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“Quem veio a conhecer a mente de Jeová?”A Sentinela — 1985 | 15 de abril
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“Quem veio a conhecer a mente de Jeová?”
“Pois ‘quem veio a conhecer a mente de Jeová ou quem se tornou o seu conselheiro’?” — ROMANOS 11:34; ISAÍAS 40:13, Versão Septuaginta grega.
1. (a) Que pergunta desafiadora cita Paulo de Isaías 40:13? (b) De que forma difere uma palavra-chave na citação que ele fez do hebraico original?
MAIS de 2.700 anos atrás, foi proposta à antiga nação de Israel a pergunta desafiadora, conforme citada por alguém que fora certa vez fariseu judaico, em sua casa, em Romanos 11:34: “Pois, ‘quem veio a conhecer a mente de Jeová ou quem se tornou o seu conselheiro’?” A pergunta foi citada pelo apóstolo Paulo da tradução feita pela antiga versão Septuaginta grega de Isaías 40:13, e esta versão usa ali a palavra “mente” (nous) em lugar da palavra para “espírito”, conforme encontrada no texto original hebraico.
2. O que entendemos por “mente” humana? Ilustre.
2 Não obstante, o que significa a inspirada expressão “mente de Jeová”? No nosso próprio caso, como criaturas humanas, a mente representa nossos processos mentais. Por exemplo, podemos ‘transformar nossa mente’ de modo a termos a mesma “atitude mental que houve também em Cristo Jesus”. (Filipenses 2:5; veja também Gênesis 11:6.) Nossas faculdades mentais são superiores às de qualquer animal.
3-5. (a) O que indica Isaías 55:8, 9, quanto à “mente” de Jeová? (b) Por que não é de admirar que Paulo tenha feito a exclamação registrada em Romanos 11:33? (c) O que quer dizer o apóstolo Paulo com seu comentário em Romanos 11:34? (d) Por que é que os, escritores pré-cristãos não podiam conhecer a “mente” de Jeová?
3 O que Jeová Deus, o Criador, tem em mente é imensuravelmente superior ao que nós, criaturas humanas imperfeitas, poderíamos, por nós mesmos, ter em mente ou imaginar. Ele traz à atenção este fato vital na profecia de Isaías 55:8, 9, onde está escrito: “‘Pois os vossos pensamentos não são os meus pensamentos, nem os meus caminhos, os vossos caminhos’, é a pronunciação de Jeová. ‘Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim os meus caminhos são mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, do que os vossos pensamentos.’” Portanto, ele tenciona algo bem melhor para suas criaturas humanas, especialmente para os que entram numa relação pactuada com ele, do que nós, criaturas aqui na terra, jamais poderíamos conceber. Não é de admirar, pois, que, após considerar uma particularidade ímpar do arranjo de Jeová e de como este se está realizando, o “apóstolo para as nações” foi induzido a exclamar: “Ó profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus! Quão inescrutáveis são os seus julgamentos e além de pesquisa são os seus caminhos!” (Romanos 11:13, 33) Certamente, nenhum homem jamais traçou para Deus os caminhos dele. Assim, o inspirado apóstolo prossegue por fazer o seguinte comentário: “Pois, ‘quem veio a conhecer a mente [noun] de Jeová ou quem se tornou o seu conselheiro’?” (Romanos 11:34] A Bíblia Vozes reza ali: “Pois quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi seu conselheiro?”
4 O apóstolo não quer dizer com essas palavras que, depois de Deus revelar o que tem em mente, o homem não consiga entender ou compreender o pensamento Dele. Não! Pois Deus revelou seus pensamentos a nós, humanos, nas páginas de sua Palavra inspirada, as Escrituras Sagradas. O que o apóstolo quer dizer é que nenhum homem, de sua própria engenhosidade e antes de Deus idear Seu próprio pensamento ou propósito, jamais conseguiria ter elaborado ou desenvolvido a mesma coisa com suas faculdades de raciocínio! Antes de o próprio Deus fazer a Revelação, nenhum homem mostrou ter feito isso. Realmente, pois, antes da Revelação divina, delineada na Bíblia, nenhum homem veio a conhecer “a mente de Jeová”. Nenhum dos escritores pré-cristãos dos primeiros 39 livros das Escrituras Sagradas o fizeram, nem mesmo o legislador Moisés.
5 Ninguém, por exemplo, conseguia entender o que Jeová tinha em mente ao lidar com Abraão e sua descendência, e ninguém conseguia entender o que tudo isso tinha que ver com os eventos do primeiro século EC.
A “Mente” de Jeová Quanto à “Oliveira”
6. (a) Que promessa estivera Paulo considerando em Romanos, capítulo 11? (b) Como foi Abraão grandemente favorecido, e por que motivo?
6 Em Romanos, capítulo 11, o apóstolo considerara o predito “descendente de Abraão”, até o Rom. 11 versículo 34. De acordo com os registros de Moisés em Gênesis 12:3 e 22:17, 18, Jeová Deus prometeu abençoar o idoso patriarca Abraão mediante a prole ou o “descendente” dele; neste descendente, ou por meio dele, o Deus de Abraão abençoaria todas as famílias e nações da terra no seu tempo devido. Que grandiosa promessa da qual tornar-se herdeiro, e que recompensa pela fé e pela obediência foi para Abraão tornar-se ele herdeiro dessa promessa!
7. (a) O que representam as partes da “oliveira” típica? (b) A que eram candidatos os “ramos”? (c) Com respeito ao “descendente”, o que, que Jeová tinha em “mente”, ainda havia de ser revelado?
7 O apóstolo liga aquilo que Jeová originalmente tinha em mente com o desenvolvimento duma oliveira, uma árvore comum em sua terra nativa de Israel. De acordo com este quadro, a raiz desta oliveira típica era o próprio Abraão. O tronco da árvore, que brotara de Abraão, a raiz simbólica, era constituído de seu amado filho Isaque, de seu neto Jacó, ou Israel, e dos 12 filhos de Jacó, pais das 12 tribos de Israel. Por natureza, todos os descendentes desses 12 patriarcas eram ramos dessa oliveira típica. Como tais, eram candidatos diretos a se tornarem o prometido “descendente de Abraão”, por meio de quem todas as famílias e nações da terra seriam abençoadas segundo o amoroso propósito, ou “mente”, de Jeová. Mas, o que eles não sabiam a respeito deste “descendente” era que este não havia de ser um descendente carnal por descendência natural do patriarca Abraão, pois havia de ser um “descendente” espiritual. Portanto, seu pai seria alguém maior do que Abraão, superior a ele. Este não havia de ser outro senão o grande Dador da Vida, o próprio Jeová Deus. Quem, porém, haveria de ser o principal deste “descendente”?
8. (a) De que modo veio Jesus a ser Aquele que é maior do que Isaque? (b) Por que eram o sacrifício e a ressurreição celestial de Jesus necessários para a bênção de todas as famílias da terra?
8 Este era maior do que Isaque, o filho da velhice de Abraão. Era o “homem, Cristo Jesus”, que era descendente de Isaque, porém maior do que Isaque, do que o filho dele Jacó, ou Israel, e do que os 12 alicerces da nação de Israel. (1 Timóteo 2:5) O bebê que havia de chamar-se Jesus era o “Filho de Deus”, pois fora gerado pelo espírito de Jeová Deus no ventre de sua virgem mãe Maria. De fato, sua vida fora transferida do domínio espiritual para o ventre de Maria, e o marido dela, José, era apenas o pai adotivo de Jesus na terra. (Lucas, capítulos 1-3) Mas, acontece que Jesus não se tornou o abençoador de todas as famílias e nações da terra qual homem na terra. É verdade que mediante seu sacrifício humano perfeito e sem pecado, no Calvário, fora de Jerusalém, em 33 EC, Jesus pôde servir para a bênção de toda a humanidade. Mas, no terceiro dia de sua morte em 33 EC, Jeová Deus, seu Pai celestial, ressuscitou-o dentre os mortos, e depois ele voltou ao céu qual Filho espiritual de Deus. É de lá que ele abençoa todas as famílias e nações da terra.
9. (a) Que significado mais amplo assume agora a simbólica oliveira? (b) Quantos ramos espirituais há, e como sabemos disso? (c) Que esclarecimento a respeito desses “ramos” nos dá Gálatas 3:28, 29?
9 Deste ponto de vista, a ilustração do apóstolo sobre a oliveira assume um significado novo e muito mais amplo. A “raiz” dessa oliveira espiritual mostra ser Jeová Deus, o Grande Dador da Vida de todos, Aquele que é maior do que o patriarca Abraão. O Filho unigênito deste Abraão Maior mostra ser Jesus Cristo, Aquele que é maior do que Isaque. Este Isaque Maior mostra ser a Cabeça da congregação cristã que é gerada pelo espírito do Abraão Maior, Jeová Deus. Os membros da congregação cristã são os ramos espirituais que brotam desta oliveira teocrática, e que, de acordo com Revelação 7:1-8 e 14:1-3, hão de totalizar por fim 144.000 membros. É por isso que lemos em Gálatas 3:28, 29: “Não há nem judeu nem grego, não há nem escravo nem homem livre, não há nem macho nem fêmea; pois todos vós sois um só em união com Cristo Jesus. Além disso, se pertenceis a Cristo, sois realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa.”
10. (a) Quem foram os primeiros candidatos a se tornarem ramos espirituais? (b) Quem dentre estes foi “salvo”, e como citou Paulo uma profecia para ilustrar isso?
10 Os judeus naturais dos dias de Jesus, por serem seus irmãos naturais, eram, por descendência natural do patriarca Abraão, os primeiros candidatos a se tornarem “ramos” dessa oliveira espiritual. Estavam incluídos no pacto da Lei com o Abraão Maior por meio do mediador Moisés. Jesus Cristo veio diretamente a ninguém senão “às ovelhas perdidas da casa de Israel”. (Mateus 10:6) Portanto, os primeiros a se tornarem “ramos” dessa oliveira espiritual, a raiz da qual é Jeová Deus, eram judeus naturais, os 12 apóstolos fiéis de Jesus Cristo e milhares de outros judeus naturais. Mas, apenas um pequeno “restante” dos judeus naturais foi “salvo”, a fim de se tornar o descendente do Abraão Maior e os herdeiros de Sua “promessa”, assim como foi predito em Isaías 10:22. Paulo cita esta profecia em Romanos 9:27.
11. (a) Quando foram arrancados prospectivos “ramos”? (b) Como foram então enxertados “ramos” duma oliveira brava, e em que oliveira foram enxertados?
11 O decepamento de prospectivos “ramos” do “descendente de Abraão” teve início com a conversão de samaritanos circuncisos, e ganhou pleno ímpeto três anos e meio após a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, o Isaque Maior. Nesse ponto, os primeiros crentes incircuncisos não-judeus, o centurião romano Cornélio, sua família, e amigos crentes, foram convertidos pelo apóstolo Pedro, e, depois de serem gerados e ungidos com o espírito de Jeová, foram batizados. (Atos, capítulo 10) Assim, os “ramos” duma oliveira brava foram enxertados na oliveira espiritual da qual Jeová Deus é a “raiz” vivificante.
12. (a) O que ocorreria caso “ramos” arrancados se arrependessem? Ilustre isso. (b) Isto exemplificou o quê? (c) Iguais a Paulo, qual deve ser nossa reação diante de tal Revelação da “mente” de Jeová?
12 Entretanto, se algum dos judeus naturais que foram arrancados reconsiderasse a questão e se arrependesse, assim como Áquila e Priscila, seria novamente enxertado no privilégio espiritual que a nação judaica perdera por descrer do Isaque Maior, Jesus Cristo. (Atos 18:1-4, 26; Romanos 16:3; 1 Coríntios 16:19) Isto exemplificou a benevolência de Jeová Deus, o Abraão Maior. Tal generosidade admirável da parte de Jeová Deus para com os judeus naturais, que ainda eram amados por Deus por causa de seus antepassados, foi o que induziu o apóstolo a exclamar: “Ó profundidade das riquezas e da sabedoria, e do conhecimento de Deus!” Desperta esta Revelação da “mente” de Jeová também o nosso genuíno senso de apreço?
Amar a Deus de Todo o Coração e de Toda a Mente
13, 14. (a) Como proveu Deus a Lei, e com que propósito? (b) O que disse Jesus com respeito a essa Lei, e a que “coração” refere-se ele ali? (c) Que dois mandamentos foram citados por Jesus, e por que devemos observá-los?
13 Jeová Deus fez um pacto com a descendência natural do patriarca Abraão, a nação de Israel, tendo por mediador o profeta Moisés. Isso se deu muito tempo atrás, no ano 1513 AEC, no ermo da península de Sinai e no monte Sinai. Ali ele lhes deu Sua Lei. Concernente a esta Lei, o apóstolo Paulo escreveu: “A Lei, por conseguinte, tornou-se o nosso tutor, conduzindo a Cristo, para que fôssemos declarados justos devido à fé.” (Gálatas 3:24) Agora, o que disse Cristo Jesus sobre a Lei, conforme dada mediante Moisés? Quando se lhe perguntou qual era “o maior mandamento” do código da Lei, Jesus respondeu: “‘Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração [em grego: kar·dí·a], de toda a tua alma [psy·khé] e de toda a tua mente [di·a·noí·a].’ Este é o maior e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22:35-40) Aqui, o coração é mencionado em conexão com a mente, indicando que deve tratar-se de “coração” em sentido figurativo.
14 Jesus citava ali Deuteronômio 6:5: “E tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração [em hebraico: le·báb], e de toda a tua alma [né·fesh], e de toda a tua força vital.” Também, Levítico 19:18: “E tens de amar o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou Jeová.” Portanto, Jesus classificou esses dois como o maior e o segundo maior mandamentos do pacto da Lei mosaica. Não nos encontramos hoje sob a Lei mosaica, mas aqueles requisitos fundamentais não se tornaram antiquados. Devemos observá-los.
15. (a) O que aciona o coração físico, e como funciona este? (b) Que relação tem o coração físico com o cérebro e a mente?
15 Sabemos que é o “espírito de vida” que faz o coração físico funcionar. (Revelação 11:11; Gênesis 7:22) Esta força de vida aciona o coração da carne vivente de modo que ele bombeia o sangue vital a todas as partes do corpo humano, inclusive o cérebro. Jeová Deus disse: “A alma [né·fesh] de todo tipo de carne é seu sangue pela alma nele. Por conseguinte, eu disse aos filhos de Israel: ‘Não deveis comer o sangue de qualquer tipo de carne, porque a alma de todo tipo de carne é seu sangue.’” (Levítico 17:14) Para que o inteiro corpo viva, o coração físico precisa bombear o sangue vitalizador a todas as suas partes, quer esta circulação do sangue seja por meio do coração natural dado por Deus, quer pelo coração transplantado do corpo de outra pessoa, quer por um coração insensível, não carnal e mecânico. Desse modo, o sangue é bombeado para o cérebro, suas faculdades de raciocínio são estimuladas e a mente funciona. Portanto, torna-se evidente que o coração físico nutre o cérebro por suprir-lhe o sangue que contém a força ativa de vida, o “espírito de vida”. Independente de se a pessoa se apercebe disso ou não, o coração continua a bombear o sangue para o cérebro e para todas as demais partes do corpo.
16. (a) De acordo com a Bíblia, o que é o coração figurativo? (b) O que requer de nós amar a Jeová de ‘todo o coração’? (c) Como o amamos de toda a nossa “mente”?
16 Mas, olhemos além do coração literal de tecido vivo. Conforme empregado na Bíblia, o coração representa a sede da motivação e também das emoções. Este é o coração figurativo, que na realidade significa a parte mais íntima do nosso ser. Em 1 Pedro 3:4 é descrito como “a pessoa secreta do coração” (NM), “a pessoa escondida no coração” (Pontifício Instituto Bíblico), “a pessoa humana interior” (Bíblia Mensagem de Deus). Portanto, recebemos a ordem de amar a Jeová Deus de ‘todo o coração’. Somos também mandados amar a Jeová Deus de toda a nossa alma, com todo o nosso ser. Isto requer que amemos o único Deus vivente e verdadeiro, o Todo-poderoso, com toda a nossa força vital, concentrando todas as nossas energias em cumprir com a vontade revelada de Deus e em executar plenamente a obra dele durante a atual “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3) Além disso, precisamos amar o Deus da Bíblia com toda a nossa “mente”, nossas faculdades mentais. — Marcos 12:29-31.
17. (a) Se amarmos a Jeová de todo o nosso coração e de toda a nossa mente, que garantia temos? (b) De acordo com Filipenses 4:7, como serão o nosso coração e a nossa mente influenciados pela paz de Deus?
17 Nem é preciso mencionar que, se expressarmos nosso amor a Jeová Deus de todo o nosso coração e de toda a nossa mente, ele terá prazer em responder às nossas orações, e esta garantia nos manterá livres de ansiedades. Usufruiremos uma paz que o atual mundo não usufrui e não consegue compreender. Por quê? Porque, conforme o apóstolo Paulo assegurou aos amados cristãos da antiga Filipos, na Grécia, “a paz de Deus, que excede todo pensamento [em grego: noun], guardará os vossos corações [kar·dí·as] e as vossas faculdades mentais [no·é·ma·ta: “mentes”, Almeida, atualizada; PIB] por meio de Cristo Jesus.” (Filipenses 4:7) Deste modo, nosso coração figurativo não será provocado por quaisquer motivações errôneas, precipitadas, nem por qualquer inquietude emocional, e nossas faculdades mentais, ou nossa mente, não serão confundidas ou desorientadas. O cristão continuará a seguir seu proceder em harmonia com a Bíblia inspirada de Deus, juntamente com a ajuda do Líder, Cristo Jesus.
Consegue Responder?
◻ O que se quer dizer com a expressão “mente” de Jeová?
◻ Como foi a oliveira teocrática usada por Paulo para ilustrar a “mente” de Jeová?
◻ O que é o “coração” figurativo?
◻ Como estão o “coração” e a “mente” envolvidos em amarmos a Deus?
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Harmonizemo-nos com a “mente de Jeová” conforme é agora reveladaA Sentinela — 1985 | 15 de abril
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Harmonizemo-nos com a “mente de Jeová” conforme é agora revelada
1. Que nação substituiu o Israel natural, e em que pacto?
O FILHO de Deus tomou o lugar do profeta Moisés, que foi o mediador do pacto da lei entre Deus e o Israel natural. Jesus Cristo tornou-se o Mediador designado do predito novo pacto de Jeová. Este pacto foi estabelecido com a nação que substituiu o antigo Israel natural e é um Israel espiritual, “o Israel de Deus”. (Gálatas 6:16) Os Dez Mandamentos e todas as demais leis associadas do pacto mediado pelo homem imperfeito Moisés foram registrados em manuscritos, mas realmente não ficaram inscritos no coração e na mente dos judeus ou israelitas carnais, circuncisos. Ao notar esta fraqueza com respeito ao pacto da Lei mosaica, Jeová Deus predisse mediante o profeta Jeremias o estabelecimento dum novo pacto, conforme registrado em Jeremias 31:31-34.
2. (a) Como se tornou Jesus, Mediador do pacto? (b) De que modo e quando entrou este em vigor?
2 Jesus Cristo selou esse prometido “novo pacto” com o seu próprio sangue vital, quando morreu com o coração quebrantado, na estaca de tortura, fora de Jerusalém. Na noite anterior, ao comemorar sua última refeição pascoal noturna junto com seus fiéis apóstolos em obediência à Lei mosaica, Jesus passou-lhes o copo de vinho e deu um novo significado a ele, por dizer: “Este copo significa o novo pacto em virtude do meu sangue, que há de ser derramado em vosso benefício.” (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:23-26) Deste modo, ele se tornou o Mediador desse novo pacto, que se revelou um ‘pacto melhor’ do que o pacto da Lei mosaica. (Hebreus 8:6; 9:11-28) Portanto, desde que ele apresentou no céu em 33 EC o valor do seu perfeito sangue vital, tem servido de Mediador para os discípulos a quem Jeová inclui no novo pacto. — 1 Timóteo 2:5, 6.
3. De acordo com Hebreus 10:15, 16, onde escreve Jeová as leis deste pacto?
3 Ao discorrer sobre o novo pacto, em Hebreus 10:15, 16, o apóstolo cita a profecia de Jeremias segundo a versão Septuaginta e escreve: “Além disso, o espírito santo também nos dá testemunho, porque, depois de dizer: ‘“Este é o pacto que celebrarei com eles depois daqueles dias”, diz Jeová. “Porei as minhas leis nos, seus corações [kar·dí·as] e as escreverei nas suas mentes [di·á·noi·an].”’”
4. (a) De que modo diferem o coração e a mente figurativos? (b) Em harmonia com o Salmo 119, como aplicam os cristãos incluídos no novo pacto o coração e a mente? (c) Quando foi que as leis de Deus começaram a ser escritas nos corações e nas mentes?
4 Em harmonia com as funções do coração e da mente em sentido figurado, os cristãos incluídos no novo pacto por meio de Cristo, o Mediador, amariam de coração as leis de Jeová, sendo assim motivados a obedecer a essas leis, e também se lembrariam tenazmente dessas leis divinas. Conforme o salmista o expressou: “Quanto eu amo a tua lei! O dia inteiro ela é a minha preocupação [“a minha meditação”, Almeida; Imprensa Bíblica Brasileira].” (Salmo 119:97) A colocação das leis de Jeová no coração figurativo dos discípulos de Cristo e a inscrição destas na mente deles começou a ocorrer no dia de Pentecostes de 33 EC. Foi nessa ocasião que o espírito santo foi derramado sobre os discípulos de Jesus Cristo, que estavam à espera, e visíveis “línguas, como que de fogo”, pousaram sobre a cabeça dos 120 discípulos e eles começaram a falar em línguas estrangeiras que nunca haviam estudado ou aprendido. Deveras, um milagre! Em resultado do testemunho dado ali aos espectadores reunidos, houve 3.000 que foram batizados como crentes em Jesus qual Cristo, ou Messias, e que foram incluídos no novo pacto, tendo a ele como Mediador seu. — Atos, capítulo 2; Joel 2:28-32.
5. Quem hoje foi incluído no novo pacto, e que evidência há que os identifique quais “ramos”?
5 Hoje, 1900 anos depois, há um restante do “Israel de Deus” cujos membros evidenciam ter sido incluídos no novo pacto, sendo batizados com o espírito santo. Evidenciam que as leis de Jeová Deus foram postas no coração figurativo deles e escritas na mente deles. Estão realizando a obra predita por seu Mediador, conforme registrada em Mateus 24:14 e Marcos 13:10. São “ramos” dessa oliveira espiritual descrita pelo apóstolo Paulo em Romanos, capítulo 11, e produzem muitos frutos.
6. (a) Que outro aspecto da “mente” de Jeová foi revelado a partir de 1935? (b) Como dão as “outras ovelhas” prova convincente do seu amor à “lei” de Deus para os dias de hoje?
6 Outro aspecto da “mente” de Jeová foi revelado a partir da assembléia das Testemunhas de Jeová em Washington, D.C., EUA, em 1935. O que tinha Jeová em “mente” com respeito à “grande multidão” predita em Revelação 7:9-17? Esta predita multidão de louvadores de Jeová Deus e do Seu Cordeiro, Jesus Cristo, que serve a Deus no Seu templo figurativo, surgiu em cena a partir de 1935. Os 840 que foram depois batizados em Washington no sábado, 1.º de junho, continuaram a aumentar até o presente. Há atualmente através de toda a terra mais de dois milhões e meio destas “outras ovelhas” do Pastor Excelente, Jesus Cristo, que se associam regularmente com os gerados pelo espírito que fazem parte do novo pacto e que participam na obra de dar testemunho do Reino, conforme predita em Mateus 24:14. (João 10:16) Assim como o salmista, dão prova convincente de que amam a “lei” de Jeová para a atual “terminação do sistema de coisas”, e de que a Sua “lei” é algo sobre o qual meditam e que tornam a preocupação do seu coração.
Salvação Mediante a Crença e a Confissão
7, 8. (a) Depende a salvação meramente de conhecimento intelectual? (b) O que declara Romanos 10:5-10 quanto à interação entre o coração e a mente figurativos?
7 Ganhar a salvação, quer para o Reino de Jeová nos céus, quer para a terra paradísica sob o reinado milenar de Jesus Cristo, não depende meramente de se ter conhecimento intelectual, ou seja, na mente. O apóstolo Paulo torna isso claro em Romanos 10:5-10. Ali ele considera a questão de cristãos que possuíam um coração natural, carnal, não algum coração transplantado ou mesmo mecânico. Ele passa a argumentar da seguinte forma:
8 “Pois Moisés escreve que o homem que tem feito a justiça da Lei viverá por ela. Mas a justiça resultante da fé fala da seguinte maneira: ‘Não digas no teu coração: “Quem ascenderá ao céu?” isto é, para fazer descer a Cristo; ou: “Quem descerá ao abismo?” isto é, para fazer subir a Cristo dentre os mortos.’ Mas, o que diz? ‘A palavra está perto de ti, na tua própria boca e no teu próprio coração’; isto é, a ‘palavra’ da fé, que estamos pregando. Pois, se declarares publicamente essa ‘palavra na tua própria boca’, que Jesus é Senhor, e no teu coração exerceres fé, que Deus o levantou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se exerce fé para a justiça, mas com a boca se faz declaração pública para a salvação.”
9. (a) O que está envolvido em se ser salvo, e por que responde assim? (b) Em que precisa o cristão realmente crer de coração? (c) Que atitude adotaram os atenienses, e por quê?
9 Isto indica que a questão penetra mais a fundo no ser da pessoa do que no intelecto, ou seja, na mente. Não é meramente uma questão de reunir informações, ordená-las na mente e ser capaz de repeti-las de cor. O fator determinante não é a mente com seu conhecimento, é a motivação que está aqui envolvida perante Deus. A crença do cristão precisa ser motivada pelo coração figurativo. Ele precisa crer de todo o coração na ressurreição de Cristo, devido ao sincero apreço por este milagre realizado pelo Deus Todo-poderoso. Trata-se de algo que Cristo não poderia ter feito sozinho, tampouco algum homem poderia tê-lo feito, a saber, ressuscitar Deus seu Filho morto para um plano de vida celestial. (2 Coríntios 4:13) Lembramo-nos de que os atenienses intelectuais dos dias do apóstolo Paulo tenderam, em alguns casos, “a mofar”, quando ouviram falar “duma ressurreição dos mortos”, ao passo que outros não tomaram nenhuma posição imediata quanto ao assunto, mas disseram: “Nós te ouviremos sobre isso ainda outra vez.” A mente deles, cheia de conhecimento, impediu-os de aceitar a informação, embora se baseasse em fatos reais. Apenas alguns se tornaram crentes e se associaram com Paulo. — Atos 17:21, 32-34.
10. (a) Que motivação deve produzir o coração? (b) Portanto, que duas coisas são exigidas por Jeová?
10 Portanto, o coração da pessoa precisa motivá-la a crer. Ela precisa exercer fé de coração. Quando faz isto, o coração — a parte mais íntima do ser — do crente o motivará a fazer confissão pública com a boca. Ele precisa exercer fé de todo o coração. A seguir virá a declaração pública verbal, motivada pelo coração do crente. Quando o crente é imerso em água, em símbolo da dedicação de si mesmo a Jeová Deus mediante Jesus Cristo, ele está fazendo uma declaração pública que conduz à salvação. Jeová Deus não só examina o coração figurativo para ver se existe ali uma fé energizante, mas também está atento à declaração pública.
Manter a Lealdade por Ter um Coração “Pleno”
11. (a) Como pôde Davi permanecer leal a Jeová? (b) Apesar do pecado que cometeu, por que podia Davi orar como fez no Salmo 86:11? (c) Quem seguiu o bom exemplo de Davi?
11 Davi, dos tempos antigos, assim como todo o restante de nós, humanos, foi dado à luz em erro e concebido em pecado, mas permaneceu leal ao seu Deus, Jeová, por ter um coração figurativo que era “pleno” para com o Deus da nação de Israel. (Salmo 51:5) Testemunho neste respeito é dado em 1 Reis 15:3: “Seu coração [o de Abijão] não se mostrou pleno para com Jeová, seu Deus, tal como, o coração de Davi, seu antepassado.” É verdade que Davi cometeu um pecado abominável com a esposa de Urias, o hitita, mas ele se arrependeu sinceramente disto, e seu coração se revelou indiviso e inabalável em sua devoção a Jeová como seu Deus. (1 Reis 15:4, 5) Com bom motivo, Davi podia orar: “Unifica meu coração para temer o teu nome.” (Salmo 86:11) Ele deu um excelente exemplo para seus sucessores no reinado sobre Israel, e o Rei Asa foi, neste respeito, imitador de Davi, pois lemos em 1 Reis 15:14: “O próprio coração de Asa mostrou-se pleno para com Jeová em todos os seus dias.”
12. O que exige coragem e honestidade, e como demonstrou isso Ezequias?
12 Certamente requer bastante coragem e honestidade da pessoa consigo mesma para apelar ao Deus Santíssimo, o Examinador de corações humanos, para implorar-lhe misericórdia e consideração amorosa. Contudo, foi isso o que o Rei Ezequias, de Israel, fez. Quando contraiu uma doença que, a menos que Deus interviesse, certamente seria fatal, Ezequias orou: “Rogo-te, ó Jeová, por favor, lembra-te de como andei diante de ti em veracidade e de pleno coração, e fiz o que era bom aos teus olhos.” — Isaías 38:3.
13. De que devem lembrar-se sempre os cristãos ungidos, segundo o exemplo de Jesus?
13 Em face de tal exemplo, os hodiernos cristãos ungidos, que foram incluídos no ‘pacto para um reino’ com Jesus Cristo nos céus, sempre devem lembrar-se da obrigação de andar diante de Jeová “de pleno coração”. Jesus Cristo, igual a seu antepassado real Davi, quando esteve na terra como homem perfeito andou diante de seu Pai celestial, Jeová, “de pleno coração”. Portanto, Jeová Deus, Aquele que estabelece reis, alegrou-se grandemente de conferir a ele o reinado no Reino celestial, para ali reinar qual “Rei dos reis e Senhor dos senhores” junto com discípulos íntegros quais reis e senhores subordinados. — Lucas 22:29; Revelação 19:16.
14. Por que motivo foram as “outras ovelhas” reunidas ao “um só rebanho” sob o “um só pastor”?
14 Os da “grande multidão” de “outras ovelhas” de Cristo esperam ser os primeiros a entrar com vida no reinado milenar de Jesus Cristo com seus 144.000 co-regentes. (Revelação 7:9, 10; João 10:16; Revelação 14:1; 20:4-6) Desde aquele momentoso ano de 1935, os membros dessa “grande multidão” se têm associado com o restante daqueles herdeiros do Reino, que andam diante de Jeová Deus de coração pleno. Por essas “outras ovelhas” do Pastor Excelente, Jesus Cristo, procurarem andar diante de Jeová Deus “de pleno coração”, formam agora “um só rebanho” junto com o restante dos herdeiros do Reino sob o “um só pastor”, Jesus Cristo. Por manterem a integridade com tal coração unificado e pleno, terão uma parte privilegiada em vindicar a soberania universal do Deus de quem são testemunhas, Jeová. — Isaías 43:10, 12.
15. De que todos nós hoje podemos ser gratos?
15 Desse modo, todos nós, quais discípulos do Filho de Deus, nosso Pastor Excelente, nos harmonizamos com a “mente” de Jeová, conforme é agora revelada aos seus adoradores dedicados e batizados. Quão gratos podemos e devemos ser de que o Altíssimo no céu nos revelou o que vinha em primeiro lugar na Sua “mente”, e que isto não se originou de nenhum homem de carne e ossos! Por este motivo nos sentimos induzidos a pensar como Jeová com respeito ao seu glorioso propósito.
16, 17. (a) O que indica 1 Coríntios 2:16 quanto à “mente de Jeová” e à “mente de Cristo”? (b) O que revela Filipenses 2:5-8 sobre a “mente” de Cristo?
16 Apreciamos o que está escrito para nós em 1 Coríntios 2:16, a saber: “Pois, ‘quem veio a conhecer a mente de Jeová para o instruir?’ Mas nós temos a mente de Cristo.” Aqui, em ambos os casos, a palavra grega para “mente” é nous.
17 Além de qualquer contradição, a “mente” de Cristo estava em harmonia com a “mente de Jeová”. As palavras inspiradas de Filipenses 2:5-8 ajudam-nos a perscrutar a “mente” até mesmo do pré-humano Filho de Deus, pois lemos ali: “Mantende em vós esta atitude mental [“mente”, Authorized Version; American Standard Version; Revised Standard Version] que houve também em Cristo Jesus, o qual, embora existisse em forma de Deus, não deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus. Não, mas ele se esvaziou e assumiu a forma de escravo, vindo a ser na semelhança dos homens. Mais do que isso, quando se achou na feição de homem, humilhou-se e tornou-se obediente até à morte, sim, morte numa estaca de tortura.”
18. O que era exigido do Filho para que ele se harmonizasse com a “mente” do Pai?
18 Jeová Deus tem em mente resgatar a humanidade da morte eterna, e o Filho unigênito de Deus estava disposto a harmonizar-se neste respeito com a mente de seu Pai celestial, embora isso significasse sofrimento intenso para ele na terra.
19. (a) Como podemos aplicar o nosso coração figurativo em conexão com a “mente” de Jeová? (b) O que devemos realizar agora com respeito à “mente de Cristo”?
19 De modo correspondente, se quisermos hoje harmonizar-nos com a “mente de Jeová”, precisaremos igualmente humilhar-nos duma forma similar à de Cristo e sujeitar-nos incondicionalmente à vontade de Jeová. Isto nos obriga a ser testemunhas de Jeová, e, motivados por um coração [kar·dí·a] leal, precisamos realizar o que Jesus Cristo tinha em sua mente perspicaz, quando disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”, até o fim. — Mateus 24:14; Marcos 13:10.
20. (a) O que contribui agora para a unidade mundial de ação? (b) Que êxito desfruta atualmente o rebanho unido do povo de Deus?
20 Todos os que somos hoje testemunhas dedicadas e batizadas do Deus Altíssimo desejamos ser “da mesma mentalidade” com respeito a este privilégio de serviço. (Filipenses 4:2) Isto contribui para a unidade mundial de ação. Por fazermos isso, Jeová Deus tem abençoado tanto a “grande multidão” de “outras ovelhas” de Cristo como o restante ungido dos herdeiros do Reino de Cristo com o deleitoso êxito que estão tendo hoje em todo o mundo no ajuntamento de todas as “outras ovelhas” e na obra de dar o aviso final a toda a humanidade antes de Sua gloriosa vitória e da vindicação de Sua soberania universal no Har-Magedon. — Revelação 16:16.
Algumas perguntas de recapitulação:
◻ Como estão envolvidos o “coração” e a “mente” em Jeová escrever a “lei” do novo pacto?
◻ Que duas coisas estão envolvidas em se ganhar a salvação?
◻ De que forma um coração “pleno” nos ajuda a permanecer leais?
◻ Como podemos indicar que temos tanto “a mente de Jeová” como “a mente de Cristo”?
[Destaque na página 28]
Jeová escreveu a “lei” do seu novo pacto no coração e na mente dos ungidos. Alegremente, as “outras ovelhas” juntam-se agora a eles em prestar serviço sagrado.
[Foto na página 30]
Ezequias manifestou um coração “pleno” ao sofrer adversidade. Podemos fazer o mesmo.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1985 | 15 de abril
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Perguntas dos Leitores
◼Visto que se diz que o modo de vida cristão é recompensador mesmo no tempo atual, por que escreveu Paulo “se somente nesta vida temos esperado em Cristo, somos os mais lastimáveis de todos os homens”?
O verdadeiro cristianismo é deveras um bom modo de vida que dá satisfação. Mas, o comentário do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 15:19 indicava que alguém que suportasse sofrimento por sua esperança era digno de pena se essa esperança não tivesse base.
Há amplo motivo para concluir que o modo de vida resultante de se praticar o verdadeiro cristianismo é bom. Considere provas disso. O cristão genuíno é parte duma congregação de pessoas puras, saudáveis e amorosas que se interessam nele, dispostas a oferecer tanto ajuda espiritual como material. Por seguir os conselhos de Deus, o cristão é protegido de muitos perigos e doenças físicos, tais como os vinculados à imoralidade, aos excessos no beber, ao fumo e ao mau uso de drogas. (Romanos 1:26, 27; 1 Coríntios 6:18; 2 Coríntios 7:1; Efésios 4:18, 19) Ele não anda a esmo, incerto quanto ao significado ou sentido da vida; em vez disso, aprecia sua relação com seu Criador e deriva satisfação em fazer a vontade de Deus. Seu acatamento aos princípios alicerçados na Bíblia contribui para uma família mais segura e bem sucedida. Devido à sua honestidade, o cristão talvez seja procurado como empregado e talvez seja menos provável ser despedido ou demitido do trabalho .
Mesmo esta lista sucinta mostra que o modo de vida cristão é deveras rico e recompensador.
Às vezes, porém, o cristão sofre oposição, perseguição ou até mesmo violência. (2 Timóteo 3:12) Jesus predisse que isso se daria. (Mateus 24:9, 10; Marcos 8:34; 10:30; Lucas 21:12; João 16:2) Os cristãos na antiga Corinto sabiam disso. Estavam a par de que Paulo, que ‘perseguira a congregação de Deus’, era agora alvo de perseguição. Ele lhes escreveu: “Quando injuriados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos isso.” (1 Coríntios 15:9; 4:12; 2 Coríntios 11:23-27) Contudo, ele argumentou: “Por que estamos também cada hora em perigo? Eu enfrento a morte diariamente. . . . Se eu, igual aos homens, tenho lutado com feras em Éfeso, que me aproveita isso? Se os mortos não hão de ser levantados, ‘comamos e bebamos, pois amanhã morreremos.’” — 1 Coríntios 15:30-32.
A perseguição que os cristãos enfrentavam, portanto, estava relacionada à sua esperança. Se sua esperança fosse mera ilusão, a perseguição que sofriam teria sido despropositada. De modo que Paulo podia dizer: “Se somente nesta vida temos esperado em Cristo, somos os mais lastimáveis de todos os homens.” — 1 Coríntios 15:19.
Mas ele sabia que Cristo definitivamente foi ressuscitado. Após ser levantado, Jesus apareceu a centenas de testemunhas, inclusive ao próprio Paulo (1 Coríntios 15:3-8) Por isso, ele instou com os coríntios: “Conseqüentemente, meus amados irmãos, tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o vosso labor não é em vão em conexão com o Senhor.” — 1 Coríntios 15:58.
Paulo estava convencido de que nem ele, nem outros cristãos que sofreram a favor de Cristo, precisavam ser lastimados. Ele levou uma vida plena, memorável, sim, invejável. Assim como foi veraz no caso dele, da mesma forma se pode dar conosco, que a ”devoção piedosa é proveitosa para todas as coisas, visto que tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir”. — 1 Timóteo 4:8.
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