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ClãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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casos em que ocorre a palavra hebraica ’ummáh, refere-se a um grande grupo de não- israelitas, e é traduzida “clã” (NM). Os descendentes dos doze filhos de Ismael, por exemplo, são descritos como “clãs”, nos primórdios históricos daquele grupo étnico. (Gên. 25:16) O mesmo se dá com os descendentes de Midiã. (Núm. 25:15) O termo é também encontrado na poesia hebraica, no Salmo 117:1, onde aparece num paralelismo com “nações”.
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CláudioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CLÁUDIO
Quarto imperador de Roma; filho de Druso, irmão de Tibério, e tio de Calígula, a quem sucedeu no trono em janeiro de 41 E.C. Cláudio não era muito forte fisicamente, ou não tinha muita força de vontade, e, embora estivesse interessado em História, em escrever e em outros empreendimentos acadêmicos, seus predecessores o julgaram mentalmente incompetente para ficar com as rédeas do poder, e, assim, favoreceram outros como sucessores. No entanto, durante o tumulto que se seguiu ao assassinato de Calígula, prevaleceu a Guarda Pretoriana, que proclamou a Cláudio como Imperador. Um de seus apoiadores principais nesta luta pelo poder foi Herodes Agripa I, a quem Cláudio galardoou com a realeza sobre a Palestina. Cláudio também conseguiu granjear o favor do Senado.
Com a conquista da Britânia, Cláudio estendeu o império e, ao mesmo tempo, empreendeu várias obras públicas. Todavia, de forma alguma conseguiu ficar isento da costumeira intriga, glutonaria e bebedice, luxúria e suspeita, que eram bem típicas dos imperadores romanos. Como um todo, foi um governante geralmente brando, mas, visto ser facilmente influenciado por seus conselheiros e por suas esposas, não foi considerado um imperador muito capaz. Uma de suas esposas supostamente o envenenou com cogumelos, em outubro de 54 E.C., no décimo quarto ano de seu reinado. Nero assumiu então a regência.
“Uma grande fome . . . sobre toda a terra habitada” foi predita pelo profeta Ágabo, “a qual, de fato, ocorreu no tempo de Cláudio”. Isto promoveu “uma subministração de socorros”, por parte dos cristãos em Antioquia, para os seus irmãos em Jerusalém e na Judéia. (Atos 11:27-30) Tal fome na Palestina, no reinado de Cláudio, é chamada por Josefo de “grande fome” (Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro XX, cap. II, par. 5; e cap. V, par. 2), e é datada por volta de 46 E.C. — Veja ÁGABO.
“Cláudio tinha ordenado que todos os judeus se afastassem de Roma”, expedindo seu decreto em 25 de janeiro de 50 E.C., no nono ano de seu reinado. Suetônio, historiador latino, corrobora este banimento dos judeus de Roma. Em conseqüência disso, dois judeus cristãos, Áquila e Priscila, partiram de Roma para Corinto, onde, não muito tempo depois de sua chegada, conheceram o apóstolo Paulo, quando ele chegou ali no outono setentrional daquele ano. (Atos 18:1-3) Perto do começo do seu reinado, Cláudio se mostrara favoravelmente disposto para com os judeus, até mesmo ordenando que houvesse tolerância para com eles, e concedendo-lhes várias liberdades em todo o império. Parece, contudo, que numerosos judeus em Roma eram um tanto turbulentos, resultando em serem expulsos da cidade por Cláudio.
[Imagem na página 326]
Moeda que traz a figura de Cláudio.
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Cláudio LísiasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CLÁUDIO LÍSIAS
Comandante militar da guarnição romana de Jerusalém quando o apóstolo Paulo esteve ali pela última vez, por volta de 56 E.C. Como comandante militar (quiliarca), Cláudio Lísias tinha 1.000 homens sob seu comando. Seu nome grego, “Lísias”, sugere que ele era grego de nascimento. Provavelmente adquiriu a cidadania romana por grande soma de dinheiro, durante o reinado de Cláudio, época em que, como era costumeiro entre os que buscavam tal cidadania, adotou o nome do imperador reinante, “Cláudio”. (Atos 22:28; 23:26) Segundo o historiador romano, Dio Cássio (c. 150-235 E.C.), no início do reinado do imperador Cláudio a cidadania romana era com frequência vendida por grandes somas.
Cláudio Lísias figura no relato de Atos por causa dos contatos que teve com o apóstolo Paulo. Ele, os soldados e os oficiais do exército que estavam com ele, livraram Paulo da morte às mãos duma turba amotinada. Agarrando Paulo, mandou Cláudio Lísias que o apóstolo fosse acorrentado e, quando não conseguiu, devido ao tumulto, verificar por meio dum interrogatório a natureza da acusação contra Paulo, ordenou que o apóstolo fosse levado para os alojamentos dos soldados, situados na fortaleza de Antônia. — Atos 21:30-34.
Cláudio Lísias concluiu erroneamente que Paulo era o egípcio que anteriormente havia provocado uma sedição e conduzido os 4.000 “faquistas” (ou “sicários”) ao deserto. Mas, ao informar-se de que isto não era assim, concedeu permissão ao apóstolo de este se dirigir à multidão, da escadaria, provavelmente a da fortaleza. Quando se reiniciou a violência, logo depois de Paulo mencionar sua comissão de dirigir-se às nações, Cláudio Lísias ordenou que fosse conduzido para dentro dos alojamentos dos soldados, e fosse interrogado sob açoites. — Atos 21:35-40; 22:21-24.
Ao receber um relatório de que Paulo era romano, e então indagar sobre isso pessoalmente, Cláudio Lísias ficou com medo, por ter violado os direitos dum romano ao acorrentá-lo. (Atos 22:25-29) Ter ele aceito a afirmação de Paulo de ser um cidadão romano, à base da declaração do próprio apóstolo, pode ser melhor entendido quando se considera que havia pouca probabilidade de uma pessoa afirmar
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