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Cesaréia e os primitivos cristãosA Sentinela — 1989 | 15 de março
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A próxima sala da exposição contém uma estátua da deusa da fertilidade, Ártemis de Éfeso, de muitos seios. Esta é a mesma deusa cujos adoradores causaram um distúrbio em Éfeso, quando a pregação de Paulo induziu muitos a rejeitar a repugnante adoração de ídolos e a seguir a Jesus Cristo. — Atos 19:23-41.
Uma exibição de fragmentos de cerâmica demonstra até onde se estendiam as viagens no primeiro século, conforme reveladas nas Escrituras. Em apenas um armazém antigo, encontraram-se fragmentos de cerâmica de lugares tão distantes um do outro, como a Iugoslávia, a Itália, a Espanha e talvez a África do Norte. Em vista de tais viagens extensas, é fácil de compreender que visitantes de lugares longínquos do Império Romano estivessem em Jerusalém, em Pentecostes de 33 EC. Muitos ouviram ali as boas novas na sua própria língua, tornaram-se crentes e foram batizados. É provável que alguns levassem as boas novas de volta à sua própria terra a bordo de navios que partiram de Cesaréia. — Atos, capítulo 2.
Na próxima sala, uma grande placa branca, retangular, sustenta fragmentos duma lousa de mármore do terceiro ou do quarto século. Ela alistava originalmente as 24 divisões ou turmas de famílias sacerdotais na ordem em que serviam no templo de Jerusalém. Aquele templo jazia em ruínas já por centenas de anos, mas os judeus confiavam em que seria em breve reconstruído. Séculos mais tarde, ainda oravam para que Deus restabelecesse as turmas sacerdotais nos seus dias. Mas o templo não foi reconstruído. Jesus predissera a sua destruição. E antes de ser destruído, o apóstolo Paulo, judeu e anteriormente fariseu, salientou que Deus havia substituído esse templo por algo melhor — um templo muito maior, espiritual, que aquele construído por mãos, em Jerusalém, apenas ilustrava, prefigurava ou representava. — Mateus 23:37-24:2; Hebreus, capítulos 8, 9.
Passaram-se séculos, e conquistadores surgiram e desapareceram. As ruínas de Cesaréia finalmente afundaram na areia e no mar. Aguardavam ali os hodiernos arqueólogos, cujas descobertas nos ajudam a compreender melhor a vida nos tempos antigos e algo sobre as coisas que lemos na Palavra de Deus, a Bíblia.
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Relatório exato de testemunha ocularA Sentinela — 1989 | 15 de março
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Relatório exato de testemunha ocular
Um recentemente publicado texto ugarítico (KTU 1.161) confirma a fidedignidade de 2 Reis 10:19, 20. Com o fim de destruir os adoradores de Baal, o Rei Jeú ordenou: “Santificai uma assembléia solene para Baal.” (Um deus falso, possivelmente representado pela estatueta mostrada à esquerda.) Segundo Vetus Testamentum, uma revista publicada nos Países-Baixos, esta expressão é “genuinamente cananéia” e significa “‘um círculo fechado’: qualquer pessoa de fora podia ser punida com uma maldição”. “Percebemos agora que o autor da passagem em 2 Reis evidentemente demonstra ter tido bom conhecimento da terminologia religiosa cananéia”, comenta Vetus Testamentum.
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