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Jeová é refúgio para milhõesA Sentinela — 1976 | 1.° de abril
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as boas novas deste reino praticamente em todas as partes da terra, e centenas de milhares de pessoas colocam sua confiança neste reino e se juntam nesta proclamação cada ano. Jeová deveras se torna refúgio para milhões!
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1976 | 1.° de abril
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Perguntas dos Leitores
● Será que aquilo que Jesus disse em João 15:1-6, a respeito de ele ser a videira e seus discípulos os ramos, corresponde com a oliveira e os ramos dela, descrita em Romanos 11:17-24?
No passado, usou-se João 15:1-6 como ilustração ao se considerar Romanos 11:17-24. Mas um exame mais detido mostra que estas duas passagens referem-se a coisas diferentes. Uma se concentra em Cristo e a outra em Abraão. Consideremos cada uma destas passagens.
Jesus disse, na última noite em que esteve com os apóstolos: “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o lavrador. Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo o que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Quem permanece em união comigo, e eu em união com ele, este dá muito fruto.” — João 15:1, 2, 5.
Jesus comparou-se a uma videira. Seus discípulos, que em Pentecostes de 33 E. C. foram gerados pelo espírito santo, tornaram-se ramos da videira. Cristo os exortou para que, uma vez que se tornaram ramos, permanecessem nele e dessem frutos, para que não fossem lançados fora e perdessem a vida eterna. (João 15:6) Produzirem frutos envolveria manifestarem as qualidades que ele, Jesus, havia demonstrado. Por permanecerem em união com ele, poderiam cultivar os frutos do espírito. (Gál. 5:22, 23) E estariam ativos em falar sobre o Reino. — Luc. 8:8.
Ao passo que as palavras em João 15:1-6 se concentram em Jesus, a ilustração de Paulo, a respeito da oliveira, em Romanos 11:17-24, focaliza Abraão. Mostra a necessidade de se ter fé igual a de Abraão, para se tornar parte da prometida descendência dele. A ilustração trata duma oliveira cultivada, ou de pomar, da qual se quebraram alguns ramos naturais. Em lugar deles enxertaram-se então ramos duma oliveira brava. Os ramos naturais representavam os judeus naturais. Os ramos da oliveira brava representavam os crentes gentios, os quais, por causa de sua fé, substituíram os judeus naturais sem fé como parte da descendência prometida de Abraão. Isto pode ser avaliado melhor por se examinarem os tratos de Deus com Abraão e a atitude dos judeus quando chegou o Messias.
Visto que Abraão exerceu fé, Jeová Deus fez com ele um pacto referente a uma “descendência” ou “descendente”, por meio de quem todas as nações “hão de abençoar a si mesmas”. (Gên. 22:17, 18; Gál. 3:8) Isto afetou os tratos de Deus com a descendência natural de Abraão, seus descendentes, os israelitas. (Deu. 7:7, 8; 2 Cor. 11:22) Os judeus do primeiro século orgulhavam-se de poder dizer: “Nosso pai é Abraão.” (João 8:39; Mat. 3:9) Presumiam que, por serem descendência natural de Abraão, tinham assegurado um lugar no favor e nos tratos de Jeová. Mas, no livro de Romanos, Paulo mostrou que, embora serem descendentes de Abraão certamente fosse de vantagem, não bastava em si mesmo. Por que não?
O motivo disso era que Jeová Deus se propôs produzir um descendente espiritual por meio do pacto abraâmico. O Messias, Jesus, foi o principal deste descendente espiritual de Abraão, conforme Paulo explicou na sua carta anterior aos gálatas. (Gál. 3:16) Mas ele mostrou também que o descendente espiritual era um composto; compõe-se de Cristo e dos co-herdeiros dele, cujo número total foi revelado mais tarde como sendo 144.001. Paulo escreveu: “Se pertenceis a Cristo, sois realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa.” (Gál. 3:29; Rev. 7:4-8; 14:1) Mas, constituir-se-ía o descendente secundário de Abraão, os 144.000, inteiramente de judeus, membros da descendência natural de Abraão?
Poderia ter sido assim. A oportunidade de fazer parte deste descendente espiritual foi oferecida de 29 E. C. a 36 E. C. aos que eram descendentes naturais, “filhos da linhagem de Abraão”.a (Atos 13:26; Mat. 15:24) Paulo referiu-se repetidas vezes a esta relação natural, no livro de Romanos. Falou sobre a fé mostrada por “Abraão nosso antepassado segundo a carne”. (Rom. 4:1) Daí, ele disse em Romanos 11:1: “Será que Deus rejeitou o seu povo? Que isso nunca aconteça! Pois eu também sou israelita, do descendente de Abraão.” E na ilustração da oliveira, que se segue, continuou focalizar Abraão.
Os descendentes naturais de Abraão eram como ramos duma oliveira cultivada. Mas o pacto abraâmico devia produzir um descendente espiritual. De modo que os judeus, para fazerem parte deste, tinham de aceitar o Messias, ser gerados por espírito
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