão que o glorificado Jesus Cristo transmitiu ao apóstolo cristão João, ele salientou que Satanás, o Diabo, é quem “está desencaminhando toda a terra habitada”. (Rev. 12:9) Portanto, vai ser preciso um governo celestial, espiritual, para desalojar Satanás e seus anjos demoníacos de sua posição de domínio sobre todos os habitantes da terra. O reino de Jesus Cristo é exatamente tal governo celestial suficientemente poderoso para trazer esse alívio à humanidade. Este é outro motivo pelo qual necessitamos desse reino. Depois de sua vitória na guerra no Har-Magedon, causará o encarceramento de Satanás, o Diabo, e de todos os seus anjos demoníacos num abismo, longe da vizinhança de nossa terra. Seu encarceramento perdurará durante os mil anos do reino de Cristo. — Rev. 19:11 a 20:3.
15. Como retrata Revelação os benefícios vitalizadores abundantemente disponíveis a todos os que na terra estiverem sob o reino de Cristo?
15 Durante este reino milenar de Jesus Cristo, benefícios vitalizadores fluirão qual rio para todos aqueles na terra, pelos quais ele deu sua vida como Cordeiro sacrificial. Isto é belamente retratado no último capítulo de Revelação. Ali, o apóstolo João mostra a fonte das provisões de vida eterna para a família humana. João diz: “E ele [um anjo de Deus] me mostrou um rio de água da vida, límpido como cristal, correndo desde o trono de Deus e do Cordeiro, pelo meio de sua rua larga [a rua da cidade]. E deste lado do rio e daquele lado havia árvores da vida, produzindo doze safras de frutos, dando os seus frutos cada mês.”
16. Qual é a fonte de todos esses benefícios vitalizadores e como cuidará o Reino de que não haja mais maldição sobre a humanidade?
16 Daí, mostrando que tais bênçãos têm sua origem no trono real de Deus e do Cordeiro Jesus Cristo, o apóstolo João acrescenta as seguintes palavras: “E não haverá mais nenhuma maldição. Mas o trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade e os seus escravos lhe prestarão serviço sagrado.” (Rev. 22:1-3) O reino de Deus por Cristo é uma bênção para a humanidade, e não é maldição para ela. O Filho de Deus, Jesus Cristo, cuidará de que os assuntos da terra sejam cuidados em justiça, para resultar em bênçãos.
O REINO É NECESSITADO PELOS MORTOS HUMANOS
17. Quem serão os primeiros a se aproveitar dessas provisões vitalizadoras, mas, por que haverá outros que se aproveitarão delas?
17 Os primeiros a aproveitarem essas provisões vitalizadoras procedentes do trono de Deus, mediante Cristo, serão os da “grande multidão” de adoradores que sobreviverão à “grande tribulação”, em que os reinos deste mundo serão esmiuçados. (Rev. 7:9-14; Dan. 2:44; Mat. 24:21, 22) Pois bem, haverá, então, outros que se aproveitarão do simbólico rio de água da vida e das simbólicas árvores da vida? Sim, pois Jesus Cristo morreu como “Cordeiro de Deus” por mais humanos do que apenas aqueles sobreviventes da tribulação. Lembremo-nos do que Jesus disse, não muito longe dum sepulcro, em Betânia, perto de Jerusalém, no ano 33 E. C. Naquela ocasião, ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, passará a viver; e todo aquele que vive e exerce fé em mim, nunca jamais morrerá. Crês isso?” Marta, irmã do falecido Lázaro, respondeu: “Sim, Senhor; tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que vem ao mundo.” (João 11:25-27) Que dizer de nós, hoje? Podemos nós dar a mesma resposta de fé a essa pergunta?
18. Por que temos um motivo sólido para responder Sim à pergunta de Jesus assim como fez Marta, e por que pode Jesus ainda dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida”?
18 Temos um motivo sólido para responder Sim, porque Jesus apoiou então suas palavras notáveis por ressuscitar seu amigo Lázaro, embora já fosse o quarto dia depois do falecimento deste. (João 11:28-45) Pouco depois, veio o tempo de o próprio Jesus ser ressuscitado dentre os mortos. Ele morreu no Dia da Páscoa. No terceiro dia após isso, foi ressuscitado dentre os mortos pelo poder onipotente de seu Pai celestial. No quadragésimo dia depois disso, ele subiu ao céu, dum lugar perto de Betânia, no Monte das Oliveiras. (Luc. 24:50-53; Atos 1:1-12) O glorificado Jesus Cristo, no céu, ainda pode dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida.” Ele nos assegura pelas suas palavras na visão de Revelação dada a João de que foi autorizado por Deus, seu Pai, a ressuscitar os mortos: “Fiquei morto, mas eis que vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades.” — Rev. 1:18.
19. De que modo era Jesus Cristo o “primogênito dentre os mortos” ao ser ressuscitado, e não seu amigo Lázaro, nem outros, que Jesus ressuscitou?
19 Jesus Cristo foi o primeiro a ser ressuscitado dentre os mortos para viver para sempre como pessoa ressuscitada. De modo que ele é corretamente chamado de “primogênito dentre os mortos” e “primícias dos que adormeceram na morte”. (Col. 1:18; 1 Cor. 15:20) Até mesmo seu amigo Lázaro e outros que ele e seus apóstolos ressuscitaram dentre os mortos sucumbiram depois à morte e foram enterrados na sepultura comum da humanidade, quer dizer, no Hades. Seu anterior livramento da morte e do Hades foi apenas temporário. Por isso, “os portões do Hades” tinham de ficar fechados para todos esses e para todos os outros falecidos humanos resgatados, até o estabelecimento do reino de Cristo, nos céus, no tempo designado de Deus. — Mat. 16:18; Isa. 38:10, 18.
20, 21. Quando e onde foi estabelecido o reino de Cristo, e a quem ressuscitaria ele primeiro, ao ser Rei reinante?
20 A história mundial, no nosso século vinte, fornece-nos o cumprimento de profecias bíblicas e indica que o reino de Cristo nasceu nos céus no fim dos Tempos dos Gentios, no ano 1914 E. C. (Luc. 21:24; Eze. 21:25-27) De posse do poder do Reino celestial, Jesus Cristo dirigiria primeiro sua atenção para os seus fiéis discípulos falecidos, tais como seus apóstolos e outros discípulos que foram chamados para o reino celestial com ele. A estes ele ressuscitaria para a vida imortal, celestial, a fim de que fossem “um reino e sacerdotes para o nosso Deus”, conforme diz Revelação 5:10. Assim se cumpriria o que o apóstolo João nos diz em Revelação 20:4-6:
21 “E eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, . . . E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos. . . . Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos.”
22. Durante seu reinado milenar, como usará Jesus Cristo “as chaves da morte e do Hades”, e de que modo vera a “grande multidão” de sobreviventes da tribulação algo nunca antes presenciado na terra?
22 Durante seu reinado milenar, Jesus Cristo, qual Sumo Sacerdote bem como Rei, usará “as chaves da morte e do Hades” a favor dos demais da humanidade falecida. Estes mortos ouvirão a sua voz e sairão, assim como ele mesmo predisse nas suas palavras registradas em João 5:28, 29. Daí, os da “grande multidão” que sobreviverão à “grande tribulação”, à amarração e ao lançamento no abismo de Satanás e seus demônios presenciarão um milagre sem igual. Presenciarão a volta à vida na terra de todos os humanos falecidos, pelos quais o Sumo Sacerdote Jesus sacrificou sua vida humana perfeita como “o Cordeiro de Deus”. (João 1:29; 1 Tim. 2:5, 6; Heb. 2:9) Por fim, o número dos ressuscitados ascenderá a bilhões, todos eles descendentes do pecador Adão, de quem herdaram a imperfeição, a pecaminosidade e a condenação à morte. Nunca antes terá acontecido algo igual na terra. O apóstolo João recebeu uma breve visão deste milagre maravilhoso de Deus mediante Cristo, e João a descreve em Revelação 20:11-14.
23. Por que não ficou João desanimado diante da visão da ressurreição, e quando verão os habitantes da terra o cumprimento de 1 Coríntios 15:26?
23 Ficou João desanimado diante do que viu? Viu ele a terra superpovoada de gente? De modo algum! Jeová Deus fez a terra para ser confortavelmente enchida por homens e mulheres em perfeição humana, sem terem sobre si a condenação à morte, mas com o direito à vida eterna que lhes é concedido em recompensa pela devoção inquebrantável a Jeová Deus. Todos viverão num paraíso global! (Gên. 1:26-28) Assim, quando o último dos mortos humanos resgatados tiver sido chamado para fora, pela abertura dos “portões do Hades”, a sepultura comum da humanidade não existirá mais. O Hades terá sido lançado no “lago de fogo”, para a sua própria morte eterna. E quando todos os que viverem na terra sob o reino milenar de Cristo tiverem aceito sua disciplina e assim tiverem sido libertos de toda a pecaminosidade e curados de todas as imperfeições humanas, então estarão realmente vivos, em pleno sentido. A “morte”, a morte que a humanidade herdou de Adão, juntar-se-á então ao Hades no “lago de fogo”. (Rev. 20:14) Com esta realização gloriosa, os homens verão cumpridas as palavras de 1 Coríntios 15:26: “Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada.” Todos os que depois forem destruídos junto com Satanás e seus demônios, por sua desobediência deliberada, sofrerão “a segunda morte”, da qual não há ressurreição.
24. Por que nunca devemos envergonhar-nos de dar testemunho de Jesus, e junto com quem nos sentimos induzidos a dar testemunho a respeito dele?
24 O tempo nos faltaria para testemunhar a respeito de Jesus Cristo e falar sobre tudo o que ele significa para nós, membros da decaída família humana. Nunca ficaremos desapontados com ele. “Pois a Escritura diz: ‘Ninguém que basear nele a sua fé ficará desapontado.’” (Rom. 10:11; Isa. 28:16) Nunca devemos envergonhar-nos de dar testemunho de Jesus Cristo verbalmente ou pela página impressa. Nosso crescente apreço de quanto necessitamos dele nos induz a nos juntarmos aos anjos em dar testemunho dele para a glória de Jeová Deus e por causa da humanidade na sua desesperada aflição atual.
25. Por que não se deve atribuir a nós, Testemunhas, o crédito pela substância do testemunho que damos, e quem inspirou as profecias a respeito de Jesus, e para
25 Lembremo-nos do que o anjo disse quando o apóstolo João, em gratidão, se lançou aos pés dele para adorá-lo: “Sou apenas co-escravo teu e dos teus irmãos, que têm a obra de dar testemunho de Jesus. Adora a Deus; pois, dar-se testemunho de Jesus é o que inspira o profetizar.” (Rev. 19:10) Portanto, a nós humanos não cabe nenhum crédito, como se a substância do testemunho a respeito de Jesus Cristo se originasse de nós. Foi Jeová Deus quem viu nossa grande necessidade e impotência, e quem proveu amorosamente seu Filho celestial, para se tornar o homem Jesus Cristo a favor de todos nós. Além disso, por meio de seu espírito ativo, Deus inspirou todas as profecias bíblicas a respeito de Jesus Cristo, a fim de que, por meio delas, fôssemos encaminhados ao “Cordeiro de Deus”, a este Sumo Sacerdote de Deus, a este Rei messiânico, o qual, por fim, dará à humanidade, por muito tempo mal governada, um governo perfeito e justo.
26. A que resposta fomos levados pelo nosso estudo da pergunta: Quem é Jesus Cristo, que todos necessitemos dele para que fim?
26 Quem, então, é Jesus Cristo, que todos necessitemos dele? Nossa verificação dos fatos no estudo desta desafiadora questão nos levou a uma resposta satisfatória. Ele é o Necessário, a quem o Criador de todas as coisas provê e usa para nos restabelecer na família feliz e bendita de nosso Pai celestial. Neste círculo familiar, universal, usufruiremos a vida abençoada para sempre, abundando no seu amor e cuidado, e amorosamente adorando-o e servindo-o para todo o sempre. — 1 Cor. 15:28; João 14:6; Atos 4:12.
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