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Ciumento, CiúmeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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a verdadeira justiça que provém de Deus. Teriam de reconhecer seu erro e voltar-se para Deus mediante Cristo a fim de obter a justiça e livrar-se da condenação da Lei. (Rom. 10:1-10) Saulo de Tarso era um de tais, sendo extremamente zeloso a favor do judaísmo, a ponto de ir a excessos, ‘perseguindo a congregação de Deus e a devastando’. (Gál. 1:13, 14; Fil. 3:6) Ele guardava escrupulosamente a Lei, como “um que se mostrou inculpe”. Todavia, seu zelo pelo judaísmo era mal-empregado. Era sincero de coração, razão pela qual Jeová demonstrou benignidade imerecida por meio de Cristo, ao desviá-lo para a senda da verdadeira adoração. — 1 Tim. 1:12, 13.
CIÚME E INVEJA
A pessoa que mostra ciúme incorreto suspeita de outros sem o devido motivo, ou ressente que outrem receba aquilo que ele acha injustificadamente que lhe cabe. O invejoso deseja ou cobiça, de forma descontente, a boa ventura e as consecuções dos outros. O contexto amiúde determina o sentido em que são usadas na Bíblia as palavras hebraicas geralmente traduzidas “ciumento” ou “ciúme”, mas, às vezes, “inveja”. O mesmo ocorre com a palavra grega para “ciúme”, mas a língua grega também possui outra palavra, phthónos, para “inveja”.
Na congregação coríntia do primeiro século haviam penetrado homens ambiciosos, que chamavam a atenção para si, que se jactavam dos homens, e que causavam rixas na congregação. A congregação estava dividida em facções que ciumentamente se voltavam para os homens, que os exaltavam e os seguiam. Paulo indicou que tal ciúme era carnal, e não espiritual. (1 Cor. 3:3; 2 Cor. 12:20) Explicou que o amor piedoso não é ciumento de modo incorreto, mas, ao invés, é confiante e esperançoso, sempre agindo a favor dos interesses dos outros. — 1 Cor. 13:4, 5, 7.
Não é justo o ciúme do tipo que Paulo condenou na congregação coríntia. Não é a favor da devoção exclusiva a Jeová. Antes, é uma forma de idolatria, tem origem demoníaca, e gera inveja e rixas. A Bíblia repetidas vezes avisa sobre ele, mostrando que chega a atingir o próprio coração. — Tia. 3:14-16; Rom. 13:13; Gál. 5:19-21.
O ciúme do tipo errado possui um efeito prejudicial sobre a saúde física da pessoa, pois “o coração calmo é a vida do organismo carnal, mas o ciúme é podridão para os ossos”. (Pro. 14:30) Pode ser mais destrutivo do que a raiva ou a ira, porque talvez seja mais arraigado, mais duradouro e mais persistente, bem como menos facilmente aplacável. Rejeita-se geralmente o uso da razão. (Pro. 27: 4) Mesmo o ciúme dum homem que está justamente indignado contra outrem que cometeu adultério com sua esposa não aceitará nenhum tipo de desculpa ou de resgate. — Pro. 6:32-35.
O ciúme da espécie errada pode levar uma pessoa ao ponto de ela pecar contra Deus, como fizeram os dez meios-irmãos de José. (Gên. 37:11; Atos 7:9) Poderá levar à perda da vida um indivíduo, e outros envolvidos, como aconteceu no caso de Datã e Abirão, e os membros de suas casas. (Sal. 106:16, 17) Pior ainda, o ciúme moveu os judeus descrentes a cometerem graves crimes contra os apóstolos e, além disso, a cometerem blasfêmia e tentativa de homicídio. — Atos 13:45, 50; 14:19.
CIÚME CONJUGAL
O ciúme da pessoa para com seu cônjuge é bom, se se tratar do ciúme correto, de zelo pelo benefício e bem-estar do cônjuge. Mas o ciúme incorreto e a falta de confiança sem base são errados, e não demonstram amor, podendo resultar num casamento desfeito. (1 Cor. 13:4, 7) Sob a Lei mosaica, fez-se provisão para casos de ciúme, em que o marido suspeitava dum adultério secreto de sua esposa. Caso não houvesse as duas testemunhas exigidas para provar tal acusação, de modo que os juízes humanos pudessem atuar, aplicando a sentença de morte, o procedimento prescrito na Lei era que o casal devia apresentar-se perante o representante de Jeová, o sacerdote. Tal medida constituía um recurso a Jeová, que estava a par de todos os fatos, para se ter o Seu julgamento. Caso fosse adúltera, a mulher recebia, como punição direta de Jeová, a perda de seus poderes procriativos. Caso fosse infundado o ciúme do marido, então ele teria de reconhecer a inocência dela por ter relações sexuais com ela, de modo que ela tivesse um filho. — Núm. 5:11-31.
OS SERVOS DE DEUS SÃO AVISADOS QUANTO À RIVALIDADE
A rivalidade ou competição, tão comum no atual sistema de coisas, não é apropriada. Diz o escritor do livro de Eclesiastes: “Eu mesmo vi todo o trabalho árduo e toda a proficiência no trabalho, que significa rivalidade [Heb., qin’áth] de um para com o outro; também isto é vaidade e um esforço para alcançar o vento.” (Ecl. 4:4; compare com Gálatas 5:26.) Por ter ciúme do êxito, dos bens ou das realizações dos outros, o servo de Deus pode ficar com inveja e cobiça, chegando até a ficar invejoso daqueles que são maus, mas que prosperam. As Escrituras avisam-nos que não devia ser assim; embora pareça longo o tempo em que prosperam, receberão pronto julgamento no devido tempo de Deus. (Sal. 37:1, 2) Invejar tais pessoas pode levar alguém a imitar os modos violentos delas, que são detestáveis para Jeová. — Pro. 3:31, 32; 23:17; 24:1, 19; compare com Salmo 73:2, 3, 17-19, 21-23.
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ClãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CLÃ
Grande grupo social que possui uma herança comum, e que, em sua magnitude, assemelha-se a uma tribo. Em todos os três
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