Será que a sua adoração a Deus tem precedência a tudo?
1. O que confronta as pessoas de todas as nações, levando a que modo de pensar?
AS PESSOAS de todas as nações vêem-se inundadas de propaganda nacionalista por meio de seus próprios jornais, revistas, rádios e televisões. Enquadrado pelas fronteiras e pela censura, o modo de pensar das pessoas se limita à sua própria nação, a adorá-la, a idolatrá-la. Tal modo de pensar controlado influi sobre a mente de quase todos.
2. Quais são alguns dos perigos do nacionalismo, conforme confirmado pela The Encyclopedia Americana?
2 The Encyclopedia Americana diz: “O nacionalismo é um estado mental que pode ser, e amiúde é, produzido pela propaganda governamental e particular. Pode ser a criação de líderes ambiciosos que desejem formar certas normas de opinião que esperam usar, talvez em benefício próprio, ou para os fins que consideram ser de interesse público.”a Sob o título “Irracionalidade”, declara: “A habilidade de os líderes governamentais e cívicos espalharem o fermento do nacionalismo entre as massas é grandemente facilitada pelo seu caráter altamente irracional. O extremo patriota é grandemente impenetrável ao argumento racional. Até nos países livres, ele talvez jamais ouça a verdade, especialmente se ler apenas jornais tendenciosos ou sintonizar seu rádio para ouvir comentaristas preconcebidos, chauvinistas [cegos, entusiásticos]. Ademais, é difícil entender como adultos possam considerar os problemas internacionais que confrontam sua nação com qualquer grau de objetividade se, desde criancinhas, suas mentes foram moldadas por livros históricos que eram parciais e preconcebidos.”b
3. (a) Que pergunta oportuna nos é feita agora? (b) De que valor é a Bíblia nos assuntos de adoração?
3 Analisando estes comentários feitos por observadores do mundo, pergunte a si mesmo: Será que o nacionalismo ocupa o primeiro lugar na minha vida e todo o meu tempo e raciocínio, ou será que minha adoração a Deus tem precedência a tudo? Lembre-se, a Bíblia é também um livro para ser estudado. Nela, aprenderá a respeito de Deus e de como deve ser sua adoração a Ele, e ela delineia a história do homem desde a própria criação do homem. Até mesmo descreve as condições que existem atualmente na terra, e conta-nos a respeito dos novos céus e da nova terra que aguardamos, segundo a Sua promessa, e em que habitará a justiça. (2 Ped. 3:13) Se a Bíblia faz isso, então, por que não pensar, também, sobre o que seu autor, Jeová, diz a respeito do homem e de qual deve ser nossa relação com ele?
4. Delineiem as perguntas que agora carecem de resposta.
4 Pense cuidadosamente agora! Será que a nação em que mora lhe dá todas as coisas que possui? Será que seu governo lhe deu o sol, as estrelas e a lua lá em cima? Será que sua nação criou as montanhas nevadas, as encostas cheias de bosques, os vales férteis, as correntes borbulhantes? Produziu a erva verde, o ar puro, os riachos murmurantes? Quando se põe no alto duma colina e olha a paisagem, será que as coisas que vê, as flores das árvores frutíferas, o cereal balançando, são coisas que o governo lhe deu? Será que foi o seu governo nacional que criou a vegetação e o gado sobre mil colinas? Os chefes de governo talvez tenham tido algo que ver com o cuidado da terra produtiva, mas quem foi que criou os céus e a terra? Quem tornou possível que houvesse pessoas? Não foi Deus quem criou o homem com poder de reprodução? Por certo, o Estado não tem controle sobre o mesmo!
5. Como é que a Bíblia em Atos 17:24-27 revela a obra de Deus no tocante à nossa terra?
5 Leia o que Deus disse em seu livro, a Bíblia, mediante o apóstolo Paulo, aos atenienses: “O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele, sendo, como Este é, Senhor do céu e da terra, não mora em templos feitos por mãos, nem é assistido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa, porque ele mesmo dá a todos vida, e fôlego, e todas as coisas. E ele fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra, e decretou as épocas designadas e os limites fixos da morada dos homens, para buscarem a Deus, se tateassem por ele e realmente o achassem, embora, de fato, não esteja longe de cada um de nós.” — Atos 17:24-27.
6. Como foi que Jesus respondeu aos hipócritas fariseus que tentaram uma trama contra ele?
6 Deus nos deu “vida, e fôlego, e todas as coisas. E ele fez de um só homem toda nação de homens”. O nacionalismo não fez isto, nem César. Os fariseus judaicos, orgulhosos fanáticos religiosos dos dias de Jesus, tentaram surpreender Jesus em seu discurso, por fazer com que ele dissesse algo contra o nacionalismo romano. Jesus Cristo tinha a reputação de falar livremente a verdade, mas sempre foi a Palavra de Deus que ele falava. Assim, disseram os fariseus: ‘Ensinas o caminho de Deus em harmonia com a verdade: É licito ou não pagar a César o imposto por cabeça? Devemos pagar ou não devemos pagar?’ Percebendo a hipocrisia deles, disse-lhes: ‘Por que me pondes à prova? Trazei-me um denário para ver.’ Trouxeram-lhe um. E ele lhes disse: ‘De quem é esta imagem e inscrição?’ Disseram-lhe: ‘De César.’ Jesus disse então: ‘Pagai de volta a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.’ — Mar. 12:14-17.
7, 8. (a) Ao passo que Jesus não era contrário ao governo ordeiro, o que também compreendia? (b) Visto que Jeová Deus é deveras a grande Causa Primária, que pergunta devemos fazer de novo a nós próprios?
7 Jesus não era contrário ao governo ordeiro, nem ao pagamento de impostos. Mas, os governantes têm de reconhecer, também, que há certas coisas que pertencem a Deus. Nem tudo é de César! Lembre-se de que foi Jeová quem criou o homem para habitar a terra. Jeová, o Deus Todo-poderoso, disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre os pássaros dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam. sobre a terra.” E Deus passou a dizer ao homem e à mulher recém-criados: “Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas contendo em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento.” — Gên. 1:26, 29, CBC.
8 Foi Jeová Deus quem proveu todas estas coisas para a humanidade. Estavam todas aqui em abundância antes de se formarem quaisquer nações, antes de se ouvir falar em nacionalismo. De maneira que perguntamos de novo: Será que a sua adoração a Deus tem precedência a tudo? Deveria ter!
9. Como foi que o nacionalismo romano influenciou os judeus dos dias de Jesus?
9 Há mil e novecentos anos atrás, os judeus nacionalistas achavam-se sob o domínio romano e rejeitaram definitivamente seu Deus, Jeová, bem como ao Filho deles, Jesus Cristo. Foi o seguinte o que aconteceu depois de os judeus entregarem Jesus, seu prisioneiro, a Pilatos. Pilatos levou Jesus para fora, diante da multidão e disse aos judeus: “Eis o vosso rei!” “No entanto, eles gritavam: ‘Fora com ele! Fora com ele! Para a estaca, com ele!’ Pilatos disse-lhes: ‘Hei de pendurar na estaca, o vosso rei?’ Os principais sacerdotes responderam: ‘Não temos rei senão César.’ (João 19:13-15) Estes judeus mostravam seu espírito extremamente nacionalista. Rejeitaram e esqueceram seu Deus e desprezaram seu Filho que falava a verdade.
10. (a) Apesar disto, como se tem demonstrado o amor de Deus? (b) Que tratamento podem esperar os seguidores de Cristo?
10 Tal ação, contudo, não fez Jeová diminuir seu amor pela humanidade. “Porque Deus amou tanto o mundo [da humanidade], que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” (João 3:16) Nenhum chefe de qualquer nação, nem mesmo César, tem podido dar a alguém a vida eterna. A mensagem de Jesus, durante seus três anos e meio de ministério, era mensagem de vida para toda a humanidade mediante o reino de Deus, mas os nacionalistas dentre os judeus não davam ouvidos. Não queriam ter nada que ver com o reino de Deus. As pessoas que davam ouvidos e criam, levavam a mensagem de Jesus e pregavam as boas novas do reino de Deus sob circunstâncias bem adversas. Por fim, os governos se opuseram a elas. Jesus as avisara bem de antemão quanto ao que aconteceria se elas se tornassem seguidores dele. Dissera-lhes: “As pessoas deitarão mãos em vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, sendo vós arrastados perante reis e governadores por causa do meu nome. Isto vos resultará num testemunho.” — Luc. 21:12, 13.
11. Quais são as palavras de um judeu que pôs a adoração a Deus na frente do nacionalismo?
11 Nem os judeus nem os romanos apreciaram a mensagem de boas novas que era pregada pelos cristãos. O apóstolo Paulo, contudo, embora fosse judeu de nascença, pôs o Cristianismo e a sua adoração a Deus na frente do nacionalismo. Depositou sua vida às mãos de Jeová Deus. De forma que pôde dizer: “Portanto, tenho prazer em fraquezas, em insultos, em necessidades, em perseguições, e dificuldades, por Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou poderoso.” (2 Cor. 12:10) Paulo tinha uma obra a fazer e a fez! Sabia que sua vida eterna não dependia de seu serviço a qualquer nação ou seu chefe. Sua vida interminável procederia de, Jeová Deus mediante Seus arranjos. Paulo cria em Jesus, quando este disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” — João 14:6.
SEM MEDO DA MORTE
12. Como são as Escrituras um conforto para os que talvez enfrentem a morte por não se curvarem ao Estado?
12 No decorrer dos séculos, muitos cristãos foram mortos por não se curvarem ao Estado. Paulo foi decapitado em Roma, segundo se crê. Os cristãos não têm medo de morrer, porque sabem que Deus é o Dador da vida e estão bem a par das palavras de Jesus: “Não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma, antes, temei aquele que pode destruir na Geena tanto, a alma como o corpo.” — Mat. 10:28.
13. (a) Por que é necessário o bom governo? (b) Como é que Pedro e os apóstolos mostram que isto não significa que esse deva ser adorado?
13 O governo é necessário e é boa coisa quando serve ao povo, mas, quando é opressivo, o povo sofre. O bom governo é necessário, especialmente hoje quando há mais de 3.200.000.000 de pessoas no mundo. Mas, tem o governo de ser adorado pelo povo? Tem de ser superior a todas as outras lealdades do povo? Se as leis do homem colidirem com as leis de Deus, então, o que se segue? Os apóstolos tiveram de responder a tal pergunta perante o Sinédrio. “Pedro e os outros apóstolos disseram: ‘Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.’ Por causa de sua devoção a Jeová Deus, os governantes “chibatearam-nos e ordenaram-lhes que parassem de falar”. Depois disso, o que fizeram estes? “Cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus.” (Atos 5:29, 40-42) Portanto, muito embora o governo seja necessário, não pode impedir, e não tem direito de impedir, que as pessoas falem a verdade, que constitui boas novas para todos os povos.
14-16. (a) Mostrem como os sentimentos nacionalistas começam. (b) Qual tem sido o resultado final, com o passar dos séculos?
14 Mas, como é que começa o nacionalismo? Certos grupos de pessoas, usualmente debaixo do mesmo chefe de família, vivem intimamente ligadas e têm profundo senso de pertencerem umas às outras. Formam os mesmos hábitos e têm o mesmo modo de vida. A sua lealdade é dada ao grupo e desejam que todos do grupo contribuam para o bem-estar umas das outras. Por certo, não há nada de errado em as pessoas amarem umas às outras e desejarem gozar a associação umas das outras e em se interessarem pelo bem-estar umas das outras. Este é um mandamento dado por Deus, de amar ao próximo como a si mesmo.
15 No entanto, ao aumentarem tais grupos, amiúde certas pessoas promovem o patriotismo nacional. Agora se diz a seu grupo nacional, que é superior a todos os demais grupos, e o líder tenta mostrar a superioridade de seu grupo sobre outros grupos por meio de agressão e conquista. Ignorando a capacidade de raciocínio de alguns que desejam viver como manda a Bíblia, o ditador dum grupo tentará obrigar todas as pessoas a se agruparem ao redor dele, de se prostrarem diante de uma insígnia, bandeira, imagem ou um símbolo, feito pelo homem, que represente o modo de vida do grupo. Quando isto acontece, seu espírito nacionalista está sendo levado ao extremo. Os homens tementes a Deus sabem que Jeová “fez de um só homem toda nação dos homens” e assim não participarão na adoração do Estado, mediante seus emblemas. Então, a minoria sofre por não acompanhar a maioria. Jesus e os apóstolos estavam em minoria, mas estavam certos.
16 Alguns dos outros fatores que produzem o nacionalismo são o idioma, a raça, a religião, o território e o modo de vida político, além dos fatores econômicos. Quando examinamos a verdadeira história do mundo, podemos ver que muitos grupos nacionais foram formados de grupos bem pequenos. Em realidade, toda a família humana desde o grande dilúvio procede de Noé e seus três filhos, Sem, Cão e Jafé. A Bíblia declara expressamente que “estes eram os três filhos de Noé. É por eles que foi povoada toda a terra”. (Gên. 9:19, CBC) Primeiro, havia grupos familiares, daí tribos, mais tarde, a vida comunal nas cidades. Disso proveio o reino de Ninrode. (Gên. 10:9, 10) Com o passar dos séculos, grandes nações se expandiram pelos territórios em conquista de outras nações. Foi assim que tivemos impérios mundiais, o Egito, a Assíria, a Babilônia, a Medo-Pérsia, a Grécia e Roma. Desde então, nos anos recentes, temos visto muitas nações alcançarem proeminência. O leitor há de lembrar-se de Mussolini da Itália, que desejava ser o conquistador de partes de África. Aliou-se com Hitler, da Alemanha, que tentou tomar toda a Europa, a Ásia e a África. Desejava realmente ser o dominador do mundo. Que carniceiro veio a se tornar! Logo depois do fracasso de seus planos de conquistar as nações, têm havido muitos grupos nacionais que procuram a independência, e têm demonstrado intenso patriotismo e lealdade a certos líderes.
17. Mostrem como o nacionalismo se tem desenvolvido desde a Segunda Guerra Mundial.
17 “Conflito” tem sido a manchete dos jornais, especialmente desde 1914, até estes dias. Os nacionalistas agressivos exigem certos direitos e certos territórios para determinados grupos de pessoas. Assim se formam novos governos. Nos últimos quatro anos, somente na África foram estabelecidos vinte e quatro novos países. E desde a Segunda Guerra Mundial, este continente tem produzido cerca de trinta e seis novos estados.c The Encyclopedia Americana faz esta declaração: “Desde a Segunda Guerra Mundial, o nacionalismo tem continuado a desempenhar um dos principais papéis através do mundo. As técnicas hitleristas foram aperfeiçoadas ainda mais por José Stalin, que demonstrou ser apto discípulo do nacionalismo fascista.”d No entanto, ao comentar sobre o nacionalismo, diz a Americana: “Nos tempos primitivos, a suprema lealdade do homem centralizava-se em sua religião. Atualmente, este lugar foi ocupado pela nação.”e
18, 19. (a) Definam nacionalismo. (b) Quando o nacionalismo é levado ao extremo, quais são os resultados?
18 A revista Time de 7 de dezembro de 1962, página 20, disse: “Os senhores feudais da Idade Média davam sua lealdade ao rei, não ao país, e os barões franceses que lutavam do lado dos reis ingleses invasores eram considerados vassalos fiéis, não colaboradores. Escreve o historiador Carlton Hayes: ‘A nacionalidade sempre existiu. O patriotismo tem existido desde muito tempo, quer aplicando-se à localidade quer como se estendendo a um império. Mas, a fusão do patriotismo com a nacionalidade e o predomínio do patriotismo nacional sobre todas as outras lealdades humanas que é o nacionalismo — é moderno, bem moderno.’
19 “Os nacionalistas vieram a aprender que seu credo continha más sementes bem como boas. A nação exigia de seus cidadãos a suprema lealdade, insistia em sua superioridade sobre as demais nacionalidades, suscitava o orgulho do caráter e do destino nacionais. Levadas ao extremo, tais convicções desempenharam uma parte na Primeira Guerra Mundial e, numa perversão do nacionalismo, desencadearam o terror nazista no mundo, amontoando de cadáveres a terra.”
20. Como é que o nacionalismo se torna suprema lealdade?
20 Em seu livro Nationalism: A Religion, o autor católico-romano Carlton Hayes também faz esta declaração, na página dez: “Há graus de nacionalismo, assim como de qualquer emoção. Nossa lealdade à nacionalidade e ao estado nacional pode ser condicionada por outras lealdades — à família, à igreja, à humanidade, ao internacionalismo — e por isso restrita em grau correspondente. Por outro lado, o nacionalismo poderá ser a máxima e suprema lealdade, comandando todas as demais. Isto usualmente ocorre quando a emoção nacional é fundida com a emoção religiosa, e o próprio nacionalismo se torna uma religião, ou substituto para a religião.”
O CRISTIANISMO E O NACIONALISMO
21, 22. (a) São compatíveis o nacionalismo e o Cristianismo? (b) O que tem feito a cristandade para forçar a mistura dos dois, e com que resultado?
21 Todavia, que isto fique bem claro o Cristianismo e o nacionalismo não se misturam. Cristo Jesus jamais os misturou. Mas, o que dizer das religiões católica e protestante da cristandade? São inteiramente a favor do nacionalismo e apóiam cada país em que têm adeptos. O clero de todas estas religiões até faz campanhas a favor dos líderes políticos e alguns concorrem eles próprios a cargos políticos. Em época de guerra, o clero lidera em animar os homens jovens de sua nação a empenhar-se em homicídio contra os membros de sua própria denominação em outro país, muito embora a Bíblia, que pretendem ser a base de sua crença religiosa, diga que não se deve matar.
22 O que se tornou o clero destas organizações religiosas? O que têm feito de seus paroquianos? Tiago, seguidor das pisadas de Jesus Cristo, disse isto: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tia. 4:4) É preciso que saiba o leitor onde estão as lealdades deles. Será que não podem entender que, ou a pessoa é fiel a um mestre, odiando o outro, ou vice-versa? Jesus disse vigorosamente: “Ninguém pode trabalhar como escravo para dois amos; pois, ou há de odiar um e amar o outro, ou há de apegar-se a um e desprezar o outro. Não podeis trabalhar como escravos para Deus e para as Riquezas.” (Mat. 6:24) É cristão? Se assim for, o que tem precedência em sua vida? Tem o direito de escolher por si mesmo. Mas, será que tem direito de condenar e punir outro cristão que prefere ter ao seu Criador como Mestre ao invés de ao Estado?
23. Semelhante a Jesus e seus discípulos, qual é a atitude do cristão quando se trata de fazer a vontade de Deus?
23 O cristão dedicado a fazer a vontade de Deus vai fazer o que Jeová lhe ensina a fazer. Jeová tem revelado a si mesmo e a sua vontade por meio de sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada. Quanto mais a pessoa se familiariza com a Palavra escrita, tanto mais a pessoa entende o que fazer. Jesus tomou sua posição — também os apóstolos e os primitivos cristãos — não contra Roma, mas a favor de Jeová, seu Mestre escolhido. Ele era seu Deus. Outras pessoas, a maioria, preferiram César. Esse foi seu privilégio, mas por que perseguir a minoria, os crentes e adoradores de Deus?
24. Definam o termo ‘amor ao próximo’ quando envolve a lealdade a Deus.
24 Há uma ocasião na vida de cada um em que tem de decidir onde manterá suas lealdades. Ser leal a Jeová não significa que a pessoa é inamistosa com seu próximo, nem mesmo com a nação em que nasceu. Jesus ensinou que devemos amar tanto a nosso Pai no céu como ao nosso próximo. (Luc. 10:27) Mas, isso não significa que tenhamos que agir como age nosso próximo. Jesus aconselhou no seu Sermão do Monte: “Ouviste que se disse: ‘Tens de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo.’ No entanto, eu vos digo: Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem; para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus, visto que ele faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos. (Mat. 5:43-45) Portanto, pode amar ao seu próximo, até ao seu inimigo, mas isso não significa que tem de fazer as coisas perversas que ele faz.
EXEMPLO HISTÓRICO
25, 26. A que época na história nos voltaremos agora para obter adequado exemplo de lealdade a Deus ou ao Estado, e quem são as pessoas envolvidas?
25 Por um momento, voltemos um pouco mais para atrás na história, para 617 A. E. C. Naquele ano, Nabucodonosor, o rei de Babilônia, levou cativos a muitos israelitas para a Babilônia. Nabucodonosor escolheu a determinadas pessoas dentre os filhos de Israel, da descendência real, a fim de obterem treino especial em sua corte. Foram escolhidos os melhores, aqueles de boa aparência, os que tinham visão em toda a sabedoria, e estavam familiarizados com o conhecimento e o bom discernimento. Estes deveriam ficar no palácio do rei. Foram dadas instruções para que se ensinasse a estes jovens a escrita e a língua dos caldeus. A fim de que pudessem receber boa comida, “o rei destinou-lhes uma provisão cotidiana, retirada das iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. A formação deles devia durar três anos; após o que entrariam no serviço do rei”. — Dan. 1:1-5, CBC.
26 Entre os filhos especialmente escolhidos se achavam quatro rapazinhos, provavelmente tendo de quatorze a dezoito anos de idade. Eram da tribo de Judá. Seus nomes eram Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Cada um de seus nomes tinha interessante significado: Daniel significava “Deus É Juiz”; Hananias, “Já Tem Favorecido”; Misael, “Quem É O Que Deus É?”, Azarias, “Já É Guardador”. A mudança de seus nomes mui evidentemente teve que ver com o desejo de Nabucodonosor de desviá-los do Deus deles e virem a pensar do modo caldeu antes que do modo hebreu. O nome de Daniel foi mudado para Baltazar, que significa “Príncipe de Bel”, ou “O Líder do Senhor”. O nome de Hananias foi mudado para Sadraque, cujo significado é obscuro, mas alguns dizem que significa “O Servo de Aku” (o deus-lua). Misael foi chamado Mesaque. O significado de Mesaque não é conhecido, mas certa tradição afirma que é possível que seja o nome duma deidade babilônica. O nome de Azarias foi mudado para Abede-Nego, significando “Servo de Nego [ou Mercúrio]”. Assim, deveriam ser servos dos deuses diferentes de Jeová. Será que a mudança de seus nomes os mudou?
27, 28. (a) Será que dar nomes pagãos a estas pessoas mudou sua atitude para com a adoração de Deus? (b) Como é que mostraram que, mesmo na questão de comida, não violariam a lei de seu Deus, e qual foi o resultado?
27 Estes rapazes não ficaram lisonjeados pela mudança de seus nomes ou pela atenção especial que estavam obtendo do rei. Eram devotados ao Deus Todo-poderoso, Jeová. Muito embora estivessem no cativeiro em Babilônia, desejavam viver segundo a lei de Deus, conforme escrita em sua Palavra. “Daniel tomou a resolução de não se contaminar com, os alimentos do rei e com seu vinho.” (Dan. 1:8, CBC) Ele, junto com seus três companheiros, continuaram pedindo para comer apenas legumes, e água para beber. Daniel teve boa discussão com o oficial da corte que provia a comida, mas este finalmente foi convencido a trazer tal tipo de comida simples durante dez dias. Daniel e estes rapazinhos junto com ele mui provavelmente recordavam as palavras de Deuteronômio 6:4-7: “Ouça, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová. E tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua força vital. E estas palavras que eu te ordeno hoje precisam estar no teu coração; e terás de inculcá-las em teu filho, e terás de falar delas quando sentares em tua casa, e quando andares pela estrada, e quando te deitares e quando te levantares.”
28 Eles conheciam os Dez Mandamentos e as ordenanças de Jeová a respeito de comida. Haviam inculcado em suas mentes as palavras de Moisés: “E agora, ó Israel, ouve as leis e os preceitos que hoje vou ensinar-vos. Ponde-os em prática para que vivais.” (Deu. 4:1, CBC) Tinham desprezo pela comida impura e proibida. Recusando-se a comer carne e a beber vinho provavelmente oferecidos aos ídolos, comiam legumes e “no final deste prazo, averiguou-se que tinham melhor aparência e estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias da mesa real”. (Dan. 1:15, CBC) Isto, por certo, agradou ao oficial da corte que cuidava de Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Agradou a Jeová, também, porque, “a estes quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos”. — Dan. 1:17, CBC.
29, 30. Será que a posição no governo e as dádivas mudaram a eles e a sua lealdade a Jeová Deus?
29 Durante seu treino de três anos, aprenderam o idioma caldeu e as outras coisas ensinadas, mas jamais se esqueceram de seu Deus e das coisas que haviam aprendido na Judéia a respeito das leis de Jeová. Até mesmo quando foram levados para colocar-se diante do rei, não estavam atemorizados demais. Daniel, pela ajuda de Deus, interpretava sonhos, recebendo muitas dádivas do rei, e foi feito governador do distrito da jurisdição de Babilônia e se tornou o principal prefeito sobre os sábios de Babilônia; mas, nem mesmo isto lhe encheu a cabeça. A sua lealdade a Jeová ainda tinha precedência a tudo.
30 Daniel, estando agora em tal posição elevada, “a seu pedido, [o rei] confiou a Sidrac, Misac e Abdênago a administração da província de Babilônia, enquanto que Daniel permanecia na corte real”. (Dan. 2:49, CBC) Estes quatro homens judeus se apegaram uns aos outros e se mantiveram unidos em sua adoração. Ainda assim, cuidaram de seus deveres designados, pois eram escravos em Babilônia. No entanto, estes quatro rapazes dotados de grande cultura e responsabilidade não iriam tornar-se nacionalistas e ser adoradores do Estado, esquecendo-se de seu amor a Deus. Recusaram prestar ao Estado mais do que pertencia ao Estado, e nada a Deus. Por certo, não iriam render ao Estado aquilo que pertencia a Deus.
31. Que prova teriam um dia de enfrentar estes quatro hebreus, dando origem a que perguntas?
31 Todos os servos de Jeová Deus enfrentarão provas em uma ocasião ou em outra. Jesus disse às testemunhas cristãs de Jeová que elas também enfrentariam oposição e perseguição por causa de Cristo. Foi isso que se deu com estes quatro filhos hebreus; certo dia tiveram que enfrentar a questão de sua lealdade e devoção. Será que provariam que sua lealdade era devida a seu Deus ou ao Estado? Será que adorariam a nação e abandonariam o seu Deus? Será que se curvariam ao Estado, se isto se tornasse questão de vida ou morte? O relato bíblico em Daniel, capítulo três, fornece-nos a resposta.
ENFRENTANDO A QUESTÃO
32. Delineiem como uma questão estava sendo criada na Babilônia.
32 O Rei Nabucodonosor mandou fazer grande imagem de ouro. Sua altura era de sessenta côvados (cerca de vinte e sete metros e meio) e sua largura era de seis côvados (dois metros e setenta centímetros). Foi construída na planície de Dura, no distrito da jurisdição de Babilônia, lugar que distava aproximadamente dez quilômetros ao sul de Babilônia. “O rei Nabucodonosor . . . depois convidou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias, a comparecerem à inauguração da estátua ereta pelo rei Nabucodonosor.” (Dan. 3:1, 2, CBC) Esta ordem, por certo, incluiria Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que foram designados administradores do distrito da jurisdição de Babilônia.
33. (a) Qual era então o alvo do Diabo no tocante a estes três filhos hebreus, e como foi que o rei formulou sua ordem para a adoração? (b) Que interessante observação aparece na nota marginal, tirada do folheto Our Flag (Nossa Bandeira)?
33 Tratava-se de tentativa deliberada da parte de Satanás, o Diabo, o verdadeiro deus de Babilônia, para obrigar estes três hebreus a curvar-se ao Estado, à imagem do Estado, fosse ela um monumento, estandarte ou bandeira.f A imagem de ouro representava o império de Babilônia. Todos os governantes designados dos países que Nabucodonosor tinha conquistado deveriam estar ali no mesmo tempo e curvar-se diante desta imagem. O nacionalismo de Babilônia seria obrigatório para os judeus, os assírios, os egípcios e todos a quem Nabucodonosor havia conquistado. Juntos vieram. “Então foi feita por um arauto a seguinte proclamação: ‘Povos, nações, (gentes de todas) as línguas, eis o que se traz a vosso conhecimento. No momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, vós vos prostrareis em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor. Quem não se prostrar para adorar será precipitado incontinenti na fornalha ardente.’ (Dan. 3:4-6, CBC) A ordem era: Curvem-se diante da imagem, adorem o Estado! Nacionalismo! Todos os povos, os governantes grandes e pequenos, tinham agora de adorar aquilo que Jesus chamou de César, ou sua imagem, o Nacionalismo!
34, 35. Como foi que os três hebreus encararam a questão agora suscitada, e que ordem de seu Deus tinham presente?
34 Mas, vejam! Há três homens de pé! Não estão prostrados! Pode imaginar isso? Estes três homens foram junto com todos os demais para a planície de Dura, obedecendo à ordem do rei, mas não estavam prostrados. Por quê? Foram até o máximo que puderam. Reuniram-se junto com os outros, mas então veio a prova. Fizeram a decisão correta. Os três judeus, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego recordaram-se das palavras de Jeová, proferidas a Moisés:
35 “Eu sou o Senhor [Jeová] teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que está em cima nos céus, ou em baixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor [Jeová], teu Deus, um Deus zeloso, que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até à milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Não pronunciarás o nome de JAVÉ, teu Deus, em vão, porque o Senhor [Jeová] não deixará impune aquele que pronunciar o seu nome em vão.” — Êxo. 20:1-7, CBC.
36. Em quem depositavam confiança?
36 Isso era compreensível para estes três hebreus. Davam a seu Deus a devoção exclusiva. Não se curvariam nem adorariam a uma imagem ou estandarte feito pelo homem. Amavam sua vida e criam que seu Deus os salvaria. Mas, se não continuassem vivos, então, não havia razão para temer a morte, porque criam na ressurreição dos mortos. Quando Nabucodonosor ouviu o que acontecera, teve um acesso de ira e fúria e ordenou que se fizesse uma investigação.
37. O que ocorreu a seguir quando estes homens foram levados perante o rei?
37 Estes três hebreus foram levados diante de Nabucodonosor, e êle lhes disse: “É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?” (Dan. 3:14, Al) Foi perturbador para o rei terem estes seus servos excelentes saído da linha e não fazerem exatamente esta pequena coisa, ‘só prostrarem-se, nada mais’. Portanto, Nabucodonosor disse que lhes daria outra oportunidade. Suas palavras foram: “Pois bem, estais prontos, no momento que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, a vos prostrardes em adoração diante da estátua que eu fiz? . . . Se não o fizerdes, sereis precipitados incontinenti na fornalha ardente; e qual é o deus que poderia livra-vos de minha mão?” — Dan. 3:15, CBC.
38. Será que houve qualquer hesitação da parte dos três hebreus quando foi-lhes oferecida outra oportunidade de prostrarem-se, e quais foram as palavras deles em resposta ao rei?
38 Não demorou um instante sequer para que estes três hebreus decidissem. A sua decisão já estava feita. Desde o tempo de sua juventude, desde o tempo em que eram alimentados na escola particular do rei para os nobres, sabiam a quem serviriam. Se não violariam as leis de Jeová quanto à comida, será que violariam a sua lei sobre a adoração de imagens? Portanto, sem hesitação, “Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: ‘De nada vale responder-te a este respeito. Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, senhor, de tua mão. E mesmo que não o fizesse, saiba ó rei, que nós não renderemos nenhum culto a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste.’ — Dan. 3:16-18, CBC.
39. Quem mais deu semelhante resposta em defesa da pura adoração de Deus?
39 Fé! Lealdade! Desde aquele tempo, onde foi que ouvimos tal poderosa decisão? Lembra-se de quando Satanás tentou fazer com que Jesus ‘fizesse um ato de adoração’ perante ele? Jesus não demorou em dar sua resposta, também. “Jesus disse-lhe então: ‘Vai-te Satanás! Pois está escrito: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a êle que tens de prestar serviço sagrado.”’” — Mat. 4:8-10.
LIBERTAÇÃO PARA OS FIÉIS
40-42. Descrevam agora o tenso drama que se desenrolou diante de Nabucodonosor e o resultado final do episódio da fornalha ardente.
40 Nabucodonosor sabia muito bem a quem estes três hebreus adoravam. Mas, será que cederiam quando pressionados, quando amarrados e prontos para ser lançados na fornalha? Será que então se curvariam ao Estado e se tornariam nacionalistas? Será que tentariam servir a dois senhores? Será que renderiam ao Estado as coisas que não pertenciam ao Estado?
41 Estes três homens ‘não ficaram com medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma’. Antes, eram como os verdadeiros cristãos hodiernos que avaliam realmente o excelente exemplo dos três hebreus que ‘temiam aquele que pode destruir na Geena tanto a alma como o corpo’. (Mat. 10:28) Observaram Nabucodonosor ficar cheio de fúria e mudar a sua própria expressão para com eles. O rei ordenou: ‘Lançai-os na fornalha ardente, agora sete vezes mais quente.’ Foram lançados na fornalha que foi tão aquecida que, quando os homens que receberam a ordem de lançar os três hebreus na fornalha fizeram isso, eles próprios foram mortos pelas chamas intensas.
42 Então, Nabucodonosor viu algo atemorizante. Levantou-se apressado e disse: “’Não foram três os homens amarrados que jogamos no fogo?’ — ‘Certamente, majestade’, responderam. — ‘Pois bem, replicou o rei, eu vejo quatro homens soltos, que passeiam impunemente no meio do fogo; o quarto tem a aparência de um filho dos deuses.’” Então Nabucodonosor mandou que os três homens saíssem e viessem até ele. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo. Isto foi deveras surpreendente. O fogo não tivera poder algum sobre seus corpos, nem um cabelo sequer de sua cabeça fora chamuscado. Até seus mantos não foram afetados e não viera sobre eles o cheiro do próprio fogo! Estes homens haviam passado por dura experiência e provaram sua fidelidade. — Dan. 3:24-27 [3:91, 92], CBC.
43. Quais, então, foram as palavras seguintes de Nabucodonosor, vindicando o poder de salvação de Jeová?
43 A experiência abalou Nabucodonosor, pois ele disse: “Bendito seja, . . . o Deus de Sidrac, de Misac e de Abdênago! Ele enviou seu anjo para salvar seus servos, os quais, depositando nele toda sua confiança, transgredindo as ordens do rei, preferiram expor suas vidas a se prostrarem em adoração diante de um deus que não era o seu. Dou (em conseqüência) ordem que todo o homem, pertencente a qualquer povo ou nação, ou qualquer que seja sua língua, que falar mal, seja o que for contra o Deus de Sidrac, de Misac e Abdênago, seja despedaçado e sua casa reduzida a um montão de imundícies [transformada em privada pública]; porque não há outro deus capaz de realizar uma tal salvação.” (Dan. 3:28, 29 [3:95, 96], CBC) Será que o leitor também crê hoje que “não há outro deus capaz de realizar uma tal salvação”?
[Nota(s) de rodapé]
a The Encyclopedia Americana, Volume 19, página 755, edição de 1956.
b Ibid., página 756.
c Foreign Letter, de 24 de dezembro de 1983 (Awake! de 22 de maio de 1964, página 29).
d The Encyclopedia Americana, Volume 19, página 755.
e Ibid, página 756.
f No folheto Our Flag (Nossa Bandeira), publicado pelo Escritório de Informações e Educação das Forças Armadas, Departamento de Defesa, na primeira página, diz-se o seguinte: “A história da origem de nossa bandeira Nacional é paralela à história da origem de nosso país. Assim como nosso país recebeu sua primogenitura dos povos de muitos países que se ajuntaram nestas praias para fundar uma nova nação, assim foi que a figura das Estrêlas e das Listras surgiu de diversas origens, remontando às brumas da antiguidade, para se tornar enaltecida nos estandartes de nossa República infante.
“A estrela é símbolo dos céus e do alvo divino ao qual o homem tem aspirado desde tempos imemoriais: a listra é símbolo dos raios de luz que emanam do sol. Ambos os temas há muito têm sido representados nos estandartes das nações, desde as bandeiras dos adoradores astrais do antigo Egito e da antiga Babilônia até à bandeira de 12 estrêlas dos Conquistadores espanhóis sob Cortez. Continuando em favor, espalharam-se para os estandartes listrados da Holanda e da Companhia das Índias Ocidentais no século 17, e para as atuais figuras de estrêlas e listras nas bandeiras de diversas nações da Europa, Ásia e das Américas.”
Na página 23, declara: “A Secretaria de Defesa, Washington, 29 de dezembro de 1959, NOSSA BANDEIRA (DOD Pam 5-6a) — Esta Publicação oficial do Departamento de Defesa é para uso do pessoal dos Serviços militares. [Assinado] Thomas S. Gates. Publicado pelo Escritório de Informações e Educação das Forças Armadas, Departamento de Defesa, Washington 25, D. C.”
[Foto na página 293]
“Não renderemos nenhum culto a teus deuses e . . . não adoraremos a estátua de ouro que erigiste.” — Dan. 8:18, CBC.