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Casar-se no estilo de Hong KongDespertai! — 1971 | 22 de outubro
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que estes casais não estão na realidade legalmente casados, viverem juntos não é correto segundo as Escrituras.
Depois do casamento, a religião chinesa exige que a noiva volte para casa vestida de Kwa Kwan e se prostre ou se curve diante do altar dos deuses da cozinha, do céu, da terra ou quaisquer outros deuses adorados pela família. Então, tem de prostrar-se diante de quaisquer ancestrais mortos representados por uma placa, altar ou retratos na parede. Por fim, prostra-se diante dos membros da família, e serve-lhes cerimonialmente chá. Os adoradores do Deus da Bíblia Sagrada, naturalmente, não participarão deste costume, visto que é condenado na Palavra de Deus como idolatria. — Êxo. 20:3-5.
A Festa de Casamento
A festa consiste em dez conjuntos de iguarias ou mais e é realizada em geral tarde da noite. Os parentes e amigos preferem que seja bem tarde, pois isso lhes dá a oportunidade de ir ao restaurante cedo na parte da tarde e jogar até à hora de comer, que é por volta das 22 horas. Naturalmente, os casais cristãos não permitirão jogatina em sua festa de casamento, visto que o jogo não é aprovado pela Bíblia.
O casal em geral recebe presentes em dinheiro e de outros tipos também antes, durante e depois do casamento. Isto ajuda a cobrir as despesas. Mas, os casamentos de Hong Kong, como pode ver, são amiúde dispendiosos. Assim, os recém-casados talvez não saiam nem perdendo nem ganhando, ou talvez fiquem sobrecarregados com uma dívida. Para pagar seu casamento, alguns casais tiveram de cancelar sua lua-de-mel no estrangeiro e outros planos.
Os cristãos, embora não objetem aos costumes de casamento que não sejam desaprovados por Deus, procuram usar de bom alvitre a fim de não contrair dívidas que interfiram com seu serviço a Deus. Assim, seus casamentos — no estilo de Hong Kong — são ocasiões felizes e memoráveis, assim como deveriam ser os casamentos em toda parte.
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A viagem de Paulo a RomaDespertai! — 1971 | 22 de outubro
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“A Tua Palavra É a Verdade”
A viagem de Paulo a Roma
O APÓSTOLO cristão Paulo fora mantido prisioneiro por dois anos na cidade portuária de Cesaréia. Então, a seu próprio pedido, seria levado a Roma para comparecer perante César. Paulo e outros prisioneiros estavam a cargo de um oficial do exército chamado Júlio. Lucas, que registrou o relato da viagem, acompanhou Paulo.a
Embarcando num barco, dirigiram-se para o norte, ao longo da costa. No dia seguinte desembarcaram em Sídon. Fazendo-se ao mar novamente, o barco navegou passando pela ponta nordeste da ilha de Chipre, e daí ao longo das costas de Cilícia e Panfília na Ásia Menor. A marcha aqui foi mais vagarosa, mas por fim alcançou-se o movimentado porto de Mirra. Em Mirra, Júlio pôde conseguir passagem para este grupo em outro barco. Evidentemente pertencia à frota transportadora de cereais que viajava regularmente entre a Alexandria, Egito, e Roma.
De Mirra, cingindo-se à costa da Ásia Menor, o grande barco seguiu caminho contra o vento. Assim, levou “muitos dias” para ir de Mirra a Cnido, cidade costeira ao norte da ilha de Rodes. De Cnido, o barco teria de enfrentar mar aberto se a decisão fosse de viajar para oeste, passando pela ponta meridional da Grécia e daí indo para Roma. Mas, evidentemente, ventos fortes desaconselharam tal decisão. Ao invés disso, o barco foi para o sul, em direção à ilha de Creta.
Chegando a Salmone, na costa leste de Creta, o barco contornou a ilha, indo a Bons Portos [Belos-Portos, Herder, LEB]. Por causa da demora devida ao vento, o “dia da expiação já passara”. Isto significava que já era provavelmente outubro nessa ocasião. Navegar mais nessa época do ano seria perigoso. Mas, em razão de que a baía de Belos-Portos era inconveniente para passar o inverno, fez-se a decisão de tentar chegar a Fênix, outra baía a uns 64 quilômetros mais, ao longo da costa cretense.
Tempestade e Naufrágio
A confiança da tripulação nesta decisão aumentou quando soprou um brando vento sulino. Mas, daí, um furioso vento leste-nordeste se abateu subitamente contra o barco, apoderando-se dele e o impelindo! O abrigo da pequena ilha de Cauda ofereceu uma brevíssima trégua do vento tempestuoso. Durante esta, o bote que estava sendo rebocado atrás foi prontamente içado a bordo, e usaram-se cordas e cabos disponíveis para cingir o barco a fim de impedir que se rompesse.
O que aterrorizou a tripulação foi que o vento tempestuoso os estava impelindo para as areias movediças de Sirte, na costa da Líbia, África do Norte. A tripulação se empenhou furiosamente para virar a direção do barco e assim evitar o naufrágio. O barco foi também aliviado por se lançar ao mar a carga. O navegador Edwin Smith comentou esta parte crítica da viagem no número de março de 1947 de The Rudder (O Leme):
“Neste caso colocariam o navio na amura de estibordo, isto é, com o lado direito encarando o vento. Apontaria assim quase para o norte, ou se afastaria da costa Africana e de Sirte; e qualquer avanço que pudesse fazer enquanto estivesse à capa o levaria em sua rota para a Itália, ao passo que seu movimento lateral (deriva) seria, falando-se de modo geral, para o oeste.
“No dia seguinte, quando o vento tempestuoso continuou com sua plena força, aliviaram o navio. Cada passo dado até aqui indica habilidade náutica perita, e também neste caso, pois todas as obras de náutica recomendam esta como uma das coisas que se deveria fazer.” As medidas tomadas viraram o barco numa rota ocidental, evitando o naufrágio na perigosa costa Africana.
Nem o sol nem as estrelas apareceram por muitos dias à medida que o barco era impelido para o oeste. A esperança de sobrevivência foi quase abandonada. Mas, daí, à meia-noite, no décimo quarto dia depois de terem partido de Creta, alguns da tripulação começaram a suspeitar que se aproximavam de terra. Sondagens da profundidade confirmaram isto. Lançaram-se as quatro âncoras, e o barco parou lentamente.
Finalmente raiou o dia. A tripulação cortou as âncoras, desamarraram os remos da popa, içaram o traquete e dirigiram-se para a praia. Mas o navio encalhou e começou a ser despedaçado na tremenda ressaca. Às ordens de Júlio, todos se lançaram ao mar e conseguiram chegar a salvo à terra, alguns nadando e outros se agarrando a tudo que estivesse disponível do navio.
A ilha foi identificada como Malta. Aqui invernaram, e quando se tornou seguro viajar na primavera, prosseguiram viagem em outro barco alexandrino. Com o correr do tempo, o barco passou pelo sudeste da Sicília, aportando em Siracusa por três dias. Daí, prosseguiu para Régio, no “dedo do pé” da Itália, e dali navegaram para Putéoli. Aqui o
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