Um jugo benévolo e uma carga leve
“Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos — Mat. 11:28, 29
1. Qual e o estado atual do mundo, e que perguntas se podem fazer?
A ONDE quer que se vá hoje em dia, vê-se pessoas cansadas. Não só voltam cansadas do trabalho e se deitam cansadas, mas elas se levantam também de manhã cansadas e vão trabalhar cansadas. Seu rosto é marcado por círculos de cansaço e seu corpo muitas vezes se encurva sob o fardo pesado que levam. Até mesmo crianças, meninos, meninas e adolescentes se queixam de estarem cansados. Por que estão as pessoas tão cansadas hoje em dia? O que podem fazer para achar revigoramento para a sua alma?
2, 3. (a) Apresente diversos motivos por que as pessoas se cansam hoje em dia. (b) Que descrição faz a Bíblia de “toda a criação”, e por quê?
2 Tanto os idosos como os jovens demonstram a reação às pressões intoleráveis dos nossos tempos. Em alguns lugares, só chegar ao trabalho na hora certa já é agora uma façanha que esgota. De manhã cedo, o trânsito nas cidades é um perigo em si mesmo. É uma hora em que a cortesia da estrada é um gesto quase que esquecido. Os trens costumam estar superlotados, e os ônibus e os metrôs estão cheios de rostos infelizes. O patrão que só pensa na produção, que se empenha pela eficiência e não tem muita empatia, dificilmente constitui uma inspiração que se quer enfrentar. Depois há todo aquele ambiente insalubre da competição e da rivalidade no emprego, ou dos modos de falar que se tornaram imorais e degradantes, ou da tensão da associação com os que mentem, defraudam e roubam dos outros sem hesitação. Conjugue isto com o fardo do alto custo da vida, do aumento anual dos impostos, da tensão causada pelo medo — medo de ser roubado, estuprado ou ferido, medo de perder o emprego, os bens, ou o medo de ficar doente sem que alguém cuide da gente — e começará a sentir a enorme pressão dos nossos tempos, a carga levada pela humanidade.
3 Mas isto não é tudo. Acrescente a isto o peso resultante das práticas imorais, degradantes e corrutas dos sistemas políticos, dos sistemas militares e comerciais, suas guerras, revoluções e injustiças. Conjugue isto com o fardo pesado da religião do mundo, o custo de perpetuar sistemas esgotados, inúteis e tradicionais, catedrais vazias e ministros sem fé. Adicione o fardo resultante da juventude desencaminhada, do crime, da violência e dos distúrbios de nossa era, e começará a compreender por que as pessoas estão cansadas. A Bíblia diz que “toda a criação junta persiste em gemer e junta está em dores”, porque “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. (Rom. 8:22; 1 João 5:19) As pessoas estão cansadas do gigantesco sistema semelhante a um polvo, que os enlaça e esmaga aos poucos. (Rev. 13:16-18) Mas o que podem fazer? Como podem sair do sistema e achar revigoramento para a sua alma?
O GRANDIOSO CONVITE
4. Que solução ofereceu Jesus aos que labutam e estão sobrecarregados?
4 Quando o Filho de Deus, Jesus Cristo, andava na face da terra há mais de dezenove séculos atrás, havia então pessoas oprimidas na terra, assim como agora. Jesus reconhecia a sua situação e propunha uma solução. A solução apresentada por Jesus constitui o grandioso convite de se dirigir a ele para obter revigoramento para a alma. Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois o meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” (Mat. 11:28-30) A solução está contida nestas palavras belamente fraseadas. Mas a quem se fez este grandioso convite? E o que significam estas palavras para nós, os que vivemos neste século vinte
5. (a) A quem se faz o convite de Jesus nos dias dele? (b) Era a lei mosaica em si mesma um fardo?
5 O convite é feito a todos os que labutam e estão sobrecarregados. Nos dias de Jesus, isto se referia especificamente aos que estavam sob as obrigações da lei mosaica. O apóstolo cristão Pedro disse em Atos 15:10, falando aos homens mais maduros de Jerusalém: “Por que estais pondo Deus à prova por impor no pescoço dos discípulos um jugo que nem os nossos antepassados nem nós somos capazes de levar?” Pedro se referia à lei mosaica como um jugo que os obrigava a levar um fardo insuportável. Não era que a lei em si mesma fosse pesada. Não era. A lei era ‘santa, e justa, e boa’. (Rom. 7:12) Mas o homem imperfeito a achava pesada porque não podia satisfazer suas normas perfeitas. Cristo livrou desta obrigação a todos os que assim estavam sob jugo. — Gál. 3:13.
6-8. A quem mais se fez o convite de Jesus?
6 O grandioso convite, “vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados”, foi também feito aos sobrecarregados pelos sistemas tradicionais, vãos, daquele tempo. Jesus disse, falando dos escribas e fariseus que fomentavam tais tradições: “Amarram cargas pesadas e as põem nos ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos nem a movê-las com o dedo.” (Mat. 23:4; Mar. 7:2-5) Por fazerem muita questão dos pequenos pormenores, os fariseus despercebiam completamente as questões mais ponderosas da justiça, da misericórdia e da fidelidade. Jesus livrou as pessoas de tal tradição escravizadora, que era adoração vã. — Mat. 15:1-9.
7 O convite foi também dirigido aos que sentiam o peso esmagador do domínio e dos impostos de César; e aos que se sentiam ‘esfolados e empurrados dum lado para outro como ovelhas sem pastor’. (Mat. 9:36; 22:17-21) A aplicação da solução de Jesus traria revigoramento também a tais.
8 Jesus se dirigiu também aos que sentiam o peso dos seus pecados por meio duma consciência atribulada. A prática do pecado leva à degradação e à corrução da pior espécie, e leva os homens à maior pobreza. (Mat. 6:23) Estes poderiam ficar livres de seu fardo por aceitarem o convite de Jesus: “Vinde a mim.”
O JUGO BENÉVOLO E O REVIGORAMENTO
9. Como conseguiu Jesus que pessoas aceitassem o seu convite, para acharem revigoramento para a sua alma?
9 Como conseguiu Cristo que as pessoas aceitassem o seu convite, a fim de acharem revigoramento para a sua alma? Fez isso por revelar-lhes que o revigoramento não vem de se escapar dos fardos ou do trabalho da vida, como muitos hippies modernos querem fazer, mas por se ficar num mesmo jugo com Cristo e tornar-se seu discípulo. Ele disse: “Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, . . . e achareis revigoramento para as vossas almas.” (Mat. 11:29) Na nota ao pé da página da edição inglesa de 1950 da Tradução do Novo Mundo, este texto reza: “Vinde sob o meu jugo comigo.” Portanto, as pessoas são convidadas a se livrarem de seus jugos ou vínculos mundanos e virem sob o jugo de Cristo, junto com ele, para acharam revigoramento para a sua alma. O novo jugo seria assumirem a responsabilidade que os tornaria discípulos de Jesus Cristo.
10. (a) Par que podemos dizer que o jugo de Jesus é benévolo, e em que sentido difere do jugo de bois? (b) O convite de Jesus é similar a que convite nos Salmos? (e) De que modo resulta revigoramento quando se esta sob o mesmo Jugo com Jesus?
10 Os antigos israelitas eram um povo agrícola que conhecia os jugos. Sabiam, portanto, de que Jesus estava falando. Devemos lembrar-nos também que Jesus, como carpinteiro, sem dúvida fez jugos para bois e cangas para pessoas. Tais cangas amiúde eram feitas sob medida para se ajustarem à nuca e aos ombros das pessoas, carregando-se com elas água e outros suprimentos. O jugo do boi, porém, é involuntário, mas o jugo proposto por Jesus era voluntário. Ele convidava as pessoas a tomarem sobre si o seu jugo e se tornarem seus discípulos. Para o judeu, isto significava sair voluntariamente de debaixo da lei mosaica para se tornar discípulo de Jesus Cristo, para estar jungido com Cristo no serviço de Deus, de todo o coração, alma, mente e força, em razão da fé que tinha. (Mat. 22:36-40; Rom. 1:17) O conselho é similar ao convite feito no Salmo 55:22: “Lança teu fardo sobre o próprio Jeová, e ele mesmo te susterá. Nunca permitirá que o justo seja abalado.” Assim como podemos firmemente depender de Jeová quanto à ajuda, podemos também confiar nas palavras Daquele a quem enviou para fazer a sua obra na terra, a saber, Jesus Cristo. Jesus revelou que o verdadeiro revigoramento resulta de se ter fé nele como provisão de salvação feita por Jeová. Pois, “não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos”. (Atos 4:12) Tal conhecimento dá esperança. Revigora a pessoa com pensamentos sobre a vida eterna num novo sistema justo de coisas. — 2 Ped. 3:13; 1 João 1:9; 2:17.
11. Qual é o revigoramento recebido? E como sabemos que os cristãos do primeiro século o receberam?
11 O revigoramento é principalmente uma sensação íntima de alegria e do conhecimento de que o discípulo de Cristo é filho na família de Deus em razão da fé e não pelas obras da lei mosaica. É revigoramento participar na própria experiência de Jesus, de perfeita obediência amorosa a Jeová, pela fé, e de receber a aprovação de Deus em vista de tal associação. Cada vez que se volta para Cristo, cada vez que se achega a ele, o cansado encontra revigoramento, que é causa de alegria. O revigoramento recebido é a paz mental que se usufrui, a profunda calma do coração e um contentamento na vida, que ultrapassa todo o entendimento. Os cristãos do primeiro século sentiam este revigoramento e escreviam sobre ele nas Escrituras Sagradas. — João 14:27; Fil. 4:7.
O ATUAL JUGO BENÉVOLO
12. Qual é o jugo de Cristo hoje em dia?
12 Mas qual é o atual jugo de Cristo? Não é um jugo de ociosidade, nem e isenção de trabalho ou de qualquer demanda honrosa, mas é um modo de vida visando recompensas eternas. É uma vida que exige sacrifícios e exemplo. (Mat. 16:24-26; 19:16-29) Portanto, não é uma vida irrestrita, uma vida de irresponsabilidade, uma vida de ‘liberdades não especificadas”, vida que logo agasta e cansa, por sua falta de responsabilidade, consecução e realização. O jugo atual, portanto, é o mesmo que nos dias de Jesus; é o jugo da dedicação a Deus como discípulo de Jesus Cristo. É um modo de vida, pela fé como verdadeiro servo de Jeová, visando a vida eterna. — Heb. 10:7-10; Sal. 40:6-8.
13. Como pode o cristão achar hoje revigoramento para a sua alma, e o que precisam fazer os que não tiveram este revigoramento?
13 O cristão toma tal jugo voluntariamente, porque revigora. deriva-se dele uma liberdade piedosa. Pois Jesus disse: “Se permanecerdes na minha palavra, Sois realmente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” “Portanto, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres.” (João 8:31, 32, 36) A fim de se ficar livre e sentir o revigoramento, portanto, é preciso tornasse discípulo de Jesus Cristo. Não há outro modo de se obter esta sensação (Rom. 7:4; Gál. 5:1) Os que hoje afirmam ser cristãos, mas que não sentem liberdade nem revigoramento, precisam examinar a sua relação com Deus, pois ele é um Deus que cumpre a sua promessa. — 1 Reis 8:56.
14. Em que sentido e benévolo o jugo de Cristo?
14 Quando Jesus convidou os cansados a se tornarem seus discípulos, disse-lhes que ‘seu jugo era benévolo e sua carga era leve’. Em que sentido é seu jugo benévolo? Alguns jugos atuais, assim como nos dias de Jesus, são forrados com pano macio para que o jugo não esfole o cachaço dos bois. Poderiam ser chamados de “jugos benévolos”, porque demonstram consideração e amor. O jugo cristão é benévolo, porque o jugo da dedicação é voluntário e é revestido do amor de Deus e de Cristo. Visto que todos, sem exceção, os ricos e os pobres, os instruídos e os não instruídos, os habilitados e os que não têm habilitações, os idosos e os jovens, os fortes e os sem força, podem aproveitar-se deste privilégio da dedicação, prova-se que se trata de um jugo benévolo. “Deus não é parcial”, disse o apóstolo Pedro, “mas em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável”. — Atos 10:34, 35.
15. (a) Como podemos tomar sobre nós o jugo de Cristo, e por que é Isto uma experiência agradável (b) Por que não são satisfatórios os jugos mundanos, ao passo que o jugo de Cristo o é?
15 O jugo é de Cristo. “Tomai sobre vós o meu jugo”, diz ele. Portanto, somos convidados a seguir o exemplo de Cristo. Isto é um prazer, porque ele se descreve como sendo de “temperamento brando e humilde de coração”. (Mat. 11:29; 1 Ped. 2:21) Estas qualidades são contrastadas com o espírito duro e exigente das autoridades mundanas. Visto que Cristo é de temperamento brando e humilde de coração, gostamos de trabalhar com ele. Seu jugo é revestido de verdadeiro amor. Não nos irrita ou esfola como fazem os jugos mundanos. Os jugos mundanos são duros, cortantes e demandadores. Esfolam e cansam, não só por serem duros, mas porque não se sente nenhum benefício duradouro, nenhuma verdadeira consecução e nenhuma satisfação real com o trabalho de satisfazer os anseios egoístas dos homens iníquos na terra. Mas quando estamos jungidos com Cristo como seus discípulos, cada um de nós pode ter a alegria e o contentamento que resultam de se servir a Jeová, e isto é o que dá satisfação. Esta percepção de se ser servo de Deus é que dá verdadeiro revigoramento para a alma. — Pro. 10:22.
A CARGA LEVE
16. Qual é a ‘carga leve’ mencionada por Cristo?
16 Jesus assegura às atuais almas sobrecarregadas: “Minha carga é leve.” (Mat. 11:30) Qual é esta carga leve? É a de viver à altura dos requisitos de Deus quanto à vida. O apóstolo João escreveu: “O amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos; contudo, os seus mandamentos não são pesados.” (1 João 5:3) O que é que Jeová pede de volta de ti senão que exerças a justiça, e ames a benignidade, e andes modestamente com o teu Deus?” (Miq. 6:8) Pede Deus demais de nós quando requer que sejamos justos, amorosos, benignos e modestos quando andamos com ele? Não são estas as qualidades que gostamos de ver nos outros? Os cristãos receberam a ordem de pregar as boas novas do reino de Deus “em toda a terra habitada”; para fazer “discípulos de pessoas de todas as nações”; a fim de ensiná-las a viver em harmonia com os princípios bíblicos. (Mat. 24:14; 28:19, 20) É esta carga excepcionalmente pesada, pesada demais para levar? Vejamos.
17. Por que podemos dizer que esta carga é leve?
17 Lembre-se de que esta carga significa que temos de falar às pessoas sobre o reino de Deus e ensinar as pessoas a se tornarem discípulos de Jesus Cristo. Pede-se demais de nós? Praticamente todos nós temos a capacidade de falar em alguma língua, e as pessoas, em geral, gostam de falar das coisas achegadas a elas. De fato, tal conversação é inspirada e revigorante. Pois bem, se o amor de Deus nos é achegado, não desejaremos falar sobre o nosso Deus? Se dermos valor ao que seu Filho Jesus Cristo fez por nós, em fornecer-nos um exemplo perfeito e um resgate, não desejaremos falar sobre isso? Se compreendermos plenamente o que o reino de Deus fará para toda a humanidade obediente, transformando esta terra num paraíso e soerguendo a humanidade à perfeição e à vida eterna, não desejaremos que outros ouçam as boas novas do reino de Deus! Claro que desejaremos! O que prezamos no coração não representa um fardo, mas é um revigoramento para a alma! E isto se dá especialmente com as coisas que têm que ver com Deus, Cristo e seu reino. De fato, “com o coração se exerce fé para a justiça, mas com a boca se faz declaração pública para a salvação”. — Rom. 10:10.
TRABALHO QUE REVIGORA
18. (a) Que podem fazer os que acham que a carga do ministério cristão é pesada? (b) O que observarão?
18 Todavia, alguns talvez discordem disso. Talvez afirmem que a carga do discípulo não é leve, nem revigorante. Como se pode provar a eles que é? O cristão pode convidar tais céticos ou duvidosos a acompanhá-lo no serviço de Deus. Deixe-os ver se ele é realmente revigorado no ministério. Verão que, quando se encontra um ouvido atento e se transmitem as palavras sobre o Reino, o ministro de Deus fica animado. Seu coração realmente pula de alegria! Quão emocionado fica ao encontrar um ouvido atento à porta! Quão satisfeito fica quando se coloca mesmo uma só publicação que fala do reino de Deus, com uma pessoa interessada! O ministro na verdade é revitalizado. Recupera nova força. Sobe e desce escadas com renovado vigor. Os ministros idosos e os jovens são afetados do mesmo modo. Por que ficam tão revigorados? Porque transmitir a palavra da vida, de Deus, dá revigoramento, este é o motivo.
19. É uma carga posada freqüentar um estudo bíblico de congregação? Por que responde assim?
19 O cristão é animado a assistir cada semana a um estudo bíblico de congregação. É esta uma carga pesada demais?As pessoas vêm a estes estudos bíblicos cansadas de trabalhar o dia inteiro no seu serviço secular, mas quando passam uma hora estudando a Palavra de Deus, nestas reuniões, em geral, seu sentimento cansado os abandona. Sentem-se revigoradas e não têm vergonha de dizer isso. Quão emocionadas ficam quando aprendem novas verdades! Seu corpo se anima. Por que se sentem assim? Porque participar da Palavra de Deus em tal associação é revigorante para a alma, este é o motivo!
20. O que observamos nos que freqüentam regularmente as reuniões congregacionais no Salão do Reino, as assembléias de circuito, de distrito e internacionais?
20 A Palavra de Deus anima os cristãos a se reunirem regularmente na congregação. (Heb. 10:24, 25) Fazem isto diversas vezes por semana. É esta uma carga muito pesada? Pessoas fisicamente abatidas, contundidas e machucadas, por terem levado o fardo deste mundo, vêm ao Salão do Reino fielmente, semana após semana após semana. Por que fazem isto? Para poderem achar revigoramento para a sua alma na companhia de seus irmãos, este é o motivo! Não é tarefa fácil para as mães e os pais com filhos trazer estes consigo, regularmente, às reuniões de congregação, mas ainda assim o fazem. Não é fácil para eles viajar às assembléias de circuito, de distrito e internacionais, muitas vezes com grandes despesas para si mesmos, mas ainda assim o fazem. Por que fazem isso? Porque acham nestas reuniões revigoramento para as suas almas, este é o motivo! “Eis que quão bom e quão agradável é irmãos morarem juntos em união! . . . Pois ali Jeová ordenou que estivesse a bênção, sim, vida por tempo indefinido.” (Sal. 133:1, 3) Nestas reuniões sentem as bênçãos de Jeová, que enriquecem.
CANSADOS, MAS SATISFEITOS
21. (a) Significa isso que os cristãos não se cansam? Por que responde assim? (b) O que prova que os cristãos hodierno recebem revigoramento da parte de Deus?
21 Isto não significa que os cristãos não se cansem fisicamente, porque se cansam. Jesus disse aos seus apóstolos que ‘descansassem um pouco’. (Mar. 6:31) O espírito está disposto, mas é muitas vezes o corpo que não agüenta. (Mat. 26:41) Mas nestas circunstâncias, tal cansaço deixa a pessoa com o sentimento agradável de contentamento por ter feito a vontade de Jeová. Não se deseja desistir. (Gál. 6:9, 10) Pergunte os ministros de tempo integral, os que trabalham mais tempo e mais arduamente no ministério, se não é assim. Não é possível encontrar um grupo mais feliz e mais contente de pessoas na face da terra, hoje em dia, do que os pioneiros, os missionários, os servos de Betel — os trabalhadores de tempo integral de Deus! Sua felicidade é evidência do revigoramento da parte de Deus.
22. (a) Como se expressaram diversos ministros de tempo integral sobre o ministério de Cristo? (b) O que recomenda isto?
22 Um superintendente de congregação, em Brooklyn, Nova Iorque, conversou com os ministros pioneiros na sua congregação para saber como se sentiam quanto ao ministério de tempo integral. Suas respostas foram algo assim: “Depois de um dia inteiro de serviço, tenho o sentimento de alegria e de satisfação por poder dirigir a atenção à Palavra de Deus.” “É uma experiência maravilhosa, e eu nunca lastimei ter empreendido o serviço de pioneiro. “Acho que não poderia fazer nada mais satisfatório do que ser pioneiro. Desejaria que todos pensassem assim como eu.” E a mensagem é a mesma, vinda de todas as partes da terra. É evidente que se trata de uma vida recompensadora e revigorante. Já pensou em ser pioneiro’
FAZER DECISÕES SÁBIAS E COMBATER O DESÂNIMO
23. (a) O que podem fazer os que insistem em dizer que o ministério cristão é pesado? (b) O que verificarão?
23 Todavia, não podemos desconsiderar que alguns afirmam que a carga do ministério cristão é pesada, sim, até mesmo penosa. Por que pensam assim? Se esta for a sua opinião, então perguntamos: “O que o induz a pensar assim? É o ministério cristão que é pesado ou são as demandas do seu emprego secular? É talvez a sua atitude para com o ministério? Cansam-no as suas obrigações e relações mundanas ao ponto de que não consegue tirar a satisfação que devia do ministério?” Descubra o problema. Seja sincero na sua pesquisa e então se empenhe diligentemente a fazer as necessárias correções. Verificará invariavelmente que o problema descansa em alguma parte do seu modo de vida, e não na carga do ministério cristão. Afinal de contas, Cristo disse que era leve.
24. Quais são algumas das coisas que podemos fazer para aliviar a carga pessoal na vida a fim de que o ministério nos possa dar mais alegrias
24 Podemos fazer algumas coisas que aliviarão a nossa carga pessoal na vida, para tirarmos mais satisfação do ministério. Marta evidentemente gostava de receber hóspedes suntuosamente. Talvez este seja também o seu problema. Jesus desaprovou isto, porque consumia tempo e cansava. (Luc. 10:38-42) Alguns estão sobrecarregados com muitos bens e não sabem o que fazer com eles. O conselho de Jesus era de vender tais coisas, se verificar que se tornam um fardo. (Mat. 19:21) Outros cedem imprudentemente às obras da carne e são enlaçados a praticar pecado. (Sal. 38:3-5) Tais cargas podem ser insuportáveis para a mente. Pare! Arrependa-se e leve uma vida em harmonia com a vontade de Deus, senão levará não somente uma vida miserável, mas perderá também a vida eterna.
25. (a) Como podemos combater o desânimo? (b) Onde acharemos revigoramento para a nossa alma?
25 Resolva prontamente qualquer problema que tiver. Não permita que os fardos que leva diminuam seu zelo ou o desanimem de servir a Jeová. Reconheça que os tempos atuais são difíceis para todos. (Rev. 12:12) Reconheça também que a situação mais feliz na vida, nesta hora de crise, é estar no mesmo jugo com Cristo. Por tomarmos sobre nós o jugo de Cristo e nos tornarmos seus discípulos, apesar de muitos problemas, ainda assim poderemos achar revigoramento para a nossa alma. Acharemos revigoramento na nossa associação com Jeová e Cristo em oração, por nos associarmos com irmãos e irmãs puros na congregação cristã e por nos empenharmos no ministério do Reino. Fora da família dos discípulos de Cristo, não há descanso e não pode haver revigoramento.
26. (a) O que devemos fazer agora’ se desejarmos revigoramento para a nossa alma? (b) Com que perspectiva em vista?
26 Portanto, escute o Rei Jesus Cristo, que convida: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois o meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” Acredite nisso! Aceite o convite. Tome sobre si o jugo por se tornar verdadeiro discípulo de Cristo. Carregue com apreço a sua carga leve do ministério cristão, para ter satisfação em viver agora durante este tempo de pressão intensa, ao nos aproximarmos do fim deste sistema moribundo de coisas. Pois, ‘este velho mundo cansado está passando, e assim também o seu desejo, mas aqueles que fizerem a vontade de Deus, não só usufruirão agora o revigoramento, mas permanecerão por toda a eternidade para usufruir uma vida revigorante’. (1 João 2:17) Se aceitar o convite de Cristo, de ‘vir a ele’, poderá ter esta sorte feliz! — Mat. 11:28-30.