Mensageiros da Libertação
“Levantai-vos e mantende erguidas as vossas cabeças, porque a vossa libertação está próxima.” — Luc. 21:28, Nova Bíblia Inglêsa.
1. Que idéias diferentes sôbre a libertação podem ter as pessoas, mas qual é a maior libertação que se necessita?
Quem é que não gosta de ter liberdade? Quem é que, sentindo qual e coarctação ou restrição, não deseja ser libertado? Hoje há oportunidade mundial para libertação. Alguém pode pensar que esta declaração seja ampla e extensa demais, porque, no campo político, há o que é chamado de “mundo livre”, contrastando-se com o bloco de nações comunistas. Outra pessoa pode pensar na libertação que o bloco comunista advoga para todas as nações “imperialistas”, que no final é apenas substituir um govêrno humano por outro, não sendo mais perfeito nem mais assisado do que o outro que foi substituído. Os mensageiros de uma libertação destas seriam mensageiros de revolução, agentes estrangeiros de um govêrno radical, subversores e agitadores políticos, ao passo que os mensageiros do “mundo livre” seriam considerados “espiões imperialistas”. Ainda outra pessoa pode achar que uma raça da humanidade precise libertar-se do domínio de outra raça. Todavia, que a necessidade de libertação é mundial se pode observar em certa declaração, feita há dezenove séculos atrás, mas ainda veraz hoje em dia: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (1 João 5:19) Jamais teremos um mundo justo, pacífico, sadio, enquanto não nos libertarmos do iníquo.
2. Como podemos ter certeza de que a libertação completa está próxima?
2 A completa libertação do mundo iníquo e escravizador está aqui, em operação. Sendo que desde 1914 temos tido cada vez mais evidências de que ela está próxima, podemos agir segundo as palavras encorajadoras do grande Profeta: “Quando tudo isto começar a acontecer, levantai-vos e mantende erguidas as vossas cabeças, porque a vossa libertação está próxima. . . . Vêde a figueira, ou qualquer outra árvore. Assim que começam a brotar, podeis ver por vós mesmos que está próximo o verão. Do mesmo modo, quando virdes acontecer tudo isto, podeis estar certos de que está próximo o reino de Deus.” — Luc. 21:28-31, Nova Bíblia Inglêsa.
3. (a) Quando se dará a completa libertação das garras de Satanás? (b) Que libertação há hoje?
3 Êsse reino eliminará o poder e o domínio do iníquo, isto é, de Satanás, o Diabo, visto que todo o mundo da humanidade sente a pressão e a influência invisíveis dêle. O despojá-lo de todo o seu poder mundial se dará logo após a batalha universal do Har-Magedon, que resultará na destruição de todo o seu sistema político visível. Isto significará libertação para todos os que temem a Deus e fazem a oração: “Venha o teu reino”, buscando o reino de Deus e a sua justiça, conforme Jesus ensinou-lhes a fazer. (Mat. 6:9, 10, 33) Todavia, há hoje uma libertação para êles; esta começa antes da iminente batalha do Har-Magedon. Trata-se de uma libertação muito importante, porque ela concerne à vida futura dêles. É uma libertação religiosa, uma que se dá mesmo enquanto ainda estão de pé os governos políticos, inclusive os ditatoriais e totalitários. Tal libertação tem grande significado hoje em dia!
4. (a) Quem podem achar que não necessitam de libertação? (b) Que atitude semelhante tiveram alguns dos descendentes de Abraão nos dias de Jesus?
4 Os que vivem em países em que a Constituição ou Declaração Nacional de Direitos garante a “liberdade de religião” podem achar que não precisam de tal libertação. Estão livres para não praticarem religião alguma, sendo ateístas se assim escolherem. Mas hoje em dia a pessoa precisa ter cuidado para não ser como o povo de Jerusalém há dezenove séculos atrás, ou seja, no outono do ano 32. Jesus Cristo ensinava no templo àquele povo, que era descendente do patriarca hebreu, Abraão, e dizia: “Se permanecerdes na minha palavra, sois realmente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Pensando orgulhosamente na nacionalidade, responderam-lhe: “Somos descendência de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que dizes: ‘Ficareis livres’?” — João 8:31-33.
5, 6. (a) Como é que a resposta que Jesus deu à declaração dêles mostra que os descendentes de Abraão precisavam de libertação? (b) Então, o que responderam êles, mas a quem indicou Jesus como verdadeiro pai dêles?
5 A resposta de Jesus poderia ofendê-los ou abrir-lhes os olhos para a verdadeira situação. Disse êle: “Digo-vos em tôda a verdade: Todo o praticante do pecado é escravo do pecado. Ainda mais, o escravo não permanece para sempre na família [do patriarca Abraão]; o filho permanece para sempre. Portanto, se o Filho [Jesus Cristo] vos libertar, sereis realmente livres. Sei que sois descendência de Abraão [segundo parentesco natural]; mas vós buscais matar-me, porque a minha palavra não faz progresso entre vós. . . . Abraão não fêz isso. Vós fazeis a obra de vosso pai:” Com esta declaração êles lançaram o argumento de serem descendentes de fonte superior ao homem Abraão. Disseram a Jesus: “Não nascemos de fornicação [por meio de um pai desconhecido]; temos um só Pai, Deus.” — João 8:34-41.
6 Mas se êles amassem a Deus, teriam amado o Filho e dado ouvidos à palavra dêle; mas não agiram assim. Por isso Jesus disse: “Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Êsse foi homicida quando começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nêle verdade. Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é mentiroso e pai da mentira. . . . É por isso que não escutais, porque não sois de Deus:” — João 8:42-47.
7. (a) A que conclusão chegamos, pois, referente àqueles descendentes de Abraão? (b) Indique por que é apropriado referir-se a Satanás como “deus”.
7 Escravos do pecado! Filhos de Satanás, o Diabo, o primeiro homicida e mentiroso! Ó que espécie de religiosos, pensando ao mesmo tempo que eram filhos de Deus pelo seu amigo terrestre Abraão, o patriarca, hebreu! Que decepção religiosa! Quanta necessidade de libertação! Não foi sem grande significado religioso que Satanás, o Diabo, foi chamado de deus, “o deus dêste sistema de coisas”. Êle tenta esconder da humanidade o verdadeiro Deus. Para isso êle “tem cegado as mentes dos incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus”. (2 Cor. 4:4) Por conseguinte, o registro bíblico, que fala sôbre a expulsão do iníquo e seus anjos demoníacos para fora céu, diz: “Foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando tôda a terra habitada.” (Apo. 12:7-9) Sendo o “deus dêste sistema de coisas”, êle tem adoradores. Tem sua religião e engana pràticamente a todos os habitantes da terra mediante sua religião, religião falsa de um falso deus.
8. Depois do Dilúvio, onde recomeçou a falsa religião e quão extensiva se tornaria ela?
8 A história bíblica revela que, depois do grande dilúvio, Satanás, o Diabo, renovou sua falsa religião na terra, em Babilônia. Esta cidade tinha sido edificada sôbre as margens do rio Eufrates. Desta cidade, depois da confusão das línguas ali, a falsa religião se espalhou por tôda a terra habitada. No sétimo século antes de Cristo esta cidade se tornou a Terceira Potência Mundial na história bíblica. Babilônia transtornou o reino dos judeus, levando consigo os sobreviventes, retendo-os involuntàriamente cativos por setenta anos. A libertação lhes veio mediante o Rei Ciro, o conquistador persa, em 537 A. C., e um restante de mais de quarenta e dois mil voltou para reconstruir o templo de Jeová Deus e a cidade santa. Por ocasião da vinda de Jesus, êles tinham caído sob o poder do Império Romano, mas ainda podiam praticar a religião dêles, o judaísmo. Mas, então, as tradições religiosas feitas pelos homens tinham adquirido mais importância do que a Palavra escrita de Deus, as Escrituras Sagradas.
9. Indique como as palavras de Jesus: “todo o praticante do pecado é escravo do pecado”, aplicavam-se ao caso do povo judeu dos seus dias e que êles precisavam de libertação.
9 Além de estarem presos às tradições religiosas antibíblicas, o povo judeu estava sob o poder de opressivos dominadores religiosos, que eram prole do pai dêles, o Diabo. As cerimônias religiosas no templo em Jerusalém não lhes tiravam de fato os pecados nem os libertavam da escravidão a êle. Em conseqüência do pecado, a morte, que é a penalidade pelo pecado, os dominava. (Rom. 6:23; 5:12-17) Jesus Cristo lhes disse os fatos reais, quando lhes disse que eram escravos e que precisavam de libertação.
10. Explique por que Paulo assemelhou o povo judeu aos filhos de Agar, mas os cristãos aos filhos de Sara.
10 Êles gostavam de pensar que eram filhos de Abraão e Sara, a espôsa dêle, a mulher livre, mas o apóstolo cristão Paulo, um judeu convertido, disse que eram como os filhos da mulher egípcia, de Agar, a escrava de Sara, e então eram escravos. Disse Paulo: “Estas coisas são como que um drama-simbólico; pois estas mulheres significam dois pactos, um do monte Sinai, que dá à luz filhos para a escravidão, e que é Agar. Ora, esta Agar significa Sinai, um monte na Arábia onde [foram dados os Dez Mandamentos e o pacto da lei], e ela corresponde à Jerusalém atual, pois está em escravidão com os seus filhos. Mas a Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe. Por conseguinte, irmãos [cristãos], somos filhos, não duma serva, mas da livre. Para tal liberdade é que Cristo nos libertou. Portanto, ficai firmes e não vos deixeis restringir novamente num jugo de escravidão.”
11. (a) Que espécie de carta é a escrita aos gálatas? (b) Quem é hoje o único povo livre?
11 Mediante estas palavras em sua carta aos gálatas (4:24-26, 31; 5:1), Paulo indicou que sua carta é de libertação, não smente do paganismo babilônico mas também do judaísmo com suas tradições religiosas e líderes opressivos. Hoje, como nos dias de Paulo, os únicos livres são os que Jesus Cristo libertou de Satanás, o Diabo, do pecado e da morte, a penalidade pelo pecado. São filhos da “Jerusalém celestial”, a “Jerusalém de cima”. Ela é mãe dêles e representa a santa organização celestial de Deus, que, por sua vez, foi representada por Sara, a espôsa de Abraão, a mulher livre.
‘LIVRA-TE’, JERUSALÉM
12, 13. Com que questão nos confrontamos hoje, e que solução se oferece?
12 Em sua carta aos romanos (10:15) o apóstolo Paulo citou a profecia de Isaías (52:7). Ao dizer Paulo: “A Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe”, como poderia êle ainda estar em harmonia com o segundo versículo do capítulo cinqüenta e dois da profecia de Isaías, que diz: “Sacode-te [livra-te] do pó, levanta-te, toma assento, ó Jerusalém. Solta-te das cadeias do teu pescoço, ó filha cativa de Sião”? Era porque a Sião celestial, a Jerusalém de cima, foi representada pelos seus filhos na terra. São êstes na terra os cristãos dedicados, batizados e gerados pelo espírito, os irmãos espirituais de Jesus e filhos espirituais de Deus.
13 Sião é representada a participar nas condições e experiências de seus filhos espirituais sôbre a terra. Segundo Isaías 63:8, 9 diz referente ao povo de Jeová: “Êle passou a dizer: ‘Êles são de fato meu povo, filhos que não serão falsos.’ Então, foi para êles que êle veio a ser Salvador. Durante tôda a angústia dêles foi êle angustiado.” Agora Jesus Cristo é o Cabeça na Sião celestial, a Jerusalém de cima. Disse êle, em sua parábola registrada em Mateus 25:31-46: “Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos dêstes meus irmãos, a mim o fizestes.” Assim, quando os filhos de Sião ou Jerusalém de cima se tornam cativos, fala-se que ela está em cativeiro.
14. (a) Embora livre do cativeiro babilônico em 537 A. C., que escravidão continuou sôbre Israel nos séculos seguintes? (b) Portanto, o que puderam fazer João Batista, Jesus e os apóstolos?
14 A antiga cidade de Sião ou Jerusalém foi literalmente em cativeiro para Babilônia, sôbre o rio Eufrates, quando ela e seu templo foram destruídos em 607 A. C., e seus cidadãos ou filhos foram arrastados ao cativeiro em território babilônico. Ela foi libertada em 537 A. C., quando seus cidadãos foram soltos e voltaram para reedificar tanto a ela como seu templo de adoração. Mas, nos séculos que se seguiram, seu povo foi levado a uma escravidão religiosa, que em certos sentidos correspondia à escravidão babilônica. Por isso, João Batista, Jesus Cristo e seus apóstolos cumpriram diversas profecias bíblicas relacionadas com o cativeiro babilônico e com a libertação dos exilados judeus. Eram êles, de fato, mensageiros de libertação, mas de uma libertação maior do que a dos que foram libertados da antiga Babilônia, que já foi destruída há muito.
15. Que grande libertação se deu em Pentecostes?
15 Mui certamente Jesus Cristo precisava libertar os seus próprios apóstolos e outros discípulos associados e, continuando em sua palavra, êles permaneceriam livres de verdade. Incluía uma liberdade mui preciosa, a liberdade religiosa de adorar o único Deus verdadeiro e vivo, Jeová. No dia de Pentecostes, de 33 E. C., Jesus Cristo, à destra de Deus, no céu, derramou o espírito santo sôbre os discípulos que esperavam em Jerusalém e êles se tornaram filhos espirituais da organização celestial de Deus, a Sião celestial, a Jerusalém de cima. Então realmente se tornaram seus filhos libertos, pregando as boas novas do reino de Deus e exercendo a liberdade que adquiriram de Deus para isso.
16. (a) Que aplicação prática de Joel 2:28-32 fêz Pedro e como foi atendida a sua mensagem de libertação? (b) Que expressão destemida de sua liberdade religiosa fizeram mais tarde os apóstolos?
16 O apóstolo Pedro citou a profecia de Joel (2:28-32), que fala acêrca dos “salvos” e dos “sobreviventes” no monte Sião e em Jerusalém. Então, fazendo uma aplicação prática de sua mensagem de libertação, disse Pedro aos milhares de ouvintes judeus: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo, para o perdão de vossos pecados, e recebereis a dádiva gratuita do espírito santo. . . . Sêde salvos desta geração pervertida.” Três mil atenderam àquela mensagem de libertação no dia de Pentecostes. (Atos 2:14-42) Mais tarde, em expressão destemida de sua liberdade religiosa, Pedro e os outros apóstolos disseram o seguinte ao sumo sacerdote e aos líderes do Supremo Tribunal Judaico em Jerusalém: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens. . . . E nós somos testemunhas dêstes assuntos, e assim é também o espírito santo, que Deus tem dado aos que obedecem a ele como governante.” — Atos 5:27-32.
17. (a) Segundo a profecia bíblica, o que foi previsto para os libertos filhos espirituais? (b) A quem seria esta escravidão, quando ocorreria e que surgiria então?
17 Todavia, segundo a experiência profética dos judeus de outrora com Babilônia e segundo as profecias bíblicas, Sião, a Jerusalém de cima, sendo prefigurada pelos que na terra professavam ser seus filhos espirituais, não permaneceria livre. Foi previsto que seus filhos seriam cativos por uma Babilônia Maior, um sistema de escravidão religiosa, não na antiga Babilônia, mas em todo o mundo. Nos dias dos doze apóstolos fiéis, até ao fim do primeiro século, os filhos da Sião celestial, a Jerusalém de cima, continuaram livres, sendo então que o idoso apóstolo João escreveu os últimos livros das Escrituras Sagradas. Daí, segundo havia predito o apóstolo Paulo, ‘o que agia como restrição’ saiu da frente e veio o desvio ou apostasia da libertadora fé cristã. Então, a maioria dos que professavam ter a fé cristã foram cativos ao grande sistema de religião babilônica. Surgiu então, na forma da clerezia da cristandade, “o homem que é contra a lei” de Deus, “o filho da destruição”. — 2 Tes. 2:3-8.
18. Que curso tomaram então os eventos?
18 A cristandade data particularmente desde os dias do imperador romano Constantino, o Grande, no quarto século.a Evidentemente, os verdadeiros filhos terrestres da Sião celestial (Jerusalém de cima) tiveram que agir às escondidas por causa de grande perseguição religiosa. Como na parábola de Jesus sôbre o trigo e o joio, os poucos filhos de Sião semelhantes ao trigo e os filhos de mentira parecidos com joio foram deixados a crescer juntos no mesmo campo, o mundo da humanidade. (Mat. 13:30) O clero da cristandade, que pretendia representar a Sião celestial, tornou-se babilônico e parte da Babilônia Maior. Então, deveras, a Sião celestial, segundo representada pelos seus verdadeiros filhos na terra, tornou-se cativa da Babilônia Maior.
19. (a) Com que perguntas de interesse nos confrontamos agora? (b) Quando começou o esfôrço para se obter libertação, mas o que trouxe 1914?
19 Deveria continuar a escravidão de Sião à Babilônia Maior até à batalha do Har-Magedon predita no último livro da Bíblia, em Apocalipse 16:13-16? Não viria a ela nenhum mensageiro da libertação com boas novas antes do Har-Magedon? Segundo Apocalipse 9:13-15 haveria uma soltura, uma libertação dos “amarrados junto ao grande rio Eufrates”, onde estava assentada a antiga Babilônia. Nas últimas três décadas do século passado houve um esfôrço sincero de verdadeiramente dedicados e batizados adoradores cristãos de Jeová Deus para se libertarem da cristandade, que é parte predominante da religiosa Babilônia Maior. Mas, em 1914, irrompeu a Primeira Guerra Mundial: e a cristandade, a participante principal na guerra, usou-a como instrumento para levar cativos os filhos da Sião celestial, como foram levados cativos os israelitas para a antiga Babilônia durante os setenta anos de desolação de Jerusalém.
20. (a) O cumprimento de profecias bíblicas conduziu a que acontecimentos tanto em 1914 como depois? (b) Que pergunta se faz, com que resposta?
20 Todavia, a profecia bíblica e seu tempo marcado, juntamente com os eventos de 1914, provaram que a mulher de Deus, a Sião celestial, tinha dado à luz o prometido reino do Messias ou de Cristo, e que o entronizado Jesus tinha começado a reinar no meio dos seus inimigos, para subjugá-los completamente no tempo devido. (Apo. 12:1-5; Sal. 110:1-6; Heb. 1:13; 10:12, 13) A futura batalha do Har-Magedon, a ser travada no tempo designado de Deus, pôs-se à frente dêle, especialmente depois que cessou a guerra invisível no céu, sendo lançados Satanás e seus demônios da posição celestial dêles para a terra. Enquanto isto, será que o vitorioso Rei Jesus Cristo, prefigurado por Ciro, o Grande, o conquistador da antiga Babilônia, esperaria até o Har-Magedon para libertar as testemunhas cristãs de Jeová do seu cativeiro à atual Babilônia Maior? Segundo a profecia bíblica, Não!
21. Que profecia se cumpriria em 1914, mas com que problemas se confrontaria então?
21 Em 1914, o Todo-poderoso Jeová Deus assumiu seu grande poder e começou a reinar quanto à terra mediante o estabelecimento do seu prometido reino messiânico. Assim, “o reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo”. (Apo. 11:15-18) Chegara então a hora do cumprimento da profecia de Cristo: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações; e então virá o fim”, isto é, o Har-Magedon. (Mat. 24:14) Mas, se as testemunhas do Rei Jeová ficassem no cativeiro babilônico, como poderiam anunciar o já iniciado domínio do reino prometido de Deus? Como poderiam dar certo ou haver harmonia nas coisas, estando o Todo-poderoso Jeová Deus a reinar e as suas testemunhas ainda estando na terra em cativeiro ao inimigo, à Babilônia Maior? Como poderiam as cativas testemunhas cristãs de Jeová prefigurar a liberdade da “mulher” celestial de Deus e dizer: “A Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe”? (Gál. 4:26) Sob condições cativas não poderiam assim fazer.
22. Depois de lançado do céu, como foi que Satanás se opôs ao Reino?
22 Apocalipse 12:7-17 revelou de antemão que depois de Satanás ser lançado para a terra mediante a guerra no céu, êle perseguiria a mulher de Deus que tinha dado à luz o reino messiânico e, irado com ela, iria “travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”. A realização dêstes eventos requer que umas tantas outras coisas também ocorram. Que coisas? Satanás, o Diabo, é o “deus dêste sistema de coisas” e, por conseguinte, também é deus da Babilônia Maior, que pertence a êste sistema de coisas. Na Babilônia Maior êle manteve cativos os “remanescentes” da semente de Sião até o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918. Depois de ser tirado de sua posição celestial, Satanás, o Diabo, perseguiu a “mulher” de Deus, Sião, mediante perseguição aos remanescentes da semente dela na terra. Êle fêz isto travando guerra contra êles.
23. O que evidencia o fato de Satanás ter travado guerra contra os remanescentes da semente de Cristo?
23 O que vemos nisto? Sendo lançado do céu, Satanás perdeu o domínio sôbre os remanescentes da semente dela; e a sua adoradora, a religiosa Babilônia, a Grande, também perdeu tal domínio. Se êle e ela ainda os tivessem cativos, por que teria sido necessário “travar guerra” contra êles? Travar guerra contra êles se tornara necessário porque tinham sido libertados e estavam livres para ‘observar os mandamentos de Deus e ter a obra de dar testemunho de Jesus’. A guerra que o Diabo travou contra êles foi uma tentativa para trazê-los de volta ao cativeiro da Babilônia Maior.
24. Quando foi liberto o povo de Deus da Grande Babilônia e de que grande fato dá isto testemunho?
24 Precisamos guiar-nos pelos fatos do caso. Quando provam os fatos que as testemunhas cristãs foram libertas do cativeiro à adoração demoníaca da Babilônia Maior? Na primavera de 1919, pois dali em diante elas se empenharam destemidamente na pregação do reino messiânico em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações, observando assim o mandamento de Deus para êste tempo e desincumbindo-se da obra de dar testemunho do entronizado Messias, Jesus. A libertação delas não seria atribuída a nenhum outro além de Jeová, mediante seu Rei messiânico, Jesus Cristo, o Ciro Maior. O que significa isto? De que grande fato dá testemunho esta evidência? Do seguinte: Que não sòmente Satanás, o deus da Grande Babilônia, tinha sido lançado do céu, mas também a própria Babilônia, a Grande, tinha caído.
25. (a) Por que não significa isto que a Grande Babilônia tinha sido destruída e que exemplo se apresenta para ajudar-nos a entender o que significou a sua queda? (b) Será que a destruição final da Grande Babilônia levará séculos para ser completada?
25 A queda de Grande Babilônia por volta de 1919 não significa que ela tinha sido destruída. Nada disso! Ela ainda existe hoje e ainda mantém seu domínio sôbre os reis da terra. Contudo, as testemunhas cristãs de Jeová foram libertas dela. Podemos entender melhor êste assunto, olhando para a história antiga. Observamos que, quando a antiga Babilônia caiu diante do persa Ciro, o Grande, em 539 A. C., ela não foi destruída nem extinguida. Ela continuou existindo por séculos depois, até mesmo nos dias do apóstolo cristão Pedro, que visitou a decadente cidade e escreveu dali pelo menos uma carta, senão duas. (1 Ped. 5:13) Hoje, porém, nada mais resta da cidade de Babilônia, senão ruínas indistintas que começaram a ser escavadas em 1899. Semelhantemente, a religiosa Babilônia, a Grande, caiu por volta de 1919 e sua destruição completa jaz à frente, no futuro. Mas não cremos ter que esperar séculos por sua destruição. Agora tudo acontecerá de repente à Grande Babilônia, e esperamos ver a sua destruição em nossa geração! Que alegria será isto para todos os mensageiros da libertação!
[Nota(s) de rodapé]
a Diz a página 268 do Volume 2 da Cyclopcedia de M’Clintock e Strong (edição de 1891): “Cristandade, o reino de Cristo na sua difusão entre os homens na terra. . . . A conversão de Constantino estabeleceu o primeiro estado cristão. . . . Assim, o território do cristianismo no presente compreende três das cinco grandes divisões do mundo, com considerável parte nas outras duas . . . Assim, parece estar próximo o dia em que as dimensões da cristandade coincidirão com a dimensão da terra. A seguinte estimativa da população do mundo baseia-se no último trabalho (1889) sôbre estatística política e eclesiástica: Total da População: 1.447.548.000; Católicos Romanos: 201.000.000; Protestantes: 106.000.000; Cristãos: 393.225.000.” Mas, hoje, em 1964, a população do mundo é de 3.060.800.000 [The World Almanac 1963, páginas 259, 719], e a chamada população cristã é de 904.332.500.
[Foto na página 457]
“A verdade vos libertará.”