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IraAjuda ao Entendimento da Bíblia
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congregação de Deus se for dada à ira. — Tito 1:7.
Ao passo que a pessoa, ocasionalmente, talvez fique irada, e às vezes justificadamente, não deve deixar que isto se torne um pecado para ela por nutri-la ou manter-se num estado provocado. Não deve deixar que o sol se ponha sobre ela em tal condição, pois, desta forma, estaria dando oportunidade a que o Diabo se aproveitasse dela. (Efé. 4:26, 27) Especialmente se for um caso de ira entre irmãos cristãos, a pessoa deve dar os devidos passos para fazer as pazes ou resolver o assunto do modo provido por Deus. (Lev. 19:17, 18; Mat. 5:23, 24; 18:15; Luc. 17:3, 4) As Escrituras aconselham-nos a cuidar de nossas associações neste respeito, não tendo companheirismo com alguém dado à ira, ou a acessos de cólera, destarte evitando um laço para riossas almas. — Pro. 22:24, 25.
Jesus Cristo, quando era homem na terra, deu-nos o exemplo perfeito. Os registros de sua vida não narram uma ocasião sequer em que tivesse um acesso de ira incontrolável ou em que permitisse que a anarquia, a rebeldia e o fustigamento por parte dos inimigos de Deus transtornassem seu espírito e o fizessem refletir tal coisa para com seus seguidores ou outros. Em certa ocasião, ficou “profundamente contristado” diante da insensibilidade dos corações dos fariseus e encarou-os com indignação. Sua próxima ação foi uma cura. (Mar. 3:5) Quando ele, em outro caso, expulsou os que maculavam o templo de Deus, bem como violavam a lei de Moisés por transformar a casa de Jeová numa casa de comércio, isso não se deu num acesso de ira incontrolável, injustificável. Antes, as Escrituras mostram que se tratava de zelo, corretamente dirigido, pela casa de Jeová. — João 2:13-17.
Evitar os seus efeitos prejudiciais
Não só a ira apresenta um efeito adverso sobre a nossa saúde espiritual, mas também produz efeitos profundos sobre o organismo físico. Pode provocar o aumento da pressão sanguínea, alterações arteriais, problemas respiratórios, transtornos hepáticos, mudanças na secreção da vesícula biliar, e efeitos sobre o pâncreas. A ira e a raiva, como fortes emoções, têm sido alistadas pelos médicos como contribuindo, agravando ou até mesmo provocando doenças tais como asma, afecções oculares, moléstias da pele, urticária, úlceras e dificuldades dentárias e digestivas. A raiva e o furor podem transtornar os processos de raciocínio, de modo que a pessoa não consegue tirar conclusões lógicas, nem exercer o bom juízo. O efeito posterior dum acesso de raiva é, não raro, um período de extrema depressão mental. Por conseguinte, é sábio, não só em sentido religioso, mas também em sentido físico, controlar a ira e buscar a paz e o amor. — Pro. 14:29, 30; Rom. 14:19; Tia. 3:17; 1 Ped. 3:11.
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Irmão, IrmãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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IRMÃO, IRMÃ
O vocábulo “irmão” descreve um varão que tem o mesmo genitor ou os mesmos pais que outrem. (Gên. 4:1, 2) O termo “irmão” pode indicar sobrinhos e membros da mesma tribo e nação, ou até de outra nação que tenha um antepassado comum. (Gên. 11:27; 13:8; Êxo. 2:11; Núm. 20:14) Também se aplica aos unidos numa causa comum, e que tenham alvos e propósitos similares. — 1 Reis 9:13; 5:1-12.
Na sociedade patriarcal, e sob a Lei mosaica, os irmãos carnais assumiam certos privilégios e obrigações. Morrendo o pai, o irmão mais velho, o primogênito, recebia um quinhão duplo da herança da família, e a responsabilidade de atuar como cabeça da família. Um irmão carnal era o primeiro, na devida ordem, a ter direito à recompra, ao casamento levirato e a vingar o sangue. (Lev. 25:48, 49; Deut. 25:5) Relações incestuosas entre irmão e irmã eram estritamente proibidas pela Lei mosaica. — Lev. 18:9; Deut. 27:22.
Na congregação cristã, os membros usufruem um relacionamento espiritual comum, análogo ao de irmãos. Jesus chamou seus discípulos de irmãos. (Mat. 25:40; 28:10; João 20:17) Sublinhou fortemente este relacionamento, afirmando: “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai . . ., este é meu irmão, e minha irmã e minha mãe.” — Mat. 12:48-50.
Pedro, em Pentecostes, falou a pessoas de lugares distantes, inclusive prosélitos, chamando a todos de “irmãos”. (Atos 2:8-10, 29, 37) Às vezes, crentes cristãos varões eram classificados como “irmãos”, e as mulheres como “irmãs” (1 Cor. 7:14, 15), mas, em geral, “irmãos” era a saudação aceita para grupos mistos e não se restringia aos varões. (Atos 1:15; Rom. 1:13; 1 Tes. 1:4) O termo é usado neste sentido em todas as cartas cristãs inspiradas, exceto três (Tito; 2 João; Judas), e nos escritos de outros cristãos primitivos. Os apóstolos avisaram sobre “falsos irmãos” que se infiltravam nas congregações. — 2 Cor. 11:26; Gál. 2:4.
IRMÃOS DE JESUS
Os quatro Evangelhos, os Atos dos Apóstolos, e duas das cartas de Paulo, mencionam “os irmãos do Senhor”, “o irmão do Senhor”, “seus irmãos” e “suas irmãs”, citando nominalmente quatro dos “irmãos” varões: Tiago, José, Simão e Judas. (Mat. 12:46; 13:55, 56; Mar. 3:31; Luc. 8:19; João 2:12; Atos 1:14; 1 Cor. 9:5; Gál. 1:19) A maioria dos peritos bíblicos aceita a evidência cumulativa de que Jesus possuía, pelo menos, quatro irmãos e duas irmãs, e que todos descendiam de José e Maria por meios naturais, depois do miraculoso nascimento de Jesus.
As noções arbitrárias de que tais irmãos de Jesus eram filhos de José mediante um casamento anterior, ou através do casamento levirato com a cunhada de José, têm de ser classificadas como fictícias, visto não existir confirmação factual, nem mesmo uma sugestão neste sentido, nas Escrituras. A afirmação de que “irmão” (adelphós) neste caso significa “primo” (anepsiós) é um argumento
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