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“Jeová é o meu pastor”A Sentinela — 1988 | 1.° de julho
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uma família de Betel, estão também decididos a servir a Jeová para sempre.
20. (a) Por que é o Salmo 23 uma parte notável das Escrituras, e o que ele nos ajuda a cultivar? (b) Que privilégios aguardam aos servos fiéis de Jeová?
20 O Salmo 23 é como uma pedra preciosa de muitas facetas cintilantes. Exalta o glorioso nome de nosso amoroso Pai celestial, Jeová, e revela como ele guia, protege e provê para suas ovelhas. Como resultado, seu povo é feliz, espiritualmente bem nutrido e rapidamente crescente em número, mesmo em países em que há severa perseguição. O Salmo 23 também nos ajuda a cultivar um caloroso e íntimo vínculo com o nosso Criador. E, ao contemplarmos um céu estrelado, como Davi muitas vezes fazia enquanto vigiava seu rebanho, somos gratos de que o Criador desse assombroso universo cuida de nós como Pastor amoroso. Amorosamente, ele também nos oferece vida eterna no novo mundo, se conservarmos a nossa integridade para com ele. Quão grandioso será então conhecer fiéis servos de Deus ressuscitados, como Davi! E que privilégio será servir a Jeová, o Grande Pastor, por toda a eternidade!
Qual É a Sua Resposta?
◻ De que maneira Jeová mostra ser nosso amoroso Pastor?
◻ Através de que meios Deus ‘nos conduz nos trilhos da justiça’?
◻ De que modo protege Jeová as suas ovelhas?
◻ Em que sentido tem Deus servido para nós uma ‘mesa’ em meio a nossos inimigos?
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Exploradores ‘da pobreza e da ignorância’?A Sentinela — 1988 | 1.° de julho
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Exploradores ‘da pobreza e da ignorância’?
“AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ . . . exploram a pobreza, a negligência e a ignorância de boa parte de nosso povo”, alegou o escritor mexicano Jorge Garcia, “a fim de progressivamente controlar a sua consciência”. — Excelsior, de 9 de março de 1983.
Acusações similares contra as Testemunhas de Jeová são muitas vezes ouvidas na América Latina. ‘Nenhuma pessoa de certa proeminência se torna Testemunha de Jeová’, dizem alguns profissionais, políticos e líderes religiosos. ‘As Testemunhas de Jeová recrutam seus seguidores dentre o povo pobre e ignorante.’ É verdade que muitas Testemunhas de Jeová são pessoas de poucos recursos, mas, significa isso que as Testemunhas de Jeová estão ‘explorando a pobreza, a negligência e a ignorância’? Será que o fato de que muitas pessoas humildes e pobres aceitam os seus ensinos significa que tais ensinos sejam errados?
Para responder a tais perguntas, remontemos ao primeiro século de nossa Era Comum. Que tipo de pessoas se sentiram atraídas ao cristianismo lá naquele tempo?
Por Que o Cristianismo Atraiu os de Condição Humilde
Os modernos críticos das Testemunhas de Jeová estão meramente repetindo as palavras dos opositores do cristianismo no primeiro século. Veja, por exemplo, o caso dos intelectuais gregos que moravam na antiga cidade de Corinto. Como o apóstolo Paulo se expressou, “os gregos procura[vam] sabedoria”. (1 Coríntios 1:22) O que queriam, naturalmente, não era sabedoria bíblica, mas sim confusos argumentos filosóficos. E, quando o apóstolo Paulo “não [foi] com extravagância de linguagem ou de sabedoria”, mas, em vez disso, declarou a mensagem simples de “Cristo, e este pregado numa estaca”, muitos zombaram do cristianismo como “tolice”. — 1 Coríntios 1:23; 2:1, 2.
Estava Paulo ‘explorando a ignorância’, então, por atrair os modestos e os de condição humilde, além de outros residentes de Corinto? De modo algum. Paulo explicou aos cristãos ali: “Pois observais a vossa chamada da parte dele, irmãos, que não foram chamados muitos sábios em sentido carnal, . . . mas Deus escolheu as coisas tolas do mundo, para envergonhar os sábios . . . a fim de que nenhuma carne se jacte à vista de Deus.” — 1 Coríntios 1:26-29.
Bem desde o início, o cristianismo havia sido uma religião que primariamente atraía pessoas modestas, humildes. Os 12 apóstolos de Jesus — o fundamento de sua igreja — não foram tirados de entre os instruídos escribas e fariseus. (Efésios 2:20) Antes, eram da classe trabalhadora, quatro deles sendo pescadores. (Mateus 4:18-22; 10:2, 3) Eram homens encarados pelos líderes religiosos como “indoutos e comuns”, significando que a instrução deles era elementar, não de escolas de ensino superior. (Atos 4:13) Os “doutos” escribas e fariseus menosprezavam o há muito aguardado Messias, zombando de seus ensinos e de seus seguidores. Assumiram a atitude de que ‘ninguém proeminente segue a Jesus’.
Lembre-se da ocasião em que eles enviaram guardas para “segurarem” a Jesus. Os guardas voltaram de mãos vazias. Por quê? Diz o relato bíblico: “Os oficiais responderam: ‘Nunca homem algum falou como este.’” Sim, estavam atônitos diante dos ensinos de Cristo! Todavia, como é que reagiram os instruídos líderes religiosos? “Os fariseus responderam, por sua vez: ‘Será que também vós fostes desencaminhados? Será que um só dos governantes ou dos fariseus depositou fé nele?’” (João 7:32, 44-48) Assim, o orgulho os impediu de aceitar a Jesus. É verdade que a Bíblia diz que “muitos dos próprios governantes depositavam realmente fé nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, a fim de que não fossem expulsos da sinagoga; pois amavam mais a glória dos homens do que mesmo a glória de Deus”. — João 12:42, 43.
Imagine isso! Aqueles homens estavam realmente convencidos de que Jesus tinha a verdade, mas se recusavam tornar-se seus discípulos por medo de homens. Simplesmente não era conveniente para aqueles governantes sacrificar sua posição nos seus círculos sociais, políticos e religiosos, a fim de se tornarem seguidores de Jesus. Não é de admirar que Jesus dissesse: “Deveras, eu vos digo que será difícil para um rico entrar no reino dos céus!” (Mateus 19:23) Assim, em geral, estes eram orgulhosos demais para seguir uma religião que exigia deles humildemente ‘apanhar a sua estaca de tortura e seguir a Jesus’. (Mateus 16:24) Assim, Cristo certa vez disse em oração: “Eu te louvo publicamente, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste cuidadosamente estas coisas dos sábios e dos intelectuais, e as revelaste aos pequeninos.” (Lucas 10:21) Diferente dos intelectuais do mundo, estes eram receptivos à verdade. — Veja Mateus 18:3.
Deus Não É Parcial
O discípulo Tiago escreveu: “Não escolheu Deus os que são pobres com respeito ao mundo, para serem ricos na fé e herdeiros do reino, que ele prometeu aos que o amam?” (Tiago 2:5) Significa isso, então, que os que têm recursos e instrução secular estão privados de servir a Deus? De modo algum! Depois que o primeiro converso gentio, Cornélio, recebeu espírito santo, Pedro disse: “Certamente percebo que Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.” (Atos 10:34, 35) Talvez Pedro lembrasse as palavras de Jeová a Samuel proferidas séculos antes: “Porque não como o homem vê é o modo de Deus ver, pois o mero homem vê o que aparece aos olhos, mas quanto a Jeová, ele vê o que o coração é.” — 1 Samuel 16:7.
Assim, é interessante que a Bíblia declara que “uma grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé”. (Atos 6:7)
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