-
Planta VenenosaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
seria ministrada, como alimento, uma “planta venenosa”. (Sal. 69:21) Isto ocorreu quando se ofereceu a Jesus Cristo, antes de ser pregado na estaca, vinho misturado com fel, mas, ao prová-lo, Jesus recusou tal bebida estupefaciente que, provavelmente, visava minorar seus sofrimentos. Ao registrar o cumprimento desta profecia, Mateus (27:34) empregou a palavra grega kholé (fel), o mesmo termo encontrado na Septuaginta no Salmo 69:21. No entanto, o relato do Evangelho de Marcos menciona a mirra (Mar. 15:23), e isto tem suscitado o conceito de que, neste caso, a “planta venenosa” ou “fel” fosse a “mirra”. Outra possibilidade é que a bebida drogada talvez contivesse tanto fel como mirra.
-
-
PlátanoAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
PLÁTANO
[Heb., ‘armóhn].
O nome desta árvore, em hebraico, provém evidentemente da raiz ‘aráh, que significa “nudez”, ou da palavra ‘arám, que significa “despido”. Em Gênesis 30:37, 38, descreve-se Jacó como colocando varas desta árvore, junto com as de outras árvores, diante dos rebanhos de Labão, em Harã, na Síria. As varas haviam sido descascadas, “deixando expostos”, ou revelando, os “lugares brancos”. O plátano-do-oriente (Platanus orientalis) anualmente se descasca, perdendo sua camada externa em tiras ou seções, e expondo logo abaixo a casca interna, lisa e esbranquiçada.
O plátano-do-oriente tem majestosa aparência, crescendo até atingir uns 21 metros ou mais, possuindo ramos amplamente espalhados e folhas largas, verde-escuras, semelhante às da videira, e provendo esplêndida sombra. A circunferência do seu tronco amiúde atinge até cerca de 12 m. Por conseguinte, era uma árvore digna de ser comparada ao majestoso cedro-do-líbano — embora não fosse realmente uma rival dele — o qual Ezequiel empregou como figura de Faraó e toda a sua massa de gente. — Eze. 31:8.
-
-
PóAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
PÓ
Diminutas partículas de matéria, suficientemente leves para serem erguidas e transportadas com facilidade pelas correntes aéreas. O pó é uma provisão do Criador que é essencial para a existência e o conforto da humanidade. (Pro. 8:22, 26) Os cientistas sustentam que não poderia ocorrer nenhuma condensação de umidade como chuva, neblina ou vapor d’água, se não fosse pela existência de certos sais que absorvem água, e que constituem parte do pó atmosférico. Ademais, sem a propriedade de difusão da luz do pó atmosférico, os olhos das criaturas terrestres ficariam expostos ao insuportável clarão dos raios diretos do sol, e o fenômeno bem familiar dos ocasos penumbrosos e lindamente coloridos deixaria de ocorrer.
O Criador empregou “pó do solo” quando formou o primeiro homem (Gên. 2:7; 1 Cor. 15:47, 48), e, quando Adão foi sentenciado por desobedecer a lei de Deus, Jeová decretou: “Ao pó voltarás.” (Gên. 3:19) Deus também pronunciou uma maldição de grande significado profético ao dizer à serpente no Éden: “Sobre o teu ventre andarás e pó é o que comerás [mordiscarás] todos os dias da tua vida.” (Gên. 3:14) Ao passo que a serpente não subsistiria apenas de pó, ela ingeriria algum pó junto com seu alimento, por causa de sua condição pouco elevada em relação ao solo.
Em vista da queda do homem na imperfeição, o pó é às vezes empregado de forma figurada para ilustrar a fragilidade da espécie humana. Deus mostra misericórdia para com aqueles que o temem, “lembra-se de que somos pó”. (Sal. 103:13, 14; Gên. 18:27) Também é simbólico da mortalidade dos humanos, pois, por ocasião da morte, “retornam ao seu pó”. (Sal. 104:29; Ecl. 3:19, 20; 12:1, 7) Visto que o homem, ao morrer, retorna ao pó, o túmulo às vezes é, em sentido figurado, chamado de “pó”. (Sal. 22:29; 30:9) O pó do solo pode denotar uma condição humilde. Jeová é “Quem levanta do pó o de condição humilde”. (1 Sam. 2:8; Sal. 113:7) Fazer os inimigos ‘lamberem o pó’ significa subjugá-los, conseguindo a submissão completa deles. — Sal. 72:9; Miq. 7:16, 17.
Nas Escrituras, grandes números de pessoas são comparadas ao pó, por causa de sua imensidão. Assim, Deus prometeu a Abrão (Abraão): “Vou fazer o teu descendente semelhante às partículas de pó da terra.” — Gên. 13:14, 16.
Lançar pó no ar ou lançá-lo sobre uma pessoa eram meios de registrar forte desaprovação dela. É costumeiro, em partes da Ásia, exigir que se faça justiça contra um criminoso por lançar poeira sobre ele. Certa multidão em Jerusalém, injustificadamente enraivecida por certas palavras de Paulo, demonstrou sua animosidade contra ele por ‘atirarem poeira no ar’. Por meio de sua demonstração emocional e por suas palavras, patentearam sua desaprovação de Paulo diante do comandante militar. (Atos 22:22-24) Similarmente, Simei manifestou que desaprovava a realeza de Davi por ‘manter o passo com ele para invocar o mal; e atirava pedras ao manter o passo com ele e jogava muito pó’. — 2 Sam. 16:5-13.
Jesus Cristo instruiu seus discípulos no sentido de que, quando alguém deixasse de recebê-los ou de ouvir as palavras deles, deviam sacudir ou remover o pó dos pés deles ao saírem daquela casa ou daquela cidade. Tal costume servia de “testemunho contra eles”, dando a entender que os seguidores de Jesus partiam pacificamente e deixavam aquela casa ou aquela cidade entregue às conseqüências que lhe adviriam da parte de Deus. — Mat. 10:11-15; Luc. 9:5; 10:10-12; Atos 13:50, 51
-