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VentoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Luc. 8:22-25) Pelo visto, foi somente por permissão de Jeová que Satanás conseguiu produzir ou controlar um “grande vento” que trouxe a morte aos filhos de Jó. — Jó 1:11, 12, 18, 19.
Os ventos eram geralmente chamados segundo a direção da qual provinham, o “vento oriental” soprando na direção O, provindo do E. (Êxo. 10:13, 19; Sal. 78:26; Cân. 4:16) Todas as quatro direções, N, S, E e O, acham-se abrangidas pelas referências aos “quatro ventos” do céu ou da terra. (Jer. 49:36; Eze. 37:9; Dan. 8:8; Mat. 24:31) Em Revelação 7:1, representam-se “quatro anjos” como estando “em pé nos quatro cantos da terra, segurando firmemente os quatro ventos da terra”. Por estarem de pé nos “cantos”, os “anjos” soltariam os ventos obliquamente, de direções diagonais, não poupando nenhum quadrante da terra dos golpes desastrosos desses ventos.
Os ventos do norte eram frios e traziam pesadas chuvas. (Jó 37:9; Pro. 25:23) O vento do sul soprava das quentes áreas desérticas sobre a Palestina, e, assim sendo, conseguia produzir uma onda de calor (Luc. 12:55); ventos tempestuosos também podiam originar-se no S. (Isa. 21:1; Zac. 9:14) Na estação seca, o vento oriental, ao se movimentar em direção ao Egito e a Palestina, cruzava amplas áreas desérticas e, assim, era quente e seco, queimando e secando a vegetação. (Gên. 41:6, 23, 27; Eze. 17:7-10; compare com Oséias 13:15; Jonas 4:8.) Durante a estação chuvosa, os ventos do ocidente levavam do mar Mediterrâneo a umidade para a Palestina, e traziam chuvas sobre a terra. (1 Reis 18:42-45) Quando os observadores ali presenciavam uma nuvem que subia no O, podiam esperar uma tempestade. (Luc. 12:54) No verão setentrional seco, as brisas diárias, vindas do Mediterrâneo, tornavam o tempo mais suportável. — Veja EURO-AQUILÃO.
EMPREGO FIGURADO
Os ventos podem surgir rapidamente e, com igual rapidez, desaparecer, assim representando, de forma apropriada, a transitoriedade da vida do homem. (Jó 7:7; Sal. 103:15, 16) Não tendo substância, o vento pode denotar o conhecimento e a labuta vãos, e palavras e esperanças vazias (Jó 15:1, 2; 16:3; Ecl. 5:16; Osé. 12:1), bem como a nulidade. (Isa. 26:18; 41:29; Jer. 5:13) Assim como as obras vãs se provam fúteis, procurar atingi-las é como um “esforço para alcançar o vento”. (Ecl. 1:14; 2:11) E o homem que traz o banimento sobre sua casa ‘toma posse do vento’. Ele nada obtém que seja valioso ou que tenha real substância. — Pro. 11:29.
Os ventos espalham e lançam objetos de uma parte para a outra, e, assim, ser ‘espalhado para todos os ventos’, ou ‘repartido para os quatro ventos’ significa a dispersão ou divisão completa. (Jer. 49:36; Eze. 5:10; 12:14; 17:21; Dan. 11:4) Como uma embarcação que não tem rumo certo, sendo lançada de um lado para o outro pelos ventos, as pessoas que não têm madureza cristã estão sujeitas a serem ‘levadas para cá e para lá por todo vento de ensino, pela velhacaria de homens, pela astúcia em maquinar o erro’. — Efé. 4:13, 14.
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VerdadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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VERDADE
O termo hebraico ’eméth, amiúde traduzido “verdade”, pode designar aquilo que é firme, digno de confiança, estável, fiel, verdadeiro ou fato estabelecido. (Êxo. 18:21; 34:6; Deut. 13:14; 17:4; 22:20; Jos. 2:12; 2 Crô. 18:15; 31:20; Nee. 7:2; 9:33; Ester 9:30; Sal. 15:2; Ecl. 12:10; Jer. 9:5) A palavra grega alétheia contrasta-se com a falsidade ou a injustiça, e indica aquilo que se conforma aos fatos ou ao que é direito e apropriado. (Mar. 5:33; 12:32; Luc. 4:25; João 3:21; Rom. 2:8; 1 Cor. 13:6; Fil. 1:18; 2 Tes. 2:10, 12; 1 João 1:6, 8; 2:4, 21) Diversas outras expressões das línguas originais também podem, dependendo do contexto, ser traduzidas “verdade”.
JEOVÁ, O DEUS DA VERDADE
Jeová é o “Deus da verdade”. (Sal. 31:5) Ele é fiel em todos os seus tratos. Suas promessas são seguras, pois ele não pode mentir. (Núm. 23:19; 1 Sam. 15:29; Sal. 89:35; Tito 1:2; Heb. 6:17, 18) Ele julga segundo a verdade, isto é, de acordo com o modo como são realmente as coisas, e não à base da aparência exterior. (Rom. 2:2; compare com João 7:24.) Tudo que emana dele é puro e sem defeito. Suas decisões judiciais, sua lei, seus mandamentos e sua palavra são verdade. (Nee. 9:13; Sal. 19:9; 119:142, 151, 160) São sempre corretos e apropriados, e opõem-se a toda injustiça e erro.
A pecaminosidade do homem faz destacar-se a veracidade de Deus
As práticas degradadas dos não-judeus e a desobediência dos judeus à lei de Deus de forma alguma prejudicaram pessoalmente o Criador. Antes, sua veracidade, santidade e justiça se destacaram em nítido contraste, e isto para a Sua glória. Mas o fato de que o erro do homem faz destacar-se de forma ainda mais proeminente a justiça de Deus não fornece nenhuma base para afirmar-se que Deus é injusto ao executar um julgamento adverso contra os errantes. Sendo criatura de Deus, a pessoa não tem direito algum de prejudicar-se por pecar. (Rom. 3:5-8) Deus libertou Seu povo, não para um proceder pecaminoso, mas para uma vida de justiça, para que pudessem glorificá-lo. — Rom. 6: 12, 13.
JESUS CRISTO É “A VERDADE”
Semelhante a seu Pai, Jeová, Jesus Cristo está “cheio de benignidade imerecida e de verdade”. (João 1:14; Efé. 4:21) Enquanto na terra, ele sempre falou a verdade, conforme a recebera de seu Pai. (João 8:40, 45, 46) “Ele não cometeu pecado, nem se achou engano na sua boca.” (1 Ped. 2:22) Jesus apresentava as coisas como elas realmente eram. Além de
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